POV Victória.

A dias Christopher não me atormentava mais e Enzo continuava carinhoso, estava muito estranho esse comportamento dele, depois da visita a mãe dele passamos o domingo todo, digamos, que nos divertindo, e que diversão, como combinamos de manter um relacionamento profissional dentro da empresa assim estamos fazendo, agradeci mentalmente quando o sinal da última aula tocou, ainda teria mais segunda antes da tão sonhada ferias, caminhei a passos rápidos estava tarde, eu tinha que comprar um carro urgentemente.

– Victoria. - olhei para trás vendo Henrico, um colega de classe, vir correndo. - só queria te lembrar de que amanhã temos que revisar o trabalho, é para segunda.

– caramba acredita que eu tinha me esquecido completamente? Mas passa em casa amanhã a tarde que a gente revisa sim. - sorri caminhando ao lado dele para fora da faculdade.

– então amanhã lá pelas duas da tarde pode ser?- confirmei, levei um susto ao sentir alguém me abraçar pela cintura.

– boa noite. - Enzo sussurrou em meu ouvido.

– até amanhã então. - disse Henrico se afastando.

– o que faz aqui? - perguntei me virando para ele.

– vim te ver e te convidar para dormir em casa, e quem era e para onde você vai com ele? - falou tudo de uma vez.

– em primeiro lugar o aceito dormir na sua casa, em segundo o que te importa sobre quem era e pra onde eu vou. - ele bufou me puxando para o carro.

– embora sejamos apenas " amigos com benefícios" ainda acho que devemos comunicar ao outro um caso de traição. - o encarei inconformada.

– traição, nem ao menos temos nada serio e você quer me controlar? - as vezes ele conseguia mesmo me tirar do serio.

– não quero te controlar. - disse somente.

– a não é o que então ciumes? - vi ele revirar os olhos.

– respeito. - ri sem humor.

– quer mesmo falar de respeito? - ele deu de ombros. - então tá, um dia antes de inventar para seu irmão que estávamos namorando estava na piscina com suas duas funcionarias mais putas. - tentei controlar meu tom. - e além disso desfila e almoça com as duas todos os dias.

– não sabia que você se incomodava com elas. - agora foi minha vez de revirar os olhos.

– não me incomodo, só acho que temos direitos iguais.

– e temos, só que pelo menos avise quando tiver planos para passar a noite com outra pessoa. - engoli qualquer coisa que pensei em dizer e virei meu rosto para janela, até chegarmos no prédio dele.

– você insiste em me comparar com as mulheres com quem costumava sair não é. - falei abrindo a porta e saindo na frente dele, peguei o elevador e subi primeiro que ele.

– desculpa, já disse que jamais te compararia com qualquer mulher do meu passado. - sussurrou me abraçando. - desculpa eu só fiquei bravo porque tinha aceitado o convite de um amigo, para uma festa e queria que fosse comigo. - olhei bem em seu olhos e não resisti o sorriso que me lançou e simplesmente o beijei.

– você é um idiota sabia.

– sou seu idota. - sorri pegando a chave da mão dele abrindo a porta.

– vou tomar banho. - avisei, era incrível como já me sentia a vontade ali.

– que tal tomarmos banho junto de banheira? - perguntou malicioso.

– sabemos bem que se entrarmos juntos nesse banheiro, banho não é a unica coisa que vai acontecer.

– prometo que me comporto. - sussurrou próximo ao meu pescoço me fazendo arrepiar.

– ok, enche a banheira eu vou arrumar minhas roupas. - avisei indo para o quarto pegar algumas roupas já que tinha bastante roupas minhas esquecidas ali, peguei uma blusinha solta e um shorts de dormir e voltei para o banheiro, Enzo já estava só de cueca e estava terminando de encher a banheira. - esqueci meu perfume vou usar esse aqui ok? - falei mostrando o mesmo vidro de perfume que usei outro dia.

– onde estava essa porcaria? - perguntou tirando da minha mão.

– no armário.

– ah nem me lembrava disso, mas na boa eu prefiro o seu não passa isso não. - disse abrindo o perfume e despejando na pia jogando o frasco vazio em seguida.

– de quem era esse perfume? - senti uma imensa curiosidade.

– de ninguém importante, mas vai tirar a roupa sozinha ou quer que eu te ajude? - ri de sua pergunta e aceitei sua ajuda.

Joguei a cabeça para trás ao sentir seus lábios descendo até chegarem ao meu seio, ele já sabia o que fazer para me enlouquecer, entramos na banheira e a promessa de que ele se comportaria não se foi cumprida, muito pelo contrario, nunca havia me entregado a ninguém com o mesmo desejo que era com ele, depois de saciar nosso desejos tomamos banho de verdade, seguindo para cama, estava exausta.

– você ainda não me disse onde vai com aquele cara. - disse de uma forma tão casual.

– ele vai em casa para revisar um trabalho da faculdade. - bocejei.

– ah, então vamos a festa do meu amigo? - seu tom de voz saiu mais descontraido.

– vamos sim, mas eu vou ter que me comportar como? - perguntei confusa.

– Christopher também estará na festa assim como algumas pessoas da empresa, mas eu iria adorar te encher de beijos na frente de todos.

– é até das suas amiguinhas? - debochei.

– minha única amiguinha é você o resto são meras conhecidas. - revirei os olhos e dei um beijo de boa noite naquele idiota.

– Vic . - me chamou quando eu estava quase dormindo.

– oi. - disse me virando para ele.

– por que nunca me disse nada sobre sua familia? Pai, mãe, irmãos? - Suspirei lentamente lembrando do meu pai agressivo e das minha duas irmãs.

– minha mãe faleceu quando eu tinha 15 anos, meu pai sempre foi muito agressivo, 6 meses depois que comecei a trabalhar para você ele me expulsou de casa alegando que eu já poderia mi virar sozinha, o fato dele me por pra fora de casa foi mais como um alivio, mas tenho duas irmãs uma de 15 e outra de 7 penso nelas todos os dias e só posso vê-las com a autorização dele. - disse de uma vez.

– nossa Vic não imaginava que sua familia fosse tão complicada, que acha de irmos visitar suas irmãs no final de semana que vem? - sugeriu me fazendo sorrir feito idiota.

– acho ótimo, mas só pra você saber meu pai não vale nada. - e riu divertido e alguns beijos depois adormecemos abraçados.

Acordei mais tarde que o normal, olhei no relógio e já faltavam 15 minutos para as duas, sacudi Enzo tentando acorda-lo, e com um pouco de dificuldade ele abriu os olhos, me encarando confuso.

– estou super atrasada o Henrico vai em casa para revisar o trabalho. - ele levantou correndo para o banheiro saindo em seguida, troquei de roupa e seguimos até meu apartamento, chegamos e Henrico estava parado na porta.

– Oi, desculpa me atrasei um pouco. - cumprimentei com um beijo no rosto e Enzo se apresentou como meu namorado entramos enquanto Enzo se jogou no sofá peguei minhas coisas colocando em cima da mesa.

– Amor vou dormir mais um pouco. - avisou dando um beijo e saindo em seguida.

Revisamos o trabalho e dividimos o que cada um faria na apresentação, Henrico era um amor de pessoa e lindo, o único fato que Enzo não reparou nele foi que ele é gay, um lindo gay, depois que ele foi embora me ditei ao lado do Enzo para dormir mais um pouco.