Encantada escrita por Ana Wayne


Capítulo 3
Capítulo 02




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A semana de aula ocorreu quase que naturalmente. Quase. Além das constantes brigas que eu e Malfoy tivemos houve a aula de "Esportes". Aquele professor era louco, digo o prof. Loster nos disse que os esportes que estudaríamos seriam: Arco e Flecha, Esgrima, Hipismo, Judô, Trilha, Arvorismo e Paintball. Paintball... No mundo bruxo! Paintball é um esporte trouxa. Alias arvorismo foi criado por trouxas. Me perguntei a palhaçada, mas então percebi era esportes de combate e aventura, eles estavam nos treinando para correr ou atacar os comensais. Ridículo. A prof. Fontaine era meio louca, mas explicava a matéria muito bem, além disso, ela era divertida. Já o prof. Termopolis me lembrava um pouco o Snape, era sombrio e bem, dava um pouco de medo, mas como Snape era um ótimo professor. As minhas brigas com Malfoy já estavam se tornando extremamente frequentes, e, pelo menos para mim, irritantes. E bem, nesse momento nós dois, em um corredor deserto, estávamos discutindo, só para variar...

– Cale a boca Malfoy, você não sabe nada sobre mim! – Disse em um pequeno rosnado.

– Ah, sei o bastante! Você tem uma quedinha pelo Potter, mas sabe de uma coisa? Ele nunca olharia para você, digo, porque olhar para uma Sangue-Ruim metida a besta? – Minha cabeça começou a girar. Quem ele pensa que é para dar palpites na minha vida? Eu tive vontade de responder, mas ele foi mais rápido e disse: – Sabe Granger, você vai acabar sozinha, porque até o Weasley prefere outra a você. Você é ridícula, é uma sabe tudo que acabará sozinha e sem ninguém.

Eu tive vontade de chorar, mas com a convivência com Malfoy me ensinara a segurar as lágrimas. Em tão ao invés de chorar eu estreitei os olhos em fendas e forcei minha voz, para que saísse baixa e controlada e rezei para que ela não me traísse.

– Bom Malfoy, eu posso acabar sozinha e sem ninguém! Mas eu prefiro assim. Já que assim eu não acabo com alguém que se casará por interesse em títulos ou dinheiro. Sabe o que é terrível Malfoy, que eu vou acabar sozinha e sem ninguém, mas no fim serei feliz, enquanto você vai ter uma bela esposa puro-sangue e um filhinho idiota, mas será infeliz. E sinceramente Malfoy, eu prefiro ficar sozinha a ter que ficar com você!

Eu disse tudo com só fôlego, ele pareceu chocado e com raiva, mas eu não me importei e me virei foi quando vi Zabini e Nott, e percebi que eles acompanharam a discussão. Deixei um sorriso presunçoso escapar pelos meus lábios e sai andando, passando pelos dois sonserinos. Me aprecei pelos corredores até chegar a biblioteca, talvez o único lugar onde eu conseguisse pensar direito.

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Quem ela pensa que é para falar assim comigo? Um sonserino de sangue puro e rico... E ela uma sujeitinha sangue ruim, grifinória e ainda por cima, Classe Média. Eu estava em choque. E eu não estava com raiva, não, eu estava irado. Teria a matado se ela não tivesse virado as costas e saído andando. Blaise olhava para Granger, que estava virando o corredor. Já Theo estava prendendo o riso. Contraí minhas mãos com tal força que a qualquer momento elas poderiam sangrar. Blaise saiu de seu transe por Granger para me olhar.

– O que diabos foi essa cena, Draco?

– A de sempre!

– Não, não a de sempre. Hoje a sangue ruim teve a última palavra. – Disse Theo, rindo.

– Cale a boca, Nott!

– Para mim parecia mais que Granger estava dando um toco em você, cara!

– Ela não me deu um "toco", nenhuma garota me dá um "toco".

Blaise segurou o riso, ou ao menos tentou e então disse, de forma irritante. – Não foi o que pareceu!

– Então Draco, por que não fazemos uma aposta? – Disse Nott, parando de rir e me olhando com um pouco de seriedade, ergui uma sobrancelha, questionando-o sobre a aposta. – É o seguinte: você tem até o fim do ano para conquistar Granger, e você tem que fazê-la dizer que te ama, não precisa ser em público, mas precisa de pelo menos uma testemunha. Se você perder você vai ter que declarar amor eterno a Pansy. – Resmunguei com essa resposta, preferiria declarar amor eterno a Weasley fêmea.

– E se eu ganhar você terá que declarar que tem uma queda pelos gêmeos Weasley. – Eu disse. Blaise revirou os olhos. Estendi minha mão para Theo, que receosamente a aceitou. A aposta foi feita. E eu nunca perdia uma aposta.

Feita a aposta eu fui para o salão comunal da Sonserina, junto a eles. Eu tinha que pensar em como conquistar Granger. Ela seria difícil, mas não impossível. Talvez bem perto. Mas eu conseguiria, era um conquistador nato. Eu não conseguiria com palavras, vivíamos tanto trocando insultos que de repente mudar meu jeito poderia fazê-la desconfiar, e tudo o que eu menos precisava era dela desconfiada. Respirei, tinha que ter um jeito, qualquer jeito. A única regra da aposta era que não valia o uso de poções e feitiços que a fizesse se apaixonar por mim ou coisas do gênero. Seria minha conquista mais difícil.

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Estava em uma clareira. E parecia ser primavera. A relva verde que cobria o chão era adornada por algumas flores como alecrim, miosótis e gypsophilas. As árvores estavam em flores e o rio que possuía uma leve inclinação era cheio de pedras e havia uma pequena natureza. O céu estava azul com pouquíssimas nuvens e o sol estava morno, deixando o clima agradável. Naquela clareira havia pequenas faes seres com corpo humano, tanto mulheres quanto homens, que caberiam na palma da minha mão e possuíam asas de libélulas e uma magia fraca. que ficavam voando por aí junto aos rouxinóis que cantavam, também havia sereias no rio, não eram sereianos, que possuíam uma estranha aparência miscigenada entre humanos e peixes, mas sim as sereias das quais eu lia nos livros infantis e que possuíam caldas com belíssimas escamas coloridas e corpos esculturais e cabelos magníficos, além disso, elas estavam cantando uma belíssima canção.

Eu levantei as barras do meu vestidode cetim branco e lilás e me sentei na grama debaixo de uma das arvores enquanto apreciava a canção das sereias em perfeita harmonia com o canto dos rouxinóis e o bater das asas das faes. Era lindo, não era perfeito. Aquela calmaria e paz, eu sabia que jamais a encontraria tão cedo. E então ela apareceu, saindo de detrás das árvores. Quando ela apareceu todos se calaram, não havia mais canção das sereias e nem canto dos rouxinóis apenas ela que usara suas asas para atravessar o rio e vir para a margem onde eu estava. Ela sorriu para mim e eu sorri de volta para ela. E novamente ela me estendeu a mão, e eu aceitei, como sempre. Ela me levantou e me abraçou.

Eu estarei para sempre ao seu lado Harmonie... Para sempre! Era o que ela dizia em sua voz doce e gentil de forma maternal. Aquela mulher me era estranha, mas ao mesmo tempo tão familiar que eu poderia jurar que já a conhecia. A sensação de conforto me invadiu com seu abraço e eu me senti protegida.

_._._._

Novamente acordei com uma sensação estranha de proteção e conforto, era sempre assim quando eu sonhava com aquela mulher. Em minha mente sempre me perguntava: quem era ela? E por que me perseguia tanto em sonhos? Por que eu tinha a sensação de que já a conhecia? Isso me deixava louca, pois eu nunca conseguia as respostas para essa pergunta. Nunca! Aproveitei que fora a primeira a acordar e me comecei a me arrumar e quando desci fiquei esperando por Harry e Rony. Logo eu vi Harry, ele não parecia com uma cara muito boa e isso me deixou preocupada.

– Harry, você está bem? – Perguntei, assim que ele desceu.

– Apenas tive um sonho ruim... – Respondeu, desanimado. Eu sorri para ele, encorajando-o a continuar. Ele olhou para o chão e continuou. – Eu sonhei que ele havia vencido Hermione. Ele havia matado todos os que me eram importantes, e que haviam te torturado, você estava louca e então eles te mataram.

Eu pensei em ficar em silêncio, mas sabia que isso não daria certo para animá-lo. Segurei a mão de Harry e isso o fez se virar para mim, e eu sorri para ele e para a confusão em seu semblante.

– Harry, eu tô aqui agora! Eles não me mataram, a Guerra mal começou e ele não ganhou. – Ele parecia pronto para contestar, mas eu o impedi. – Ele não vai ganhar Harry. Sabe por que eu sei que ele não vai ganhar? Porque eu confio em você e sei que você é forte, é mais forte do que ele e mais esperto. Eles dizem que você é um sobrevivente, e eu estou dizendo que você é um vencedor Harry!

– Eu só não quero que se machuque! – Ele disse olhando nos meus olhos, alarguei meu sorriso.

– Eu sei me cuidar, e se não soubesse... Bem, eu tenho você para me proteger! – Ele sorriu e aquele foi o primeiro sorriso que vi hoje. – Foi só um sonho Harry, não o deixe te abalar!

Ele acenou e abriu mais o sorriso e isso me deixou feliz. Imensamente feliz, diga-se de passagem. Logo Ron também desceu e então nós três descemos para o refeitório. O refeitório ainda não estava lotado, mas já tinha uma boa quantidade de pessoas, nos sentamos próximos a Simas e Denis, com quem conversamos bastante. Durante as aulas eu ainda pensava em Harry e naquela mulher, não que eu deixasse esses pensamentos interferirem nos meus estudos e na minha boa pontuação. Definitivamente, não!


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Notas finais do capítulo

vestido: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=80993879&.locale=pt-br



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