–Elena? Elenaa?!?- Caio.

–Ahn? O que?- estava tão perplexa que não tinha visto Caio que estava ali me chamando desde que Jéssica havia deixado a sala.

–Está tudo bem? Jéssica..- ele assumiu um tom sério, que nunca pensei que iria ver, mas não deixei que ele concluísse.

–Claro, não se preocupe. Está tudo ótimo...- desviei o olhar.- Então, vamos?

–Aham, qualquer coisa, sabe não é?- ele. Apenas acenti e saímos da sala.

Quando saímos do laboratório encontramos Victor.

–Oi gatinha? Oi mangolão.- Victor.

–Oi.- eu.

–Oi meu amore, eu também te amo sabia?- Caio de frescura com Victor.- Qual a tua aula de agora?

–Física e tu?- Victor.

–Espanhol. E aí, tá tudo combinado? Naquele esquema?- Caio.

–Sim. Já até falei com as meninas. Lena que aula tem agora?- Victor me chamou.

–Física.- estava tão aérea que não fazia ideia do que eles estavam falando.

–Vamos então?- Victor.

–Ahn?- eu.

–Aula? Física?- Victor.

–Ah sim. Vamos.

–Tchau. Até depois cara.- Victor se despediu de Caio e fomos em direção a mais uma tortura. Fomos para sala em um silêncio totalmente desconfortável, acho que Victor não falou nada por causa de ontem.

–Tudo bem?- perguntei tentando não parecer sem graça e então quando ele iria responder Lyra e Karyn apareceram.

–Aula de física?- Karyn com um sorriso estampado.

–Aham.- eu e Victor falamos ao mesmo tempo, o que fez o clima de tensão piorar.

–Formou. Vamos entrar então?- Karyn. Antes que eu entrasse, Lyra me puxou um pouco pra longe.

–O que aconteceu? Você parece... sei lá.- Lyra.

–Não aconteceu nada. Por quê?- respondi tentando transparecer normalidade.

–Aham... Não acredito.- ela nao tinha se convencido com a minha resposta e agora estava me fulminando. Eu queria falar, mas também não queria que ela brigasse com Jéssica por minha causa. - Tudo bem. Você sabe que pode contar comigo não é? Somos amigas.- ela sorriu.

–Sim, eu sei.- sorri em retribuição. Gostava de Lyra, ela era a primeira pessoa depois de minha mãe que me passava realmente confiança. É eu estava virando amiga de Lyra.

–Ei? Garotas? Não vão vir?- Victor apareceu na porta.- A aula já vai começar.- e então entramos.

No meio da aula, Victor me passou um bilhete, nele dizia que eles iriam fazer uma festa surpresa de aniversário para Lyra e também perguntava se eu não me importava de ajudar na decoração. Claro que respondi que não me importava e que ajudaria, assim pelo menos teria uma ocupação no sábado e não teria que aturar minha dinda. Depois que a aula terminou fomos para o refeitório almoçar. Logo que chegamos recebemos um oi coletivo de todos na mesa, menos é claro o de Jéssica. Ela simplesmente se levantou e saiu.

–Não liga pra ela.- Caio falou chegando e como eu não o tinha visto dei um pulo pelo susto e ele riu.

–Nunca... Mais... Faça... Isso! Ok?- eu me recuperando.

–Tá. Só não precisa ficar nervosinha.- ele se sentou ao lado de Lyra abraçando-a.

–Eles fazem essas ceninhas de quem realmente não os conhece.- Victor cochichou em meu ouvido, e isso causou um friozinho agradável na minha barriga. - Quem já é intimo, sabe que eles brigam feito cão e gato.- quando virei para encará-lo ele estava sorrindo com um ar de debochado e me olhou nos olhos, tenho absoluta certeza de que fiquei parecendo um tomate. Olhei em volta para ver se alguém havia notado o que estava acontecendo ali, mas todos estavam envoltos em diversos tipos de conversas.

–Lena, que aula você tem depois?- July me chamou.

–Matemática.- respondi voltando ao meu normal e me sentando.

–Feito! Pensei que ia ter que aturar esses dois malas sozinha.- ela apontou para Paul e Henry, até achei que ela ia dar um pulo, mas não deu. O dia passou rápido até. Quando estava saindo da escola na companhia de Lyra, encontramos Jéssica.

–Lyra? Posso falar contigo?- Jéssica em um tom sério.

–Sim. Fala.

–Não.-Jéssica me olhou dos pés a cabeça.- É em particular.- Lyra me olhou, como quem pedisse desculpa( como se ela tivesse alguma culpa). Avistei minha dinda indo em direção ao seu carro.

–Lyra? Vou ir com a minha dinda, amanhã nos vemos?- ela acentiu. Sai correndo em direção a minha dinda e ela se assustou e, sem mentira nenhuma, parecia que ela ia sacar uma arma.

–Elena Swilver quer me matar do coração?!?

–Não. Desculpa.

–Tudo bem, vai pra casa?

–Aham.

–Então entra, que eu te deixo lá.- ela entrou no carro e eu também. Fomos em silêncio a viagem toda, quando cheguei em casa encontrei Leandro atirado no sofá da sala assistindo tv.

–Oi maninho?

–Oi. Quer?- Leandro me ofereceu uma bacia cheia de pipocas, aceitei e fiquei ali com ele até a hora que minha dinda chegou. Então, subi, fiz alguns deveres, tomei um banho e deitei pra dormir, estava muito cansada.