Ektras X Novas escrita por JVAlmeida


Capítulo 7
Capítulo 7 - Fuga


Notas iniciais do capítulo

Sem esperanças, provável que eu fique com preguiça de escrever de novo :v



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Acordei com uma cintura enfaixada, ainda estava preso em algemas que cobriam toda a minha mão e algemas nos pés, estava sem minha arma e com uma roupa preta que barecia de borracha, talvez pra controlar meus poderes. Olhei para os dois lados, minha visão embaçada não permitia muita coisa até que minha visão focasse.

Depois de alguns minutos eu já conseguia enxergar melhor, eu estava numa cela, as algemas estavam presas por correntes de algum material que parecia plástico. Tentei puxar pra tentar me soltar, mas eram muito resistentes, meus poderes estavam enfraquecidos e o pouco que eu tentara usar não tinha adiantado de muita coisa. Havia pouca coisa para se olhar, somente as paredes e uma parede de energia transparente que dava visão para o corredor, no chão tinha uma pequena área em retângulo para entregarem a ração diária.

Não sei ao certo quanto tempo fiquei lá, mas em algum momento eu ouvi passos pelo corredor, um homem falava algo, mas não dava pra entender por conta da estática produzida pela parede de energia. Ele parou do lado da minha cela, mas não estava virado para mim, estava virado para o outro lado.

– Essa garota possui um poder diferente de todos os que ouvimos falar – O homem se virou para mim. – assim como esse garoto.

– E como vieram parar aqui? – Perguntou o outro homem.

– A garota foi capturada algum tempo atrás por uma equipe de soldados. – Disse o primeiro homem. – O garoto chegou hoje, foi capturado tentando invadir esta instalação, acreditamos que tenha vindo para salvar a garota, senhor.

O primeiro homem estava usando um jaleco branco, possuía alguns instrumentos nos bolsos e carregava uma prancheta. Mas o outro homem é quem realmente me chamou a atenção, ele tinha olhos verdes vívidos como os de um animal pronto para te matar, possuía algumas cicatrizes pelo rosto e tinha cabelo raspado, usava uma farda de militar com diversas medalhas, não soube reconhecer sua patente.

Eles se afastaram em seguida conversando.

Olhei para a cela à frente da minha, havia uma garota, cabelos vermelhos, os olhos estavam fundos e tinha uma aparência muito abatida, usava roupas parecidas com as minhas, mas apesar disso possuía uma fúria no olhar, que fazia parecer que ela ia pular daquela cela a qualquer momento e degolar os dois homens que haviam passado havia pouco tempo.

“Tem mais coisas que você não sabe” ouvi uma voz na minha cabeça “a gente precisa fugir e rápido, pretendem nos usar como armas contra os Ektras”.

Olhei para a garota assustado, ela assentiu com a cabeça discretamente.
“Não fale nada, há câmeras aqui, sua cela não está ligada e suas algemas não estão trancadas, eu consegui usar meu poder pra que eles não te prendessem, vou te tirar da ilusão, mas cuidado, eu posso enganar todos aqui nesse obelisco com minha ilusão, mas não posso enganar aparelhos eletrônicos”

As algemas sumiram das minhas mãos e apareceram jogadas num canto da cela, a porta agora também não estava mais me prendendo na cela. Levantei-me lentamente, respirei fundo e olhei para uma câmera que apontava para mim, absorvi sua energia desativando e fazendo-a fumegar em seguida. Olhei de um lado a outro do corredor, havia câmeras em praticamente todo lugar, não poderia desativar todas, causaria muita confusão muito rápido, tentei me manter nos pontos cegos.

– Você está presa de verdade? – sussurrei esperando que ela pudesse me ouvir.

“Sim, eles me prenderam antes que eu pudesse acordar e usar meus poderes”

Fui até o campo de força de sua cela, toquei nele, senti meus pelos do braço eriçarem e então toda a energia do campo foi absorvida (sinceramente, aquilo era mais revigorante do que a comida que eles haviam deixado na cela).

Após tirar a garota da cela ela já parecia bem melhor, aliás, muito diferente da garota de antes, ela não tinha mais os olhos fundos como antes e estava, com certeza, mais enérgica que antes.

– Que tipo de Ektra você é? – perguntei.

– Minha mãe chamava de Mentalista. – ela respondeu.

Corremos pelo corredor, nenhum alarme havia soado até então, chegamos a uma imensa escadaria em espiral que levava tanto para cima quanto para baixo, a garota se apressou para baixo.

– Não devíamos ir para cima pra fugir? – perguntei.

– Sim, mas estamos nas instalações do exército, deve ter muita coisa sobre os Ektras aqui podemos usar algo, além do mais, preciso das minhas coisas de volta.

Chegamos à parte mais funda da instalação, a garota foi rapidamente para uma sala, eu fiquei ali olhando o imenso computador que havia ali, rodeei ele algumas vezes procurando por algo que permitisse roubar qualquer informação, mas não tinha, o desespero se apoderou de mim, tanta informação sobre Ektras logo à minha frente e eu não podia sequer usá-la.

A garota voltou em seguida, havia colocado suas roupas, uma calça colorida, uma camisa branca normal e em mãos algo que parecia uma faca de cozinha. Ela jogou minhas roupas para mim.

– Pegou o que queria? – perguntou ela?

– Não dá, não tem nada aqui, isso deve ir direto para os outros computaores daqui, nunca vai dar tempo de passar em cada um deles.

– Tive uma ideia – Disse ela. – mas tem que confiar em mim.

– Ok. – respondi.

Ela enfiou a faca em uma fresta do imenso computador com força fazendo-o se abrir, os alarmes começaram a soar nesse momento.

– Coloque a mão aí dentro e tenta tirar alguma coisa que você possa usar de informação depois.

Uma ideia se passou pela minha cabeça, talvez eu não pudesse tirar aquela informação fisicamente, mas quem sabe mentalmente? Eu poderia tentar absorver as informações ali contidas, só tinha que torcer para que meu cérebro não fritasse com milhões de informações em código binário. Comecei a absorver a energia daquilo. E funcionou, bem... Até demais. O computador central era o que mantinha aquele lugar ligado, eu havia absorvido a energia de todo o local além das informações do computador. Os alarmes pararam, luzes de emergência se acenderam e começamos a ouvir muitos passos indo até onde estávamos.

– Vamos ter que abrir caminho por eles – disse a garota.

– Ou não – falei apontando pra cima. – eu absorvi muita energia, não posso ficar com tudo isso, apesar de me sentir bem com ela, das informações que eu consegui desse computador tem uma breve pesquisa sobre o tipo de Ektra que eu sou. Tenho que descarregar essa energia.

Soltei uma rajada de eletricidade para cima, desintegrando todo o obelisco acima de nós.

– E como pretende fugir por lá, espertão? – disse a garota.

Sorri levemente, meus olhos faiscando.

– Agora é sua vez de confiar em mim. – falei estendendo a mão para ela.

Ela segurou com incerteza, concentrei toda a energia restante nos meus pés (ainda bem que eu ainda estava com roupas de borracha, eu ia acabar fritando a garota com tanta energia).

Ao liberar a energia nós subimos como fogos de artifício, só esperava que não explodíssemos como um. Meu pé estava queimando e a força do impulso havia sido tão forte que deve ter quebrado o braço da garota. Consegui amortecer a queda com um resto de energia, minha cabeça latejava e tentava processar tudo aquilo que eu absorvera no computador, eu me senti um computador ambulante.

Corremos para onde estava o esconderijo dos Ektras.

A partir do momento que chegamos meu cérebro parecia ter atingido um limite, estava tudo em branco pra mim e eu não conseguia entender mais nada, senti como se meu cérebro fosse feito de gelatina e uma forte dor de cabeça se apoderou de mim.

E não lembro do que aconteceu mais até o dia seguinte.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, digam o que acharam pliz :P



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