Descobrindo a própria luz escrita por Marii Weasley


Capítulo 18
Capitulo 18- De pai para filho


Notas iniciais do capítulo

Oiiii meu povo lindo *-*
Eu sei que prometi postar semana passada, mas o Nyah! Estava passando por manutenção e como todos vocês sabem (ou não) , meus fins de semanas são corridos , pais divorciados, cursos... Sou jogada de um lado pro outro kkk
Fiquei triste porque perdi um número considerável de leitoras... Poxa gente, a culpa não foi minha :'( . Como não sou malvada, nem rancorosa, vou postar um capítulo quarta- feira, porém um pouco menor que esse. Por sinal, esse é um meeega capítulo para entusiasmar e compensar vocês u.u
Não sei se agradeci no último capítulo, mas ganhei uma recomendação super diva da Júlia *--* . Obrigada mana ♥, esse capítulo é especialmente seu.
E no fim do capítulo, o sobrenome de Maat kkkk, sinto muito a demora, a falta de criatividade, enfim. Mas não queria Smith, Evans, Watson e essas coisas que todo mundo coloca kkk



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[ Juntos, caminhamos para a avenida com a doce ilusão, de que mais nada surpreenderia a gente nesse dia.

Eu revirei os olhos quando me deparei com aquilo, e vi que estava novamente errada. ]

Demorei certo tempo para assimilar o que “aquilo” realmente significava.

Tempo suficiente para Nico se curvar em uma reverência.

Aqueles olhos azuis... Eu com certeza já os tinha visto... Mas é claro, eles são idênticos aos de Maat. Ao meu lado, como se lesse meus pensamentos, Maat sussurra “Apolo”.

Sim, isso mesmo. O deus sol estava parado em frente a um carro conversível em sua melhor pose para show, algo mais ou menos como se estivesse dizendo “Tchan- dan peguei vocês. Não se esqueçam, tudo isso em frente a uma lanchonete arruinada.

Assim que esse pensamento me atingiu, segui o exemplo de Nico e também fiz uma pequena reverencia em sinal de respeito.

Olho para Maat. Ele está lá, imóvel, encarando o deus todo poderoso que na verdade é seu pai com um semblante tranqüilo. Quer dizer, era o que aparentava. Quando meus olhos chegaram aos de Maat, vi o misto de emoções que estavam se passando em seu interior. Surpresa, descrença e quem sabe até raiva. Mas o que prevaleceu, foi o alivio. Para Maat, aquela foi à primeira vez em que REALMENTE acreditou no mundo que tínhamos acabado de embarcar, acreditou que não estava ficando louco. Não que a viagem nas sombras, os monstros e as paredes de energia não fossem suficientes. Eram. Mas ali, foi a primeira vez que ele se reconheceu em algo. Sabia que uma parte daquilo estava nele. Eu entendia isso, porque de certa forma, me sentia assim olhando para Annabeth. Agora, isso era real.

– Eu sei que eu sou realmente muito gostoso – disse o deus sorrindo - , mas vocês não precisam ficar assim, sabe? Me comendo com os olhos.

Ao passo que Maat e Nico se endireitam envergonhados com sorrisos apagados na cara, eu o encaro sorrindo de verdade e pela primeira vez, me permito absorver com maiores detalhes o que eu estava olhando.

O carro atrás dele, não era o mesmo que Annabeth disse que ele utilizava anos atrás (segundo Percy, um Meserati Spyder) aquilo me parecia uma BMW. Sim, uma BMW vermelha. Era um automóvel realmente muito bonito, e de um jeito meio esquisito, parecia estar rodeado por uma camada de luz. Mas apesar de tudo isso, não era o carro que mais chamava atenção.

Aquela expressão “deus grego” certamente foi criada inspirada por Apolo. Ele estava de jeans, camiseta branca e jaqueta de couro e parecia ter cerca de 20 anos. Quando ele devolveu o sorriso que eu dei, pude observar o sorriso mais deslumbrante que eu já tinha visto na vida. Com dentes brancos e certinhos, que destacavam seus olhos azuis e cabelos loiros. Seus olhos transmitiam cumplicidade, como se nos conhecemos há décadas e estivéssemos partilhando uma piada particular. E eu sabia quem mais me encarava daquele jeito. Maat era muito parecido com Apolo, tirando o cabelo escuro de Maat, eu sem pensar duas vezes diria que se ambos fossem mortais comuns, Maat seria Apolo com 15 anos. Ultimamente eu não havia pensado nisso. No quanto Maat era bonito e encantador. Não que eu fosse cega, longe disso, mas só ali pude ver com uma clareza ainda maior. Agora sabia porque Maat era tão... Quente.

Sinto meu rosto ruborizar após esse pensamento, e como se estivesse lido tudo, o sorriso de Apolo se torna ainda maior.

– Desculpe- me senhor – começa Nico. -, mas o que está fazendo aqui?

– Tive uma visão, e quis dar uma ajudinha pro meu filho – diz, claramente se referindo a lanchonete. – Não que eu pudesse interferir muito, mas ninguém aqui ia ser sugado para lugar nenhum. Mas pelo que eu vi vocês se saíram suficientemente bem sozinhos.

Seus olhos deixam o meu rosto e passam a observar Maat que o encara de volta com a mesma tranqüilidade. Alguns segundos se passam e um silêncio meio constrangedor se forma ao nosso redor. Até que por fim, Apolo desvia o olhar.

– Pois bem garoto você tem muitas perguntas e todas elas serão respondidas – ele promete. – Mas por enquanto, porque não dou uma carona pra vocês até a praia.

Todos se acomodaram no carro. A fim de dar mais privacidade para Maat e Apolo, ignorando um olhar contrariado de Maat, me sentei no banco traseiro, com Nico.

Aquela situação era meio constrangedora. Eu tentava o tempo todo não prestar atenção na conversa dos dois. Ao invés disso, olhava a forma como o carro lentamente subia em direção ao céu.

Recordei-me da história que Annabeth havia me contado há muitos anos, sobre o papai Noel. Nunca tinha feito muito sentido pra mim, até literalmente vivenciar isso. Senti falta de Annabeth.

O carro era conduzido lentamente, com todo o cuidado para não apressar uma conversa que já devia ter acontecido há muito tempo.

Quando escutei Maat soltar uma gargalhada gostosa, me permiti relaxar e soltei o ar que inconscientemente estava segurando.

Olhei para o lado e percebi que Nico estava me observando. Contra minha vontade, senti minhas bochechas queimarem, dessa vez, seguida pelas dele.

– Você acha que está tudo bem? – sussurro, me referindo a conversa de Maat.

Ele assente afirmativamente com a cabeça, e limpa a garganta, como se estivesse com o pensamento muito longe. Eu o questiono com o olhar, e aquele era certamente o incentivo que ele precisava ter para falar.

– A ultima vez em que estive aqui – ele começa. – foi assim que Bianca tinha feito os votos para caçada. E eu percebi que a tinha perdido. Ela se sentou no fundo com as caçadoras, enquanto eu estava ali, sozinho, com um cara que eu tinha acabado de conhecer.

Bianca era a irmã morta de Nico. Eu sabia da história, não apenas por Annabeth ter me contado, mas também pelo próprio Nico. E sabia também, que nada que eu dissesse ia mudar o fato de que ela tinha ido embora, e que de certa forma, o tinha deixado.

Foi uma surpresa tanto pra ele, quanto pra mim, quando eu o envolvo em um abraço desajeitado e repentino. Tão logo ele começou, ele se foi. E voltamos para o que estávamos fazendo antes. Nico encara o chão e eu olho para o céu, desejando subitamente, poder trazer os mortos de volta.

– Vamos garoto, vai ser divertido! – a voz de Apolo me acorda de meus devaneios.

Estico o pescoço mais pra frente, a fim de entender o que está acontecendo. Quando meu campo de visão estava completo, já era tarde demais. Damos uma guinada brusca para a direita, acompanhada do meu grito de terror e surpresa.

Maat estava dirigindo o carro solar. Cravei com força minhas unhas no estofado, mordi os lábios e apertei os olhos. Aquele garoto era completamente insano.

O carro sacudia furiosamente de um lado para o outro. Quando eu achei que ele estava pegando a prática, começamos a subir, com uma velocidade estrondosa. Mais alto, mais alto.

Apolo levantou os braços como se estivesse em um parque de diversão e parecia maravilhado com aquilo tudo.

– Você tem talento! – ele gritou sorrindo. – Mas eu te aconselho a descer, a praia já não está longe.

O carro passou a aterrissar. Ou melhor: despencar. Acelerou quase que verticalmente em direção ao chão e foi descendo em um impulso suicida. Por um instante, eu pensei que depois de tudo que tínhamos passado, íamos morrer com Maat dirigindo.

A BMW passou a dar várias freadas bruscas e fomos sendo arremessados de um lado para o outro, até pararmos, vulgo, quase capotarmos na areia.

Olho para o lado a tempo de ver Nico sacudindo o cabelo do rosto, com o terror escancarado nos olhos. Meus olhos desviam até o banco da frente. Nunca vi Maat tão pálido e confuso antes. Eu não devia estar muito melhor. Tinha plena consciência de que meu cabelo parecia um experimento cientifico.

– Isso garoto! – Incentiva o deus sol com um sorriso orgulhoso imenso no rosto. – Sua aterrissagem foi muito boa. Com um pouco mais de treino, certamente seria um pouco melhor. Quem topa ir de novo?

Depois desse belo comentário, Nico abre a porta e vomita na areia.

– Nem todos no carro são imortais, senhor – digo.

Ele gargalha por um bom tempo, como se aquela tivesse sido a melhor piada que já havia escutado.

Quando por fim ele termina, está segurando três mochilas pretas.

–Crianças, é hora de partir – ele avisa jogando uma para cada um de nós.

– Agradecemos muitíssimo – digo, saindo do carro e abrindo um sorriso.

Nico faz uma pequena reverência e Maat apenas faz um gesto com a cabeça.

Nos afastamos dois ou três passos, quando o ouvimos novamente.

– Maat! –ele chama, e todos nós viramos – Cuide bem da Isabelle, ok ? Ela é uma ótima menina, apesar de ter arruinado o estofado do meu carro novo.

Sinto meu rosto esquentar.

– Eu fico imaginando, o que ela não faz com as suas costas – ele diz com um sorriso malicioso. – nós sorrimos de volta, encabulados e o deus pisca.

Enquanto esperamos Nico voltar do banheiro de um quiosque, para se lavar. Maat e eu nos sentamos na areia de mãos dadas.

– Você está bem? – pergunto.

–Estou - e faz uma pausa.- sabe, minha mãe já estava grávida de mim quando conheceu o meu pai.

Eu assenti

– É estranho, não? Saber que tudo em que você acreditou toda vida era uma farsa.

Aquilo pra mim não tinha sentido. Maat não podia ser uma farsa, ele sempre foi a coisa mais real e concreta que eu tive.

– Não diga isso. Pra mim, você sempre será Maat Ryans.Saber que você é um semideus, não mudou o que eu sinto por você. Pra mim, você é o menino por quem fui apaixonada na minha infância e na minha adolescência. Encantador, companheiro, engraçado e compreensivo. Com quem eu sonhava em dar o meu primeiro beijo, ter a minha primeira vez e todo um futuro junto. Quem ficava horas conversando comigo, e mesmo em silêncio, parecia me transmitir o certo, que me fazia se sentir segura e especial. Eu te amo Maat, e sempre vou amar.

Assim que Maat abriu um sorriso, eu senti um frio no meu estomago e minhas pernas bambearem. Acabo de mudar de opinião. AQUELE que era, certamente o sorriso mais bonito de todo o planeta. E assim que os seus lábios envolveram os meus, eu senti novamente o que só ele podia me trazer. Segurança e familiaridade. A medida que o beijo foi se tornando mais urgente, e que diminuímos o espaço entre a gente, eu percebi que hoje, Maat tinha acendido uma chama dentro de mim, que provavelmente não se apagaria tão cedo. Eu queria tê-lo e precisava tê-lo. Quando ele mordeu meus lábios eu desejei poder guardar aquela sensação pra toda eternidade. E desejei ainda mais, que Nico demorasse muito para voltar do banheiro.


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Notas finais do capítulo

Além da Júlia, como sempre, as minhas manas do chalé 6, Andrezza, Lilian, Bruna, Beatriz, Nicolle ♥
E a Deh, o Wellerson e a Hortência do PJBR *-* (em especial a Deh, que é mega atenciosa com a fic). A Be e a Gab's, que como todas vocês sabem, sem ela, não haveria história



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