Descobrindo a própria luz escrita por Marii Weasley


Capítulo 16
Capítulo 16- Renovo minha carreira como escaladora


Notas iniciais do capítulo

Oiii Amores *-*

Estou felicississima, por todos que leram e comentaram os capítulos anteriores. Fiquei muito contente por acharem um desenvolvimento na história, todo escritor gosta de saber que está evoluindo.
Esse capítulo, além de como sempre, ser da Gab's e de todas minhas manas do chalé 6, vai especialmente para uma delas.
Mah Dantas. Ela sabe o quanto me fez feliz nos últimos dias, com os comentários, a empolgação e em especial, por dedicar um capítulo da fic dela (leiam, que por sinal é muito melhor que a minha) para mim. Queria que soubesse, que mesmo se conhecendo a pouco tempo, só de ler os seus reviwes maravilhosos e sua fic, eu sinto uma conexão gigantesca entre a gente. Te adoro ♥



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Nós três estávamos dentro de um táxi a caminho da ponte Golden Gate. Sim, aquele cartão postal de São Francisco, a ponte gigantesca, em cima de uma baia gigantesca, com todos os gigantescos cabos vermelhos.

Estávamos mais confortáveis depois da noite na casa de Mernie.

Mesmo indo dormi tarde por ter passado muito tempo conversando com as duas e acordando com os sonhos escuros com vozes sussurrantes dizendo “faltam cinco dias.” Eu estava bem mais feliz por ter ficado com as meninas.

Até Maat parecia mais feliz. Ele e as duas sempre tiveram suas divergências, mas eram amigos no fim das contas.

E Nico e Mernie tinham se dado muito bem. “Bem até demais” foi como Lola descreveu hoje mais cedo. Acho que eu e Maat acabamos de perder o posto de casal favorito. Nico até que gostara de Lola também, mas, bem... Era Lola. As pessoas demoravam a se acostumar com ela.

Um nome tinha aparecido essa manhã, escrito no potinho com as lagrimas de dracaenas. “Pérolas; Golden Gate”. A parte das pérolas eu não entendi muito bem, mas só havia um lugar famoso com esse nome em São Francisco, então estávamos a caminho do local. Nico parecia saber o que as pérolas significavam, mas o deixei em paz por uns tempos.

Eu achei meio estranho que todos os ingredientes da poção estejam na Califórnia, mas Nico me disse que eles antes estavam espalhados pelo mundo todo, aparentemente Atena tinha conseguido esconder alguns ingredientes reservas em lugares mais acessíveis.

Meu ombro ainda estava doendo, graças ao pássaro gigante demoníaco, mas eu não disse nada para não perturbar Maat.

O motorista parou um pouco antes da entrada da ponte. Pagamos com dinheiro mortal, saímos do táxi e agradecemos.

– Tudo bem. Agora me diz o que as pérolas querem dizer – disse para Nico.

– Como você sabe que eu sei? – pergunta Nico curioso.

– Isso. Como você sabe que ele sabe? – exigi Maat.

Me embananei um pouco para responder. Nem me pergunte por que, não sei a resposta.

– Sei lá... Pra mim tava na cara

Nico abriu um sorriso sem graça e Maat me olhou inquietado.

– Quem liga pra como eu sei? O que importa...

– Eu ligo – Maat interrompeu. – Desde quando você é uma especialista em Nico?

Eu o ignorei e continuei.

– O que importa é: o que quer dizer isso, afinal?

– Annabeth já deve te contado. Sobre aquelas pérolas que minha madrasta, Perséfone – ele fez uma pausa e fala o nome com nojo. - esconde no mundo mortal, que possibilitam um escape rápido do mundo inferior.

Eu assenti. Nico olha pra Maat, como que perguntando se ele também conhecia a história. Maat faz que sim. Ta vendo? Minha família tinha infectado todo mundo com qualquer mito grego que tenha ou não feito parte das aventuras de Percy Jackson e Annabeth Chase, até mesmo Maat.

– Aquela pérola? – pergunto.

– Sim, aquela. – Nico afirma.

– E por quê?

– Como é de se esperar, para um artefato mágico tirar alguém do Mundo Inferior, ele tem que ser incrivelmente poderoso. E deve ter alguma coisa haver com o fato da sua ligação ser com Hades.

– Como tem tanta certeza? – é a vez de Maat ser o desconfiado.

– Tive minha própria cota de sonhos – Nico responde.

Ficamos em silêncio por um instante. Nico e Annabeth... Por que não eu? Aquela era minha missão, não deles. Não fazia sentido eles dois terem os sonhos. Minha vida não faz sentido mesmo, deuses no mundo moderno, profecias e assassinatos. Pensei e fiquei quieta.

– E onde ela está?

Nico não falou nada, só apontou para cima.

Cinco fatos importantíssimos que você precisa saber sobre pontes:

1.Pontes não são projetadas para adolescentes escalar.

2.Se você estiver no alto de uma ponte, as pessoas vão achar que você vai se suicidar.

3.É extremamente difícil procurar uma pérola no pico de uma ponte, porque o vento no alto é muito forte.

4.Não escale uma ponte se estiver com um ferimento enorme no ombro e estiver tentando fingir que está bem.

5.Ignore todos os fatos anteriores e JAMAIS tente escalar uma ponte. A menos é claro, que tenha que salvar a sua vida e do seu namorado das garras da mãe terra.

Nico ficara no chão, para tentar impedir a interferência dos mortais. Maat insistiu e muito para que eu ficasse com ele, mas eu posso ser extremamente teimosa, caso não tenha notado. Então eu e ele subimos.

No inicio, foi meio difícil encontrar cabos onde pudéssemos apoiar o pé e vigas largas, mas acabamos pegando o jeito. Maat era forte. Eu era teimosa.

Foi mais ou menos por ai, que os primeiros carros começaram a parar. Tentamos da melhor maneira possível ignorar os chamados desesperados e as buzinas e tentamos subir mais alto.

O vento ficava cada vez mais forte, e meu cabelo que estava antes em um rabo de cavalo, estava quase que todo solto, atrapalhando minha visão. Tentamos ficar o mais perto possível do outro, de modo que podíamos nos ajudar.

Em uma parte, Maat me deu a mão e me içou para cima, e eu sem querer bati o meu braço ruim em uma coluna. Fiz uma careta. Aquele esforço estava começando a me deixar zonza novamente.

Quando chegamos até o topo, Maat deslizou por uma coluna, e se segurou firme em alguns cabos. O imitei.

– Ficou cansada? – Maat gritou.

– Mas é claro que não, seu tonto – respondi firme de volta.

– Sei que não – ele fala sorrindo.

Devolvo o sorriso e tento soprar a franja da minha cara, que obviamente continuou sendo ruidosamente sacudida pelo vento.

Eu estava cansada. E ambos sabíamos disso.

A multidão lá em baixo aumentava cada vez mais, seguida por gritos e até repórteres.

Olhamos em volta, procurando a pérola.

E ao mesmo tempo em que meu olho a avistou, tão pequenininha, a poucos centímetros da cabeça de Maat, que tudo começou a dar errado.

– Desçam daí, crianças – consegui escutar o barulho do megafone dos bombeiros la em baixo. – valorizem suas vidas, vocês são especiais...

Eu estendi o braço e consegui alcançar a pérola, no mesmo instante, minha cabeça rodou e eu desequilibrei. A pérola voou da minha mão. Eu voei em direção a pérola. Maat estendeu o braço para me alcançar. Senti-me despencar.

Maat estava nos sustentando com uma mão. Enquanto a outra estava firme na minha. No último instante eu havia conseguido recuperar a pérola.

Eu sabia que aquilo não iria durar muito tempo. Olhei em volta tentando achar uma solução, não havia nenhuma, claro.

A multidão lá em baixo estava fazendo um barulho ensurdecedor, que nem mesmo o vento barrava.

Tentei enxergar os olhos de Maat naquela confusão. Ele estava com medo. Mas também estava com uma expressão tranqüilizadora. Assentiu levemente pra mim. E eu apertei seus dedos com força.

Esses últimos três dias foram mais empolgantes que todo ano passado, cuja a única coisa interessante, foi a visita de Percy e Annabeth com blackjack, penso.

Já te contei sobre minha capacidade esquisita em pensar coisas idiotas quando eu estava prestes a morrer? Mas dessa vez, esse pensamento bobo sobre meu último aniversário, salvou a minha vida.

Flashback on

Abro a porta. Annabeth estava do lado de fora, com um sorriso imenso no rosto.

“Você não deveria estar na escola?”

“É seu aniversário.”

Sim, era meu aniversário. Mas não esperava que ela viesse.

“Você tem que ver uma coisa” ela me disse.

Fui correndo ver o que era. Quando cheguei ao jardim, meu queixo caiu.

Percy estava lá. Tão ou mais bonito do que eu imaginei. Mas não foi ele que me impressionou.

Ele estava acariciando um cavalo alado. Lindo, imenso e preto. Mal pude acreditar que aquilo fosse real.

“Não vai tocar nele.” Eles me incentivam, achando graça na minha surpresa.

“Ele não é perigoso?” pergunto.

Percy parece achar aquilo engraçado. “Não, Blackjack sabe reconhecer amigos...Além disso, você é muito parecida com Annabeth.”

Eles seguiram me deslumbrando e contando coisas sobre blackjack.

“Ele é um cavalo esperto.” Percy explicou. ”Basta um assobio que ele me encontra em qualquer lugar.”

“Qualquer lugar?”

“Sim, pelo menos, sempre que eu o chamei, ele me atendeu.” Annabeth confirmou com a cabeça.

“ E ele sempre sabe se precisamos ou não de companheiros. Por exemplo: Se estou com Annabeth, seu amigo Gizo o acompanha.”

“Mesmo?” falei ainda alisando o pelo macio dele.

“Sim.” Percy ergueu a minha mão e encostou próximo ao focinho do animal.

“Pronto. Agora ele sabe que é uma amiga. Sempre que precisar e chamar, ele vai aparecer.” Eu estava maravilhada. Annabeth o olhou reprovadoramente. “ Não há problemas Annabeth.” Ele garantiu. “ Nunca sabemos que emergências podem acontecer.” Ele disse e piscou pra mim.

Flashback of.

Obviamente, nunca fui louca a ponto de chamar blackjack. Mas eu também nunca precisara tanto como agora. Senti os dedos de Maat escapando para mais longe. As pessoas ainda gritavam. Podia ouvir os policiais lá em baixo.

Então, soltei um assobio fraco, milésimos de segundos antes de Maat não suportar nosso peso. E caímos. Mas antes que qualquer coisa acontecesse, senti uma abocanhada na minha camiseta. Eram os cavalos. O plano maluco deu certo.

Eu e Maat planamos. E os cavalos nos deixaram em uma área distante da ponte.

Nico apareceu logo atrás de nós.

Ele não parecia entender como aquilo era possível, e Maat parecia hipnotizado.

Antes de qualquer explicação, eu os acariciei e agradeci muito blackjack e seus amigos. Eles partiram e eu fiquei olhando, até não poder mais enxergá-los no horizonte. Virei-me e encontrei os meninos me encarando.

– Antes de qualquer coisa, alguém tem um pouco de néctar? – disse segurando o ombro dolorido.

Os meninos me ajudaram com o ombro e viajamos em direção a praia, nosso próximo destino. Maat adicionou um novo colar com uma pérola azul no meu pescoço e eu contei toda a história para eles.

Eles pareciam felizes por eu “ter nos salvado”. Mas eu tinha completa consciências que isso não teria acontecido se tivesse deixado Maat escalar sozinho.

Você deve estar se perguntando: Por que essa idiota subiu na ponte?

Eu subi, porque amava Maat, e nunca o deixaria sozinho. Eu subi, porque queria ser corajosa. Porque queria ser leal, ser companheira. Eu subi porque queria ser uma heroína de verdade. Essa idiota aqui, queria ser como Annabeth Chase.


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Notas finais do capítulo

Capítulo meio grandinho o.o
Eu queria dividi-lo, como costumo fazer, mas ficou horrivel kkk

Mais uma vez obrigada a todos vocês. Vocês são minhas forças, muitas vezes, sem fazer ideia de que são. ♥



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