No outro dia acordou com o celular vibrando, viu no visor que era Victor e desligou. Com muito pesar levantou da cama e foi abrir a porta de camisola mesmo. Assim que abriu deu de cara com o Victor e Lia se beijando.

- Opa, não acredito que vocês vieram pra minha porta pra ficarem de agarramento.

- E eu não acredito que você atende a porta de camisola. - respondeu Lia entrando no apê, cheia de sacolas.

- Ih... você foi fazer feira, Lia? - perguntou Fatinha mudando de assunto.

- Não, é só um café da manhã reforçado. - disse envergonhada. - Vamos comer logo que precisamos pegar a estrada cedo.

- Como assim pegar a estrada? - Fatinha perguntou confusa.

- Ah, é que vamos te levar. Seus pais acharam melhor. - respondeu Victor.

Depois do café tomado e Fatinha arrumada, foram atrás da Marcela. Assim a loira se despediu do Gil e do Lorenzo, filho e marido da mais velha, e o ultimo por sinal era pai da Lia.

A viagem seguiu tranquila, todos conversando, parando um pouco porque Fatinha estava ficando enjoada. Com isso só puderam chegar na hora do almoço.

 

A mãe de Fatinha fez uma festa quando a filha chegou, pois se viam poucas vezes, já que a filha estudava em outra cidade. A abraçou e só a soltou quando Fatinha reclamou.

- Mãe, você tá me sufocando. - todos riram.

Depois foi a vez do pai da Fatinha, que antes de abraçá-la, depositou um beijo em sua testa.

- Minha filha, como você cresceu. E está com um brilho diferente no olhar. Está maravilhosa.

Todos se cumprimentaram e entraram para um almoço que dona Vilma havia feito. Almoçaram em um clima descontraído, com as mulheres falando sobre filhos, casa, e homens sobre futebol. Depois seu Adolfo se retirou da mesa, pedindo licença para os convidados e depois de alguns minutos voltou trazendo um presente para a filha.

Ela que adorava presentes, ficou afobada e abriu de uma vez, sem ser nenhum pouco delicada.

- Ai, pai, que coisa mais linda. - disse ao ver que era uma mini camiseta do time que eles torciam, Sport. O pai de Fatinha que era filhos de pernambucanos, herdou dos pais a paixão pelo time, fazendo assim a filha torcer também.

As mulheres babaram só de imaginar um bebêzinho vestido aquela mini camisa.

- Não vejo a hora de ver como ele será, Fat. - disse Lia, emocionada.

- Obrigada, pai, amei. E esse é o primeiro presente que o meu baby ganha. - falou abraçada ao pai.

- Não se preocupe, querida. Vamos começar a comprar o enxoval do bebê. - Vilma se pronunciou.

- Ah, Fatinha... eu já ia esquecendo. Era pro meu ter sido o primeiro presente, mas deixarei passar porque foi o seu pai quem deu. - falou Marcela rindo. Foi até sua bolsa e tirou de lá um embrulho, que Fatinha abriu em um piscar de olhos, com um mini macacão em azul claro, com a frase ‘Sou da titia’. - Quando eu vi na loja, não consegui resistir.

Fatinha já se encontrava toda boba, estava sensível. Abraçou a amiga e agradeceu.

- Eu não trouxe nada, Maria de Fátima. Até porque seu filho já ganhou a madrinha mais gata que alguém poderia ter. - Lia provocou.

- Ih, Lia, já falei pra você que eu serei a madrinha. - Marcela respondera a enteada.

- Mas esse bebê tá podendo mesmo, né? Nem nasceu e já tá sendo disputado pela mulherada. - disse Victor tirando onda.

E assim passaram a tarde, até que chegou a hora que Marcela, Lia e Victor foram embora. Prometendo vim visitar, ligar, sempre.