POV's Amy

Oi, pra quem não sabe sou Amy Cahill, sou de Boston, 17 anos, ruiva, olhos verde-jade, 1,72 de altura, ama ler, tem o irmão mais irritante do mundo inteiro, moro com meu tio-avô Fiske Cahill e minha ex-aupair Nellie e sou a ganhadora da busca pelas pistas junto com Dan, a peste negra do meu irmão. É, acho que é só isso que precisam saber sobre mim.

Neste exato momento estou sentada ao lado do meu namorado,Evan Toliver, no ônibus escolar voltando para minha mansão. Evan é o típico nerd da turma (assim como eu), fofo e tímido, é alto com cabelos castanhos e olhos azuis, a pele clarinha cora facilmente( igual a minha) e ele é sempre carinhoso, o namorado ideal. Aí você acha que eu devo estar apaixonada por ele e tal. Bem, eu gosto muito dele sim, mas ainda me dá um frio na barriga e um nó na garganta toda vez que eu ouço falar de um certo moreno dos olhos cor âmbar.

O ônibus parou na frente de minha mansão, Dan, Evan e eu descemos e entramos nela onde se encontra no sofá da enorme sala de estar, uma figura loira com o cabelo repicado e colorido com mechas de diversas cores, espojada comendo um balde de pipoca e tomando refrigerante enquanto assistia um programa de culinária.

–Oi Nellie-digo me jogando no sofá ao lado dela.

–Oi- ela disse sem nem olhar pra mim.

–Oi Nellie- Dan repetiu.

–Oi-ela espondeu novamente, sem tirar os olhos da maldita TV.

Evan não falou nada e se sentou ao meu lado.

–A educação mandou lembrança- falou Nellie claramente ofendida. Evan deu de ombros mas pude perceber que ele corou de leve.

–Olá meus queridos sobrinhos- disse tio Fiske descendo a escada, ok ele nunca falou assim, aí tem coisa.

–Oooi- respondemos Dan e eu ao mesmo tempo, deu pra perceber que ele também estava desconfiado.

–A educação mandou lembrança-falou Evan que logo recebeu uma almofadada na cara.

–Nunca. Copie. Minhas. Frases.- Nellie disse calmamente, Evan se encolheu assustado e eu só revirei os olhos.

–Tudo bem?- disse tio Fiske com um sorriso preocupado como se quisesse contar algo e não soubesse como dizer, agora eu estou é muito assustada.

–Tio Fiske dá pra ir direto ao ponto?- disse Dan, ele estava muito mal-humorado hoje, talvez porque a Nellie apagou todas as músicas do celular dele e baixou só rock pesado.

–Então...- ele olhou para Evan e depois para mim, entendi na hora que o que quer que seja o que ele quer nos dizer, tem algo relacionado com a nossa pacífica e amigável(sintam a ironia) família

–Evan, acho que está na hora de você ir- eu disse, é óbvio que eu não contei nada sobre meu passado obscuro para ele, já pensou como ele agiria?-Eu te ligo mais tarde.

–Ta bom-ele respondeu um pouco desconfiado- Tchau- me deu um selinho e saiu.

–Pode falar- disse a tio Fiske.

–Então, vocês sabem que eu não quero apenas que nossa família seja pacífica, eu quero que ela seja unida- eu e Dan acenamos positivamente com a cabeça nos olhando em seguida, dava pra ver que nós dois temíamos o que ele falasse- Eu estava pesando, tem jeito melhor de reunir a nossa família senão num cruzeiro de 3 meses?

OK, quando ele falou isso eu jurava que iria desmaiar. Como assim? todos os Cahill (ou pelo menos uma parte deles) reunidos em um barco em alto mar por 3 meses? Estava mais que claro que isso não acabaria bem.

Eu e Dan falávamos ao mesmo tempo, até que tio Fiske deu um basta.

–Ei! Parem de falar ao mesmo tempo, já está decidido, eu até já mandei os convites, será daqui a uma semana e é proibida a entrada de pessoas que não sejam Cahill- ele disse.

–Tio Fiske você só pode estar maluco- eu me pronunciei- Isso nunca vai dar certo.

–Sim Amy vai dar certo, e nada do que vocês falem vai mudar minha decisão.

Que raiva, só de pensar que eu vou reencontrar ele. Depois disso, Nellie já estava dormindo no sofá e ao seu lado estava Saladin, nosso gato de estimação, eu nem vi ele, deve ser porque essa ideia está me deixando maluca. Dan subiu e eu também, ele se fechou dentro do quarto e eu ouvi apenas o barulho dos seus jogos de luta super educativos( ironia, você de novo por aqui?).

Fui pro meu quarto, joguei a mochila num canto e deitei toda esparramada na minha cama. Faz 3 anos que nenhum de nós não nos vemos, esse cruzeiro vai ser um desastre, não quero nem imaginar. E com isso adormeci com a roupa do uniforme mesmo.