Ektras X Novas escrita por JVAlmeida


Capítulo 2
Capítulo 2 - Cidade Subterrânea


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, desculpa não ter postado semana passada, é que eu quebrei o braço, por isso fiz esse cap maior, espero que gostem, embora eu saiba que está horrível, enfim, já deu pra mostrar 3 das pessoas que se inscreveram, continuem mandando as fichas e de preferência por MP



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                Estava dirigindo por uma estrada longa em direção ao centro da cidade, Chris estava ao meu lado extremamente preocupada e com medo.

                -Você sabe dirigir – ela me perguntou. – ou pelo menos tem carteira?

                -Não e não – respondi.

                -Então porque estamos aqui? Você quer ser preso por acaso? – perguntou ela.

                - Nós seremos presos de uma forma ou de outra, então que se dane, além do mais tem uma espécie de trilho magnético debaixo da estrada que faz o carro andar, porque acha que ele flutua? – respondi.

                - Eu sei disso – respondeu ela me dando um soco no ombro. – Mas você só tem 16 anos, vai ser muito suspeito, não?

                - Por isso a gente vai deixar o carro antes de entrarmos na cidade.

                Ao chegarmos a menos de 1 km da capital nós deixamos o carro, ele pousou levemente no chão e ficou ali parado, começamos a andar em direção à capital, mas eu estava com um mau pressentimento, não importava como eu olhasse parecia que a cidade queria nos cuspir para fora dela, mas na cidade tinha mais energia elétrica do que nas outras cidades e também tinha a facção dos Ektras, eu havia recebido um e-mail anônimo uma vez que me convidava a entrar nessa facção, parece que eles sabiam de todos os Ektras que existiam, como eles sabiam, eu não sei.

                Enquanto andávamos cada vez mais bases militares conseguíamos ver longe e mais máquinas de guerra apareciam, policiais estavam parados em pedágios com fortes armamentos. Passamos por todos sem muitas preocupações. Ao chegar ao portão da cidade é que as coisas complicaram, o Portão tinha cerca de 20 km de altura e não podia ser aberto só por força, e pra uma pessoa passar ele abria só o suficiente pra que ela passasse.

                Avia uma enorme fila pras pessoas entrarem na capital, a maioria era comerciante ou refugiado, já que os países ainda estavam em uma espécie de conflito, como um conflito que ocorrera séculos atrás chamado de Guerra Fria, mas dessa vez bem mais perigosa, capaz de dizimar o planeta. Procurei em volta de toda a muralha que circundava a capital, quando voltei para o portão de entrada já era madrugada e a fila ainda era grande. Olhei em volta pra ver se encontrava Chris, mas não a encontrei, achei que ela já tinha entrado até que a vi conversando com alguém.

                - Não encontrei nada – disse interrompendo a conversa das duas.

                - É lógico que não, a cidade é quase uma fortaleza de aço, e dizem que tem uma barreira na parte de cima pra proteger de ataques aéreos – disse Chris. – Mas ela disse que consegue nos levar lá para dentro rápido.

                -Sim – disse a garota – eu sabia que viriam, por isso fiquei esperando.

                Era uma garota com a pele bem clara, tinha a pele corada nos lábios e nas bochechas, aparentava ter a minha idade e era um pouco mais baixa que eu, tinha cabelos de uma cor rosa, mas não consegui identificar muito bem no escuro da noite, o que mais se destacava eram seus olhos, na meia-luz que vinha da cidade viam-se os olhos verde-acinzentados dela por trás dos óculos, ela estava usando uma roupa que mais parecia um pijama, mas não comentei, ela era igual a Chris no quesito corpo, não tinha muito peito e etc... Mas parecia ser uma garota bem divertida.

                -Como você pretende nos colocar pra dentro da cidade? – Perguntei.

                - Vocês... – disse ela hesitando um pouco – São Ektras, não são?

                Meus olhos faiscaram, literalmente. Pequenas fagulhas amarelas começaram a estalar nos meus dedos e eu olhei pra ela friamente.

                - Isso é alguma armadilha? Porque se for...

                -Não, não, calma, eu explico...

                - Vamos nos apresentar primeiro? – interrompeu Chris – Eu sou Chris, muito prazer. – disse sorrindo.

                A garota corou mais ainda.

                - Meu nome é Lindenii, mas pode me chamar de Lin... – disse a garota quase num sussurro.

                Fiquei calado por um tempo encarando a garota, tentando julgar se ela estava mentindo ou não, mas ela não tirava os olhos do chão. Então Chris me deu uma cotovelada as costelas e eu falei:

                - Meu nome é Dyren... Mas me chame de D, eu não gosto do meu nome.

                - Ok – disse Chris – agora nos explique, por favor, como pretende nos colocar pra dentro da capital.

                - Dyre... D, uma vez você recebeu um e-mail pra se juntar a nós, não é? – disse Lin – Pois então, eles não deixam nenhum Ektra passar para o lado de dentro da capital. Mas nós formamos uma base na parte de baixo da capital, nas ruínas da antiga cidade, embaixo dos esgotos e tudo mais, mas a entrada fica há 1 km a leste daqui.

                Levei a mão até a arma na minha mochila.

                - E como sabia que estaríamos aqui ? - perguntei

                - Eu também sou uma Ektra, do tipo Vidente, eu vi que você viria aqui, mas não sabia que horas seria... – repondeu ela.

                Soltei a arma, acreditava nela.

                - Ok, leva a gente pra esse lugar.

                Após cerca de uma hora caminhando nós chegamos no local que Lin havia dito que era a base, era uma pequena casa de madeira destruída.

                -Quantos Ektras existem dentro dessa base? – perguntei.

                -Uns 200 – respondeu ela.

                Olhei para a casa de novo e pensei que ela estivesse brincando, ela abriu a porta e estava tudo vazio, entrou em uma porta que levava ao porão da casa, eu e Chris fomos atrás dela, não vi nada de mais, era apenas um porão comum, tinha algumas caixas vazias em um canto, mas era só. Lin estava batendo no chão tentando descobrir algum lugar oco e parece ter encontrado, porque ela chutou com força o chão que fez uma tampa de aço abaixar.

                Olhei para dentro era um enorme buraco com escadas que desciam até se perder na escuridão.

                -Vão na frente pra eu poder fechar depois.

                Chris entrou antes que eu pudesse dizer algo e eu fui atrás, ainda um pouco desconfiado, mas logo Lin veio junto de nós, à medida que descíamos naquela escuridão uma luz se aproximava.

                Ao chegar no chão estávamos eu e Chris cansados, eu estava mais já que rodeei a cidade inteira procurando um lugar para entrar despercebido. Havia um longo corredor que ia até onde a cidade ficava, mas só chegamos numa espécie de sala sem nada. Esperamos por alguns minutos até que uma porta se fechou e a “sala” começou a descer como um elevador

                Após alguns minutos descendo Chris ficou irritada com o silêncio que fazia.

                -Então... Lin, quando descobriu que era uma Ektra? – perguntou Chris

                - Quando meus pais tentaram me vender pros Novas – respondeu ela tristemente. – eu tinha só 5 anos quando aconteceu.

                - O que são Novas? – Perguntou Chris.

                - São cães do governo criados em laboratório com sangue Ektra... eles são uma patente alta de militar que aceita se tornar um Nova pra caçar nós Ektras, já sabemos de alguns Novas que podem teleportar e atravessar objetos como se não fosse matéria, mas não sabemos se existem mais... por isso nos escondemos debaixo da capital, lá é o último lugar que eles pensariam em procurar direito, mas muitas vezes os Ektras mais experientes em combate e etc têm que sair em algumas missões, alguns são mortos, outros nunca voltam e outros se saem vitoriosos, mas agora é que está mais difícil, parece que o governo está criando cada vez mais Novas.

                O elevador parou e se abriu, olhamos para fora e vimos algo que mais se parecia com uma pequena cidade subterrânea, a luz era forte como a do sol ou da lua, mas era elétrica. Comecei a andar pela cidade subterrânea acompanhado de Chris e Lin havia muitos Ektras mesmo, mas muitos eram novos demais e quase nenhum parecia ser adulto.

                Fui parado por uma garota de cabelos loiros e olhos azuis brilhantes, lembravam safiras, os olhos dela se pareciam um pouco com o meu a única diferença era que o meu tinha uma cor que era de um cobalto mais escuro. O dela era mais claro e brilhante, tinha uma boca avermelhada e estava usando uma calça Skine vermelha com blusa branca de panda escrita “I Love!” em vermelho com uma jaqueta preta e um sapato de salto, parecia ser bastante amigável, mesmo assim não confiei muito nela.

                -Oi, pessoas, como vão? Vocês são novos aqui, né? – perguntou ela

                - Sim somos – respondeu Chris – Meu nome é Chris, qual o seu?

                - Meu nome é Alison, ei posso te dar um conselho pra não se entediar perto da Lin? – disse ela.

                -Por que não? – respondeu Chris.

                - Tire os óculos dela, ela vai ficar mais... agitada – disse Alison. – e qual o nome do seu namorado?

                - Eu não sou namorado dela – respondi. – E não vou falar meu nome – olhei para Chris com os olhos faiscando. – e nem você.

                - O nome dele é Dyren, mas ele não gosta que o chamem por esse nome, então eu chamo ele de D.

                Não conseguia ameaçar Chris, mas ela sabia que em algum momento eu me vingaria com uma brincadeira dela.

                -Ah tudo bem então, enfim, amanhã teremos uma reunião para apresentar todos os Ektras mais novos, tomem cuidado até amanhã, se quiserem ir para cidade é só seguir por ali – disse ela apontando para a direção para onde estávamos indo. – Mas se quiserem podem ficar aqui mesmo, lá em cima nós vamos mais para tentar fingir que somos humanos – disse ela. – Chris, não quer vir comigo, podemos fazer uma festa lá no dormitório fminino, eu te apresento ao resto das garotas, você pode vir também... Linden.

                Olhei para Lin confuso, ela olhou para o chão um pouco sem graça, mas foi com elas. E assim eu fui deixado lá sozinho no meio da cidade subterrânea, procurei o dormitório masculino, mas não encontrei, me sentei no meio da rua e fiquei ali olhando para o nada.

                Um garoto apareceu andando, vindo na minha direção e parando na minha frente, ele usava um sobretudo preto e uma camisa branca por baixo, uma calça jeans escura e botas, ele olhou para baixo, na minha direção e disse:

                -Saia do caminho, escória.

                Olhei para ele com os olhos faiscando, já sentia a eletricidade ir até a ponta dos meus dedos.

                -Qual o seu nome? – perguntei.

                -Meu nome é Mike Wolfstein, por quê, escória? – disse o garoto.

                -Bem Mike... meu nome é Dyren, mas me chame de D... ou não, já que eu vou te matar agora mesmo.

                - Então tenta – disse ele.

                E começamos a lutar no meio da rua.


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Notas finais do capítulo

comentem dizendo o que acharam, por favor