Armistice escrita por Jewelry Bonney


Capítulo 14
Pensamentos ruins


Notas iniciais do capítulo

Então galera, abandonei voces, me perdoeem! mas como resolvi reeditar a Fic toda estarei postando ela novamente

beijooos



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Pensamentos ruins

Bonney percebia ser levada, mas quem era? Sua visão ainda estava escura e a única coisa que conseguiu foi sussurrar:

— Ace...? – E voltou a apagar no colo daquele que a levava.

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Bonney acordou numa cama e a única certeza que tinha era: não estava em seu navio. Pouco tempo depois de acordar Bonney ouviu passos indo em sua direção. O homem estava indo para lá...

— Mas o que? Esse chapéu... – Bonney estava surpresa, ele usava um grande chapéu com uma pluma, infelizmente aquilo era característico de um certo bando rival.

— Bandeira Vermelha? Estou no navio do X. Drake? Onde ele está? – Bonney estava ficando nervosa, o homem pedia para ela se acalmar enquanto retirava-se para chamar o capitão.

X-Drake entrou na cabine e sentou-se numa cadeira do outro lado da sala, Bonney não pôde deixar de notar as ataduras nele "Ele foi um dos que encontrou o Almirante?" X. Drake observava Bonney de longe que já estava se levantando da cama, querendo partir.

— Está bem? – Perguntou X. Drake.

— Por que quer saber?! – Bonney pegava seu chapéu ajustando-o na cabeça – Já estou de partida.

— Porque você disse "Ace" enquanto eu te carregava? Conhece o "Punhos de Fogo"? – perguntou o Ex-contra almirante.

Bonney congelou por alguns segundos e começou a pensar: "Droga... Pronunciei o nome dele? Só posso estar ficando louca". E antes que ela pudesse dizer algo, X. Drake disse:

— Essa história não me interessa, então não vou entregá-la. – Disse X. Drake de forma seca – Até onde sei você não machuca civis e nem parece ser uma grande ameaça, sem ofensas. Não tenho a mínima ideia de quais são seus crimes, mas, mesmo assim, você é temida pelo governo. – Então Drake voltou ao ponto em que queria chegar – Você já deve imaginar a guerra que está por vir, se a marinha imaginar que você tenha uma relação com o Punhos de fogo, eles irão executá-la. Independente do que você tenha feito antes.

Bonney suspirou enquanto pensava: "porque todos ficam repetindo isso? Bando de idiotas... E X. Drake, eu posso mesmo confiar nele?".

— Éramos amantes. – disse retirando-se da cabine e preparando-se para desembarcar. X Drake foi atrás dela, parecia não acreditar naquilo, mas ainda assim ele havia entendido a intenção daquelas palavras. Aquilo era sinal da confiança de Bonney, recompensando-o por tê-la ajudado.

— Permita-me lhe dar uma sugestão. – Ele fez uma pausa, sabia que suas palavras não seriam bem-vindas, mas tinha que falar. – Esqueça-o! – Em resposta aquilo, Bonney apenas acenou, tomando o rumo em sua caminhada de volta a seu navio.

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— Capitã! O que houve? Você demorou! – dizia um dos homens vindo recebê-la.

— Não é de sua conta! Quero meu jantar pronto! E estou faminta, seu idiota! – Disse enquanto entrava para a cozinha. Bonney jantou, limpou o estoque do navio e ignorou seus homens passando diretamente para seu quarto. A capitã deitou-se na cama olhando o teto e encostou uma das mãos no coração

— Esquecê-lo...? – Bonney estava triste, preocupada, sabia que não podia se preocupar, mas tudo aquilo lhe doía tanto. Sentia seu sol apagando-se cada vez mais em seu peito.

Depois ela estava pensando: "O que diabos foi aquela fraqueza hoje? Talvez tenha tido sorte em topar com X. Drake, mas e se fosse Eustass Kid? Teria que lutar, com certeza" – Bonney ficou pensando mais um pouco e depois enxugou suas lágrimas e disse num baixo sussurro fechando os olhos para procurar outras coisas em sua mente: "Me desculpe Ace, mas vou tentar te esquecer... Pelo menos até a guerra terminar."

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No dia seguinte Bonney acordou sentindo-se extremamente mal. Não havia dormido nada, fora a dor de cabeça e os pensamentos que lhe incomodavam.

A capitã levantou-se fazendo seu ritual matinal e saiu olhando para os lados a procura de seu imediato.

— Ai esta você seu idiota! – Disse Bonney de forma ríspida, sua aparência estava horrível – Vou para a cabine do doutor, diga a ele que o esperarei lá.

Bonney voltou para o interior do navio, entrou no consultório e deitou-se na maca, o médico de sua tripulação entrou logo em seguida.

— Estou enjoada novamente. – Disse Bonney, ela já se preparava para ouvir novamente as suposições do médico. – Provavelmente foi a bebida que aquela maldita do bar me serviu ontem!

— Capitã... – O médico falou pausadamente. – Já se passou um mês e...

— Eu não sei, ok? Se fosse isso eu saberia não saberia? – Bonney virava-se para o lado, ela não queria ouvir isso, não agora. – Agora não é a hora.

— Tem certeza que não quer nem que eu a examine?

— Se você já acredita com tanta fé... – Bonney fez uma pausa e levantou-se da maca querendo sair dali, ela se sentia estranhamente sensível naquela manhã, talvez meio apavorada. Mas todas aquelas coisas acontecendo, tudo de uma vez, já eram motivo suficiente para se sentir mal. – Me dê alguma coisa para essa intoxicação alimentar, enjoo ou sei lá o que! – Disse Bonney com pressa.

~/~

Bonney juntava-se aos homens para o café da manha. Tudo estava lhe irritando profundamente. O barulho dos pratos, a demora para a comida chegar e até as conversas.

— SILÊNCIO! – gritou de repente fazendo com que todo barulho cessasse, Bonney levantou-se segurando nas mãos um pernil e mordendo-o e continuo a falar. – Estejam todos preparados. Daqui a dois dias acontecerá a Guerra em Marineford, espero que vocês já saibam que vamos assistir a transmissão e qualquer coisa que acontecer, partiremos correndo para lá. – Bonney deu mais uma abocanhada – Vão para a cidade, consigam um estoque comida o suficiente para irmos a Marineford! Eu cuidarei do navio.

— Mas capitã, não quer que alguns fiquem... Só por segurança?

— Calados! Desde quando preciso de seguranças cuidando de mim? É mais fácil vocês precisarem para não morrerem no caminho sozinhos! Agora vão logo bando de inúteis! – Os homens terminavam a refeição e desembarcavam correndo. Bonney pegou mais um pedaço de carne na mão e saiu andando pelo navio vazio. Pouco tempo depois se deitou na proa do navio olhando o céu, ela ficou algumas horas ali. O tempo estava lindo, ela podia sentir o sol aquecendo seu rosto e seu corpo.

— Ia proteger-me, não? – Ela suspirou sentando-se para ver a movimentação no porto. Não paravam de circular embarcações da marinha ali, era uma grande movimentação de pessoas. Várias mulheres, crianças e idosos desembarcavam.

"Será que todos vem de Marineford? Ninguém parece preocupado... Na verdade parecem felizes com a execução de Ace. Será que devemos ir para lá?". – Bonney suspirou esboçando um sorriso e falou em baixo tom – Você ficaria muito bravo se eu fosse não é? – Então começou a rir sozinha imaginando tudo. – "E se eu te salvasse, ainda ficaria?"

Alguns marinheiros desciam de um barco carregando equipamentos para transmissão, telões e Den Den Mushi's de transmissão. Então seria ali mesmo a transmissão.

Aquilo realmente ia acontecer, iriam expor Ace daquela forma. Bonney se segurava para não chorar novamente, aquilo vinha lhe machucando tanto. "Maldito Ace" ela pensava, mas um barulho de passos lhe fez ficar atenta. Bonney levantou-se correndo e foi em direção ao centro do navio. Alguns homens olhavam esperando alguém aparecer.

— Olha só se não é meu dia de sorte: Jewelry Bonney, 140 milhões de bellies. Estava pensando que seqüestraria apenas alguns piratas para levar para o leilão...

— Que tipo de otário é você em tentar invadir meu navio assim?

— Você não ouviu o que eu disse!? – O homem respirou fundo tentando se acalmar e voltar para seu discurso – Vi que está sozinha capitã, pedirei para meus homens serem gentis com você... – alguns homens começaram a se aproximar de Bonney, dois vinham pelas costas, outros dois vindos de cada um dos lados, Bonney olhava surpresa pelo fato ainda de terem invadido seu navio.

— Tenho certeza que conseguiremos uma grana muito boa com você. – Disse o líder deles, homem gordo, pouco mais alto que Bonney, moreno e com uma aparência de "cara mal". Ele vinha aproximando-se da capitã pela frente.

— O que vocês querem afinal de conta, seus babacas? – Perguntou Bonney enquanto pulava e ia subindo no mastro de seu navio – Olha só, é uma péssima ideia vocês entrarem em meu navio, então vou colocá-los de castigo – Bonney soltou uma risada histérica.

— Sua idiota não nos trate feito... – o Homem fez uma pausa assustado enquanto Bonney preparava-se para a luta— Crianças?!

~/~

Alguns dos tripulantes voltavam para o porto, aproximando-se do navio, carregavam grandes bolhas cheias de comida, uma maior que a outra. Cada homem deveria ter uns cinco balões. Eles riam e conversavam no caminho de volta.

— Ela nos paga! – Disse uma criança que cruzava o caminho deles. O garotinho era gordo e estava molhado, saia do mar, bravo junto de outros que choravam.

Os homens se entreolharam e um deles passou seus balões para o outro e disse:

— Então você conheceu nossa capitã, né, pedaço de lixo? – Disse o pirata com um tom ameaçador enquanto estralava os dedos.

~/~

Ace estava inquieto, desde a visita de Boa Hancock ele tentava pedir informações aos guardas, sem sucesso. Estava preocupado, queria levanta-se, sair correndo dali e chutar Luffy para fora de Impel Down. Queria saber se Luffy estava bem e onde estava. Jinbei sempre tentava acalmá-lo, mas era impossível, aquela mulher não viria ate ele para mentir. Algo bom naquilo tudo. Havia esquecido "dela".

Ele estava aflito, já tinha perdido a noção de tempo e seu corpo não respondia a seus impulsos. Ele queria seu fogo, apenas pensava em queimar tudo ali e encontrar o Luffy. Algumas pessoas aproximavam-se de sua cela.

— Então... Portgas D. Ace – Ace levantou a cabeça ao ouvir seu nome. Jinbei parecia alarmado ao seu lado, Megallan acompanhava alguns guardas e carcereiros. Ace apenas pensava: "Será que Luffy estaria bem? Tinha que ser mentira, senão Megallan não estaria aqui na minha cela". – De agora em diante você está sob minha custódia para a transportação até o local onde você será executado... – O diretor fez uma pausa olhando o prisioneiro – Marineford!

Ace mentalizava: "É mentira, se Megallan está aqui, não tem nada acontecendo" de forma mais forte a cada momento para conseguir acreditar.

Um dos guardas ia soltando-o da corrente enquanto outro o levantava. Jinbei olhou Ace e depois abaixou novamente a cabeça, ele também estava cansado. Ace ia sendo levado para fora de sua cela. Ele não demonstrava nenhuma emoção, apenas caminhava junto daqueles funcionários de Impel Down em direção ao elevador para ser entregue a sua execução. Ele já não pensava mais em escapar ou algo assim, apenas desejava que Luffy, caso realmente estivesse lá, conseguisse escapar.


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