Sedução Da Noite escrita por Leelan Schaffer


Capítulo 8
Algumas perguntas merecem respostas


Notas iniciais do capítulo

So tell me everything
Tell me every little thing
And I won't run away
No matter what you say
I wanna hear your heart
Every single beating part
The good and the bad
— Colbie Caillat



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A questão é: Ela não fazia idéia de por onde começar.

Não era como se ela não soubesse as perguntas que queria fazer, ela sabia. Só que eram tantas e tão diferentes uma das outras.

Mentira. Sua mente a acusou. Você está é com medo das respostas.

Bom, ai estava a verdade.

Sabia que tão logo soubesse as respostas para as suas perguntas sua vida mudaria. Só não sabia se seria uma mudança boa.

– E então? – Lucian perguntou.

Ele havia se deitado na cama, e encarava o teto, esperando pela torrente de perguntas que Alexya deveria fazer a ele. Tinha adotado aquela postura por que seria uma longa noite, havia dito a ela.

Só que até então ela não havia feito nenhuma pergunta. E já haviam se passado cinco minutos.

Alexya suspirou. – Não sei por onde começar.

– Comece por aquilo que mais clama a sua curiosidade, e siga por lá. - Lucian a incentivou.

Ele realmente deve querer meu sangue. Pensou. Está me ajudando a interrogá-lo!

– Como você sabe meu nome? – Alexya perguntou.

– Essa é sua pergunta? Sério? – Lucian perguntou, rindo.

Mas ela não se deixou abalar. – Na noite passada, no Metamorphose, quando você perguntou meu nome, eu lhe disse Nikki. Mas por duas vezes você me chamou de Alexya. Como você sabe meu nome?

Lucian suspirou. – Faz parte de quem eu sou. Quando se é tão velho como eu sou, você aprende a ler a mente dos seres humanos e da maioria dos sobrenaturais.

– Você pode ler a minha mente? – Alexya perguntou horrorizada. Será que ele sabe todos os pensamentos absurdos que ela teve sobre ele?

A risada de Lucian confirmou seus medos.

Merda, merda, merda!

– Certo. Deixa pra lá. Se você me morder, eu não vou me tornar vampira também, vou? – Alexya perguntou duvidosa.

– Não. Pra que você se torne vampira, tem que morrer e um vampiro te dar o sangue dele logo após. Por enquanto você será apenas comida.

Alexya não gostou de ser descrita como jantar, mas não havia muito que pudesse ser feito.

– Quantos anos você tem?

– Me tornei um vampiro com 23 anos.

– Sim, mas... Você tem quantos anos de morte? – Alexya insistiu.

– O suficiente.

– Sem meias verdades! – Alexya censurou.

Lucian suspirou. – Trezentos.

– Quando você faz aniversário? – Alexya perguntou.

– O quê? O que isso tem a ver? – Lucian soava exasperado.

– As perguntas são minhas e eu é que sei. Só responde e não resmunga. – Alexya virou os olhos. Sinceramente, era tão difícil só responder?

– Daqui a dois meses.

– Por que eu? – A voz dela soava incrivelmente distante.

– Por que você o que?

– Por que eu? Por que você e o vampiro que você matou vieram atrás de mim? Por que não outra menina qualquer? – Soava como um pedido. Por que não escolher qualquer outra azarada?

– No que você acredita? Destino? Carma? Eu realmente não sei. – Ele deu de ombros. – Você estava no bar, e seu pescoço descoberto era liso, sem nenhuma perfuração, nenhuma marca. Você não tinha o cheiro de nenhum vampiro em você, não pertencia a ninguém. Era como uma virgem andando em meio a um batalhão de homens que estavam a 2 anos no deserto, sem mulheres. Qualquer vampiro que estivesse por ali poderia reivindicá-la.

– Eu não sou um pedaço de bife! – Ela resmungou, cruzando os braços.

– Sinceramente? Para nós, você não passa disso. Comida. Aceite isso e sua vida será muito mais fácil.

– Por que você me salvou?

– Essa eu já te respondi ontem! Porque você é forte. Ao menos, mentalmente.

– Você quer me transformar em uma vampira? – Alexya sabia que provavelmente Lucian poderia sentir o medo por trás das suas palavras, mas não havia o que pudesse ser feito.

– Talvez. Eu realmente não sei ainda se você valeria o meu esforço. Mas ainda tenho tempo para decidir isso.

– Você age como se eu quisesse ser transformada.

– Você não tem escolha. Querer não vai mudar nada. – Lucian disse simplesmente.

– Por que eu vim até aqui hoje?

– E eu é que tenho que saber? Foi você que veio até aqui, e não o contrario.

Ele estava mentindo. Alexya poderia o sentir brincando com ela, fazendo-a se sentir no limite da loucura.

– Você está mentindo, e você sabe.

– Certo, e agora você aprendeu a ler mentes, também? – Lucian perguntou com escárnio.

– Não. Mas você mente muito mal para um morto. – Alexya zombou.

Lucian ergueu as mãos para o teto em exasperação, depois as deixou cair dramaticamente.

– Meu sangue te chamou. E vai ser assim toda vez que eu acordar para a noite. Como eu te dei meu sangue, você poderá me encontrar em qualquer lugar. É só deixar teus instintos te guiarem e eles a levaram até a mim.

– E se eu não quiser ir até você? - Alexya resmungou.

– Você tem que parar com essa coisa de querer. Entenda que você não tem mais querer. Só pelo fato do meu sangue correr pelas suas veias, você é automaticamente uma escrava de sangue.

– Mas e se eu lutar contra? E se eu me recusar a ir até onde você está? – Alexya insistiu.

Lucian deu de ombros. – Você vai sentir dor.

– Como é que é? – Alexya perguntou horrorizada.

– Provavelmente foi um pulsar na sua cabeça que te trouxe até aqui, não foi? E ele parou no minuto em que você me achou. Quanto mais tempo você ficar longe de mim, mais forte vai ser. Eu já vivi muito tempo, e já vi escravos de sangue enlouquecerem tentando resistir ao chamado do sangue. Eu não aconselharia você a tentar o mesmo.

– Ah, maravilha! Então eu vou ter que sair com você todas as noites? – Alexya estava puta da vida.

– Daria pra colocar dessa maneira. – Lucian concordou.

– E a minha vida? Meus amigos? Eu não posso passar sete dias por semana enfurnada na sua casa! Não é como se eu ao menos quisesse estar ao seu redor! – Alexya esbravejava.

– O que eu já te falei sobre querer? Você. Não. Tem. Querer. – Ele disse pausadamente, forçando as palavras a entrarem na cabeça de Alexya e permanecerem ali, ecoando nos cantos de sua mente.

– Deve ter um jeito de mudar isso, tem que ter! – Alexya levantou do puff e começou a andar pelo quarto.

– Não há como mudar o que foi feito. A única maneira de você deixar de ser uma escrava de sangue é se você se tornar uma vampira,e eu não vou transformá-la. Ao menos, não agora.

– Pare de agir como se você estivesse me fazendo um favor! Foi você que me meteu nessa furada, pra começo de conversa.

– Não, Alexya! – Lucian levantou da cama e parou em frente a ela, forçando-a a encará-lo. – A única coisa que eu fiz foi salvar a sua medíocre vida humana. Eu poderia ter deixado que ele terminasse o que começou. Eu posso terminar o que ele começou agora mesmo, se é o que você quer. Mas se você não quer isso, pare de agir como uma humana estúpida e mimada e aceite os fatos: Você é uma escrava de sangue. E pertence a mim. Vai passar sete dias por semana ao meu redor. E vai gostar disso.

– Eu iria gostar mais de perfurar seus olhos com uma caneta! – Alexya gritou pra ele.

Antes que Alexya pudesse entender o que estava acontecendo, os lábios de Lucian estavam sobre os seus, uma mão se enfiando entre seus cabelos, a outra a trouxe pra mais perto pela cintura. Sua boca se abriu surpresa, e a língua dele investiu contra a sua. Seus lábios eram frios contra os dela, mas incrivelmente macios. Sua boca tinha um gosto doce e metálico, e Alexya imaginou que esse fosse o gosto de sangue.

Ele beija incrivelmente bem para um morto, Alexya pensou.

Ela ergueu os braços para apoiá-los no pescoço de Lucian, uma de suas mãos agarrando os cabelos de sua nuca. Alexya intensificou o beijo, seu coração batia forte em seu peito e o sangue começou a correr em todas as direções, deixando-a tonta.

Lucian deu três passos atrás, ainda beijando-a e deixou-se cair na cama, levando-a junto.

Alexya apoiou seus joelhos nas laterais do corpo de Lucian, enquanto beijava-o e roçava seu corpo contra o dele. As mãos de Lucian subiram pelas costas de Alexya, levando sua camiseta junto e deixando-a só de jeans e sutiã. O chapéu fedora estava abandonado no chão, onde ele havia começado a beijá-la.

Ela levantou a cabeça, separando seus lábios para poder tomar fôlego, e Lucian deixou um rastro de beijos desde sua mandíbula até seu ombro, e depois voltou, roçando seus dentes contra a pele de Alexya, fazendo sua pele se arrepiar e o desejo correr dentro dela.

Sem aviso prévio suas presas perfuraram a pele dourada do pescoço de Alexya, e a dor foi substituída por um doce prazer enquanto ele sugava seu sangue.

Isso é tão bom. Alexya pensou.

Lucian moveu uma mão para o peito de Alexya, brincando com o mamilo dela através do sutiã de cetim e deixando-o rijo, enquanto sua outra mão afastava seus cabelos de uma forma sensual e feroz.

Alexya correu suas mãos ao longo do peito musculoso de Lucian, e tudo o que ela poderia pensar era em beijar cada parte daquele corpo duro.

Ela estava tremendamente excitada. Desejava ele dentro dela, o mais rápido possível.

De repente, a porta do quarto de Lucian é escancarada e uma Camila muito irritada brada da porta. – Tira as suas mãos imundas de cima dele!


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Notas finais do capítulo

Meninas, tem alguma coisa que vocês queiram saber a respeito do Lucian?
Peçam e darei um jeito dele responde-las.
Mas que Camila mais inconveniente, vocês não acham?
#AguardandoFeedBacks!



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