Mudanças escrita por gsaint


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Mais um porque o anterior foi pequeno :D



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Teria no máximo umas 3h para esperá-lo chegar. Ficou inquieta, sem saber o que fazer. Informara aos pais que ele estava chegando e foi para o seu quarto esperar. Acabara lembrando o dia que o tinha conhecido.

Já fazia dois anos que estava na faculdade e era bem popular, desde criança era de fazer amizade fácil, agia naturalmente com todos, era muito espontânea, logo todos acabavam gostando dela rápido. As meninas morriam de ciúmes pelo simples fato dela fazer amizade com todos os garotos da faculdade, mas sempre foi assim, era bem fácil ser amiga deles do que delas. Acabou ficando com fama de periguete, mesmo sem ninguém ter provas de que ela tinha ficado com todos. Ela tentava não ligar, mas às vezes era muito chato levar fama por algo que não cometeu.

O conhecera através de Lia, pois a irmã dele, Juliana, era amiga dela. Eles tinham acabado de chegar de Brasília e a namorada do seu amigo resolveu fazer um almoço. Foi mesmo sem os conhecer por insistência de Lia e Victor, porém não se arrependeu. Não era muito de acreditar em amor a primeira vista, mas ao olhá-lo pela primeira vez sentiu seu coração acelerar. E não conseguiu tirar mais os olhos dele pelo resto do dia, parecia um imã. Ele retribuía o olhar às vezes, mas não sorria, olhava-a intrigado.

– Lia, você não me disse que o irmão da sua amiga era um gato. - falara para a amiga quando tiveram um momento a sós.

– Ih, Fatinha, é melhor tirar o olho porque ele já tem namorada. - dito isso todas as possibilidades que ela tinha imaginado foram quebradas. Ficou um pouco decepcionada pela informação, mas minutos depois já estava bem novamente e resolveu que não valia a pena ficar assim por alguém que conhecera no mesmo dia e que ela mal tinha trocado duas palavras.

Porém Fatinha se enganou achando que essa paixonite iria passar de uma hora pra outra. Pois foi quase um ano sofrendo ao vê-lo com sua namorada e só falando com ela às vezes por educação. E pra piorar ainda mais ele se deixava levar pelos comentários da galera de que ela piriguete. Ela não se deixou desanimar, continuou nas suas festas, com seus amigos, curtindo a vida.

Até que em uma noite saindo da faculdade e indo pegar o ônibus, sentiu alguém tampar sua boca e colocar uma arma em suas costas, puxando-a para um beco, na hora sentiu seu corpo gelar, seu coração acelerou de medo e faltava ar para respirar.

– Serei bonzinho com você, lorinha, se você for boazinha comigo. - o bandido falara. - Então não grite e me passe a bolsa. - ela só fazia balançar a cabeça e chorar silenciosamente.



– Eu vou matar a Fatinha! - Bruno gritou assim que desligou o telefone, fazendo os amigos pararem de conversar pra olhar pra ele.

– Cara, o que houve? - Rasta perguntou se aproximando. Bruno estava transtornado, bufava e segurava o celular com tanta força que se fosse outra coisa teria quebrado.

– O que houve? O que houve é que a queridinha de vocês me ligou agora.

– E isso não é bom? A gente sabe que você tava com saudades dela. - Nélio falou rindo.

– Me ligou pra dizer que tá grávida. E o filho é meu. - os amigos o olharam surpreso.

– Nossa, mas como foi isso? Digo, porque faz tempo que ela foi embora. - Nélio perguntou confuso.

– Ela disse que já saiu daqui grávida. - inspirou fundo. - Só queria entender porque ela escondeu de mim e fugiu. Porque foi isso que ela fez, fugiu de mim com meu filho na barriga.

– Acho que ela deve ter uma explicação pra isso. - Rasta disse enquanto dava uns tapinhas nas costas do Bruno. - Mas fala aí, o que você vai fazer agora?

– Vou lá na casa dos pais dela. Isso não é conversa pra se ter ao telefone.

– Você quer que a gente vá com você? - perguntou Nélio. - Porque do jeito que você tá...

– Não, preciso ir só. - Bruno respondeu um pouco mais calmo.

– Então vai lá, brother. Só não chegue fazendo escândalos porque isso pode afetar a criança. - Aconselhou, Rasta.

Bruno se despediu dos amigos prometendo que iria se acalmar, não iria deixá-la nervosa e que daria notícias. Passou em casa rápido pra dar a notícia a irmã e tomar banho, depois pegou a estrada.


Ju ficou chocada com a notícia, como assim seria tia? Bruno pai e o pior, Fatinha mãe. Ela não sabia cuidar nem de si mesmo, quanto mais de uma criança?

Resolveu ligar para Lia para ter mais explicações, porque tinha certeza que sua amiga estava sabendo disso.

– Oi, Ju... - assim que Lia atendeu, percebeu que tinha atrapalhado algo, pois a respiração da marrentinha estava irregular e ela estava soltando uns risinhos.

– Que história é essa que a Fatinha tá grávida? - resolveu ser bem direta.

– Como você soube? - Lia respondeu com uma pergunta.

– O Bruno me falou agora, a Fatinha ligou e agora ele está a caminho da casa dos pais dela. - no outro lado da linha, Ju só conseguia ouvir a voz do Victor ‘O que foi? Que que tá acontecendo?’ - Mas não tô ligando pra isso, quero saber porque você não me falou nada?!

– Bem, Ju... Foi escolha dela, não poderia trair a confiança contando algo que ela pediu pra ser mantido em segredo. Não queria me meter nas coisas da Maria de Fátima. - confessou Lia. - Sei que você deve estar magoada, mas veja o meu lado também.

– Eu vou entender, mas não agora... agora preciso assimilar isso. Nos falamos depois. - então desligou seu celular.


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Notas finais do capítulo

Bem, espero que gostem.