The Redhead Problem escrita por Dangerous


Capítulo 2
Beijos desentupidores não são legais


Notas iniciais do capítulo

Heeey!Então vocês deixaram 15 reviews, e eu pedi 10. Ou seja: É muito bom! kkkBem eu resolvi postar hoje por causa disso, eu pensei que ia demorar pra conseguir 10 reviews. Mas foi rapidinho, então aproveitem esse capitulo. Ele é pequeno, mas o proximo vai ser maior.Ps:Decidi deixar os titulos em Português porque ficam mais engraçados ^^Dangerous



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L.E

Ver sua mãe beijar um cara de quarenta anos em estilo desentupidor de pia não era a coisa mais agradável de se ver.

Tudo bem, o cara era bastante bonito e apresentável para sua idade, era como o Johnny Depp, só que com cabelos extremamente bagunçados e óculos redondos. Não, ele não era de se jogar fora, principalmente porque tinha uma casa que mais parecia uma mansão e uma BMW novinha.

Mas eles realmente não precisavam desentupir a boca um do outro na minha frente.

— Eu... estou traumatizada. — Eu disse levantando da cadeira onde estava sentada e subindo as escadas, ainda tentando tirar as imagens traumatizantes da minha cabeça.

Só pude ouvir umas risadinhas femininas, que com toda certeza pertenciam a minha mãe. 

Tive que chutar a porta do meu quarto várias vezes, já que ela vivia emperrada e mamãe nunca lembrava de mandar consertar. Era uma daquelas portas de madeira velha, cheia de adesivos colados e plaquinhas do tipo "Não perturbe" e "Não entre sem ser convidado". Claro que morávamos apenas nós duas naquela casa e minha mãe não se importava nem um pouco em ignora-las completamente. 

Chutei a porta mais uma vez para que ela se fechasse e fui cantarolando até meu armário para pegar algumas roupas limpas. Me despi no meu quarto mesmo e chutei as roupas para perto do cesto de roupas sujas, onde elas permaneceriam por um bom tempo. Provavelmente até minha mãe invadir meu quarto para gritar comigo e pega-las. 

Entrei no meu banheiro minusculo e deixei as roupas limpas em cima do vaso sanitário, depois enfiei-me dentro do boxe e alterei a temperatura do chuveiro para muito quente porque ninguém merecia tomar banho morno, eca, e eu estava pronta. 

Pronta para iniciar meu show diário de cantorias no chuveiro, que eu tinha certeza que o Mr. Riddle, o velho ranzinza que morava ao lado e tinha a cara mais azeda que os limões que ele adorava atirar em mim quando eu saía para ir a escola, iria amar. 

***

Desci as escadas rezando para todas as entidades possíveis para que minha mãe não estivesse fazendo cosplay de desentupidor de pia junto com o senhor Potter. 

E parece que alguém lá em cima, ou em baixo, gosta de curtir com a minha cara. 

Eles ainda estavam desentupindo a boca um do outro de uma forma extremamente nojenta. Pigarrei alto e cruzei os braços, fazendo uma careta. Eles se separaram e mamãe sorriu para mim, meio vermelha.  

Bonito! Que bonito hein! Será que eu estou atrapalhando o casalzinho aí?

 — Ah, Lily querida, que bom que está aqui — minha mãe disse sorrindo. — Achei que você tinha se afogado no chuveiro. E... Eu... Nós temos novidades.

Os dois trocaram um olhar cúmplice que não entendi e eu ergui as sobrancelhas. 

— Bom... Hoje o Charly... — Charly? Que apelido mais gay. — Vai jantar aqui junto com seu filho James.

James? JAMES? James Potter?

— Mãe... Me diz que é o James Bond. — eu disse fechando os olhos e cerrando meus punhos.

Não podia ser. Não, por favor que não seja ele! Ninguém merece tanta desgraça na vida. 

— Não, querida... É o James Potter. Filho do Charlus. — Ela sorriu.

E eu queria soca-la. Tá legal, eu sei que não é muito legal socar sua mãe, ou no meu caso, querer socar sua mãe, mas ela aturava minhas reclamações diárias sobre James Potter havia anos. Ela sabia o quanto eu o detestava e ela iria me fazer conviver com ele na minha casa? Só podia ser brincadeira. 

 

Para quem não está entendendo nada, eu explico: James Potter é simplesmente o ser mais retardado da face da terra. Ele tem cabelos bagunçados que parece que nunca viram uma escova na vida, é tão egocêntrico e tem um ego tão grande que  se ele saltasse de um avião nem precisaria de um para-quedas já que o ego amorteceria a queda. E o pior: 99,9% da população feminina da escola o achava perfeito e simplesmente maravilhoso. E entre as atividades favoritas do Potter, provavelmente estava no topo da lista: "Encher o saco da Evans até ela perder a paciência e me socar.'' Sério. Tenho quase certeza que esse garoto é masoquista. Ah, e ele é meu arqui-inimigo e eu o odeio com todas as forças do meu ser. E rezo todos os dias para que ele seja atropelado por um caminhão de coca-cola, mas eu não tenho tanta sorte assim, como vocês podem ver. 

E o Potter era a cópia cuspida e escarrada de Charlus Potter. Eu apenas havia sido idiota o suficiente para ignorar o que estava bem na minha cara.

Eu poderia sorrir e fingir que estava tudo bem, já que eu tinha certeza que esse relacionamento entre mamãe e o senhor Potter não iria dar em nada. Mamãe sempre arranjava algum namorado e o relacionamento deles não chegava a durar nem duas semanas. Tudo bem que talvez seja em parte por minha culpa, mas ninguém pode provar nada. 

Enfim, eu não pude ficar calma. Eu não queria dividir o mesmo comodo que aquele imbecil do Potter. Com nenhum dos dois imbecis, aliás. 

Primeiro eu fiquei congelada no lugar, sem reação, com os olhos fixos e vidrados, enquanto mamãe estalava os dedos na frente do meu rosto para ver se eu tinha alguma reação e o senhor Potter perguntava se eu estava bem.

É claro que eu não estava bem! Soltei um berro agudo, que assustou Charlus, e comecei a correr de um lado para o outro, com as mãos nos cabelos, quase arrancando-os. Mamãe corria atrás de mim, tentando me segurar e me acalmar. 

Eu gritava coisas desconexas e mamãe tentava me agarrar e me fazer parar, enquanto o senhor Potter nos olhava de olhos arregalados. 

Quando eu cansei de correr me joguei no sofá e murmurei:

 — Eu estou com fome.

Minha mãe apenas sorriu para mim e foi em direção a cozinha para me fazer um lanche. Ela sabia que era a única coisa que realmente poderia me acalmar, pelo menos por alguns minutos. Charlus continuou sentado no sofá, com a expressão horrorizada e me encarava meio receoso de tempos em tempos, talvez esperando que eu surtasse a qualquer instante e pulasse em cima dele como uma doida. 

Oh, ele não sabia no que estava se metendo. Tentando namorar Elena Evans quando ela, por acaso, tinha uma filha chamada Lily Evans e ele um filho chamado James Potter, que aconteciam de se odiar. Aquilo nunca iria dar certo. 

Não mesmo. 

 


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Notas finais do capítulo

Reviews?O Damon esta seduzindo nesta imagem u-u