Encantada escrita por Ana Wayne


Capítulo 7
Capítulo 06




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Havia se passado duas semanas desde o beijo de Gina e Harry. Eu descobri que eles estavam namorando escondido desde o fim do ano passado, mas que resolveram se assumir este ano. Isso partiu meu coração, e bem eu não queria me ferir mais então me afastei aos poucos. Estava mais com Lilá e Parvati do que com Harry, Gina e Ron.

Neste tempo eu também havia me aproximado mais de Malfoy, pelo menos durante a ronda. Felizmente o episódio do beijo não voltara mais a se repetir. Zabini e eu nos encontrávamos com certa frequência enquanto fazíamos o trabalho sobre a poção Amaenti. E eu descobri que ele podia ser agradável, e às vezes até mesmo engraçado. Também convivi um pouco com Nott e, surpreendentemente, ele era inteligente e divertido, do tipo que conseguia me fazer rir quando queria. Havia Dante também, ele era divertido e inteligente, um pouco tímido, mas muito interessante.

Com o fim da poção, eu voltei a ter os sonhos e isso estava me deixando exausta, e às vezes feliz. Continuei a receber cartas de “D” e presentes de “M”, e então eu podia diferenciar um do outro. “D” geralmente mandava cartas, em uma coruja que não pertencia a Hogwarts, possuía uma caligrafia única e era um pouco poético. Já “M” mandava presentes, simples, flores e bichinhos de pelúcias, às vezes chocolate, raramente mandava cartas e ele não era tão bom com palavras, sua caligrafia era familiar parecida com a de alguém que eu conhecia, além disso sua coruja era de Hogwarts, e isso me intrigava. Ainda havia as perguntas: quem é “M”? E quem é “D”? Algum dia eu vou chegar a conhecê-los? Eu não sabia as respostas, mas tinha esperanças que sim.

Neste momento eu estava em um duelo de espadas com Parkinson que não parava de reclamar um minuto se quer. Nott havia me mostrado algumas técnicas de esgrima e isso me dava uma vantagem sobre Parkinson. No fim eu venci.

– Boa Mione! – Disse Harry vindo em minha direção enquanto eu tirava o capacete de proteção. Eu ainda me sentia meio estranha em ter que falar com ele, mas tudo bem.

– Ah, obrigada Harry! – Olhei para o lado.

O combate de Malfoy estava acontecendo. Ele estava duelando com Neville e eu fiquei com pena de Neville, pois Malfoy já havia aprendido sobre esgrima bem antes de Hogwarts.

– Hey, Mione! Está tudo bem? – Perguntou Harry, eu olhei em seus olhos e vi uma pontada de tristeza e outra de preocupação.

– Sim, por que não estaria?

– Não sei, você parece meio distante! E agora fica andando com Sonserinos.

Abaixei meus olhos, é claro que uma hora ele iria perceber. Mas eu não poderia virar para ele e dizer: “Harry eu sou apaixonada por você desde o 1º ano, e quando descobri que você estava com a Gina senti como se meu coração tivesse sido esmagado por uma pedra, então para não me machucar mais eu decidi que deveria me afastar de vocês, por favor, não me leve a mal!”

– Não fale como se eles não fossem humanos! – Eu disse baixo. – E também, Zabini é meu parceiro de poções, dessa forma tenho que conviver com eles, e Nott e Malfoy são parte do pacote. E você perceberia que eles são legais se você os conhecesse melhor. – Eu respondi com um só fôlego.

– Hey, Hermione! – Disse Nott se aproximando. – Arrasou com a Parkinson, hein?

– Tive bons professores! – Brinquei com ele. Harry me olhou como se me questionasse. – Olha Harry, eu to indo, falo? A gente se vê por ai!

Eu disse enquanto ia em direção ao grupo da Sonserina, junto a Nott. Eu me divertia com eles, não era como eu me divertia com Harry e Rony, mas também era bom. Logo Malfoy apareceu e se ficou ao meu lado.

– Caramba, não é por nada não, mas Longbottom é terrível com a espada!

– Eu também era! – Disse defendendo Neville, Malfoy olhou para mim e deu um sorriso arrogante com o qual eu havia me acostumado.

– É, só que você teve três ótimos professores! E entre eles o mais bonito: eu! – Eu ri, junto de Zabini.

– Olha só o cara, Mione! Ele se acha, neh? – Brincou, rindo comigo.

– Não me acho. Me garanto!

Dessa vez todos rimos. Nott era sempre o que soltava as piadas mais engraçadas e Malfoy era sempre sério. Depois de esportes também tivemos poções. Eu e Zabini geralmente conseguíamos terminar primeiro e sempre conseguíamos arrancar pontos para ambas as casas. E hoje não foi diferente.

Suspirei e me lembre da semana passada, quando durante a noite eu fui para os jardins. Eu estava um pouco cansada e descobri que o jardim me acalmava e relaxava. Eu estava sentada em um dos bancos do jardim quando Rony se sentou ao meu lado. Eu ia me levantar, mas ele segurou a minha mão.

– Não vá! – Pediu.

– Eu tenho que entrar! – Respondi.

– Por que está fugindo tanto Hermione? – Eu olhei para ele. E ele me puxou para sentar no banco novamente, e eu me sentei. – Você ainda não respondeu minha pergunta.

– Não é nada! – Disse com a voz embargada.

– Se não é nada, por que se afasta? – Eu abaixei os olhos. A fraca iluminação do lampião era tudo o que tínhamos de luz naquele momento. – Você o ama, não? – Levantei meus olhos para vê-lo. – Está na cara, Mi! Apenas ele não vê!

– Eu sou apaixonada por ele desde o 1º ano Rony, e ele nunca olhou para mim!

– Mione, não é assim!

– Eu o amo, Rony, e por isso eu desejo que ele seja feliz e que fique bem.

– Ele não consegue ser totalmente feliz sem você do lado dele!

– Eu desejo a felicidade de Harry, mas não sou de pedra como muitos julgam. Eu posso sentir, e sempre que eu o vejo com Gina eu sinto de uma maneira que dói, Ron, dói muito! – Havia lágrimas nos cantos de meus olhos. E eu olhei novamente para o chão. – Eu o amo, mas também tenho amor próprio.

– Ele queria que você estivesse do lado dele nos momentos felizes. – Disse Ron.

– Não se pode ter tudo o que se quer! E também, eu gosto de mais deles dois, mas eu decidi que sofrer por amor, não é pra mim.

Eu me levantei e entrei pelo castelo, naquele momento eu vi Gina. Gina olhava para mim com lágrimas e eu desviei o olhar, eu não sabia o quanto ela havia escutado, mas sabia que ela entendeu o rumo da conversa.

– Eu... Eu sinto muito! – Disse ela, com a voz embargada.

– Não é culpa sua!

Eu finalizei, ela tentou me chamar, mas eu já havia partido. Eu sabia que havia feito a melhor escolha. Gina era minha melhor amiga, e tal como eu era apaixonada por Harry, e Ron era meu melhor amigo, e irmão de Gina. Eu não podia fazer mais nada, apenas assistir, ou procurar algo para me distrair.

Fui para meu quarto e conversei com Lilá e Parvati sobre algumas fofocas, nada realmente interessante e então eu fui dormir. Eu tomei as últimas gotas da poção essa noite, pois não queria ter que sonhar com Gina e Harry, não queria ter que sonhar com aquela mulher e me sentir sozinha quando eu acordasse, não queria ter que sonhar com nada.

Naquela noite eu entendi que por mais de Harry fosse meu amigo, não seria bom ter que ficar junto a ele. Qualquer dia eu poderia dizer isso sem querer, e não queria acabar com sua relação com Gina, que ainda é a minha melhor amiga.

– Está tudo bem, Mione? – Perguntou, Blas, me despertando dos meus devaneios.

– Claro, por que não estaria? – Respondi, ele ergueu uma sobrancelha.

– Você não tem costume de suspirar e nem de rabiscar pergaminhos atoa... – Respondeu com o cenho franzido, revirei os olhos.

– Não se preocupe, não é nada de mais!

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– Eu to falando cara, eu acho que quero desistir da aposta! – Disse Theo.

Theo se sentou na minha cama. Enquanto eu me sentava na poltrona de veludo verde. Eu era o único aluno da escola que possuía um quarto único, alem dos monitores chefes, claro.

– Está com medo de ter que declarar uma paixão aos Gêmeos Weasley? – Perguntei irônico.

– Eu só não quero que Hermione se machuque! – Respondeu. Arqueei uma sobrancelha. Aquilo era esperado de Blaise, mas Theo. – O que eu acho que me apeguei a ela, cara, tipo uma amiga.

– Ela é uma sangue-ruim Theo, e estamos em Guerra, você sabe quem que Voldemort quer matar, e sabe que ela se encontra na lista. – Theo desviou os olhos.

– Ela não merece ter que sofrer cara! – Respondeu. Blaise entrou no quarto.

– Então o que se passa?

– Eu estou tentando convencer Draco que ambos desistamos da aposta.

– Finalmente, um pouco de juízo aqui!

– Eu não vou desistir da aposta, Blaise! – Respondi rispidamente. – Não me importo com a sangue-ruim, ela não é nada, senão uma aposta!

Os olhos esverdeados de Blaise me encararam por poucos minutos, eu pude ver um pouco de raiva contida neles, depois ele desviou o olhar, frustrado. Me perguntava o que era aquela raiva e se era direcionada a mim.

– Você não deveria brincar com os sentimentos dela, Draco! Pode acabar se arrependendo!

Theo concordou com ele, levemente. Eu desviei o olhar, não queria sermões de Blaise, e menos ainda de Theo, que fora quem induzira a nossa aposta. Eu tentei mudar de assunto, mas o clima perdurara e eu não entendia o motivo de eles terem se apegado tanto a Granger. Ela era apenas uma garota sem nada de bom para mostrar.

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Acordei no meio da noite novamente. Desde que me encontrara com minha mãe eu já não era mais capaz de ter uma boa noite de sono. Me preocupava com Granger e seu destino e de certa forma com o destino de todo o mundo mágico. Se Granger soubesse do próprio poder, certamente não estaria aqui agora, estaria se escondendo em algum lugar seguro.

Rolei na cama, não conseguiria dormir tão cedo, não sem a ajuda de uma poção. Sentei-me e procurei pelo livro que minha mãe me dera. Eu deveria falar o que sabia a Dumbledore, mas talvez não fosse o mais apropriado. Ou o momento apropriado. Enquanto isso eu apenas observava a garota, ela parecia triste por algum motivo, e às vezes um pouco abatida. Isso me preocupava.

Aos poucos eu via ela e Zabini se aproximarem e não sabia se isso era bom ou não. Pois tal como eu Zabini era um druida, mesmo que não soubesse, mas ele não era forte o suficiente para protegê-la. Não era, se quer, treinado. Suspirei e voltei a tentar dormir.

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Olhei para cima, deitado em minha cama. E pensei em Hermione. Ela podia dizer que não, mas sim, ela estava se afastando de mim. E eu podia perceber isso, pois ela e Rony ainda conversavam com frequência. Não entendia o que havia feito de errado, ele havia sido um bom amigo, mas porque ela se afastava.

Rony e Gina sabiam o motivo, mas não me falavam. Eu me perguntei porque, pois o que eu havia feito de tão terrível assim. Sempre que íamos falar com Hermione, Gina tentava disfarçar, olhava para outro canto e às vezes para o chão. Eu não entendi o motivo. Levantei da cama e troquei de roupa. Já estava quase na hora de todos acordarem, e eu não duvidava nada que Hermione já estivesse acordada.

Fiquei no salão, esperando por ela. Ela parecia bem. E muito bonita. Desde que começara a andar com Malfoy ela se arrumava um pouco mais e estava quase sempre linda. Quando ela me viu ela parecia inclinada a voltar para o dormitório, mas eu segurei seu braço.

– Você poderia não fugir dessa vez? – Perguntei, com um sorriso afetado. Ela olhou para mim e suspirou.

– O que você quer?

– Você ainda não me disse porque está se afastando de mim... – Ela pareceu furiosa por uns momentos e então explodiu.

– Sabe Harry? Nem tudo é sobre você, o mundo não gira ao seu redor, e o meu mundo menos ainda! E se eu quero fazer novos amigos é um problema meu não? – Disse ela se soltando. Ela caminhou com fúria até a porta do salão e parou para me olhar, com a mão na maçaneta. – Já pensou que pode ter um motivo para eu me afastar?

Então ela saiu. Ela sempre fugia de mim. Eu estava começando a me irritar com isso. Por que ela se afastava, por que fugia? Quando dei por mim percebi que Rony havia observado toda a discussão.

– Você devia dar mais tempo para ela, Harry!

– Como?

– Ela deve estar precisando do próprio espaço, não acha? – Perguntou.

– Eu nunca invadi o espaço pessoal dela, Rony!

– Talvez você não tenha percebido...

Ele disse aquilo e fez pensar, enquanto me arrastava para o refeitório. No refeitório eu a vi sentada, sozinha enquanto comia, eu pensei em ir até lá, mas Rony me arrastou para outra parte da mesa que logo foi ocupada por Simas e outros garotos e por Gina. Mas em nenhum momento por Mione.

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Assisti a sala se encher de alunos adolescentes, e briguentos, não era exatamente legal. Suspirei, tentando me lembrar do motivo de ter aceitado ser o professor de duelos daqueles pirralhos. Ah, lembrei! Clair a dona longos cabelos dourados e brilhantes olhos azuis. Era sempre Clair quem me convencia a essas coisas. Aquela mulher sempre conseguia me convencer a fazer loucuras. me convencer a essas merdas.

Logo vi o novo alvo de interesse de Clair, Granger, entrar na sala, acompanhada apenas de Zabini com quem vinha tendo uma estranha relação de amizade. Granger e Zabini se sentaram juntos e com os cinco minutos de tolerância eu fechei a porta, ninguém mais entrava. Eu comecei a escrever no quadro e depois eu disse.

– Bom dia classe! – Todos olharam para mim, pareciam com medo, sorri de canto, eu já possuía a fama de ser parente de Snape. – Hoje vou passar a minha nota da prática que eu e Fontaine preparamos. Aos que levaram tudo na brincadeira, vou dizer que a prática possuía o valor de 8 pontos, quase a terceira parte de sua nota. – Neste momento muitos gelaram. Afinal muitos levaram aquela prática na brincadeira. – Estarei chamando um aluno de cada grupo para que venha buscar a nota.

Chamei uns três grupos e de tempo em tempo olhava para Granger, que estava um pouco mal pelo que pude perceber. Eu chamei pelo grupo de Potter, onde estava Hermione, que se levantou para pegar a nota. Naquele momento tudo aconteceu rápido demais. Quando ela se levantou pareceu fraquejar e então desmaiara. Antes que pudesse cair no chão, Zabini a segurara. A sala entrara em choque.

– Zabini leve a senhorita Granger para a enfermaria! Malfoy vá na frente e mande Pomfrey preparar uma maca para a senhorita! Potter avise a McGonnal sobre o que aconteceu, o restante fique aqui e façam um resumo sobre a página 230! Eu vou avisar Dumbledore. Senhorita Ullerup vigie a sala.

Eu ordenei enquanto via todos saindo. Eu também estava saindo. Corri ao escritório de Dumbledore, onde Clair se encontrava. Dumbledore olhou para mim, um pouco preocupado.

– Leonidas, o que houve? – Perguntou Dumbledore.

– Uma das alunas desmaiou durante a classe. – Respondi rápido. Dumbledore se preocupou e antes que eu pudesse perguntar quem eu já respondi. – A senhorita Granger. Zabini e Malfoy estão com ela na enfermaria, e Potter foi avisar McGonnal.

– Certo! Clair, a senhorita poderia ficar com a classe de Leonidas, para que ele possa explicar o que se passou em Sala.

– Mas diretor, o que tenho para contar se refere a Granger e é muito importante! – Disse ela. Eu suspirei.

– O que pode ser mais importante que a saúde dela?

– Que talvez ela possa estar assim por desconhecer a própria magia! – Replicou. Tanto eu quanto Dumbledore nos calamos para que ela pudesse explicar.

N/Bella:

Oi galera! Espero que tenham gostado! E hoje eu vim aqui para fazer uma propaganda! Sim, é ridículo, mas tudo bem!

A propaganda é da fic que eu e a Vick estamos escrevendo! Chama-se Eu & Elas, também é de Harry Potter.

Mas acho melhor falar pela Sinopse:

Eu & Elas

Sirius Black tem a vida perfeita. Aos 32 anos já é um importante empresário de sucesso que tem várias mulheres a seus pés. Tem bons amigos, uma boa renda e a bela médica Marlene McKinnon como noiva. Mas a chegada de Hermione, sua jovem filha de 16 anos, vai trazer de volta todo o seu passado. Inclusive a louca Carly Devison, a mãe de sua filha.

Para quem gostou eu estou mandando aqui o link da fic, quem quiser dá uma olhada, hein!

http://fanfiction.com.br/historia/415641/Eu_Elas/


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