POV - Hera

E minha vida inteira está passando diante de meus olhos, tudo o que eu sonhei ou pensei em refazer estava sumindo como palha ao vento. Ridículo já que estou no Meu casamento e estou sentindo como se fosse ser enforcada, como se estivessem me levando para o matadouro e não para um Altar.

Eu tentei imaginar passar por aquele momento novamente ao lado de quem amo, da pessoa que mais amei na minha vida. A cada passo que eu dava, mas o meu coração se apertava junto com as algemas que prendiam meus pulsos, um "lindo" assessório para um casamento, amarre sua noiva com algemas. Nunca foi assim que imaginei casar novamente. Sonhei que eu estaria de branco com um sorriso no rosto ao ver quem eu mais amo parado naquele altar enfeitado de rosas, convidados alegres por me ver chegando. Mas é tudo ao contrário. Pessoas que não conheço, seus rostos pálidos e sem nenhuma reação e um altar sem vida, sem flores ou qualquer coisa, e principalmente. Um noivo que eu nunca amei e que nunca irei amar na minha vida.

Continuo o meu caminho, Loren está me levando ao altar pois não a ninguem que me leve. A garota ao meu lado treme ao ver o olhar do irmão, ele está sentado numa das primeiras cadeiras da sala e seu olhar de medo some ao ver a irmã mais velha se aproximando. O garoto em uns 10 anos seu cabelo é castanho escuro como o da irmã, seus olhos bem claros e seu pele alva. O menino sorri para a garota que logo retribui e manda-o olhar para frente.

Em passos lentos eu chego até o altar.

Me pergunto se o Zeus ouviu o que eu falei e seguiu em frente, o melhor é assim, que ele siga em frente ache outra pessoa e o mais importante. Não morra por mim! É o que mais quero, que ele não morra.

O Loki pega minha mão e manda Loren para o banco ao lado do irmão mais novo, ela sorri agradecendo e se vira para sentar ao lado do menino.

Me viro para frente, o homem que irá celebrar o casamento é meio baixo tem cabelos brancos e seu olhar negro e perdido no vazio. Ele abre um pergaminho e começa a falar.

– Estamos aqui hoje... - o homem pálido a minha frente fala - Para unir duas almas em casamento. Os que hoje, nunca mais serão separados, nem pela vida ou pela morte.

As palavras do velho me assustam, lembro de um casamento assim, irreversível. É impossível se separar, quando um estiver vivo o outro também está e se um morrer o outro também morre. Um casamento que na minha vida, nunca realizei.

– Esses dois seres nunca mais viveram longe um do outro. - ele olha para mim e o Loki - Nunca mais serão os mesmos, farão para o bem do outro o que quer para si mesmos. Para sempre uma só carne.

Minhas mãos gelam mais do que o tempo do pólo norte, minhas pernas tremem e meu coração se aperta.

– Amantes não serão permitidos, e morreram ao simples toque do amor verdadeiro. - meus olhos dilatam.

Morreram? Quer dizer que morre o amante ao simples toque? Então era isso. Como eu amo o Zeus ele usaria essa arma para o matar, ao seu simples toque iria o matar. Ele se chamou de meu amor verdadeiro, ele o mataria pois sabia que eu já fui casada com ele antes.

– Olhem para o seu companheiro. - me viro lentamente para encarar o Loki, ele sorri maldosamente - Repitam o que irei falar.

– Sim. - o Loki olha para o homem e para mim - Você irá vê-lo morrer!

– S-s-s-i-m! - falo gaguejando nervosa.

– Eu prometo, honrar e te amar... - o homem fala, repito meio relutante ao pronunciar as palavras - ...para todos os dias de minha vida.

– Para todos os dias de minha vida. - o Loki sorri maldoso para mim.

– Minha vida agora é sua... - o homem fala, repetimos, eu ainda relutante - E sua vida agora é minha!

– ... e sua vida... - abaixo o olhar - Agora é minha!

– Se há alguém nesse lugar que é contra a esse casamento, que fale agora ou cale-se para sempre. - o homem olha para os convidados.

– Eu sou contra! - uma voz grita no meio de todos - E nunca irei me calar...

POV - Zeus

Ela estava lá linda de branco, mas para uma noiva ela não estava completa. Vestido, maquiagem, o cabelo, até um buquê estava em suas mãos. Mas estava faltando uma coisa... um lindo sorriso ao ver que ela iria se casar com quem ama.

Entrei no palácio do Lohaki quando um de seus ilustres convidados veio chegando, o prendi fora do palácio e vesti suas roupas, Ártemis com as roupas da mulher do homem e nós dois seguimos, ocupando o lugar dos dois.

Agora no meio do salão de festas eu me levanto e grito quando o homem que celebra o casamento pergunta se há alguém contra. Eu sou contra, quem deveria estar naquele lugar Sou Eu! E ninguém, o mais terrível que possa parecer pode me tirar isso.

– Eu sou contra! - grito em meio a todos, os convidados viram para mim como se eu estivesse louco - E nunca irei me calar...

– Capitão... - um convidado á frente de minha cadeira fala, pelo visto ainda acham que sou o tal homem - Não há motivos para...

– Eu sou Zeus... - retiro o capuz que cobre meu rosto - Senhor do céu, e não permito que esse casamento continue.

– Olha quem deu o ar de sua graça... - o Lohaki retira a espada do terno e a levanta em minha direção - Que bom!

– É você não imagina o quanto... - falo irônico para a criatura - Vamos deixar de brincar.

Saio de perto das pessoas que se afastam, Ártemis vai com elas fazendo parecer que ainda é a mulher do capitão. Ando até a criatura, ele movimenta a espada de um lado para o outro como se estivesse me esperando atacar, é isto que ele quer. Então dou o que ele quer, o ataco com um golpe que ele já esperava.

A Hera algemada está sendo levada por um guarda para outro lugar, mas não posso me preocupar agora, é o que o Lohaki quer, me preocupar e eu errar os golpes e ele me matar. Dou vários golpes apenas fazendo ele se cansar.

Olho para a Ártemis que está vidrada na luta, a janela aberta faz restas da luz do sol aparecerem o que indica. Apolo está bem pero de nós e que a Athena, o Poseidon e o Ares também estão. Viro para o Lohaki, ele dá séries de golpes. Um acaba me acertando no peito.

Um fio de sangue dourado escorre por sua espada e mancha a minha roupa, não ligo apenas quero que vencer, não importa o quanto doa. Eu vou aguentar!

Outra séries de golpes e ele rasga meu braço e meu rosto, o sangue dourado escorre pelo meu rosto e por sua espada. A criatura já se dá por vencida. Me acerta com vários golpes, mas nenhum deles chega a dor tanto quanto ver a Hera presa a uma criatura, sem nunca mais poder me tocar.

– Achei que fosse melhor lutador... - ele gargalha maldoso - Mas vejo que Cronos é que é um fraco.

– Ele não é não! - meu sorriso irônico percorre meu rosto - Até a Afrodite luta melhor que você... e olha que ela nunca segurou uma espada na vida.

– Vamos ver... - ele olhar para a porta - Tragam-na aqui!

Ele me acerta desprevenido com um chute e eu caio de joelhos, vejo a Hera entrar, seu olhar está completamente de medo. Suas mãos presas em suas costas e seu rosto mostrando pânico.

– Ela irá ver você morrer! - ele sorri irônico.

– Ou irá ver você! - me levanto - Doce criatura, posso fazer ursinho de pelúcia de você.

Noto que minhas palavras o irritam mais, fazem o atacar e abrir pontos cruciais. Defendo cada golpe que ele dá, o deixando cada vez mais nervoso.

Mando como olhar a Ártemis ir atrás da Hera, para liberta-la do guarda. E continuo a luta.

Cada passo ele vira muito nervoso, continuo a o provocar e ele continua a fazer o que eu quero. Abrir a guarda. Então ele abre muito sua guarda, escorrego minha espada por dentre seu coração, um fino fio de sangue negro escorrega por sua camisa branca. Todos ficam chocados pois quem está mais ferido sou eu, e mesmo assim quem está morrendo é ele.

– O amor sempre triunfa! - falo e dou um chute em seu estomago - Quem vence sou eu!