The Day War Ended escrita por Liran Rabbit
Rapunzel
Minha mãe reagiu mal quando o assunto foi Jack, não sei direito o porquê dela sempre fazer isso, mas acho que é ciúmes ou medo de me perder para um garoto. Mas isso é totalmente inútil, passei a maior parte da vida que eu tenho dentro de casa, só ano passado que comecei a dormir na casa da Merida ou ir para a lanchonete da esquina, e bem... Eu não estou exagerando. É estranho e só conseguir ter noção de tal quando todos tinham o básico do privilégio e eu não.
Só quando Jack atravessou a rua e sumiu de vista foi que eu entrei em casa, recebendo uma serie de perguntas da minha mãe, o que ele veio fazer aqui ou o que ele falou com você lá em cima no quarto e coisas um pouco piores, mas não tão exageradas. Me esquivei de algumas e quando eu comecei a subir a escada....
— Rapunzel, querida, hoje você não irá para seu quarto até a visita chegar e ir embora.
Visita? Que estranho, quase ninguém vem aqui em casa, alias nenhum conhecido da minha mãe vem aqui em casa, apenas os vizinhos e olhe lá...
— Quem mamãe? — Me encostei a parede, com uma voz entediada.
— Um velho amigo meu, creio que vocês dois vão se dar bem. — Um sorriso surgiu em seu rosto, o que é mais estranho ainda.
Sem escolhas, fiquei por ali mesmo, indo para cozinha arrumar a mesa. Foi tão rápido que nem notei que já havia alguém ali. Deu uma espiada pela lateral da porta e vi um homem que daria medo em qualquer criança.
Mais alto que qualquer cara que eu vi, cabelos arrepiados e pretos, o rosto era pálido e quando seu olhar se direcionou a mim levei um instante para me recuperar, seus olhos cor de âmbar eram hipnotizantes.
— Rapunzel, onde você está? — A porta da frente foi fechada e minha mãe ficou ao lado do homem desconhecido. — Querida, este é Pitchnner, um velho amigo meu.
— É um prazer conhecê-la. — A voz dele causou um arrepio repentino em mim, e com a mão estendida, retribui o cumprimento.
— O prazer é meu... — Minha voz quase que saiu em um gaguejo.
— Querida, você poderia ir para o seu quarto?
— M-mas mamãe, ainda é cedo e... — Olhei para os dois desamparada, não sabia o porque mais com a presença daquele homem, eu me sentia intimidada. — Se me derem licença....
Corri pelas escadas e parti com força a porta do meu quarto, cai ao chão e com minhas mãos tremendo. Nunca me senti assim...
Me levantei devagar até a cama, ainda era uma da tarde, cedo ainda. Peguei meu celular e enviei uma mensagem para Astrid, Merida não atendia nem aos meus telefonemas, mas Astrid diferente da ruiva colocava o celular num lugar em que se tenha sinal. No quinto toque ela atendeu, ela parecia estar preocupada e mesmo tentando disfarçar quando perguntei a ela. Perguntei se ela gostaria de vir para cá, mas ela recusou falando que era mau momento, mas que eu poderia ir visita lá e num pulo aceitei.
Me arrumei em meio a correria e quando eu ia abrir a porta ouvi o que se parecia uma discussão e a cada instante ficava mais intensa.
Desci as escadas correndo e Pitch e minha mãe batiam frente a frente. Os dentes dele se assemelhavam a de um tubarão e a rosto de minha mãe parecia dez anos mais velho. Pareciam dois ursos brigando e quando ambos me notaram, o olhar deles estavam escuros e sérios.
— Mamãe, Astrid me convidou para ir a casa dela...
— A sobrinha da diretora? Você deixa sua filha se relacionar essa gente? — O tal "amigo" da mamãe resmungou, uma clara careta de nojo e desgosto para mim e uma súbita raiva me atingiu quando ele se referiu a Astrid como se ela fosse pior tipo de pessoa.
— Eu posso ir, mamãe? — Olhei desafiadora para ele e enfatizando a pergunta para deixar bem claro que ele não me intimidava.
— Mas é claro querida. — A expressão carrancuda sumiu dando o olhar mais calmo.
Sorri vitoriosamente para o homem com dentes de tubarão e sai de casa correndo antes que ela mudasse de ideia. No meio do caminho recebi uma mensagem de Astrid do endereço do apartamento e o numero para interfonar. Não era tão longe, apenas uns quatro quarteirões dali...
A espera para ela vir até o portão não foi longa, já que não tem nenhum cara para me indicar qual bloco eu deveria ir.
Ela parecia manter mesmo uma cara de preocupada e quando entramos no apartamento as janelas estavam apertas, mas as cortinas a cobriam.
— Legal... — Sentei-me no sofá e Astrid se sentou a o meu lado em seguida
— Pois é, então eu queria falar uma coisa com você, Punzie, mas prometa que não ira contar a ninguém até que anunciem na escola? — Balancei a cabeça em concordância.
— Astrid, quem está ai? — Olhei para a pessoa que saia do corredor, a tia dela ou melhor a diretora, Liran Lacroix — Você não ia falar para ela o que eu te contei ontem, não é?
O olhar de desconfiança mata qualquer um, mas não tanto quando do homem com dentes de tubarão.
— Eu não sei o que fazer tia, não poderiam ter lhe tirado do seu cargo... — Ela ficou cabisbaixa.
— Como? A senhora foi demitida? — Ela tinha uma faísca no olhar.
— Eu não sou senhora, é senhorita! Eu tô casada, Astrid? — Ela bateu o pé como uma criança de birra e Astrid negou, dando uma leve risada.
— Não tia, mas não exagere. Eu pensei que falando com a Rapunzel, ela talvez a ajudasse...
— Ah é? De que forma? — Ela se apoiou na parede, se deslizando por ele e sua cara de adolescente perdida aparecer. — Milagres não existem meninas... Se existisse eu não teria sido demitida.
— Quem é o novo diretor? — Olhei para as duas.
— Pitchner Black, ou Pitch mesmo... — Liran resmungou. — Aquele imprestável! Eu me lembro até hoje quando ele era do primeiro e eu da quinta série, ele adorava perturbar os alunos novos... Mas sempre tinha que ter eu no meio, "pimenta malagueta"ou "torta de morango".... Minha infância foi rodeada de bullying...
— Já tá bom né, tia? Agora você dramatizou totalmente... — Astrid suspirou pesadamente, se levantando e se sentando ao lado da tia. — Vamos arranjar um jeito de você não ser demitida, todos te adoram... Até alguns dos mais malandros porque você não é tão casca grossa.
— Eu acho... — Ela parou de falar e olhou para mim. — Eu conheci esse Pitch hoje.
— Você o quê? — A atenção da Liran se desviou totalmente para mim, carregava aflição e nervosismo.
— Ele é amigo da minha mãe... De longa data eu acho... — Ambas as duas se levantaram e se sentaram ao meu lado.
— Como ele é?
— Ele tem dentes de tubarão... — Então as duas caíram no riso.
— Tirando isso... O que mais? - Astrid tentava conter as risadas.
— Quando eu mencionei se poderia vir para a sua casa, ele ficou bastante bravo, fora isso que ele parecia estar brigando com a minha mãe sobre algo, dava para ouvir até do meu quarto...
— Como eu disse, imprestável! — Liran jogou as mãos pra cima.
— O que eles estavam discutindo? Você ouviu? — Astrid perguntou.
— Não... Eu não quis prestar atenção. — Neguei com a cabeça e ouvi e suspirei. — Sinto muito.
— Não, tudo bem! Eu tô bem...
— Tia...
— Vamos comer alguma coisa, o que você acham de torta de morango? — Ela se levantou e andou em direção a cozinha que logo caíram algumas coisa de lá. — Eu tô bem!
— Tia! — Astrid gritou se levantando com pressa.
— Eu já disse que tô bem...!
Entramos na cozinha e as panelas estavam ao chão e alguns talheres.
— Tia... Acho melhor você descansar... — Astrid a ajudou a se levantar.
— Descansar? Puff eu tenho trabalhos a fazer...
— Que tal assim, eu e a Rapunzel faremos um chocolate quente com marshmallows para você e enquanto isso você fica na sua cama descansando.
Ela concordou saindo da cozinha, deixando apenas eu e Astrid organizando as coisas.
— Ela realmente esta mal, né? - Coloquei as canecas na mesinha e o saco de marshmallow logo em seguida.
— Ela trabalha lá a dois anos, ela mudou tudo lá, mas foram eles que a mudaram. — Astrid serviu o chocolate e colocou o marshmallow no copo. — Seria assustador se ela não se importasse...
— Mas então, você falou que eu talvez ajuda-se, mas com o quê?
— Você acabou de conhecer o cara que vai botar o terror na escola.
— Mas norueguesa, a escola já é um terror se você ainda não viu... Já tinha o Jack e a Merida como pacote completo e você me fala uma dessas.
— Eles o quê? Nunca vi alguém ali fazer algo "horrível" ali. Quando acontecer me avise o.k? - Ela ri.
— Quer apostar quanto que se Pitch tentar bancar o professor os dois vão ser as maiores pestes que você já viu? Aposto meus livros da saga Hunger Games.
— E eu aposto que você dando um beijo no professor Eugene. - Apertamos nossas mãos como sinal de que a aposta já estava valendo.
— Como você...?
— Punzie, eu noto tudo se você ainda não percebeu...
A partir desse mês, se Pitchner pensa que pode se o diretor, brigar com minha mãe vai faze-lo ser o maioral, ele esta enganado.
Jack, o terrível e Merida sangrenta estão de volta...!
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Edit.: Nossa, agora não me sinto idiota por ter me colocado a fanfic :v me achei f*da demais agora.