A escolha fervilhava de gente. O tempo passou rápido, meus amigos e eu tirávamos sarro das fantasias dos alunos e das nossas.

Depois do intervalo, na aula de biologia fui uma das últimas a chegar, Sr. Williams estava atrasado.

Fiquei rabiscando em meu caderno, desenhando a estranha marca que tinha por todo o corpo, que pareciam tentáculos negros. Ouvi a cadeira do meu lado se mexer. Era Liam.

Ele estava terrivelmente e absolutamente lindo. Liam estava vestido como em lorde inglês, com direito á cartola e tudo mais.

–Olá – Liam deu uma risadinha.

–Oi – dei uma sorriso duro.

–A senhorita está...Deveras bonita hoje – ele ergueu a cartola.

Dei uma gargalhada – Deveras? – ergui uma sobrancelha.

–Estou entrando no personagem – ele se aproximou de mim e deu um sorriso torto. Seus olhos eram negros e profundos como da primeira vez que o vi.

Sr. Williams entrou na sala. Hoje teríamos que dissecar sapos. Comecei a sentir náuseas.

–Acho que vou vomitar – suspirei.

–Ora ora, uma vampira que tem medo de sapos – Liam deu uma gargalhada.

Olhei para ele e dei um grunhido. Quando Sr. Williams foi para o fundo da sala, mostrei meus olhos vermelhos e depois voltei ao normal. Liam deu uma risadinha baixa.

Foi então que tudo aconteceu.

–Ai! Mais que droga! – um garoto gritou do lado leste da sala. Eu nem precisava olhar para saber o que estava acontecendo, o cheiro de sangue fresco já preenchera o ar com seu aroma delicioso.

–Sarah, não! – Liam sussurrou, me prendendo com seus braços. Ele era mesmo forte. Liam escondeu meu rosto em seu ombro, para o professor não ver minhas pesas e olhos vermelhos e tudo mais. De longe parecia que estávamos trocando um momento “íntimo”.

–Prende a respiração e fecha os olhos – ordenou Liam.

Fiz o que ele pediu, tentando não pensar na mão ensanguentada do garoto...

–Sr. Williams, Sarah desmaiou – Liam disse alarmado.

–Ah Santo Deus! – ouvi os passos do professor em nossa direção.

–Vou levá-la á enfermaria e depois para a casa – eu podia sentir o que Liam estava fazendo, estava hipnotizando Sr. Williams.

–Claro, claro – o professor respondeu tonto. Pude ouvir os cochichos dos alunos.

Então Liam me pegou no colo. Imediatamente fiquei com muita raiva, mais se abrisse os olhos e voltasse a respirar provavelmente iria me expor.

Senti uma porta se fechar e a brisa ficar mais gelada.

–Continue assim - Liam sussurrou. – Ele ainda está olhando.

Depois de um tempo Liam deu uma risadinha.

–Quer que eu ter carregue até o carro? Devo admitir... É uma ideia tentadora.

Abri os olhos e pulei do seu colo.

–Não, obrigada.

–Já que vamos embora... O que você acha de ir até um lugar comigo? – seus olhos negros brilharam de excitação.

Franzi a testa. –Hmm...Ok.

Entramos no meu carro em silêncio.

–Dirija até o fim da cidade.

Olhei para ele confusa, mas obedeci. Quando estávamos chegando aos limites perguntei:

–E agora?

–Siga direto, te falo quando for para parar.

Ficamos em silêncio, as casas foram desaparecendo até que chegamos á estrada.

–Vire á esquerda naquela estrada de terra.

Ok.Esquisito. Muito esquisito. Fiz o que ele pediu, e continuei até a estrada chegar ao fim.

–E agora? – perguntei desligando o carro.

Liam saiu do carro. Eu o segui em silêncio.

–Siga-me – ele deu um sorriso travesso e saiu correndo pela floresta.

Liam era incrivelmente rápido, mas eu era nova, e por consequência mais rápida. Corremos um do lado do outro, Liam á um passo de distância. Então ele parou repentinamente.

–O que você acha? – ele deu um sorriso tão lindo que se eu fosse humana teria babado. Sério. Liam Underworld fazia o todos os garotos que eu já vi na vida parecerem feios, até mesmo...David.

Olhei para a frente e finalmente percebi do que ele estava falando.

Bem na nossa frente erguia-se uma colina enorme e verde-oliva. No topo da colina havia um carvalho enorme, que fazia sombra quase no topo da colina inteira.

Liam subiu a colina em um borrão. Eu o segui e nos sentamos um de frente para o outro.

–É lindo não é? Um local em que podemos ficar ao ar livre sem o Sol.

–Sim – concordei a suspirei. Liam se deitou na sombra, me deitei ao lado dele, observando os galhos acima de nós dois.

–Então, não tem milhares de perguntas sobre nossa raça? – ele riu, de olhos fechados.

Me sentei animada. Liam abriu os olhos e riu.

–Hmm..Por onde começar? – coloquei a mão no pescoço enquanto pensava. –Já sei! Liam...Como nós conseguimos hipnotizar os humanos?.

–É um tanto estranho... – ele me examinou com os olhos antes de continuar. – Não é feitiço nem nada...É que...Nós aparentamos sermos tão lindos aos olhos humanos que conseguimos esses favores.

–Sério? – não consegui esconder minha frustração. – Não é um lance mágico nem nada?

–Não. Se você tivesse visto um vampiro quando era humana saberia do que estou falando...Peraí...Você me viu – ele murmurou presunçoso.

–Aquilo não conta, eu estava tonta, mal consegui te ver. Pensei que você fosse um pervertido ... ou ...um psicopata – estremeci.

Liam deu uma gargalhada.

–Ah! Já sei! Porque...Eu tenho essas tatuagens?

–Eu não sei...Não era pra ser assim.

Franzi o cenho. – É sério, me explica detalhes.

Liam suspirou. – Bom...Você teria tatuagens se tivesse feito alguma coisa ruim pra uma bruxa, elas colocam um feitiço pra poderem alertar as outras. Só seres sobrenaturais podem ver, e geralmente tem alguma coisa escrita um latim, um xingamento, e o seu não é...Você é especial, simplesmente isso – ele se sentou e nossos rostos ficaram cara a cara. Olhar em seus olhos era como enxergar um céu sem estrelas á noite.

–Hmm...E nossa...Alimentação? – me deitei, mudando de assunto. Liam continuou sentando, me encarando.

–É comum, eu vario entre sangue animal e sangue humano.

–Já bebi sangue animal, é muito ruim – franzi o nariz, me lembrando do gosto.

–Vampiros novos tem certa dificuldade, porque fomos feitos para nos alimentarmos de sangue humano, mais depois de anos, você se acostuma com o sangue animal. Eu vario porque...Veja bem...Não quero causar uma perda muito grande nas bolsas de sangue e nos humanos do mundo.

–Você...Mata? – estremeci.

–Sim, mas só canalhas. Mulheres e homens cruéis, que fazem mal á sociedade. É um jeito de saciar nossa sede e beneficiar a raça humana.

–Ah... – foi só o que eu consegui dizer.

Ficamos em silêncio por um momento. Do outro lado da colina, havia o rio.

–Mais perguntas?

–Sim...Estou selecionando as mais importantes...Hmm, Liam, porque ás vezes você fala como meu avô?

Liam deu uma gargalhada. –Como assim?

–Sei lá, usa umas palavras estranhas, que nunca se vê um adolescente falando. Palavras da era medieval, coisa do tipo.

–Eu sou da era medieval.

Meu olhos brilharam de curiosidade.

–Eu era um soldado – ele bateu no peito se exibindo.

–Como...Você...Mudou?

–Estava sofrendo da peste negra em 1349, minha grande sorte foi Nikolaos, Selena e Nathan estarem passando pelo reino. Devo minhas vidas á eles três.

–Nikolaos, Selena e Nathan? – franzi a testa, nunca tinha ouvido falar deles.

–Nikolaos é o vampiro mais antigo do mundo, a origem de nossa espécie, vago pelo mundo com ele e sua mulher Selena, e alguns outros, meu "irmãos" há 663 anos.

–Uau. Eles têm quantos anos? – falei depois de fechar a boca.

–Nikolaos acabou de completar 2292 e Selena vai fazer 788 anos no mês que vem. Nathan tem 750

–Uau. Eles são...Quer dizer, eram de que cidade?

–Nikolaos era um celta, vagava pela Europa, e Selena era de Eger, Húngria. Nathan era um aventureiro, um nômade – ele riu da minha expressão.

–E os outros?

–Anne tem 223, ela era uma nobre francesa e Mathew é o mais novo, só tem 63.

–Vocês contam como os aniversários?

–A partir do dia em que despertamos para a nova vida, por falar nisso, você tem quase dois meses – ele riu.

– Nunca vi Nathan, nem Nikolaos nem essa tal de Selena – mudei de assunto.

–Você conhecerá os três hoje á noite, na festa. Selena e Nathan “trabalham”. Eles fazem isso por diversão, depois de anos vagando pelo planeta, trabalhar se torna algo divertido.

–E Nikolaos?

–Ele foi enfeitiçado por uma maldita bruxa. Ele queima á luz do Sol.

–Por quê só ele é assim?

–Porque ele é o primeiro de nossa espécie, como eu disse, foi uma espécie de castigo, só que o feitiço saiu errado e ele...Bem, você sabe – ele desviou o olhar para o rio.

–Ah...No que...Selena e o outro, Nathan, trabalham?

–Selena começa segunda-feira, vai ser nossa professora de história, e Nathan... – Liam deu uma gargalhada. – Ele pretende abrir um bar na cidade, o que é besteira, já que vamos ficar só por alguns anos...

–Além do seu “clã”, existem mais vampiros na cidade?

–Não, o clã mais próximo fica em Richmond. Perto daqui só alguns nômades, ainda sim só 3 ou quatro. – Liam olhou paro o rio e então deu um pulo.

Franzi a testa.

–Nós precisamos ir – ele deu um sorriso de desculpas.

–Já...Mas o que? – me sentei e olhei para os lados, desorientada.

–O tempo passa rápido demais, ainda mais para...As pessoas iguais á nós – ele se levantou.

Olhei para ele, confusa.

–Você vai perceber como o tempo passa rápido para nós, daqui alguns séculos.

Engoli em seco. Aquele era um assunto delicado para mim. O que eu iria fazer depois da formatura? O que eu faria quando todos á minha volta começassem a envelhecer e eu não?

–Sarah..Você está bem? – ele colocou a mão no meu queixo.

–Sim, eu só...Não gosto muito de falar sobre o tempo, sobre o que vai acontecer no futuro. – dei um sorriso fraco. – Vamos apostar uma corrida até o carro – ri e então sai quase voando da colina.

Eu continuei em vantagem, até o meio do caminho, quando Liam começou a usar as árvores a seu favor.

–Ganhei -ele gritou quando chegamos de volta ao carro.

–De jeito nenhum, você chegou um centésimo DEPOIS de mim – balancei a cabeça abrindo a porta do motorista.

–Vai sonhando, sou o... Segundo mais rápido da família.

Mostrei a língua e voltamos pela estrada. No carro Liam ficou silencioso, parecia que algo o incomodava.

–Aquela garota...Amiga de Stacy, vai estar na festa também? – Liam disse olhando a janela do carro.

–Qual delas?

–A de cabelos pretos.

–Jessica. Jessica Altman.

–Sim...Pode me fazer um favor? – ele me olhou nos olhos.

–Depende – franzi a testa.

–Fica longe dela – seus olhos negros ficaram frios e cruéis.

–Por que? O que Jessica tem de errado?

–Nada...Só, sei lá, não sei explicar. – Ele deu de ombros e continuamos nossa viagem silenciosa.

Olhei para o relógio do visor do meu celular. Já eram 3:00 horas da tarde. Eu e Liam fomos dar nosso “passeio” á 1h da tarde.

–Tem razão sobre o tempo, passa rápido demais. – balancei a cabeça.

–Sim, mas só nos primeiros anos, ou séculos, mas só se você manter sua mente ocupada, caso o contrário, é bem aterrorizante – ele estremeceu.

O fitei de olhos arregalados. Não precisava olhara a estrada com essas coisas de vampira nova e forte e blábláblá.

Liam percebeu meu olhar e deu uma gargalhada. –Desculpe, não foi minha intenção lhe assustar.

Dei de ombros.

–Onde fica a sua casa? – Perguntei, á esta altura estávamos em frente á delegacia, nos limites da cidade.

–Não precisa se incomodar, só me deixe na escola, sabe como é, tenho que pegar meus irmãozinhos – ele piscou e deu um sorriso torto.

Ah droga. Eu me sentia tão bobalhona olhando para ele com a boca meio aberta. Pigarreei e fui em direção á escola. Pude notar que já haviam começado á arrumar a “grande festa na cidade”. No mini parque havia uma roda gigante, um carrossel e outros brinquedos típicos.

Parei no estacionamento da escola como ele me pediu. Liam saiu em silêncio do meu carro, depois se inclinou sobre a janela aberta e disse:

–Até a festa. Tenho certeza de que Nathano, Nikolaos e Selene vão gostar de te conhecer. – então ele piscou e foi para o seu carro preto e reluzente.

Na volta para casa fiquei imaginando como os outros vampiros do clã de Liam deviam ser. Acabei imaginando involuntariamente Nikolaos com o conde Drácula, Selene como a mortiça e Nathan o Edward Cullen. Revirei os olhos. Eu precisava me acalmar. Essa noite eu iria á “festa” com meus amigos humanos e também iria conhecer a essência da minha espécie: Nikolaos Underwold.

Tia Juliet estava na escola ainda, e depois iria direto para a “festa”. Então tudo o que me restou foi fazer um lanche e relaxar, tentar não esperar nas surpresas que a noite traria. Olhei minha mensagens. É claro que a escola inteeeeeira já sabia do meu “desmaio”. Todos meus amigos haviam deixado uma mensagem. Até os mais novos amigos, além de Tom, Riley e Hilary. Aparentemente a escola toda havia deixado para lá os boatos sobre mim e Tessa. Mandei um “estou bem agora ” para umas 17 pessoas e um “não precisam de preocupar, vejo vocês na festa” para Tess, Hilary, Tom, Riley e Connor. David havia deixado sua mensagem também:

Hey Sarah, vc tá melhor? Me contar oq aconteceu.

Suspirei e mandei uma resposta rápida:

Estou melhor agora, não precisa se preocupar

Cinco minutos depois ele respondeu:

Se você quiser eu posso ficar em casa com você...

É claro que não!, pensei. Não podia haver qualquer probabilidade de nós dois sozinhos. É claro que já havíamos ficado sozinhos várias outras vezes, mais eu estava com sede, e minha “reserva” de sangue havia acabado.

NÃO! Nós vamos até esta festa, jogar alguns ovos em Stacy e nos divertirmos!

Dei uma risadinha maligna e mandei a mensagem. Estava pensando se realmente deveria fazer uma “travessura” de Halloween com Stacy e jogar ovo podre nela quando David respondeu:

Ótimo! Vou levar o ovo rs..

Revirei os olhos e subi as escadas, rindo. Tomei um banho longo, tentando fazer o tempo passar mais rápido. Desisti de protelar e sai do chuveiro. Olhei meu rosto no espelho. Eu ainda não havia me acostumado em como estava bonita. Quer dizer, até dois meses atrás eu era um patinho feio, escondida atrás dos meus óculos e dos meus livros do Harry Potter.

Meu cabelos cresciam muito rápido, já estavam na altura da minha cintura. Puxei o meu cabelo negro e longo para trás, para avaliar os tentáculos negros que desciam sobre o meu corpo. Olhei meu rosto no espelho. Eu havia adquirido olheiras. Argh! Esqueci de perguntar á Liam sobre a olheira que surgia quando eu não me alimentava regularmente.

Depois de colocar uma roupa comum de quando eu era humana, peguei uma tesoura e com um pouco de medo comecei a repicar as pontas do meu cabelo. Uma hora, mais cedo ou mais tarde eu teria que fazer isso, ou acabaria sendo promovida e “monstro chupador de sangue”, para “monstro/bola de pelos chupador de sangue”.

Quando estava mais ou menos no meio das costas parei de cortar e cortei uma franja de lado, mais nãos do tipo que tampa seu olho direito.

O telefone tocou. Nem precisei olhar, era Tess.

–E ai Tess?

–Ah, oi Sarah! Então... – ela ficou em silêncio do outro lado da linha, depois começou a falar sem tomar fôlego. – Oque aconteceu?É verdade que Liam Underwolrd pegou você no colo? Eu e Hilary estamos indo ai, tchau!

–Mas... – antes que eu pudesse responder o telefone ficou mudo.

Suspirei, prendi o cabelo em um rabo de cavalo e desci as escadas descalça, de meias. Exatamente 4 minutos depois a campainha tocou.

–Oi Sarah! – Hilary deu um sorriso malicioso, mas antes que pudesse falar algo, Tessa a empurrou para dentro, fechou e porta e disparou:

–Então? Os boatos eram verdadeiros? – ela e Hilary se esparramaram no sofá.

–Depende. Que boatos? – perguntei me sentando na poltrona azul-bebê de pernas cruzadas.

–Que você desmaiou...-Tess me olhou e deu umas risadinha.

–....E que Liam Underwolrd te trouxe pra casa... – Hilary completou.

–E ele te beijou, e te convidou pra sair com ele – Tessa deu um pulinho de animação.

–OQUE?É claro que não! – explodi, sentido minha cara ficar toda vermelha.

–Então ele não te trouxe pra casa? – Hilary perguntou decepcionada.

–Bom...Ele só me socorreu – respondi e dei de ombros.

–E vocês se beijaram! – a voz de Tessa subiu três oitavas. –AiMeuDeus! Liam Underwold!

–Ele não me beijou Tessa! – exclamei jogando as mãos para o alto.

–Que bom! Porque David quase teve um ataque cardíaco – Hilary riu se lembrando.

–É. Na aula de história, quando ele viu que nem você nem Liam estavam lá... – Tessa balançou a cabeça.

Hilary assentiu, concordando com ela.

–Bom...Ele só me socorreu, me trouxe para casa, ai quando viu que eu estava melhor se ofereceu para me levar para o hospital, mas eu estava boa, então ele voltou para a escola para buscar os irmãos – dei de ombros, mentindo.

Tessa ergueu uma sobrancelha e depois olhou no relógio.

–Á que horas nós vamos á cidade?Já são quase 4 horas.

–É muito cedo, é melhor irmos ás 6 ou ás 7 – respondi e dei uma mordida no meu chocolate que estava na mesa de centro.

Hilary deu de ombros e ficamos as três assistindo á TV. Elas elogiaram meu novo corte de cabelo Tessa não parava de falar em Mathew:

–Ah, ele me disse para encontrá-lo na festa – ela corou e deu uma risadinha.

–Mas Tess...E o Riley? – Hilary perguntou.

Tessa e Riley estavam saindo há algumas semanas.

–A gente só saiu algumas vezes, e além do mais somos só amigos – ela deu de ombros. – E o Dave heim Sarah? –ela mudou de assunto.

–O que tem o Dave? – perguntei corando. O que tem o David? O cara mais perfeito do mundo que gostava de mim e eu dele...

Hilary ergueu uma sobrancelha. Depois olhou no relógio.

–Precisamos nos arrumar agora, temos uma festa para ir – ela puxou eu e Tessa e fomos nos arrumar. Só de pensar no que a noite guardava para mim meu estômago revirou.