O Futuro Deles escrita por Sokane Limiku e Fujisaki Nina


Capítulo 3
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– Vamos Mizura, você vai se atrasar logo no primeiro. – Utau o alertou novamente, já cansada de repetir a mesma coisa.

– Mas o papai disse que seria a qualquer momento. Por que justo hoje que eu começo as aulas? Até ontem ainda estava de férias. – Mizura, já com seus cinco anos, reclamou, sem tirar os olhos ansiosos do telefone.

Ele havia passado os últimos dias de férias na casa dos Souma enquanto seus pais estavam no hospital, esperando o nascimento de seu irmãozinho ou irmãzinha. Já vestia o uniforme do pré-zinho que iria começar: uma blusa verde-escura e um short preto, dando um contraste em seus olhos verdes e em seus cabelos arroxeados, que por algum motivo insistiu em deixar compridos.

– Fazemos assim: Você vai pra escola e quando seu pai ligar, independente de que hora seja, eu vou te buscar.

– Promete? – Indagou Mizura, finalmente tirando os olhos do aparelho. Utau apenas assentiu e suspirou aliviada quando o menino se dirigiu à porta.

– Shaoran, já está pronto? – A loira perguntou, batendo na porta do banheiro.

– Quase! – Shaoran respondeu lá de dentro, logo abrindo a porta e se mostrando com o uniforme da Academia Seiyo. O uniforme não mudara muito desde a época de seu pai, a única diferença é que as gravatas não eram mais usadas pelas meninas e os paletós não eram mais obrigatórios.

– Ai, eu nunca vou cansar de te ver nesse uniforme! Você fica tão fofo e tão parecido com seu pai! – Utau olhava o filho de cima a baixo com os olhos brilhando.

– Menos, mãe, por favor. – Pediu Shaoran, com uma gota na cabeça.

– Hump, a Nadeshiko gostou quando a Amu elogiou ela na prova de uniformes do maternal. – Disse Utau, fingindo-se de ofendida.

– Ah! A Nadeshiko!! – Shaoran se sobressaltou. – Me esqueci, falei pra tia que levaria ela! Tenho que ir, tchau mãe!! – O garoto pegou sua mochila como um raio, agarrou a mão de Mizura e, com Touya os segundo, foram para a casa ao lado.

Shaoran tocou a campainha e eles esperaram poucos segundos até que uma menininha abriu a porta. Ela aparentava ter quatro anos; tinha cabelos ruivos com um tom castanho, castanho-avermelhados para simplificar, presos em duas Marias-chiquinhas; e seus olhos eram de um beli tom azul. Essa menina não era ninguém mais que Sanjou Yuiki Taiga, a irmã mais nova de Renesmee.

– Yo, Taiga. – Shaoran a cumprimentou e entrou na casa. - A Rene também está aqui?

– Tá, lá em cima. – Ela respondeu, voltando sua atenção para o pacote recém-aberto de Poket que comia. Shaoran não pôde deixar de rir com a folga da garota.

– Aproveite enquanto pode. Ano que vem você irá para Seiyo também. – O jardim de infância foi adicionado à Academia pelo novo diretor, pouco tempo depois que Tsukasa se aposentou. Era justamente lá que Nadeshiko, Mizura e, no próximo ano, Taiga começariam a estudar. – Onde está a Nadeshiko?

– A Naddy tá lá no quarto dela. – Taiga respondeu, apontando para a escada.

– Obrigado, vou lá ver se ela já está pronta.

– Eu não faria isso, não é só a Naddy que... – Antes que completasse a frase, o ruivo já havia subido a escada e com certeza não a escutaria.

– Hey, maninha! – Shaoran escancarou a porta do quarto. - Pronta para... Ai!! – Não pôde terminar de falar, pois foi atingido bem na testa por algo que parecia ser um elástico do cabelo.

– Shaoran-kun! – Renesmee se aproximou do garoto, que massageava o local acertado. Ela já vestia o uniforme feminino, mas estava com apenas uma de suas Marias-chiquinhas presa. – Ai me desculpe, mesmo. É que você me assustou e...

– E daí você tacou seu elástico na minha cara? – Ele a cortou, mas não parecia bravo, pelo contrário, tinha um sorriso divertido em seu rosto.

– Urgh, me desculpe. É que você entrou bem na hora em que eu estava me arrumando.

– Não faz mal, eu estou bem. Nenhum elástico é capaz de me derrotar! – Ele elevou a voz fazendo uma pose de super-herói indestrutível, arrancando uma risada de Renesmee. – Mas isso me leva a perguntar. Por que veio se aprontar aqui? – O rosto da esverdeada tomou um tom de vermelho fortíssimo. Ela sabia o motivo, mas até parece que o diria em voz alta.

– A-apenas não queria correr o risco de chegar atrasada. – Ela repetiu a mesma coisa que disse a seus pais.

– “Chegar atrasada”, sei. – Taiga surgiu na porta. – Você não me enganou com essa desculpinha nem por um segundo, Rene.

– Desculpinha? – Shaoran repetiu sem entender.

– Ah, n-não é nada hahaha! – Renesmee riu envergonhada, tapando a boca da irmã.

– Ei, que marca é essa na sua testa, Shaoran? – Mizura perguntou, apontando para onde o elástico de Renesmee tinha o acertado.

– Hahahaha foi a Rene, não foi? – Riu Taiga, assim que a esverdeada a soltou e logo se arrependeu de fazê-lo. – Eu tentei te avisas. Já estou craque em desviar dos prendedores assassinos dela.

– Olha aqui sua...! – Renesmee ia fazer uma ameaça das fortes para a morena, mas uma voz vinda da porta chamou a atenção de todos.

– É festa no meu quarto agora?! – Nadeshiko apareceu já vestindo o uniforme feminino do maternal, que era uma blusa verde-claro simples e uma saia rosa. Seus cabelos loiros já batiam nas costas e eram enfeitados por uma fita, dessa vez rosa para combinar com o uniforme.

– Bom dia pra você também, coisinha. – Disse Shaoran, bagunçando os cabelos da menina.

– Kya, meu cabelo não, onii-chan!! – Reclamou a loira enquanto se debatia. – Me solta agora, isso não é jeito de se tratar uma princesa!

– Ah, mas para mim você não é uma princesa, você é uma peste em forma de gente!

– Shaoran, quer fazer o favor de soltá-la? Deu muito trabalho para deixar ela bonitinha para o primeiro dia. – Amu apareceu no quarto com uma expressão pouco amigável e o garoto rapidamente a soltou.

– Isso mesmo! Não posso conhecer meus futuros súditos parecendo uma desleixada!

– E lá vamos nós de novo. – Disse Renesmee. Todos pareciam estar acostumados às besteiras que Nadeshiko soltava de vez em quando, além de que a culpa disso era toda de Kiseki, que a enchia de bobagens falando que um dia ela assumiria o trono.

– Ué, mas não é verdade? Se o meu pai é o rei, então eu sou uma princesa. – Assim que terminou de falar, seu olhar recaiu sobre Mizura. Ela deu um grande sorriso e, puxando o garoto pelo braço, acrescentou. – E o Mizu-kun é meu ninja real!

– N-não fale assim, Nadeshiko. Eu comecei as aulas ontem, não sou nem um ninja de verdade ainda. – Disse Mizura meio envergonhado.

Desde que começara a assistir Naruto com dois anos, o maior sonho de Mizura era se tornar um grande ninja. O anime/mangá havia ficado tão famoso que foram construídas academias para os maiores fãs aprenderem a lutar como seus personagens favoritos. Usando um pouco de mecânica e física, alguns golpes e jutsus puderam ser copiados, mas claro nada que possa machucar o aluno.

– Depois você escolhe quem quiser para fazer parte da sua guarda real. Se não forem agora vão se atrasar. – Alertou-os Amu, olhando para o relógio despertador em cima da cômoda.

– Já estamos indo, Amu-san. Taiga, se comporte, ouviu? – Renesmee encarou a irmã antes de sair do quarto. Logo atrás, vieram Nadeshiko, Shaoran e Mizura.

Os quatro se puseram a caminho da escola. Shaoran contava para Rene tudo sobre o diretor, os colegas de sala que ela viria a ter... Mas de repente, se lembrou de um assunto mais interessante.

– Ei Rene, como vai o... – Ele apontou para a mala dela.

– Ah está tudo bem, mas ainda não nasceu. – Renesmee pegou seu Shugo Tama e o mostrou. O ovo era completamente branco, exceto por uma linha preta que dava curvas, e no fim dela estava uma pena, daquelas antigas de escrever.

Renesmee gosta muito de livros, um dia deu a seu pai um livro que ela mesma havia feito, mas Kairi não demonstrou muita reação, o que deixou Rene bem triste. Uns dias depois, quando fora pegar o celular da mãe que tocava, qual foi sua surpresa e felicidade ao ver o pequeno livro guardado na estante! Ela sempre quis ser motivo de orgulho para o pai e se até mesmo o rigoroso perfeccionista Sanjou Kairi tinha o guardado era porque a história não estava de toda ruim. Desde então decidiu que seria escritora, melhoraria seu modo de escrever e tornaria suas histórias cada vez mais interessantes. “Quero fazer as pessoas sonharem com minhas histórias”, foi graças a esse pensamento que seu Shugo Tama nasceu.

Momentos depois chegaram à escola e deixaram Nadeshiko e Mizura no portão do maternal antes de irem para suas salas. Na verdade, Renesmee ficaria na mesma classe que Shaoran. Havia feito um teste, no qual passou com perfeição, para poder avançar uma série. No momento que o fez pareceu uma boa ideia e ela ficou mais animada ainda por estar na mesma sala de Shaoran, mas agora, com todos aqueles olhares lhe queimando as costas, a ideia não lhe parecia mais tão boa assim.

– Não se preocupe, eles só estão encarando porque você é nova. – Falou Touya.

– Senta do meu lado, Rene. – Convidou Shaoran, apontando para a carteira ao seu lado. Estranhamente, Renesmee corou até a raiz do cabelo.

– O l-lu-lugar já não tem d-dono? – Ela perguntou para ganhar tempo, pois suas pernas não queriam responder às suas ordens de se sentar logo e calar a boca.

– Os lugares não são definidos. Eu mesmo sentava na frente ano passado. – Ele explicou, por incrível que pareça, sem nem reparar a vergonha da amiga.

– Bom dia. – Falou o diretor, Ichinomiya Hikaru.

Seus cabelos loiros e olhos azuis continuavam os mesmos de quando entrou para escola e ocupou o cargo de rei nos Guardiões. Uma coisa diferente era um pequeno sorriso em seus lábios, quase imperceptível, mas estava lá. Aquilo já estava virando regra, as únicas pessoas que poderiam assumir a diretoria da escola eram ex-membros dos Guardiões, assim ficaria mais fácil para somente crianças que possuíssem um Shugo chara fazerem parte do conselho.

– Bom dia, Hikaru-sensei! – A classe cumprimentou em coro.

– Ora, vejo que as férias lhes deixaram dispostos. Infelizmente, não trago boas noticias: a sensei de vocês, Misuna Kaho, foi transferida para outra cidade por razões pessoais, sendo assim não estará disponível para lecioná-los esse ano.

Um “Ahhhhhh” de decepção soou em alto e em bom som. Enquanto os outros faziam perguntas como “O que aconteceu?”, “Quando ela vai voltar?”, Shaoran sussurrou para Renesmee:

– Traduz, por favor? Eu nunca entendo o que ele diz.

– Basicamente, a antiga sensei de vocês teve que sair da escola e não dará mais aulas por aqui. – Renesmee sussurrou de volta, e uma gota surgiu em sua cabeça quando Shaoran se juntou tardio ao coro decepcionado.

– Ela talvez não volte, mas já arranjamos um professor. – Continuou Hikaru. – Quero que deem as boas vindas ao seu sensei: Nikaidou Yuukiro. – Renesmee se engasgou com o ar ao ouvir aquele nome, e ficou mais atônita ainda quando viu a figura que seria seu novo professor passar pela porta.

– Yuukiro?! – A Sanjou berrou sem controle algum, também se levantando da carteira abruptamente e esfregando os olhos para garantir que aquilo era mesmo real.

Yuukiro era filho de Nikaidou Yuu e Sanjou Yukari, sendo assim primo de Rene e Taiga. O jovem de 18 anos tinha a mesma cor de cabelo e de olhos que a mãe, mas no resto era parecido com o pai, principalmente pelo cabelo bagunçado.

– R-Rene... – Shaoran a puxou de leve pela manga da blusa e só assim ela percebeu que todos a encaravam. Voltou a se sentar com o rosto em brasas, tanto de vergonha quanto de raiva por seu primo estar ali.

– Eu deixo os alunos sob seus cuidados agora, professor. – Disse Hikaru, saindo da sala.

– Bom dia a todos. Espero que tenham aproveitado as férias. - Disse Yuukiro, indo para frente da sala e se apoiando na mesa.. – Sei que o diretor já fez isso, mas eu gostaria de me apresentar: Para começar, Nikaidou-sensei era o meu pai. – Rapidamente, vários alunos levantaram a mão. – Sim, ele também era professou. – Ele respondeu antes de deixar qualquer um falar, e tão rápido quanto levantaram, os alunos recolheram as mãos. – Podem me chamar de Yuukiro ou de Yuukiro-sensei, como preferirem.

– O Yuukiro como sensei... – Renesmee pensava com sigo mesma. – Não gosto nada dessa história... Espera, isso daria uma boa história e...! Argh, foco Renesmee! Não é hora de ficar criando histórias.

– É sempre hora de se criar uma nova aventura, Rene-chan. – Uma voz surgiu de repente, parecia que estava indo de sua bolsa. Renesmee pôs a mão no pequeno compartimento onde estava seu ovo e o sentiu quente, como se estivesse prestes a nascer.

O resto do dia foi tranquilo, todos adoraram Yuukiro e até mesmo Renesmee já estava gostando da ideia de tê-lo por perto. Todos já haviam saído da sala, só faltavam Shaoran, Rene e o próprio professor. As duas crianças estavam prestes a sair quando Yuukiro chamou a prima.

– Renesmee, podemos conversar?

– Te espero no portão, Rene. Em briga de parentes eu ao me meto! – Dizendo isso Shaoran saiu da sala.

– O que quer, Kiro? – Perguntou a esverdeada, dando ênfase no apelido.

– Já falei pra não me chamar assim! – Yuukiro reclamou. – Só querendo confirmar, você ficou chateada de eu ser seu professor? – Ele perguntou sério com um tom meio triste na voz.

– Não, só fiquei meio brava. – Ela admitiu. – E vou ficar mais ainda se você espalhar por aí que somos parentes!

– Mas as pessoas vão descobrir.

– Não vão se você não abrir essa sua boca! – Ralhou ela. – Você usa o sobrenome Nikaidou e eu o Sanjou, então pelo nome não da pra saber, e ainda tem que nós não somos nem um pouco parecidos. Ou seja, se alguém vier até mim sabendo que você é meu primo, eu saberei que essa sua língua deu nos dentes. E confie em mim, você não vai querer que isso aconteça. – Sem dizer mais nada, Renesmee deu as costas para seu professor e saiu.

A caminho do portão, onde Shaoran disse que a esperaria, distraída como estava, Renesmee acabou esbarrando com uma senhora no meio do caminho e derrubando todos os livros que ela e a outra seguravam.

– Ah me desculpe. – Ela pediu enquanto ajudava a senhora a recolher os livros.

– Está tudo bem. – A mesma respondeu divertida e gentilmente. Se não fosse pela falta do tom meio infantil na voz, Renesmee poderia jurar que estava falando com sua mãe.

– “O mágico de Oz”, “Tarzan”, “Os três mosqueteiros”... – Ela passou os olhos pelos livros que recolhera do chão, a cada título que lia seus olhos ganhavam mais brilho.

– Gosta de livros?

– Sim, muito. – Ela responde e a senhora abriu um grande sorriso.

– Me chamo Komera Mikka, sou bibliotecária daqui e também professora de literatura. – Mikka deu uma olhada na pilha de livros que ela recolhera e avistou um título desconhecido. - Nunca ouvi falar deste, onde o achou? – Ela mostrou o livro de que falava para Renesmee e a mesma arregalou os olhos. Era o livro que ela escreveu!

– F-fui eu mesma... que... escrevi... – Renesmee foi abaixando o tom de voz de modo que Mikka não teria ouvido se o corredor não estivesse vazio.

– Não me diga! Meu neto trabalha para uma escritora, se quiser posso mandar para ele. – Renesmee arregalou mais os olhos, sua boca se abriu em um sorriso perfeito e seus olhos pareciam estrelas de tanto que brilhavam.

– I-isso é sério?? Ma-mas eu ainda nem acabei ele e...

– Posso te ajudar com isso também. – Mikka a interrompeu.

– Ah meu Kami-sama, isso é bom de mais para ser verdade!! – A essa altura Renesmee surtava com a possibilidade de ter um livro seu publicado enquanto Mikka ria baixo do entusiasmo excessivo da garota. – Podemos começar amanhã depois da aula? – Ela perguntou.

– Claro, vá a biblioteca que eu estarei por lá.

– Obrigada, Mikka-san, por essa oportunidade! Agora tenho de ir, deixei um amigo esperando lá no portão. – A garota se despediu e foi ao encontro de Shaoran.

– Até que enfim, Rene! O que o Yuukiro-sensei queria afinal?

– Deixa aquele chato pra lá, você não faz ideia do milagre que me aconteceu no corredor!

– Então fala, ué.

– A Mikka-san me disse que eu posso ter um dos meus livros publicados!! – A menina explodia em alegria.

– Quem é Mi... – Shaoran tentou falar, mas foi interrompido.

– Já pensou, outras pessoas lendo minhas histórias? É um sonho que se realiza! – Renesmee estava tão distraída que nem reparou quando seu Shugo Tama saiu de sua mala e começou a rachar.

– Ãh, Rene... – Shaoran tentou alertá-la, mas até parece que conseguiu.

– Isso é tudo o que eu mais quero Shaoran-kun! Fazer as...

– “Quero fazer as pessoas sonharem com minhas histórias”. – A esverdeada só parou de tagarelar quando ouviu uma voz calma atrás de si. Virou-se aos poucos e se deparou com uma Shugo chara. – É um belo sonho Rene-chan, e é por causa dele que eu estou aqui.

– Eu tentei te avisar. – Shaoran quis se intrometer, mas nenhuma das duas lhe deu atenção.

– Esqueça Shaoran-kun, é melhor sair de perto e deixar rolar as apresentações. – Comentou Touya, voando ao lado do dono.

– V-você é... – Renesmee encarava sua chara, sem ter ideia do que dizer.

– Sou sua Shugo Chara, Jinora. Fico feliz em conhecê-la, Rene-chan. – A chara tinha longos cabelos loiros escuros e olhos lilases que estavam enfeitados com um par de óculos. Suas roupas eram como as de uma bibliotecária.

– Jinora. – A garota repetiu e olhou de esgoela para seu auto-livro em sua mão.

– Isso mesmo, tenho o nome da personagem principal de seu livro.

– Ei, desculpe ser chato, mas agora é sério. Se eu não chegar em casa em vinte minutos minha mãe liga pra polícia. – Ralhou Shaoran.

– E demora tudo isso para chegar na sua casa? - Indagou Renesmee sarcástica.

– Melhor não arriscar. - Ele deu de ombros, ignorando o sarcasmo da amiga.

Não demorou muito e eles logo chegaram a casa de Nadeshiko. Sim, eles voltariam para lá. Utau logo chegou "para buscar Shaoran", foi o que ela disse, mas todos logo viram que era mentira quando ela ligou o celular no vivavoz e as três mães (Amu, Utau e Yaya) ficaram conversando com Nadja por horas. Enquanto isso na sala de TV, Taiga e Nadeshiko assistiam diversos animes e não deixavam Shaoran encostar no controle remoto, Renesmee ouvia a briga dos três e ria de vez em quando.

– Me deixa ver pelo menos três minutos do jogo! - Pedia o ruivo.

– Assim que acabar essa maratona de Hamtaro a gente deixa! - Taiga e Nadeshiko gritavam de volta.

– Desista, Shaoran-kun. É mais fácil você tentar rirar um osso da boca de um pitbu. - Comentou Renesmee.

– Você não controla sua própria irmã?? - Ele questionou.

– E você, controla a sua? - Ela respondeu.Sem mais argumentos, Shaoran foi jogar bola no quintal. Eles ficaram o resto da tarde assim e quando estava quase virando noite todos foram embora para suas respectivas casas.


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