iDon't Want To Marry escrita por Éwilla Nunes


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Mil desculpas pela demora e pelo pequeno capitulo , mas o capitulo não vinha então eu tive que improvisar.



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Freddie conversava alegremente com Pamella a respeito de Luca. O garotinho tinha conseguido cativa-lo de uma certa forma. Aqueles olhos... Lembravam muito os de alguém... Os de Pamella talvez? Não, não eram mais escuros. Mas os de quem afinal? Droga de acidente. Droga. Droga. Mil vezes droga.

Estavam no meio da conversa quando percebeu o sinal de Pamella que sua noiva havia chegado. Em poucos segundos preparou-se mentalmente para sua surpresa. Virou-se lentamente e com o coração ao saltos foi receber sua futura esposa. Meu Deus como ela era  linda! Como alguém tão angelical podia ser esquecido? A sensação de que as coisas estavam passando despercebidas por Freddie tornava-se cada vez mais intensa. Havia algo faltando, mas o quê? Mesmo assim, abandonou esse sentimento e tomou gentilmente a mão de Sam na sua, levando-a delicadamente aos seus lábios num beijo suave. O contraste de boca quente naquela pele tão macia quanto seda o fez arrepiar-se. Levantou a cabeça em um gesto solene e a encarou nos olhos. Eram eles. Um anil tão belo quanto o céu. Balbuciou um “milady” com dificuldade e pôs-se em sua posição original com dificuldade.

-Bem – Sam pigarreou um pouco. Tinha se esquecido de como se respirava quando Freddie a beijou nas mãos. Por Deus, já fazem anos desde que...- Aceitei ir ao passeio com a condição de que minha ama, Carlotta Shay me acompanhasse durante todo...

-Com licença alteza, preciso me retirar – Carly a interrompeu, segurando-se para não rir. É claro que ela não ia ficar de vela. – Meu irmão mais velho encontra-se demasiado enfermo, e eu preciso cuidar dele. Desculpa. Mil desculpas majestade. – falou e retirou-se apressadamente, não antes de lançar uma piscadela cumplice para Pamella, que imediatamente entendeu o que estava acontecendo.

-Bem, acho que seremos apenas nós dois, então – Freddie disse, sorrindo com aqueles dentes perfeitos e a tomando pelo braço, conduziu-a para fora do palácio.

Enquanto Sam amaldiçoava Carly com palavras que não deveriam ser ditas nunca por uma princesa, Freddie continuava conduzindo Sam até uma bela carruagem.

- Então, - Freddie quebrou o silêncio constrangedor assim que a carruagem tomou partida – Fale-me sobre você, milady. O que gosta?

- Eu gosto de não sair da minha cama – Sam respondeu seca. Arrependeu-se instantaneamente. – Quer dizer, ahn, eu gosto de pintar. – respondeu assumindo um ar doce, fazendo brotar um sorriso nos lábios de Freddie e automaticamente nos seus.

- Sério? Bem, eu particularmente nunca tive o dom, por isto, prefiro apenas apreciar, como aquela bela pintura da Sala Real. Realçou a linda cor de seus olhos.

- Ér...Bem, obrigada.-Sam estava meio constrangida. Ele sempre elogiou seus olhos mas agora...- Entretanto,não gosto de pousar. Prefiro pintar.Pintar só.

- E sobre o que você pinta?

-Sobre muitas coisas. Meus irmãos...

Continuaram conversando animadamente, durante todo trajeto. O vento soprava de leve, balançando os cabelos impecáveis de Freddie, o que o impulsionava a passar a mão por eles para alinha-los, fazendo Sam perder o folego por vezes perdendo até a linha do raciocínio.

Ela sabia o que era. Faziam o quê, três, quatro anos? Sam sinceramente não sabia. Deixou-o falar animadamente sobre o projeto náutico que ele estava trabalhando. Sam, obviamente não se importava nem um pouco. Nem ouvia o som de suas palavras, só se concentrava naqueles lábios rosados se movendo pra cima e pra baixo, pra cima e pra baixo, pra cima...

-... E é por isso que não podemos importar elefantes da Índia. Não é interessante? Milady? Sam?

- Oh, sim, muito interessante. Estou com fome.

-Claro, milady. Sua mãe me alertou de seu apetite.

-O que ela disse sobre mim?

-Apenas o necessário.

Ao estacionar a carruagem, Freddie, cavalheiro com era, auxiliou Sam a descer, segurando-a por sua cintura. Sam precisou apoiar-se nos largos ombros de Freddie. Por um momento, Sam ficou face a face com Freddie e por alguns segundos perdeu-se naquele mar de chocolate.

“O que está acontecendo Sam?”, sua consciência lhe perguntava. “Eu realmente não sei. Deve ser por que eu estou sensível graças ao Nicholas,  e...” “ Você realmente acha?” “Eu..” “Não se engane Sam, você sabe muito bem o que você quer agora..”

Sim, ela sabia.

Já fora, naquela estradinha ladeada por árvores, foram caminhando juntos, num silêncio constrangedor. Sam pensava em algo rude para dizer, mas não conseguia pensar em nada enquanto sentia sua proximidade com Freddie e a brisa perfumada da primavera lhe envolver. Sentaram-se embaixo de um lindo de alguma coisa que Sam não sabia o nome e não queria saber, só sabia que era lindo. Tud que se via era uma imensidão verde até onde a vista alcançava. Lá atrás, podia se enxergar as pontas de seu enorme castelo. Era lindo. Ela e Freddie, ali, sozinhos, parecia simplesmente perfeito. Realmente, nem o Nicholas havia feito tanto por ela. Risos e mais risos, enquanto Freddie contava sobre sua vida no palácio.

-Daí eu disse: Mãe, a senhora não precisa renovar todo o tapete só por que eu espirrei num.

- Não acredito! E o que ela fez? – Sam perguntou já comendo outro biscoito. Ela incrivelmente estava se divertindo com um nerd que era seu noivo. Quem diria isso?

-Ela renovou os tapetes, os lençóis e os pratos! Tudo novo por que eu espirrei num paninho.

-Nossa, não acredito que eu tenho uma sogra doida e...- silêncio. Foi a primeira vez que Sam mencionara seu novo parentesco. – Eu, ahn, Freddie sua boca tá suja.

-Aonde?

-Aqui – Sam lambeu o dedo e passou no lugar onde estava sujo. Freddie fechou os olhos e envolveu a mão de Sam na dele.

Foi inevitável o que aconteceu depois.


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