Sarah Adams escrita por Marina Andrade


Capítulo 13
Capítulo 12 - Parte II - Surpresas


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora. Fim de ano na escola é um inferno!
Prometo postar mais rápido agora.

Reviews, please.



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“Sarah podia não saber de nada enquanto estava se encolhendo e tremendo abraçada à Draco, mas o convite mais louco que receberia na sua vida estava prestes a acontecer...


 


Quando de repente...


 


Dim, dom! – O som estridente da campainha coincidiu com a hora em que o espírito da garota loira do filme apareceu no meio do nada, e Sarah pulou de susto com a situação, indo parar, sabe-se lá como, agarrada ao lustre da sala.


 


-Como é que você subiu aí?! – Perguntou Draco espantado, depois de se recuperar do engasgo que teve com o susto.


 


-E-eu sei lá! – Disse Sarah, olhando para o teto e percebendo que ela estava mesmo lá.


 


-Como você pretende descer daí?


 


Sarah pensou por um momento e respondeu:


 


-Da mesma forma que eu subi pro décimo andar na segunda prova do torneio.


 


-Ah! Entendi! – Draco pegou a varinha. – Wingardium Leviosa. – Delicadamente, pôs Sarah no chão.


 


Dim, dom!


 


-Vou atender. – Disse Sarah, tentando evitar ter que explicar como ela tinha ido parar no teto, coisa que ela não saberia explicar para si mesma. Ela abriu a porta.


 


-Oi, Sarah. – Disse Fred, todo molhado e com um sorriso no rosto.


 


-Fred?! O que você ta fazendo aqui? Não era pra estar na Transilvânia? – Perguntou Sarah, fechando a porta atrás deles.


 


-Bom, na verdade eu estava, porém senti sua falta. – Disse ele sorrindo.


 


-Mas como chegou aqui? – Disse ela, enquanto o secava com um feitiço não-verbal.


 


-Eu vim de dragão.


 


-Dragão?! Não me diga que...


 


-Seu irmão me emprestou o dele. Já que a vassoura dele está no conserto...


 


-A Stronger do John está no conserto?!


 


-Dá pra acreditar? Ele disse alguma coisa sobre ter sido por causa de um novo dragão selvagem encontrado na Pensilvânia, mas não prestei muita atenção.


 


-Você veio de dragão pra cá?!


 


-Vim.


 


-Pelo amor de Merlin, me diga que deixou ele em algum lugar da vizinhança!


 


-Haha, e como exatamente eu faria isso? Não sei se você se lembra, mas esse é um bairro bruxo. Eu o deixei ali no quintal.


 


Sarah reabriu a porta e viu um dragão amarelo de tamanho médio dormindo e babando na parte do gramado que ficava debaixo da varanda.


 


-Não é uma belezura? – Disse Fred por sobre o seu ombro. – Eu adoraria ter um desses pra mim. – Sarah tentou esconder o ódio que sentia por dragões e respondeu:


 


-É. Uma gracinha.


 


-Sarah, quem era? – Perguntou Draco, entrando no Hall.


 


-Sarah? Desde quando você chama a Sarah de Sarah? – Perguntou Fred emburrado.


 


-Oi pra você também, Weasley.


 


Agora a festa está completa! – Pensou Sarah, fechando a porta e indo pra sala, sendo seguida pelos dois. – Uma Adams, um Malfoy, um Weasley e um dragão! Não falta mais nada! Falta só mesmo o Potter e o Dumbledore, aí a casa estaria completa para um fim de semana perfeito. – Ironizou Draco, se sentando ao lado de Sarah no sofá de cinco lugares. Fred se sentou na poltrona.


 


-Então Weasley, posso saber o porquê da visita? – Perguntou Draco, impaciente. Fred olhou em volta e viu que a TV estava com uma imagem congelada, sinal de que eles estavam assistindo a um filme. Os doces e os refrigerantes no porta-copo também ajudavam na dedução.


 


-Vocês estavam assistindo a um filme?


 


-Nós estamos assistindo. – Respondeu Draco, tamborilando os dedos no braço do sofá.


 


-Que ótimo! Espero não ter perdido muita coisa. – Disse Fred, se sentando entre os dois e convocando um refrigerante da cozinha que veio flutuando.


 


-Quer dizer que não vai embora? – Perguntou Malfoy, vendo-o conjurar mais um braço no sofá entre ele e Malfoy, e um porta-copo nele para colocar seu refrigerante.


 


-Vou. Concluí que vocês dois se sentiriam muito sozinhos nessa casa imensa, então vim passar o fim de semana com vocês. – Disse Fred, se aconchegando no sofá e pegando o pote de M&Ms que Draco estava comendo.


 


-E quando você vai embora? – Insistiu Draco.


 


-Quando você for. – Disse Fred, ligando o filme por pensamento. (N/A: TV de bruxos, lembram?)


 


-Então, aproveitem o filme, porque pra mim já deu! – Disse Sarah, se levantando.


 


-Não vai ver o resto? – Perguntou Fred.


 


-Não... Achei esse filme meio chato. – Desconversou Sarah, olhando para Draco. Não se preocupe,não vou contar à ele que você morre de medo de filmes de terror! – Pensou ele, lendo a mente dela. Valeu. – Pensou Sarah, subindo as escadas e indo tomar banho.


 


Fred desconjurou o braço do sofá e foi se sentar na ponta contrária à que Malfoy estava, deixando três lugares de distância entre eles e se concentrando no filme com cara de enterro.


 


-Então Loiro-Aguado, desde quando você chama a Sarah pelo nome?


 


-Desde hoje. – Respondeu Draco, azedo.


 


-Posso saber por quê?


 


-Não. – Respondeu ele, sorrindo ironicamente, notando pelo canto do olho que Fred estava cerrando os punhos de raiva. Sorriu.


 


No mesmo dia, quarto da Sarah e do Draco, 23:45 hs.


 


Depois que Sarah saiu do banho e Draco e Fred acabaram de ver o filme, Fred insistiu para que Draco dormisse em outro quarto, já que a casa estaria vazia, mas como Draco é um sujeito muito possessivo, insistiu em dormir na sua cama, no seu quarto. Fred, quase avançando em seu pescoço, se despediu de Sarah e foi dormir.


 


Em 1923, um exército de lobisomens, comandado por David Peterson, um ex-auror, invadiu um campo de treinamento de dragões brancos, atualmente fechado, e roubou misteriosamente três dragões adultos, os guiando para o pequeno povoado de treinadores de dragões que ficava na minúscula ilha conhecida como Ilha G, atacando  e destruindo a ilha, num massacre comandado pelo seu desejo de vingança para com o irmão, Duane, que supostamente...


 


-Ei! Tem pessoas tentando dormir aqui! – Disse Draco, se sentando na cama e gritando com Sarah, atrapalhando sua leitura.


 


-Ei! Eu não disse nada! Vai me dizer que agora até o barulho das páginas sendo passadas está te incomodando?! – Disse Sarah, fechando o imenso livro de História da Magia que tinha pegado na biblioteca.


 


-Na verdade, está. E essa luz do seu abajur também. Ah, e é claro! Você esqueceu que estamos conectados mentalmente? Eu estou ouvindo tudo o que você está lendo. E por falar nisso, por que diabos alguém se interessaria em ler sobre um ataque à Ilha G a essa hora da noite?!


 


-Eu não sei se você se lembra, mas quarta feira temos prova de História da Magia. – Disse Sarah emburrada.


 


-Eu sei, eu sei. A Revolução dos Gigantes Australianos, a Guerra Quente, e essa guerrinha idiota e sem significado que nem me lembro o nome. – Disse ele desinteressado, deitando novamente.


 


-Como é que você pode não lembrar da Guerra da Ilha G?


 


-Sei lá, não me interessa. Mas não esquenta não, na hora H eu acabo me lembrando. – Disse ele, numa tentativa de fazer piada.


 


-Ra-ra. Tô morrendo de rir. – Disse Sarah sarcástica, voltando a ler.


 


Draco idiota! Eu ouvi isso! Por que não sai da minha mente e tenta pensar em outra coisa? Tipo o quê? Acho que vou pensar no quanto você tremeu enquanto assistia o filme. Hahahahha. Draco, eu te odeio. Eu também. Bom saber que você se odeia, assim tenho certeza de que não sou só eu que te acho insuportável. Ra-ra. Você não me achou insuportável quando estava agarrada a mim no sofá. Vai te catar! Isso seria fisicamente impossível. Você poderia pelo amor de Merlin, SAIR DA MINHA CABEÇA?! Nossa, não sabia que era possível gritar mentalmente, acho que vou tentar: AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHH! Ó Merlin, tenha misericórdia! Ta religiosa hoje, hein? Eu mereço! Posso te fazer uma pergunta? Fala. Você está lendo por causa da prova ou porque não consegue dormir? Por causa da prova... E porque eu estou sem sono. O filme te deixou com medo, não foi? Ta com medo da garota loira aparecer no seu armário é? Vai cagar! Não tô com vontade. Ah! – Sarah apelou e fechou o livro, apagou a luz do quarto e se enfiou debaixo das cobertas.


 


-Sarah. – Draco a chamou, se sentando na cama e acendendo o abajur.


 


-Hum. – Sarah resmungou em resposta.


 


-Eu quero te fazer uma pergunta.


 


-E eu não quero conversar.


 


-Não é sobre o filme. É sobre outro assunto completamente diferente.


 


Sarah se sentou e acendeu seu abajur.


 


-Fala.


 


-Não sei se você sabe, mas dia 5 de junho é meu aniversário.


 


-Mesmo? O meu é dia 2 de junho.


 


-Você vai fazer festa?


 


-Não, detesto festas de aniversário quando são pra mim.


 


-Eu também! Mas o que você faz no dia do seu aniversário? – Perguntou ele, mostrando interesse.


 


-Nada de tão especial... Eu leio os livros que ganho, voo sobre a Floresta da Transilvânia, assisto um filme e durmo.


 


-Nossa. Seu aniversário deve ser um tédio. Com quem você faz isso tudo?


 


-Normalmente sozinha. Claro que não teria como alguém ler um livro comigo, então essa parte é sozinha mesmo. Já sobre o voo sobre a floresta, o que eu adoro, normalmente ninguém me acompanha, ninguém gosta de passar a tarde voando sobre uma floresta sombria e enevoada que é conhecida como “o berço dos lobisomens”. E o filme... Bom, eu assisto à noite, e é difícil pra alguém assistir comigo. Por que a pergunta?


 


-É que existe uma tradição antiga dos Malfoy que diz que quando um Malfoy faz aniversário, ou o passa dando uma festa ou saindo com uma garota.


 


-Hahaha, sério? Quem inventa uma tradição dessas? O aniversário não é um dia pra fazer o que se quer?


 


-Não entre os Malfoy. Bom, seguindo com o assunto, o caso é que minha mãe começa a preparar tudo desde o começo de maio, então eu tenho que ter decidido até lá o que eu vou fazer. E honestamente, eu não quero fazer uma festa.


 


-Aham. Continue.


 


-Então, a única opção que me resta é sair com uma garota.


 


-Foi o que você fez no ano passado?


 


-Não, no ano passado eu fiz uma festa.


 


-Mas e a Parkinson? Vocês eram namorados, até onde eu sei.


 


-Eu não agüentaria passar um dia inteiro ao lado da Parkinson! Ela fala de mais!


 


-Você conseguiu namorá-la por três anos. – Retrucou Sarah.


 


-Isso tudo é ciúme? – Perguntou Draco, erguendo uma sobrancelha. Sarah atirou um travesseiro nele.


 


-Tem dó, Draco!


 


-Posso continuar ou você ainda não acabou de me bater? – Perguntou ele, ajeitando o cabelo.


 


-Foi mal por atrapalhar seu cabelo, madame. – Zoou Sarah, mas parou ao ver a cara de enterro de Draco. – Ta bom! Parei! Continua.


 


-Prosseguindo... Então, esse ano eu escolhi ir a um chalé da família, que vai estar vazio. Sabe como é né? Curtir a natureza. Nadar na cachoeira, balançar na rede, assistir à imensa televisão 90 polegadas que tem lá. – Disse ele, com um ar sonhador.


 


-Hahahaha. Ah é claro! As televisões são suuuuper naturais.


 


-Pô, ver mato o dia todo não dá, né?


 


-Tem razão.


 


-Então, minha mãe achou a idéia ótima, porém como eu já disse, tenho que levar alguém comigo. Uma suposta “namorada”. – Ele fez sinal de aspas com as mãos.


 


Sarah sentiu o coração bater mais rápido sem nem saber por que.


 


-Sei. E...


 


-E eu estava pensando, já que não vou arrumar ninguém mais suportável, se você não quer ir comigo, é só fingir que estamos “namorando”. – Ele fez sinal de aspas de novo.


 


-Eu?!


 


-Não meu bem, a Pokahontas.


 


-Mas e a sua mãe?! E a sua família?! E a minha família? Nós podemos estar em trégua, mas ainda somos Adams e Malfoy. Água e óleo. – Disse ela, apontando para si e para ele.


 


-Bom, não pense que você é minha melhor opção. – Disse ele, em tom arrogante, típico de Malfoys. – Mas existe um fator lógico que me levou a concluir que tem que ser você.


 


-Qual?


 


-Estamos com as mentes conectadas, esqueceu? Dumbledore não nos colocou dividindo um quarto sem motivo.


 


-Você está falando sobre o contato físico através de sonhos?


 


-É. Tipo naquela manhã em que nós acordamos abraçados e... Ah! Você entendeu.


 


-Onde fica esse chalé?


 


-Na Austrália.


 


-Então acho que não corre risco de acordarmos abraçados. A distância vai nos manter seguros.


 


-Na verdade, eu perguntei sobre isso à Dumbledore na semana em que ele nos colocou no mesmo quarto. Ele me disse que temos que nos lembrar de quem criou essa conexão.


 


-Voldemort.


 


-Exato. De acordo com Dumbledore, quando estamos juntos, fica mais difícil para Voldemort ler nossas mentes, é como se a conexão ficasse chiando. A idéia principal de Voldemort era que eu fosse pro lado deles, e isso me manteria afastado de você, fazendo com que ele pudesse ler seus pensamentos através da minha mente e estar sempre um passo à frente da Ordem de Merlin. Mas, já que isso não funcionou, Voldemort está provavelmente usando a pequena ligação que ele tem com a nossa mente, que adquiriu quando fez a conexão, para tentar ver e ouvir o que acontece na Nova Ordem da Fênix. Dumbledore disse que quanto mais distantes ficarmos um do outro, mais fácil fica pra Voldemort nos ouvir.


 


-Então eu tenho que ir, não é? Você só está me chamando por cauda dessa conexão idiota, não é? – Perguntou ela nervosa.


 


-Tecnicamente, sim.


 


-Não acha que vamos ficar desprotegidos sozinhos na Austrália?


 


-O chalé é completamente protegido e escondido. Meu tataravô criou um feitiço para que apenas Malfoys e seus convidados entrem no território do chalé.


 


-Que dia nós vamos. – Perguntou ela, ainda emburrada.


 


-Dia quatro. Vai dar numa sexta feira. Vamos voltar no domingo à tarde.


 


-Ótimo. Boa noite. – Terminou ela seca, apagando o abajur e se deitando.


 


-Qual é o problema? – Perguntou Draco, ainda parado no mesmo lugar.


 


-Nenhum. Boa noite.


 


Draco apagou o abajur e se deitou, olhando para as costas de Sarah e tentando ler sua mente. Ele percebeu que ela estava com muita raiva, e que pensava que ele não teria a convidado nem em um milhão de anos se não fosse a maldita conexão. Sem querer ouvir mais, saiu da mente dela e ficou remoendo o assunto até pegar no sono.


 


25 de abril, sábado, campo de quadribol, 19:40 hs.


 


[N/A: Bom, vamos ao resumo do tempo que se passou: as provas chegaram (não são os NOMs) e a biblioteca voltou a ser povoada por alunos com cara de cansaço e olheiras. Hermione e Sarah continuaram normalmente com o cronograma de provas e se saíram bem, como sempre. Ron, Harry e Gina também se deram bem, já que Sarah e Hermione deram uma “mãozinha”. A Ordem da Fênix continuou treinando e ninguém mais conseguiu se transformar, apenas Helga, que se tornou uma coruja e Jonh, que se transformou em um dragão negro. No mais, Voldemort pausou os ataques e o Torneio não teve mais nenhuma prova ainda.]


 


Sarah parou por um momento no campo, observando ao redor para ver se encontrava o pomo, e sorriu ao ver que a platéia cantava e dançava ao ritmo da música Love Game, que tocava na maior altura na vassoura de Sean, que defendia um gol atrás do outro. Sarah viu pelo canto do olho que Harry também tinha parado, e estava checando um pouco mais pra cima. Resolveu que ficar parada não resolveria, então foi voando lentamente em torno do estádio, alterando a altura.


 


Ta difícil aí, Sarah? Malfoy? Achei que agora eu fosse Draco. Ainda estou me acostumando com a idéia. E aliás, não sei se quero te chamar de Draco. Ainda está brava porque eu só te chamei pra viajar comigo por causa da conexão? Você acaba de responder à sua própria pergunta. – Concluiu ela, avistando o pomo, que estava um pouco mais abaixo do nível em que ela estava. Mergulhou em direção à ele, sendo seguida por Harry.


 


-Adams e Potter perseguem o pomo lado a lado. – Dizia a professora Samantha, narrando o jogo. – E a goles agora está com Steve, Steve rebate e é gol da Corvinal! – 120 à 140 pra Corvinal. Corvinal desempata o jogo, Adams se aproxima do pomo, e...


 


-Atenção todos os alunos e professores! – McGonnagal interrompeu a narração da professora Samantha e o jogo parou. – A terceira prova do Torneio das Quatro Casas começa agora.


 


-Agora?! – A maioria do estádio exclamou em surpresa, ao ver McGonnagal tomando o lugar de Samantha no microfone.


 


Como assim agora?! Sei lá. Dumbledore deve ter pirado. Interromper um jogo de quadribol por causa de uma prova do Torneio?! Vindo de Dumbledore, parece uma coisa bem normal. – Sarah e Malfoy coinversavam mentalmente, enquanto todas as bolas e jogadores pousavam no estádio, para onde McGonnagal estava. Assim que todos pousaram, ela se virou para a platéia e usando a varinha de microfone, disse:


 


-Eu gostaria que todos permanecessem em seus devidos lugares. Sentem-se, por favor. – Todos das arquibancadas se sentaram e fizeram silêncio ao verem Dumbledore surgir do meio do nada bem ao lado de Minerva, os observando como se estivesse ali o tempo todo.


 


-Eu sinto muito tem que interromper uma partida tão emocionante, - Dumbledore começou, usando a varinha de microfone – mas não pude encontrar momento mais propício que este para a próxima prova. Eu gostaria que todos os presentes em campo que não sejam participantes do Torneio, por favor, se retirassem para as arquibancadas, e que os participantes que não estão em campo, viessem até aqui imediatamente. – Os jogadores saíram do campo com expressões emburradas no rosto, enquanto uma onda de burburinhos rodava as arquibancadas. Apenas Ron, Sarah e Sean ficaram em campo. Em questão de segundos, Hermione, Stuart e Draco entraram no estádio pelas portas laterais. – Bom, para que todos saibam, hoje nossos participantes terão que voar. – A platéia pareceu se animar, e gritos e aplausos de expectativa se espalharam. McGonnagal enfileirou os participantes lado à lado, saindo para as arquibancadas logo em seguida.


 


Voar? Finalmente uma prova que eu tenho certeza de que vou vencer. Draco, não sei se você se lembra, mas eu também jogo quadribol. Eu também me lembro que você joga muito mal. Tenho três palavras pra você. Vai... Catar... Coquinho.


-Atenção, - Disse Dumbledore, fazendo o estádio se calar de novo. – A prova de hoje, - Ele estalou os dedos, fazendo com que todos os participantes ficassem vestidos com uniformes de quadribol pretos, com o emblema de suas casas no peito. – é uma versão modificada da prova dos dragões do Torneio Tribruxo. –  Ooooohs! foram ouvidos da platéia. – Como podem ver, o céu está nublado esta noite. – Todos olharam para cima e constataram que a visibilidade seria bem baixa se tivessem que planar em meio à névoa. – Bom, acima dessa névoa, seis dragões esperam por cada um de vocês. – A platéia se agitou. – Cada um deles tem um ovo dourado preso ao seu pescoço por uma corrente ultra-resistente de trinta centímetros. Cada ovo dourado revelará uma pista para a próxima prova. O objetivo de vocês é pegar o ovo enquanto o dragão está voando. Aquele que nocautear seu dragão para pegar o ovo estará desclassificado.


 


Hum! Como se fosse fácil convencer um dragão a nos dar o ovo! Hahaha, imagine só a cena: “Com licença, será que você poderia ficar quietinho um minuto sem me torrar só até eu pegar essa coisa que está no seu pescoço?!” Hahahaha.


 


-Porém, para que nenhum de vocês tenha qualquer tipo de vantagem, todos irão com essas vassouras. – Dumbledore bateu duas palmas, e Libras 2.5 surgiram nas mãos de cada participante. Seis pedestais de prata surgiram espalhados pelo campo, cada um com o sobrenome de cada participante gravado. – Vocês devem trazer o ovo de ouro até o campo e colocá-lo no seu pedestal. O último participante a completar a tarefa estará eliminado do Torneio.


 


Detesto Libras! São muito lerdas e grandes! Eu também te detesto pelos mesmos motivos, mas não reclamo. Ra Ra Ra Sarah, me matou de rir. – Respondeu mentalmente Draco, irônico.


 


-Bom, em suas marcas... – Disse Dumbledore, erguendo a varinha para o céu.


 


-Espere! – Hermione interrompeu. – Como é que vamos saber qual dragão devemos perseguir.


 


Dumbledore sorriu simpaticamente e disse:


 


-Não se preocupem. Não será preciso seguir os dragões. Cada dragão seguirá o participante a que foi destinado. – E dizendo isso, fez um gesto com a varinha, fazendo com que um tiro de luz se espalhasse, dando uma breve iluminada no céu. Cada participante sumiu em meio à névoa em um jato.


 


Sarah tentou subir o máximo que pode, investindo na sua idéia de que quanto mais alto estivesse, melhor seria sua visibilidade sobre o tapete de nuvens e névoa.


 


Até que essa vassoura não é tão ruim. – Pensou ela, vendo o quanto era fácil se equilibrar. – Diga por você, porque eu detestei! Draco?! Cadê você? Estou no país das Maravilhas tomando chá com a Alice e o Chapeleiro Maluco. Onde você acha que eu estou?! Voando em meio à esse breu é claro! Nossa, porque todo esse mau humor? Medo do escuro? – Zombou Sarah mentalmente, enquanto sobrevoava iluminando o caminho com sua varinha, quando ouviu um barulho bem conhecido, algo entre um grunhido, um rugido e um pio. O som inconfundível de um dragão. Olhou pra trás e viu que estava sendo seguida por um dragão vermelho enorme, carregando o maldito ovo dourado no pescoço e cuspindo fogo em sua direção. Disparou em ziguezague pelo céu escuro, desviando do fogo, tentando enxergar alguma coisa no breu. Assim que conseguiu se distanciar o suficiente do dragão à ponto de despistá-lo e perdê-lo de vista, freou, apertando o peito enquanto arfava, tentando não balançar a vassoura com as mãos trêmulas.


 


Essa foi por pouco! – Esperou ouvir algum comentário de Draco, mas só obteve silêncio. – Draco? Ta vivo ainda? AAAAAAAAAHHHHHHH! Acho que isso foi um sim. Tudo bem aí? Como é que pode estar tudo bem se tem um dragão de uns seis metros me perseguindo?! Voe em ziguezague e o despiste. Funcionou pra mim. Ta ok, vou tentar. Mas enquanto isso... AAAAAAHHHHHHHH!


 


Sarah resolveu continuar voando, só que dessa vez, pretendia perseguir o dragão antes que ele a encontrasse. Assim que retomou voo, ouviu zunidos de vassouras por perto... Muito perto. Olhou para os lados e viu vultos negros a cercando, formando um V invertido, vestidos de preto, porém dessa vez, sem máscaras. Comensais da Morte. Pela pouca visibilidade que teve, viu o rosto inexpressivo de Lúcio Malfoy bem ao seu lado, e à sua esquerda, o sorriso indecifrável de Belatriz Lestrange. Depois disso, viu um jato de luz azul vindo em sua direção do norte, e em seguida, o céu estrelado enquanto caia da vassoura. Antes de apagar, ouviu a voz de sua vó, Helga, sussurrando em sua mente: “Não se preocupe. Os Adams estão à caminho.”. E depois, só houve o escuro.


 


Cenas do próximo capítulo:


 


“-Sendo assim, você venceu a terceira prova do Torneio. – A platéia se agitou entre gritos de comemoração, palmas e pulos. – E devo informá-los de que a noite ainda não acabou...


 


Todos se calaram incrédulos.


 


-... A quarta prova do Torneio começa agora. Vocês têm dez minutos para se preparar. – Dizendo isso, Dumbledore sumiu, deixando cinco participantes boquiabertos em campo, e cochichos correndo pelo estádio.”


 


 


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