O Estranho Mundo De Nami escrita por Estressada Além da Conta


Capítulo 3
Vozes


Notas iniciais do capítulo

Casais que estão ganhando: LuNa, LaNa e ZoNa.
VAMOS LÁ, POVO! QUERO VER!



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Vozes


"Bom dia, Diário. Novamente, aqui quem fala é a sua Nami. Nanami atacou novamente e assim que Silver chegou, ela me fez limpar toda a casa. Eu os odeio. Silver é patético, um mero peão de Nanami, enquanto essa parece possuir maldade para dar e vender e é capaz de sobrar. Bem, pelo menos ela não me bate mais... Ah, ontem eu encontrei um lugar lindo. Parecia um jardim de sonhos. E também fiz uma nova amiga, uma gata preta chamada Robin. Bom, não fui eu quem deu esse nome, acho que os donos morreram ou ela se perdeu, não sei. Sabe, ontem eu sonhei. Estranho, não é? Eu não sonho nada desde meus quinze anos e já tenho dezessete! Eu sonhei com alguém me dizendo: 'Nami... Venha, Nami... Fabulus precisa da princesa... Você é nossa herdeira. Acorde, Nami!' De quem será essa voz? O que será Fabulus? E como assim "princesa"? Acho que li muitos contos de fadas quando criança... Agora são quatro da manhã e eu só posso andar pela casa a partir das seis, que é quando os outros acordam e tenho que começar a vida de doméstica. Vou aproveitar esse tempinho e visitar novamente o Jardim dos Sonhos, como resolvi chama-lo. Abraços de sua Nami."


Nami guardou o livrinho, levantou-se da cama, tirou o pijama e vestiu um short branco, uma camisa amarela com estampa de algumas flores de um amarelo mais escuro e as sandálias. Não tinha muitas roupas, mas sabia aproveitar as que tinha. Preparou a corda de lençóis, assim seria mais seguro para ela, e saiu daquela casa como da última vez. Ao tocar o chão, levou um susto ao ver uma gata negra lá, sentada na relva como se a esperasse.

– Bom dia, Robin. – Robin deu um pequeno miado em resposta – O sol ainda nem nasceu... Está com fome? – Novamente, um miado foi a resposta recebida – Eu também, mas não posso comer em casa ou eles irão descobrir. Conhece algum lugar com uma árvore onde eu possa pegar uma fruta? – Robin levantou-se, espreguiçou-se, olhou para Nami e começou a andar – Você quer que eu te siga? – Não recebendo resposta, a ruiva se pôs a seguir o felino.

Robin andou em direção ao Jardim dos Sonhos, fazendo Nami estranhar, afinal não vira nenhuma árvore frutífera lá, porém a gata, no meio do caminho, virou-se para a direita, indo para um lugar bem deserto. Talvez nunca existisse um caminho ali, mas se talvez algum dia já existira, a relva o cobriu por completo. A grama era bem verde e alta, fazendo a ruiva tropeçar algumas vezes em pedras e quase cair em um ou outro buraco. E foram as duas andando assim, até a moça topar numa pequena rocha e cair.

– AI! – Nami exclamou se sentando no chão – Ai, Robin, vamos dar uma pausa, sim? – O bichano apenas chegou perto dela e lambeu sua face, bem onde havia um arranhão – Obrigada, Robin. Mas acho que se não acharmos logo a árvore, vou desmaiar de fome. – Levantou-se e continuou andando. "Pelo menos não me machuquei muito.", ela pensou.

Foram andando, dessa vez o animal andava sempre ao lado da jovem, como se fosse dela. O caminho continuou por mais alguns metros, até encontrarem um pequeno lago e uma macieira crescendo perto de sua beira. Nami adorava maçãs! Eram suas frutas preferidas depois de laranjas, e tinha um motivo especial para isso.

– Oh, eu adoro maçãs! Obrigada! – Correu até a árvore, mas ao chegar lá se decepcionou, não havia uma única fruta lá – Mas está vazia!


"Olhe novamente, princesa Nami."


– O quê? Quem? – Nami olhou de um lado para o outro. Quem havia dito aquilo? Entretanto, resolveu seguir o conselho e se surpreendeu, a macieira agora estava carregada – Que estranho.


"Você tem fome, princesa. Vamos, coma.", Aquela voz se pronunciou novamente. Nami percebeu que era a voz de uma mulher, pelo menos parecia.


– Bem... Vou pegar uma. Não custa tentar, não é, Robin? – Questionou para a gata que estava sentada observando tudo silenciosamente. A ruiva se esticou e pegou uma maçã, provando-a – Nossa! Essa maçã está muito boa!


"Sabia que você ia gostar! Vamos, pegue quantas você quiser.", outra voz, dessa vez masculina, comentou. "Vamos, Nami-san, coma!".


– Bem, não vai me fazer mal, não é? – Pegou mais uma fruta. E ali ficou por uma hora, comendo suas maçãs e aproveitando a paisagem, enquanto acariciava a pelugem macia de Robin, que não saia de seu lado – Sabe, Robin, eu gostaria que você falasse. – Robin a olhou – Assim eu teria com quem conversar e você poderia me explicar essas vozes na minha cabeça.


"Tudo ao seu tempo, gracinha. Você ainda não acordou.", uma voz masculina, grave e rude declarou com um pouco de malícia e sarcasmo.


"Não seja tão duro, seu idiota. Ela é a princesa e vai acordar logo, certo, Nami?", dessa vez foi uma mulher.


– Ai, vou ter uma dor de cabeça desse jeito. – Nami pôs uma mão na cabeça.


"Vão embora, estão confundindo ela.", a voz que ouvira quando chegara ali voltou a se pronunciar.


"Ei, Nami, volte logo para a gente, okay? Shishishishishishi!", infantil, essa era a melhor descrição da voz para Nami. Infantil e alegre, com um toque de inocência.


– Quem é você? – Ela questionou para o nada, completamente confusa. Tinha a impressão de conhecer aquela risada.


"Nós todos somos velhos conhecidos, Nami-ya.", outro homem falou, com uma voz calma, baixa e grave.


– N... Nami-ya? Eu já ouvi isso... Mas onde? Onde eu ouvi?


"Por hora, Nami-ya, é melhor voltar para sua casa. Eles devem estar acordando."


– Eles? – Alguns segundos de silêncio – Nanami e Silver estão para acordar! Não posso ficar aqui sonhando! Vou para casa! – Exclamou e começou a correr para sua casa – Até, Robin, e obrigada pelas maçãs.


"Ela ainda não se lembra, apenas esperem um pouco mais.", uma das vozes disse.


"Robin, nós não temos tempo! Eu nem mesmo consigo comer minha carne em paz! Nami precisa se lembrar!", a infantil comentou.


"Nunca pensei que diria isso, mas Mugiwara-ya está certo. Nico-ya, se demorar muito, Fabulus deixará de existir.", novamente a grave e calma.


"Farei o possível.", a primeira respondeu.


Nami correu, correu e finalmente chegou à sua casa. Subiu a corda novamente, limpou as roupas, arrumou o quarto, tratou do pequeno ferimento e se preparou para descer, mas ouviu um barulho na janela que a fez parar. Era Robin.

– Você é rápida. – Comentou.

– NAAMII! VENHA FAZER NOSSO CAFÉ! – Nanami gritou lá de baixo.

– JÁ VOU! – A ruiva gritou de volta – Até mais tarde, Robin. – Abriu a porta, correu escada a baixo e foi para a cozinha, onde os Kamakiri esperavam o café.


"Acho que vou ter que fazer o impossível também...", Robin comentou em pensamentos.

(Robin - Neko)

(A Macieria e o Lago)


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Notas finais do capítulo

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