Stolen Kisses escrita por Minnie Rodrigues


Capítulo 16
We Don't Know Nothing...


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que eu demorei mais uma vez pra postar, mas eu estava meio sem inspiração pra fazer esse capítulo, daí veio o ENEM, testes, trabalhos e mais trabalhos... sinto muito por ter demorado tanto pra postar, mas parece que quando chega no final do ano todos resolvem passar trabalho ao mesmo tempo :'(
Enfim, sem mais delongas... vão ler o capítulo.
Bjuk's
Y.R.



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We Don't Know Nothing...

Capítulo 16

Eu queria dizer que eu consegui ser forte e superar tudo o que aconteceu, eu queria poder dizer que, naquele dia, quando coloquei a tristeza pra fora, eu enxuguei as lágrima, ergui a cabeça e segui com a minha vida... Mas não foi isso o que aconteceu.

Eu estava mais uma vez trancada no banheiro no meu quarto, sob a água quente que despencava do chuveiro, de olhos fechados enquanto lágrimas silenciosas escapavam e deslizavam de encontro ao chão. Eu pensei que a dor iria passar em algum momento, mas ela ainda persistia em meu peito junto com a angústia e milhares de outros sentimentos que eu não conseguia reconhecer, mas que eu sabia estarem me fazendo mal. Eu era uma grande bagunça, mesmo após duas semanas do que foi um dos piores dias da minha vida.

Havia duas semanas que eu não o via ou tocava. Depois de alguns dias ele me mandou uma mensagem pelo celular de Klaus pedindo para que eu o deixasse vir na minha casa, eu apenas o respondi: Não faça isso. Ele não me ligou ou mandou mensagem, nem uma única vez, depois disso. Só não conseguia entender o porquê de eu me sentir tão miserável, afinal fui eu quem disse não.

Um gemido de dor brotou do fundo da minha garganta enquanto todas as lembranças dos momentos juntos me atingiam de uma só vez... Eu não sabia por que me torturava dessa forma. Já fazia dias que eu não saia de casa, Caroline e Bonnie estavam a todo o momento insistindo para que eu saísse com elas e a cada vez que eu dizia não elas me olhavam uma expressão que me indicava que não faltava muito para que elas chamassem um médico ou algo assim, então ontem à noite quando elas me perguntaram mais uma vez se eu queria sair, eu respondi que sim.

E aqui estava eu. Tentando cumprir minha promessa.

Escutei passos e as vozes das garotas entrando no quarto, rapidamente fechei o chuveiro e enxuguei as lágrimas restantes, peguei a toalha a enrolando em meu corpo e, tomando uma longa espiração, saí do banheiro para a atmosfera animada que havia se instalado no meu quarto devido à conversa de Caroline e Bonnie.

“Olá garotas...” eu disse com um sorriso fraco.

“Elena trouxemos um vestido lindo pra você.” Disse Caroline animada.

“Se prepara porque ela vai contar a história de como achou o vestido...” Bonnie murmurou revirando os olhos e sentou-se na cama, me arrancando um sorriso.

“Bonnie estava passando do lado dele enquanto conversávamos e eu não sei como ela ia deixar essa obra de arte passar despercebida, mas eu sou uma pessoa atenta.” Sorriu orgulhosa de si mesma. Então ela enfiou as mãos dentro de uma sacola em um tom de rosa escandaloso e tirou um vestido azul com estampa floral. Ela me puxou para frente do espelho e colocou o vestido junto ao meu corpo para que víssemos.

“Assim que o vi, lembrei-me de você.” Caroline disse para logo em seguida abrir um grande sorriso entusiasmado.

O vestido era lindo e alegre. Um sorriso sem muita alegria repartiu meu rosto e eu agradeci a elas, mas por dentro a única coisa na qual eu conseguia pensar, era em como o meu estado atual não era alegre ou lindo.

...

Eram por voltas das 19h. A noite escura caíra sobre nós há algum tempo e graças a Bonnie e Caroline já havíamos ido ao shopping fazer comprar, ao cinema e agora estávamos indo em direção a um pequeno bar que ficava próximo ao parque. As meninas se esforçavam ao máximo para fazer com que eu me divertisse e estava funcionando na verdade. Eu estava rindo sem parar a meia hora com as palhaçadas de Caroline.

Quando finalmente parei de rir e inspirei o ar frio da noite senti um breve alívio e por alguns segundos senti que estava voltando a ser quem um dia já fui... mas esses sentimentos só duraram poucos segundos. Duraram até que eu visse uma silhueta do outro lado da rua, vestida de preto da cabeça aos pés. Parei. Ele havia acabado de deligar o celular e estava o guardando no bolso interno do terno, atrás de si estavam repousadas no asfalto escuro da calçada, duas malas de rodinhas, uma bem grande e outra um pouco menor. Ele estendeu a mão e um taxi parou no meio fio.

O taxista saiu do veículo e foi ajudá-lo a coloca a bagagem no porta-malas. Foi quando ele olhou para cima e seus olhos encontraram os meus. Sua expressão congelou no mesmo instante, assim como o sangue em minhas veias.

Damon apenas ficou parado olhando para mim por alguns segundos, um nó se formou em minha garganta. Eu não havia percebido que prendera a respiração até ter que soltá-la. Por um momento eu vi um brilho nos seus olhos e por um único segundo eu achei que ele viria em minha direção. E ele chegou a dar um passo para a rua quase vazia, mas um olhar triste invadiu seus olhos e, com dois passos para trás, ele voltou a subir na calçada. O taxista abriu a porta traseira o convidando a entrar, então ele olhou para ele e sorriu levemente entrando no carro.

Damon entrou no carro e nunca olhou para trás. Segundos depois, o veículo era apenas um borrão amarelo ao longe, na estrada.

Eu não percebera, mas as meninas me encaravam com preocupação estampa dos olhos.

“Você está bem Elena?” Bonnie sussurrou.

Suspirei fundo e abri um sorriso.

“Estou ótima.” Tirei os sapatos altos e as encarei novamente. “Vamos? O bar nos espera, não é?”

Elas se entreolharam, mas me seguiram sem questionar. Quando chegamos, o pub não estava cheio, mas também não estava vazio. Havia algumas pessoas na pista de dança, nas mesas e algumas poucas no bar. Dirigi-me ao balcão e fiz os pedidos enquanto as meninas sentavam-se em uma mesa. Assim que as bebidas ficaram prontas eu as levei para a mesa em que elas estavam.

“Aqui está.” Falei as entregando e me sentando na poltrona. Elas começaram a bebericar os seus Martinis e me encararam assustadas quando eu virei o copo de whisky, o líquido cor de âmbar queimando minha garganta e aquecendo meu corpo.

“Acho que preciso de outra bebida.” Declarei indo ao bar novamente. Elas não falaram nada, mas com os olhares que trocavam, não era necessário. Elas sabiam que ver Damon ir embora me afetou. Muito.

Cheguei ao balcão e sentei-me no banco giratório e logo um barman veio com um sorriso no rosto.

“O que vai ser?” Ele tinha um sorriso simpático e seus olhos eram de um tom azul esverdeado, brilhantes e misteriosos.

“Ahn, outro whisky por favor.” Deslizei o copo vazio sobre a superfície de madeira polida. Segundos depois, me entregou o mesmo copo com uma nova reserva do líquido âmbar. Levei o copo aos lábios e o virei novamente, sentindo logo em seguida, o desagradável queimar em minha garganta. Fiz careta.

“Você não está acostumada a beber isso, não é?” Ele perguntou com o olhar divertido.

“Tão óbvio?” Perguntei depositando o copo novamente no balcão. Ele sorriu.

“Não é melhor começar por algo que você já conhece?” Ele perguntou pegando o copo novamente.

“As coisas que eu conheço, ou acho que conheço não estão indo muito bem pra mim ultimamente.” Sorri, mas sem achar graça alguma.

“Eu vejo.” Ele pegou uma garrafa de vodka e colocou duas dozes me entregando uma.

“Patrões geralmente brigam quando os funcionários bebem no expediente.” Falei em tom zombeteiro.

“Então é bom que eu seja o chefe, não é?” Ele sorriu e ergueu o copo. “Às coisas que achamos conhecer.” E rapidamente virou o copo em sua boca, fiz o mesmo.

“Isso queima bem menos.” Disse sorrindo.

“É, eu gostaria que você ficasse sóbria por mais algumas horas.” Sorriu divertido e me estendeu a mão direita.

“A propósito, meu nome é Kai.” Ele inclinou a cabeça para o lado e completou. “Parker.”

“Elena Gilbert.” Coloquei minha mão na sua e ele a agitou levemente.

“O prazer é inteiramente meu, Elena.” Mais um sorriso surgiu em seus lábios e com esse eu não pude evitar que um tímido brotasse em meu rosto.


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Notas finais do capítulo

Iai pessoinhas, gostaram? Espero que sim. Comecemos a esclarecer algumas coisas...
Primeiro: O Damon realmente foi embora. Elena não entendeu errado e eu vou deixar esse "foi embora" no ar. *Aquela carinha*
Segundo: A entrada do Kai por deixar tudo um pouco melhor pra Elena... mas a questão aqui é: Por quanto tempo? *Aquela carinha de novo*
Terceiro: Eu postarei o próximo capitulo assim que estiver pronto! E pretendo encerrar a fic no vigésimo capitulo no máximo.
Obrigada mais uma vez pela paciência, bjuk's
Y.R.



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