Alice No País De Aslam escrita por Bengie Narnians


Capítulo 3
Aslam, Filho do Imperador de Além Mar


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo emocionante pra vcs! Ta nem tanto, mas primeira aparição de Aslam assim como prometi, e a explicação de Alice estar em Nárnia! Espero que gostem, e comentem bastante! Beijos



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Logo após o desjejum de Alice Kinsley, Caspian convida aquela que ele acredita ser sua rainha para um passeio a cavalo. Já disposta a passar um pouco mais de tempo naquele lugar tão agradável, Alice aceita o convite do rei que parecia ser tão doce e gentil. Ambos caminham pelo corredor, enquanto Caspian mantém suas mãos cruzadas atrás das costas, tentando não avançar os limites impostos por Alice. Mesmo sem entender por que ela agia daquela forma estranha, ele aceita se comportar.

– Não acha melhor se trocar, antes que tragam os cavalos? –pergunta Caspian.

– Me trocar? –ela o encara. – Mas eu não tenho roupas aqui...

– Venha comigo. –ele estende sua mão, mas Alice apenas o olha. – Vamos! Eu não vou morder você.

Mesmo não gostando muito da ideia, a garota estende sua mão e segura à mão do rei, que imediatamente sorri discretamente com o canto dos lábios, e se vira para o corredor seguinte onde ambos encontram uma escadaria por onde sobem até o quarto do rei. Alice para diante da porta, vendo Caspian entrar, e depois dá dois passos adentro e para.

– Pode escolher qualquer uma que lhe agrade! –ele diz abrindo as portas de um grande guarda roupa.

Alice se aproxima vendo-o dar alguns passos para trás, se aproximando da beirada da cama real onde logo se senta e coloca as mãos entre as pernas abertas. A garota para diante do guarda roupa e se surpreende com a quantidade de roupas, vestidos extremamente elegantes, e sapatos de muitas cores, e formas.

– Isso é tudo meu? –ela sorri olhando para trás.

– E de quem mais seria? –Caspian ri.

Alice sorri, e começa a admirar cada veste, tocando-as com as pontas dos dedos.

– Sugiro que escolha uma calça e botas... –diz Caspian. – Fica mais fácil para montar!

Alice se perde entre aqueles vestidos maravilhosos, percebendo que havia muito mais vestidos ao fundo daquele armário, do que ela podia ver. O guarda roupa na verdade era embutido á parede, e guardava muitas roupas para diferentes ocasiões. Ela escolhe aquilo que pretendia vestir e então se vira e encara Caspian.

– Vai ficar aí?

– Pode se trocar no outro lado do cabide! –ele aponta para um tipo de divisória feita de madeira em forma de sanfona no canto do grande quarto (N/A não sei o nome desse objeto). – Sei que gosta de privacidade para se trocar! –ele se levanta.

– Pelo menos isso! –ela dá um risinho discreto.

– Estarei esperando lá fora. –ele para diante dela tocando seus cotovelos.

Caspian encara Alice sem dizer nada, enquanto ela arregala os olhos como uma coruja curiosa, e os ergue para vê-lo, sendo que sua testa estava na altura do queixo do rei. Caspian estava realmente fazendo um esforço enorme para não tomar sua rainha em seus braços, mas ficava cada vez mais difícil, e sua vontade apenas aumentava. Ele passa suavemente a língua pelos próprios lábios, enquanto olha nos olhos de Alice na esperança de que ela parasse de evitá-lo. Mas ao invés disso, a garota pigarreia e então ele pisca algumas vezes e se afasta logo saindo do quarto.

– Não demore. –ele diz ao passar pela porta.

Alice respira aliviada por ele ter saído, e então se esconde atrás do cabide em forma de sanfona e se despi de seu vestido, logo vestindo as roupas daquela que ela pensava ser outra mulher. Minutos depois ela surge no corredor vestindo uma calça preta justa, botas de mesma cor, com uma espécie de camisa branca larga organizada dentro das calças, por baixo de um cinto escuro de couro. Caspian a esperava escorado com os cotovelos sobre a beirada dos muros que cercavam aquele andar. Quando ouve a porta se fechar, o rei vira o rosto e vê Alice dentro daquela roupa justa, parecendo tão pequena, e ao mesmo tempo tão charmosa. Ela se aproxima com um sorriso meigo e ele a encontra.

– Sabe que eu nunca me canso de olhar pra você! –ele sorri e segura às mãos de Alice. – Quanto mais eu olho, mais eu vejo!

– Você parece gostar mesmo de mim não é? –inevitavelmente seus olhos brilhavam.

– E você não? –diz confuso.

– Bem! –ela pensa. – Acho que sim! Se me casei com você...

– Venha! –aquela não era a resposta que ele queria ouvir, mas já estava satisfeito por hora.

Logo ambos desceram as escadas e encontraram os cavalos. Caspian ajuda Alice a montar, depois monta em seu cavalo negro, e os dois se punham a cavalgar rumo ao bosque. Algum tempo depois, eles param ao ouvir algo se mover por entre os galhos mais a frente e Caspian desce de seu cavalo e avisa Alice:

– Espere aqui, eu vou ver o que é...

– Tome cuidado. –ela demonstra preocupação, o que desperta um sorriso discreto nos lábios do rei.

Ele se afasta, e some por entre as arvores. Minutos depois, Alice desce do seu cavalo, e segura às rédeas do mesmo enquanto olha curiosa para dentro da floresta, sentindo-se preocupada com o silencio do rei.

– Espero que ele não demore... –diz. – Não quero ficar aqui sozinha... –Alice olha para o animal a sua frente e decide acariciar sua crina brilhante. – Além do mais, acho que estou começando a gostar da companhia dele! –ela sorri e suspira. – Acho que posso ficar mais um dia! –Alice toca o pelo do cavalo e diz. –Você é um cavalo muito bonito! –ela olha para os olhos do animal.

– Obrigado majestade! –responde o mesmo.

– Você também fala? –ela se espanta.

– Apenas o necessário, majestade!

– Nossa! –ela ri. – Isso é mesmo muita loucura pra sua cabeça Alice! –diz a si mesma sacudindo a cabeça. – E você tem nome?

– Felipe, majestade!

– Você também acha que eu sou a rainha?

– Talvez... Se o rei acredita que sim. Não serei eu a discordar!

– Então existe uma possibilidade de ele estar errado?

– Muito remota majestade!

De repende Alice se vira rapidamente ao ouvir estalos de folhas se quebrando, e avista um majestoso leão de grande juba dourada, e se assusta logo se encostando ao cavalo, e segurando firme sua crina.

– Não tenha medo Alice! –diz o leão. – Eu não vou machucá-la. Na verdade venho vê-la!

– Ai meu Deus! Todos os animais aqui falam? –ela diz franzindo a testa.

– Ele não é um simples animal majestade! –diz Felipe em tom baixo.

– Como vai Felipe? –diz o leão.

– Muito bem grande Aslam! Obrigado por perguntar! – Felipe parece curvar a cabeça.

– Eu me lembro de você! –diz Alice. –Do meu sonho!

– E do que mais você se lembra? –pergunta Aslam.

– Eu me lembro de uma praia, e de... –ela começa a recordar dos demais detalhes.

– Nosso ultimo encontro! –o leão parece sorrir. – Sim! A lembrança mais recente...

– Eu já estive aqui antes?

– Sim! Há muito tempo! –ele da alguns passos.

– Quando?

– Você ainda era uma menina! Mas fez muito por este povo.

– Como assim?

– Venha comigo. –ele faz um gesto com a juba. – Eu contarei tudo a você!

Alice olha confusa para Felipe, que gesticula com a cabeça induzindo-a a seguir o leão. Então tomada de curiosidade ela da alguns passos ignorando a razão, e segue Aslam por entre as arvores, enquanto ele lhe dá todas as devidas explicações, sobre os motivos de ela estar naquele lugar.

– Primeiro, o lugar que está vendo pertence à Nárnia! –diz ele. – Um mundo paralelo ao seu mundo.

– E por que estou aqui? –ela diz ao caminhar ao lado do grande leão.

– Assim como da ultima vez, você foi chamada por uma razão. Uma missão!

– Missão?

– Nárnia precisa de você novamente! Estamos passando por um período difícil desde sua partida, mas somente agora consegui trazê-la de volta...

– Espera, e o que exatamente eu fazia em Nárnia?

– Você derrotou a rainha vermelha. Aquela que ocupava o trono que pertencia por direito a rainha Branca, sua irmã. Porém, pouco tempo depois de sua partida, percebi que tinha algo errado com o tempo em Nárnia. A rainha Vermelha junto com a feiticeira Negra havia lançado uma maldição sobre Nárnia. Esta maldição controlava o tempo, fazendo com que nada além de um ano se passasse.

– O que quer dizer?

– O feitiço permite que o mesmo ano se repita, por várias e várias vezes. Assim como a maioria dos seus acontecimentos mais importantes. No calendário normal, quando chegamos ao final de um ano, trocamos a página pelo ano seguinte. Em Nárnia, nós apenas regressamos ao primeiro dia, daquele mesmo ano. E assim tem sido desde que você regressou a Londres.

– Como se o tempo não passasse?

– Sim! Por isso venho tentando encontrar um modo de trazê-la de volta, mas tudo que consegui foi entrar nos seus sonhos. Isso acabou prendendo uma parte sua neste plano.

– Então é por isso que Caspian acha que sou sua rainha?

– Ah sim! –ele parece sorrir. – Caspian! Este tem me dado certo trabalho! Ele simplesmente se nega a acreditar que seu casamento não é real... Creio que ele se apaixonou perdidamente pela sua outra metade!

– Então o que quer que eu faça? Por que me trouxe de volta? –era difícil compreender, mas ela estava se esforçando. – E onde está minha outra metade?

– Sua outra metade deixou de existir quando você chegou a Nárnia! –sua voz mansa e pausada parecia musica aos ouvidos de Alice. – Ela era sua única ligação com este lugar! Sem ela, talvez jamais conseguisse trazê-la de volta. A cada ano que ficava mais velha no seu mundo, as chances de acreditar que Nárnia é real, diminuíam. Tive de manter vivas suas lembranças, caso contrário não poderia voltar.

– Por isso tenho o mesmo sonho desde os doze anos?

– Sim... Você não tinha mais de nove anos quando esteve aqui pela primeira vez.

– E consegui derrotar a rainha Vermelha sozinha?

– Você teve ajuda! –ele move o canto da boca em mais um sorriso agradável.

– De quem?

– Os reis de Nárnia! Precisará da ajuda deles por mais uma vez...

– Pensei que Nárnia só tivesse um rei... Caspian!

– Caspian é o rei de Nárnia, escolhido por mim! Mas existem outros quatro reis, que regem outros países em Nárnia. Precisa encontrá-los, e convencê-los a ajudá-la.

– E quem são eles?

– Rei Pedro, o magnífico, regente do limpo céu do Norte. Rainha Lucia, a destemida, regente dos Mares do Oriente. Rei Edmundo, regente dos Grandes Bosques do Ocidente, e rainha Suzana, a gentil, regente do Radiante Sol do Sul.

– Edmundo? –ela se lembrou do nome do rapaz que a encontrou na floresta junto com o rato Ripchip.

– Sim! Este está mais perto e será mais fácil convencê-lo!

– Ele vive no castelo com Caspian.

– Sim, mas ele se nega a assumir seu trono, após ter perdido sua amada rainha...

– Acha que vou conseguir convencê-lo?

– Conseguiu convencê-lo da ultima vez! –o leão era confiante. – Agora precisa voltar, o rei Caspian está a sua espera. Não o deixe preocupado mais uma vez... –o leão se afasta devagar.

– Espere?

– Sim?

– Vou vê-lo de novo?

– Em breve!

Assim que Aslam se vira, e depois some, Alice corre por entre as árvores até encontrar Caspian com os cavalos.

– Alice? Por que se afastou? –ele repreende.

– Felipe não lhe disse? –ela diz animada.

– Estava com Aslam?

– Sim! –ela sorri radiante.

– E o que ele disse? –Caspian não parecia contente.

– Conto tudo quanto voltarmos ao castelo... –ela sorri e segura o rei pelas mãos o puxando para perto dos cavalos. Logo eles montam nos lombos de seus animais e regressam a casa.



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Notas finais do capítulo

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