Sarah Adams escrita por Marina Andrade


Capítulo 19
Capítulo 17 - "Namorados"


Notas iniciais do capítulo

Aí está o capítulo tão esperado. Espero que o "namoro" tenha ficado esclarecido. Deixei a melhor parte desse relacionamento para o próximo capítulo, quando eles forem passar as férias no Caribe.

Espero que gostem, bjs.



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“-Os finalistas do Torneio são: Sarah Adams e Draco Malfoy! – Disse ele, sorrindo.


 


Por impulso, e esquecendo tudo à sua volta, Sarah e Draco se abraçaram.”


 


-Parabéns. – Ron disse, os fazendo sair do abraço e cumprimentá-lo.


 


-Você foi ótimo. – Disse Sarah, simpática.


 


-Mas não bom o suficiente, Cabeça-De-Fogo. – Disse Malfoy. – Brincadeira. – Terminou ele sorrindo e apertando a mão de Ron.


 


Todos entraram no castelo e foram jantar. Essa noite, como poucas, Sarah não se lembrou da guerra, nem dos Comensais.


 


Dia seguinte, sábado, jardins de Hogwarts, 18:00 hs.


 


-Ainda acho incrível. Encontrar o caminho no meio da floresta mais perigosa do mundo à noite deve ter sido um inferno! – Disse Hermione. Ela, Ron, Sarah, Harry e Gina estavam sentados nos jardins conversando.


 


-É. Foi um inferno. – Disse Ron. – Eu passei horas seguindo o caminho que a bússola indicava e parecia que sempre voltava pro mesmo lugar!


 


-E voltava. As bússolas não indicavam o caminho até Hogwarts, indicavam um caminho em círculos. – Disse Sarah.


 


-Deve ser por isso que eu fui parar três vezes de volta ao lago das sereias! – Disse Ron, fazendo todos rirem.


 


-E continuou seguindo a bússola, mesmo assim? – Gina perguntou.


 


-É. Pensei que fosse um defeito passageiro.


 


-Não sei como vocês não foram atacados por nenhum lobisomem ou dementador. – Disse Hermione.


 


-É... Sorte nossa. – Disse Sarah, preferindo manter segredo.


 


-Também acho. – Jack disse, atrás de Sarah.


 


-Tio! – Disse Sarah, se levantando para abraçá-lo. Os outros o cumprimentaram.


 


-Você está bem, Sarah? – Perguntou ele, olhando para Sarah como se procurasse algum machucado.


 


-Claro... Por que não estaria?


 


-Pela prova de ontem. A Floresta Proibida não é lugar pra largar três adolescentes à noite e desarmados!


 


-Não se preocupe. Tivemos sorte. – Ron disse, o tranquilizando.


 


-Que bom... Tenho notícias pra vocês. Todos os membros da Ordem devem saber. – Todos pareceram engolir em seco, temendo o olhar sério de Jack. – Onde está o filho da Narcisa?


 


-Eu... Aviso pra ele depois. – Disse Sarah, se arrependendo de ter dito isso tão naturalmente. Todos olharam pra ela estranhando a disponibilidade de falar com o arquiinimigo. – Tenho um relatório da monitoria pra entregar pra ele hoje. – Todos pareceram entender.


 


-Ótimo. – Jack suspirou. – Como vocês devem saber, os jornais estão no período de férias. (N/A: No “meu” mundo bruxo, os jornais tiram duas semanas por ano para entrarem de férias. O Ministério da Magia escolhe uma semana no meio e uma semana no fim do ano para que os jornais entrem de férias. Todos os jornais têm que entrar de férias no mesmo período.)


 


-Foi estranho essas férias repentinas. Normalmente os jornais avisam um mês antes que semana vão entrar de férias. – Disse Hermione, que assinava o Profeta Diário.


 


-Digamos que eles foram forçados a isso. – Disse Jack, se sentando. – Ontem à tarde, Christine teve uma visão em que os Comensais invadiriam o centro de Londres.


 


-Estão todos bem?! – Sarah perguntou, se adiantando.


 


-Calma. – Disse Jack, continuando. – Os Comensais invadiram Londres poucos minutos depois da Ordem chegar à Wizard’s Place. Eles não estavam sozinhos. Azkaban foi invadida e todos os ex-comensais libertados. Estavam todos na praça. Dessa vez, porém, os Comensais não estavam matando, e sim sequestrando pessoas comuns. Fizemos de tudo. Conseguimos Enlaciar cinco Comensais e dois ex-comensais e salvar dezenas de pessoas. Não foi o suficiente. Os Comensais invadiram o Ministério da Magia e sequestraram o Ministro.


 


-O QUÊ?! – Todos exclamaram incrédulos.


 


-Sim. Cornélio Fudge foi sequestrado. Emílio Bask assumiu o Ministério e deu férias aos jornais para a poeira abaixar.


 


-Inacreditável. – Harry disse.


 


-Não, impossível. – Sarah corrigiu, franzindo a testa. – Seqüestrar o Ministro da Magia não seria tão fácil. – Todos olharam pra ela, tentando entender o raciocínio. – Eu li um livro no terceiro ano, “A Guarda do Mago”, que contava tudo sobre a proteção de todos os que já foram Ministros da Magia. O livro menciona a guarda de Fudge. Cornélio Fudge está sob proteção máxima o tempo todo. Todas as estátuas do Ministério são mágicas, e ficam o tempo todo em guarda, vigiando todos que passam. Em caso de invasão, elas se movem, fazem barulhos e chamam a atenção da guarda pessoal do Ministro.


 


-Guarda pessoal? – Jack perguntou, intrigado.


 


-Sim. Quase ninguém sabe da existência dessa guarda. Ela é composta pelo secretário-chefe, pelos chefes de departamento e supervisores e liderada pelo futuro sucessor. A função da guarda é defender o Ministro com a própria vida se for preciso.


 


-Então quer dizer que, supostamente, se Fudge fosse atacado, todas essas pessoas entrariam em defesa dele? Lutando? – Jack perguntou.


 


-A não ser que Bask estivesse fora do Ministério na hora do ataque, Fudge não seria sequestrado sem que ele saísse ferido ou pior antes. – Concluiu Sarah.


 


-Fudge não saiu ferido. Nem nenhum dos chefes de gabinete ou outra pessoa que você citou. – Disse Jack.


 


-Então a guarda pessoal não foi acionada por Emílio Bask. – Disse Sarah.


 


-Temos que interrogar alguém. Tem algo errado com Bask. – Disse Hermione. – Jack, você não tem uma irmã mais velha que trabalha no Ministério?


 


-É! Jack, a tia Marta é secretária-chefe! – Disse Sarah. (N/A: pra quem não lembra da tia Marta, ela é a irmã mais velha de Paul, Jack e Joey. Trabalha no Ministério, é baixinha, pessimista e não muito ligada aos outros Adams. Qualquer coisa, eu falei dela no capítulo 2.)


 


-Algum de vocês poderia avisar a Dumbledore sobre isso? – Jack perguntou. – Eu tenho que levar a Sarah para resolver uns assuntos.


 


-Eu falo. – Disse Harry, se levantando.


 


-Ok. Até mais, gente. – Jack se despediu, caminhando com Sarah para os portões de Hogwarts.


 


-Onde nós vamos?


 


-Pra casa. Tem algo que você precisa saber. – Disse ele, com um olhar preocupado.


 


-Não vamos voar até a Transilvânia, não é?


 


-Segure a minha mão. – Disse Jack, estendendo a mão para ela assim que saíram do território de Hogwarts. Sarah apertou sua mão, e em meio segundo se sentiu um gancho no umbigo e depois, a familiar tonteira de quando aparatava com os Adams mais velhos. Assim que a tonteira parou, estavam na porta da mansão Adams. Sarah sorriu.


 


-Lar, macabro e sombrio lar. – Disse ela, subindo os degraus da entrada.


 


-Hahaha, macabro e sombrio?


 


-Hahaha, isso é só uma coisa que eu houvi do Dra... De um aluno do segundo ano. – Disse ela, entrando no hall.


 


-Sarah! – Anna disse, correndo para abraçar Sarah, sendo seguida pela irmã, Mary Anna. (N/A: pra quem esqueceu, são primas da Sarah.) – Parabéns! Finalista num Torneio? Você está mesmo afim de quebrar nosso lema de “a família mais azarada do mundo bruxo”, não é?


 


-Hahaha, é bom te ver também. Como conseguiu fugir de Darktos?


 


-Joey foi me buscar hoje à tarde. Já soube do ataque?


 


-Já. Só não sei ainda porque estou aqui. – Anna pareceu entristecer, mas manteve o sorriso no rosto, a custo.


 


-O que foi?


 


-É melhor você entrar. Estão te esperando na sala de jantar. – Mary Anna disse, indicando as escadas. Sarah começou a subir.


 


-Vocês não vêm? – Perguntou, quando chegou ao segundo patamar.


 


-Não, Sarah. Nós vamos ficar por aqui. – Lupin disse, saindo de um corredor acompanhado por Tonks e Sirius. Sarah entrou na sala de jantar.


 


-Filha! – Angeline disse, correndo para abraçá-la.


 


-O que aconteceu? – Sarah perguntou, indo direto ao assunto.


 


-No ataque de ontem , Sarah... – Paul Adams começou.


 


-Eu fui sequestrado. – John Paul disse, entrando na sala literalmente acabado. Com as roupas rasgadas, os tênis detonados, os cabelos bagunçados e cheio de novos cortes nos braços e pescoço.


 


-John! – Angeline e Helen gritaram, correndo para abraçar o filho e marido.


 


-John? Sequestrado?! – Sarah perguntou, abraçando o irmão. – Como conseguiu fugir? – Perguntou ela sorrindo, assim como os outros que entravam na sala. Jonh sentou-se devagar e começou a explicar.


 


-Aquele idiota do Goyle se escondeu durante a briga toda! Me sequestrou quando eu estava no chão, caído por causa do Reducto de algum Comensal. Não sei pra onde fui levado. Ele aparatou comigo para o que me parecia uma fortaleza no meio das montanhas. Eu só pude observar o lugar quando estava dentro de uma cela, sozinho. Voldemort não estava lá. Ouvi os Comensais conversando. Chamavam o lugar de “Quarta Base”. eles não queriam me matar, e sim me interrogar. – Ele disse, parando para beber água.


 


-Interrogar? Quem o interrogou? – Paul perguntou, parecendo apreensivo.


 


-Lestrange. Eles queriam saber qual era o contra-feitiço do Enlácio.


 


-Então é isso. Eles querem nos atacar tirando nossa principal arma: o Enlácio. – Lupin disse.


 


-A minha sorte é que eu não sei o contra-feitiço. – Disse Jonh. Era verdade. Na Ordem da Fênix, apenas uma pessoa é guardiã do contra-feitiço, e se essa pessoa morrer, o contra-feitiço estará no seu testamento, que só poderá ser lido pelo novo guardião. O guardião do fetiço não podia ser o alfa nem o beta, obviamente porque são os mais caçados pelo inimigo.


 


-É. Ainda bem que eu sei. – Raymond disse.


 


-Tive que usar toda a minha força em Oclumência para que ela não descobrisse nada sobre o guardião. – Disse Jonh Paul.


 


-Por isso não consegui ler sua mente! – Helga disse, sorrindo.


 


-Bom, mas enfim, como fugiu? – Sirius perguntou.


 


-Como eu disse o lugar é uma fortaleza... Cercada de dragões. – Terminou ele, sorrindo. – Nunca fiquei tão feliz por ser treinador de dragões na minha vida! – Disse ele rindo.


 


-Usou os dragões a seu favor? – Sarah perguntou.


 


-Consegui manipular um mais inofensivo para abrir minha cela. Bom... Na verdade, quebrar minha cela. – Todos riram. – Foi uma confusão imensa! Os Comensais, como eu imaginei, vieram ver o que estava acontecendo, e eu consegui atingir o Goyle com uma pedra. Peguei a varinha dele e aparatei pra cá. Foi isso. – Terminou ele, se levantando e espreguiçando. – Se me dão licença, eu preciso de um banho. – Terminou ele, saindo da sala deixando todos sorrindo aliviados.


 


...


(Mesma noite, 11: 30 hs.)


 


-Como os dragões estão no seu conceito agora? – Anna perguntou à Sarah, enquanto ambas desciam as escadas para o hall. Estavam indo embora.


 


-Ganharam alguns pontos, mas ainda os odeio. – Disse Sarah, sorrindo e abraçando a prima.


 


-Vê se detona o Malfoy no Torneio, viu?


 


-Vou tentar. – Disse Sarah, segurando no braço de Jack. Anna segurou no braço de Joey. Ambas aparataram, cada uma para sua escola.


 


-Vou indo, Sarah. – Jack disse a abraçando. – A Ordem tem muito o que consertar.


 


-Tchau. – Se despediu Sarah, entrando em Hogwarts.


 


...


 


(Quarto do corredor secreto, cinco minutos depois.)


 


Draco estava deitado na cama de Sarah ouvindo música no último volume no seu Ipod quando Sarah entrou no quarto.


 


-Draco, cheguei. – Disse ela, entrando e fechando a porta. Draco não a ouviu. – Draco? – Nada. – Draco! – Disse Sarah, sentando na beirda da cama. – Ainda nada. Sarah tirou um fone de ouvido de Draco. – DRACO! – Gritou ela. Dessa vez, ele ouviu, e se sentou com o susto.


 


-Ahn? Quem? Quando? Cuma? Sarah?!


 


-Não, Papai Noel. Ho ho ho. – Zoou ela, enquanto ele sentava ao seu lado.


 


-Onde você estava?! Eu te procurei o dia todo! – Disse ele, parecendo preocupado.


 


-Por que você estava na minha cama? – Sarah perguntou, curiosa.


 


-Eu? É... Porque... Eu não queria desarrumar a minha cama. – Disse ele, tentando desviar do assunto.


 


-Hum. – Disse Sarah, acreditando.


 


-Pra onde você foi? – Draco voltou ao assunto anterior.


 


-Meu tio Jack veio contar as novidades para os membros da Ordem que estão na escola e depois me levou pra casa e-


 


-Por que eu não estou sabendo das novidades?


 


-Eu disse que te contaria. Bom, quer que eu conte em detalhes ou resuma?


 


-Resuma.


 


-Os Comensais invadiram a Wizard’s Place ontem à tarde e sequestraram todos que passaram na frente. Minha tia previu o ataque e a Ordem chegou poucos minutos antes deles. O Ministro da Magia foi sequestrado.


 


-O QUÊ?! – Draco exclamou, surpreso.


 


-Essa foi nossa reação também. Só não conta pra ninguém. É segredo. Os jornais entrarm de férias pra evitar a confusão. Emílio Bask assumiu o Ministério, mas estamos desconfiando dele.


 


-Ele não foi ferido? Ou... Atacado?


 


-Não.


 


-Sarah, você já leu “A Guarda do Mago”?


 


-Você lê? – Sarah perguntou, fingindo surpresa.


 


-Rá rá. Claro que não leio tanto quanto você, senhora Traça-De-Livros, mas eu leio.


 


-Eu li esse livro. Por isso desconfiamos de Bask. Minha tia é secretária-chefe do Ministério, então vai ser fácil investigar... Draco, por que você estava me procurando?


 


-Dumbledore disse que queria falar com nós dois. Disse que era importante. Ele estava com aquele sorrisinho irritante no rosto. – Disse Draco, deitando na sua cama.


 


-Coisa boa não é. – Disse Sarah deitando na sua.


 


-Sarah... Já parou pra pensar que somos os finalistas do Torneio das Quatro Casas? – Ele perguntou, virando de lado para conversar.


 


-É. Estranho, não acha?


 


-Por quê? Eu sempre soube que seria finalista. – Disse ele, com sua expressão arrogante. – Sou um Malfoy, Sarah.


 


-Uau! Jura? Eu não adivinharia se você não contase. – Sarah zoou, tacando um travesseiro nele.


 


-Ansiosa pra viajar pro Caribe? – Ele perguntou, tacando o travesseiro de volta.


 


-É mesmo! Eu nem me lembrava da viagem! – Disse Sarah sentando de animação. Draco riu.


 


-Como você consegue lembrar a data exata das provas do mês que vem, mas não se lembra de que os finalistas ganhariam uma viagem para o Caribe? – Ele perguntou, agarrando o travesseiro que ela arremessou de volta.


 


-Será que vamos ter que dividir um quarto no Caribe também? – Ela perguntou, agarrando o travesseiro que ele arremessou, o colocando no lugar e deitando.


 


-Eu bem que gostaria de poder te dizer não, mas que outra opção teríamos? A conexão está forte agora.


 


-É. Boa noite, Draco. – Disse Sarah, se enfiando debaixo das cobertas.


 


-Boa noite, Sarah.


 


...


 


Dia seguinte, 21 de junho de 2009, 07:00 hs.


 


-Bom dia. – Dumbledore disse. Sarah abriu os olhos lentamente, percebendo que alguma coisa estava deitada em cima dela, esparramada.


 


-Ah, não! De novo não! – Ela disse, quando viu que a “coisa” era Draco Malfoy, deitado em cima dela com a cabeça apoiada um pouco acima da sua no travesseiro.


 


-Ssssshhh. Tem gente tentando dormir aqui. – Disse Draco sem abrir os olhos, segurando as mãos de Sarah, entrelaçando seus dedos.


 


-Malfoy. – Snape disse, que estava ao lado de Dumbledore.


 


-Só mais cinco minutos, mãe. – Disse Draco. Sarah teria rido da cara de Snape, se seus pulmões não estivessem sido contraídos pelo peso de Draco.


 


-MALFOY! LEVANTE-SE AGORA! – Snape apelou. Draco acordou num pulo, caindo da cama.


 


-AAAAAAAHHHHHH! – Ele gritou, enquanto caía. Sarah se sentou na cama, agora podendo rir da cena.


 


-A situação está mesmo grave. – Snape disse à Dumbledore. – Retiro o que disse. Seu plano é insano, mas nas circunstâncias atuais, necessário. – Terminou ele, saindo do quarto.


 


-Situação grave? – Draco perguntou se levantando.


 


-Plano? – Sarah perguntou, já não gostando da ideia.


 


-Ah, eu adoro quando tenho razão. – Dumbledore disse, sorrindo. – Arrumem-se e me encontrem na minha sala daqui à uma hora. – Terminou ele, saindo do quarto e fechando a porta.


 


-“Mãe”? O Snape vai te deixar em detenção pelo resto do ano! – Sarah disse, pegando sua roupa no armário.


 


-Hahahaha, é, acho que vai. – Disse ele, deitando na sua cama. – Eu não esmaguei você, não é?


 


-Hahahaha, ainda não sei como, mas não.


 


...


 


(Uma hora depois...)            


 


-Qual será o plano de Dumbledore? – Draco perguntou à Sarah enquanto andavam pelos corredores.


 


-Tenho medo de saber. – Disse Sarah, parando em frente à estátua de águia que levava à sala de Dumbledore. – Ele te disse a senha?


 


-Incorporius. – Dumbledore disse, surgindo atrás dos dois.


 


-Ah! – Ambos exclamaram.


 


-Venham comigo. – Disse Dumbledore, subindo pelas escadas da passagem. Os três entraram na sala e se sentaram nos lugares de costume. – Bom, como devem ter notado, a conexão está ficando mais intensa.


 


-É, deu pra notar. – Draco disse sarcástico, se lembrando de como tinham acordado essa manhã.


 


-Bom, eu estive estudando o conteúdo do baú de Ravenclaw e encontrei evidências interessantes. – O sorriso que Draco detestava voltou à sua face.


 


-Como você consegue abrir o baú de Ravenclaw e eu não? – Draco perguntou.


 


-Somente duas pessoas podem ter acesso aos itens deixados pelos herdeiros, o herdeiro da casa, - ele olhou para Sarah – e o diretor da escola.


 


-Por isso eu não consegui usar o Livro dos Mapas? – Sarah perguntou.


 


-Exato. Bom... Querem saber o que eu descobri?


 


Sarah e Draco, mesmo estando incertos sobre se queriam mesmo saber, cenaram afiramtivamente com a cabeça.


 


-Descobri que a conexão entre Ravenclaw e Salazar ficava cada vez mais forte com o passar dos dias porque eles se afastavam cada vez mais. A conexão é inversamente proprorcional. Quanto mais longe um ficava do outro, mais intensa ela ficava. A conexão só se fechou durante o namoro deles.


 


-Deixe-me adivinhar. O mesmo está acontecendo com a gente? – Draco disse.


 


-Impossível! – Argumentou Sarah. – Dividimos um quarto, passamos quase todos os fins de semana juntos treinando na sede da Ordem, dividimos a carteira nas aulas, como isso pode estar acontecendo com a gente? Passamos muito tempo juntos!


 


-O caso de vocês, ainda não sei por que, é mais sério. – Disse Dumbledore. – Na primeira noite em que a conexão se manifestou fisicamente, vocês tinham passado o dia todo na Ordem, cada um num canto. Nessa prova do Torneio, eu os coloquei para dormir em baracas separadas, e a conexão agiu de novo. Por isso o diretor que construiu o quarto em que vocês dormem colocou as camas tão próximas. Para evitar que a conexão se manifestasse fisicamente enquanto dormiam.


 


-Mas está acontecendo mesmo assim. – Draco disse.


 


-Eu sei. – Dumbledore sorriu. – Adivinhei que aconteceria de novo essa noite, já que a Sarah passou o dia longe de você, Malfoy.


 


-Até aí tudo bem. A única coisa que não se encaixa na história é o Snape. – Draco disse, sem entender.


 


-Eu bolei um plano para fechar a conexão de vocês, e já que ele é a única pessoa além de nós a saber da conexão, resolvi pedir a opinião dele. Quando eu contei que a conexão já estava os ligando fisicamente, ele não acreditou. Então tive que provar.


 


-E eu o chamei de mãe. – Concluiu Draco suspirando em negação. Sarah riu.


 


-É. Mas isso é irrelevante. – continuou Dumbledore.


 


-Qual é o plano? – Sarah perguntou, temerosa.


 


-Bom, já que quanto mais afastados mais a conexão se intensifica, vamos ter que fazer o inverso. Aproximar vocês.


 


-E como pretende que façamos isso? Vai grudar minha cabeça à da Sarah e vamos sair andando por aí como gêmeos siameses? – Sugeriu Draco, fazendo Sarah gargalhar.


 


-Não. Vão fingir ser namorados durante o resto do ano. – Retrucou Dumbledore, sério. Sarah parou de rir e Draco engasgou com ar.


 


-Como é que é?! – Sarah perguntou, se levantando da cadeira.


 


 – Sim. Isso mesmo que ouviram. Não só pela conexão, mas pelos poderes que estão desenvolvendo por serem herdeiros. Vão ter que treinar seus poderes todos os dias para que eles não saiam do controle. E já que têm que ficar juntos, farão isso juntos. Têm que fingir ser namorados para toda a escola e para a Ordem da Fênix.


 


-Dumbledore, já passou pela sua cabeça que isso é invasão de privacidade? – Sarah perguntou, com os olhos em chamas.


 


-Não estou obrigando ninguém a nada. Essa é a opção que vocês têm.


 


-Não podemos apenas passar mais tempo juntos sem dizer pra todos que somos namorados? – Draco sugeriu.


 


-E o que acha que todos vão pensar quando começarem a passar o dia todo juntos e sumir por horas na Floresta Proibida como um casal apaixonado? – Dumbledore perguntou, sorrindo divertido.


 


-E se não quisermos? O que vai acontecer além da conexão não ser fechada? – Sarah perguntou.


 


-Vai ficar pior. Na verdade, insuportável. A conexão vai acabar os unindo fisicamente enquanto estão acordados.


 


-Como assim? – Draco perguntou.


 


-Enquanto estiverem andando ou comendo no Salão Comunal a conexão surta e os atrai comno dois imãs, fazendo-os se abraçarem ou quem sabe saírem rolando abraçados.


 


-Você está brincando, não é? – Sarah pergunrou, incrédula.


 


-Como acham que Ravenclaw e Slyterin se apaixonaram? – Perguntou ele retoricamente.


 


-Não dá pra acreditar. – Disse Sarah.


 


-Bom, já que conversamos, considerem-se “namorados”. – Disse Dumbledore, sorrindo simpaticamente para os dois. - E a propósito, Malfoy, você tem um jantar com a família da Sarah hoje para pedir a mão dela a Paul.


 


-Como é?! Pedir a mão da Sarah?


 


-Não espera que o pai dela descubra do namoro por boatos, não é? Paul Adams é um homem admirável, mas sabe ser nervoso. Sem ofensas, Sarah.


 


-Não me ofendeu. – Disse Sarah mais calma, vendo que não teria saída mesmo.


 


-Vocês vão jantar hoje às oito com a sua família, Sarah. Malfoy, você vai pedir a mão da Sarah em namoro a Paul e tudo se resolve. Como o falso namoro de vocês vão funcionar, é entre vocês. Não quero interferir no relacionamento do casal. – Dumbledore disse, zoando descaradamente.


 


-Mas... – Sarah e Draco tentaram protestar.


 


-Vocês podem dizer o que quiserem, mas têm que admitir que se dão bem juntos. – Concluiu Dumbledore, piscando para ambos e sumindo.


 


-Eu odeio quando ele faz isso. – Disse Draco. – E agora? O que vamos fazer?


 


-Vão treinar. – Snape disse, entrando na sala. – Você terão que treinar todos os dias durante duas horas. Vou lhes mostrar onde. – Terminou ele, saindo da sala, em sinal para que o seguissem.


 


...


(Dez minutos depois...)


 


-É aqui. – Snape disse, indicando-lhes a clareira que ficava apenas a cinco minutos de Hogwarts, na Floresta Proibida. – Inventem uma mentira sobre virem aqui todo dia. Digam que vão... Namorar ou qualquer coisa. – Disse Snape, com certa dificuldade ao pronunciar a palavra “namorar”. – Vou deixar o casal a sós. – Disse ele, dando um breve sorriso e se enfiando na floresta.


 


-A... Aquilo que eu vi foi Snape dando um sorriso sarcástico? – Draco perguntou à Sarah, incrédulo.


 


-Hahaha, é. Acho que foi.


 


-Então, quer treinar ou fazer um acordo sobre o “namoro” primeiro? – Ele perguntou, fazendo sinal de aspas ao dizer namoro.


 


-O acordo primeiro. – Disse Sarah, sentando encostada a um carvalho. Draco sentou ao lado dela.


 


-Quando vamos contar pra toda Hogwats?


 


-Amanhã. Hoje você conversa com meu pai.


 


Draco engoliu em seco.


 


-Como vamos agir em público? – Sarah perguntou, ruborizando com a ideia.


 


-Não sei... Acho que resolvemos isso na hora. Temos que inventar uma história. As pessoas vão desconfiar de estarmos juntos repentinamente.


 


-Acho melhor você inventar a história. – Sugeriu Sarah. – Sou fraca em romantismo.


 


-Ok. Já sei o que vou dizer.


 


-Já?


 


-Sarah, lembra que a gente ia fingir namorar na época do aniversário pra eu ganhar a viagem pra Austrália ao invés da festa? Tive que inventar uma história para convencer minha mãe.


 


-Ah. E em relação aos nossos encontros nessa clareira?


 


-Que tal se falarmos que vamos todos os dias fazer caminhadas juntos e admirar o pôr-do-sol? – Ele sugriu, logo depois fingindo enfiar o dedo na garganta, como se fosse vomitar.


 


-Hahahaha. É, pode ser. Acho difícil que a Hermione acredite nisso, ela é mionha melhor amiga. Adimirar o pôr-do-sol não faz meu gênero.


 


-Mas quem não gostaria de adimirar o pôr-do-sol com Draco Malfoy? – Ele disse presunçoso.


 


-Eu. – Disse Sarah levantando a mão.


 


-Rá rá. – Disse Draco, alongando os braços. – Então, o que vamos treinar primeiro?


 


-Hum... Tenho uma ideia. Eu pulo de árvore em árvore floresta adentro e você usa sua superaudição contando quantos pulos foram.


 


-Ok. Pode pular, Tarzan. – Disse Draco zoando.


 


Sarah pegou impulso e pulou se agarrando no galho mais alto de uma sequóia. Talvez não fosse ser tão difícil assim ter que passar tanto tempo com Draco. Era até... Divertido.


 


...


(Duas horas depois...)


 


-Até que o treino foi bem suportável. – Draco disse, sorrindo.


 


-É. Foi divertido.


 


-E você nunca imaginaria que eu conseguiria ouvir até mesmo os esquilos que estavam à sua volta, não é mesmo?


 


-É. Seus poderes estão evoluindo.


 


-Os meus? Não fui eu que voltei da floresta a uns 48º C!


 


-Hahaha, foi hilário ver sua cara de espanto quando saiu fumaça do meu braço quando a gota de orvalho caiu em mim. – Disse Sarah, zoando Draco.


 


– A-a-atchim! – Draco espirrou, sumindo.


 


-Draco?! Cadê você?! – Sarah perguntou, olhando em volta.


 


-Bem aqui. – Ele disse, parecendo estar próximo de Sarah.


 


-Rá rá. Muito engraçado, Draco. Pode parar.


 


-Sarah, eu não tô brincando. Estou bem ao seu lado.


 


-Vo-você consegue ficr invisível? – Ela perguntou, olhando para o lugar onde ele devia estar.


 


-AAAAHHHHH! POR QUE EU NÃO CONSIGO ME VER?! – Draco gritou, olhando para si mesmo e não vendo nada. Aos poucos voltou a ficar visível. Ele e Sarah se encararam.


 


-Dumbledore tinha razão. Os poderes de Ravenclaw e Slyterin estão se intensificando.


 


Mesmo dia, mansão Adams, 20:00 hs.


 


-Calma, Draco. Meu pai não vai te estuporar! – Sarah disse rindo, ao ver a cara de nervoso de Draco enquanto entravam na mansão. – Eu acho. Nosso namoro nem é de verdade! Por que está tremendo?


 


-Eu? Tremendo? Imagine. – Ele disse, enquanto subiam as escadas. Pararam em frente à porta da sala de jantar. Draco segurou a mão de Sarah e entrelaçou seus dedos, como se isso fosse natural. Sarah o olhou espantada.


 


-O quê? Se vamos fingir ser namorados, temos que fingir direito. – Ele disse, sorrindo e abrindo a porta.


 


Cenas do próximo capítulo:


 


Até que não é tão mal. – Sarah pensou, olhando o mar do Caribe. – Sombra, água de coco, ver o Draco correndo de um caranguejo, o mar azul...


 


-UUUUUHHHHHUUUUUUUULLLL!


 


... Minha vó e o Dumbledore surfando... COMO É QUE É?! – Sarah exclamou mentalmente ao ver sua vó e Dumbledore numa prancha de surfe para dois.”


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