Final Fantasy VII - Haku Ryuu No Saga escrita por Kira


Capítulo 17
Capítulo 17- Corroído


Notas iniciais do capítulo

Olha eu de novoooo, mais um cap para vocês meus lindiinhos!!

Boa leiturrraaaaaa!!!!



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– Cloud, por favor, levanta a blusa.- a cadeira de rodas parou junto ao loiro-

–Está bem....

–Tem força para isso? Precisa de ajuda?

–Não.....Eu ainda posso...-Ergue a blusa, exibindo a cicatriz-

–Olha só, realmente, cicatriz perfeita! Esses dragões são tão perfeccionistas...Mas desde quando fez uma tatuagem de corrente tão grande assim?

–Eu não fiz tatuagem Rufus, isso apareceu há um tempo atrás e só tem crescido.

–Cresceu mais há exatas 2 semanas não é? Desde que seu dragão desapareceu.

–Ela foi raptada.....

–Um dragão elemental ser levado assim é novidade, ainda mais uma que pertenceu ao batalhão especial de minha empresa. - Os dedos finas tamborilavam no apoio da cadeira- Mas fiquei surpreso quando pediram minha ajuda.

–Você é a única pessoa que conhecemos que teve contato com ela, deve saber o porquê do rapto

–Por favor, precisamos mesmo da sua ajuda Rufus- Tifa apoia as mãos nos cabelos do namorado-

–Nunca negaria ajuda para vocês, de jeito nenhum. Fiquei intrigado quando me disse que fez um elo com um animal desses, a história é bem complexa não é?

–Sim, até agora não sei de onde aquele lanceiro veio.

–São os sete.

–Os sete? Sete o quê?

–Os sete generais de Uriel, o dragão que querem trazer de volta usando Azera como chave.

–Espera ai Shinra, como assim chave? - Berret cruza os braços-

–Vocês já devem saber como foi que Uriel foi selado, Azera deve ter contado. - A equipe concorda- Pois bem, então devem saber que como ela foi um dragão tipo lua, só outro dragão do mesmo tipo pode abrir o selamento. Mas não somente isso, deve ser da mesma linhagem sanguínea também.

–O que significa que somente Azera pode abrir o selamento por ser descendente de Zeras, é isso?

–Muito bem Vincent, exatamente isso.

–Mas o que isso tem a ver com Cloud? Desde que Azera foi levada, nós não sabemos como resgatá-la nem onde começar a procurar....E Cloud está ficando mais fraco, parece doente!

–A culpa é do Uinculo..

–Mas o que diabos é Uinculo?-Yuffie apoia as mãos na cintura-

–O parasita que se instalou nele quando lutou contra o lanceiro, seu nome significa grilhão em latim. Essa coisa costuma corroer o sistema de controle do corpo, faz o hospedeiro perder o controle sobre si mesmo e o destrói pouco a pouco, A marca desse parasita são correntes e algemas, como o nome já indica.

–Não tem como parar isso?

–Pelo que eu percebi, o elo com Azera manteve o parasita preso de alguma forma, mas como o período de ressonância está em vigor e ela não está perto, ele se alastrou.

–O que seria esse período de ressonância?-Red XVIII encara Rufus-

–Para os meio dragão que nasceram como Cloud, existe um período de dependência, precisam ficar perto do dragão que os criou até que possam controlar seus novos poderes sozinhos. Mas, Cloud está longe dela e o período mal começou, isso é muito ruim.

Rufus girou a cadeira para o lado oposto, levou a mão direita ao queixo e permaneceu calado, pensativo. Era a primeira vez que lidava com algo parecido, só havia se informado sobre o Uinculo em livros e pesquisas. Oferecera ajuda para a Avalanche quando inteirou-se da situação do loiro após o rapto de Azera, o rapaz enfraqueceu e as correntes em sua pele aumentaram a cada dia que se passava.

Voltou a virar a cadeira para o jovem loiro, analisou seu lado esquerdo logo após, analisou seu peito, mais especificamente sua cicatriz. Mas não esperava que o parasita estivesse em estado tão avançado, só constatou isso quando Cloud quase acertou-lhe um soco certeiro em seu fronte, recuou assustado:

–Cloud o que está fazendo? - Tifa puxa os ombros do loiro -

–Não toque em mim! - Empurra bruto a mão da moça – Não encoste!

–C...Cloud?

–Isso é reflexo do Uinculo – Reno suspira - O que faremos chefe?

–Não há muito o que fazer, precisamos trazer Azera de volta e rápido.

Cloud reagiu de forma inesperada, empurrando os amigos de perto e tossindo, temperatura corporal cada vez mais alta e olhos irritados. De seu peito, a coloração do elo cintilava fraca, dando mais espaço para um tom escuro e opaco de vermelho, assim como a cor das correntes que foram ficando cada vez mais intensas e se alastrando mais pelo corpo, chegando a formar uma algema no pulso do rapaz.

O loiro começou a ficar extremamente violento, foi necessário que Vincent e Berret segurassem o rapaz com força. Rufus reparou a estranha cloração avermelhada nos cantos dos olhos de Cloud e o escurecimento de sua pele, tornando-se levemente acinzentada, o desfecho daquilo não seria nada bom se não agissem rápido. Para a segurança de Todos, Cloud foi aprisionado no porão da casa, com correntes grossas e atrás de uma porta de aço reforçado, ainda assim era possível escutar os urros do rapaz, que já começava a ter a voz alterada.

Tifa observava o namorado através do vidro da porta, angustiada e chorosa, não podia fazer nada por ele naquele momento, talvez, apenas pudesse chorar. Yuffie permaneceu ao lado dela, dando-lhe certo conforto:

–Vamos fazer de tudo por ele, vamos trazer ele ao normal.

–Ah Yuffie...me deixa agoniada ver...Cloud desse jeito.......

–Eu sei, mas vamos conseguir, você vai ver.

Vincent aproximou-se e cumprimentou Yuffie com um singelo beijo na testa e um abraço por cima dos ombros da menina, observou o amigo pelo vidro e respirou bem fundo:

–Não se preocupe Tifa, traremos ele de volta....Custe o que nos custar.

A morena retribui um sorriso de lado e leva ambas as mãos ao peito, suspirando angustiada.

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Calor infernal, era a única coisa que as Harpias repetiam enquanto seguiam seu líder, que por sua vez, seguia Hana junto dos outros generais. O grupo seguia por um longo esquema de cavernas que cortavam a montanha ao extremo norte de Midgard, montanha na qual havia se tornado o esquife onde Uriel havia sido selado. A pequena escolhia com precisão a direção que deviam seguir nos longos corredores de pedra.

Parou para observar as marcas nas paredes, principalmente quando passavam por um vácuo maior, onde as pedras mutiladas formavam uma ponte para seguir caminho. Fundas marcas de garras, cinzas e poeira marcavam as pedras, marcas características do cenário que as formou. De cima da ponte, podiam ver levemente a rocha maior, a base da montanha onde o símbolo do selamento estava.

No ombro do maior general, o Harpia, a draconiana ainda inconsciente ela levada, com as asas ainda muito feridas deixando um grosso rastro de sangue não só no chão, mas nas escamas da Harpia que só sabia rir debochada:

–Tão metida e agora esta ai, hunf!

–Não se gabe por uma conquista minha Dragak, não se esqueça que você fugiu com a cauda entre as pernas quando ela apareceu. - Hana ri infantil-

–Eu não fugi!

–Fugiu sim, Harpia frouxa. - O lanceiro ri altivo em cima de seu cavalo-

–Olha só quem fala, outro que pareceu uma formiga perto da pata dela e saiu correndo também.

–Olha lá como fala comigo seu lagarto atrevido!

–Chega de Briga, temos outro objetivo a cumprir.- O Arqueiro, Arcus, cortou a conversa desnecessária com sua voz firme-

–Não estamos longe da rocha matriz, já posso sentir o friozinho...-Alvidna, a tão calada mercenária com suas roupas de aranha, segue junto de Hana-

–Er.....O dragão está acordando!-Dragak sente o leve remexer do corpo em seu ombro-

–Coloque isso para garantir que ela não se solte.- Hana estende a um dos generais, correntes e algemas-

Eagles, a estranha gárgula, mantêm as mãos e o pescoço da menina acorrentados e unidos por algemas que se mantinham extremamente aquecidas, garantia de que ela não reagiria rápido. Logo, estavam no mais profundo da montanha, bem em cima da roxa matriz e puderam finalmente ver o enorme símbolo tribal em forma de lua e os anéis que mantinha o seu mestre aprisionado.

Dragak coloca Azera deitada no chão enquanto se aproxima dos outros generais, Hana analisa o local minuciosamente junto com Alvidna, Eagles fica perto da draconiana junto com Arcus e Hicarium:

–Estamos no lugar certo, bem junto do selamento. Alvidna, trouxe o livro que eu pedi?

–Sim, aqui está senhorita Hana.

–Ótimo- A pequena loira abre o livro de capa judiada e folhas amareladas- Aqui devem estar as palavras para começar logo com esse...Huum...Ritual, por assim dizer.

–Onde deixaremos o dragão?

–Bem no meio do selo.

–Sim. - A própria Alvidna arrasta o corpo esquio de Azera e a solta no meio do símbolo-

–A.....Ah.....-Os olhos amarelos se abrem, doloridos-

–Ah! Nossa convidada acordou. Olá Azera! -Hana cantarola-

–Ha...na.....

–Como se sente huuum? -Sorri cruel-

–Huum.......-sente o corpo invadido por uma dor aguda-

–Vamos preparar o ambiente. O primeiro requisito do livro é o seguinte...oh!

–O que há Hana? - A mercenária se aproxima-

–Para que dê certo, o sangue do dragão que abrirá o selo precisa ser derramado, no símbolo inteiro.

Azera encolheu os ombros e mordeu de leve o lábio enquanto Hana ria compulsivamente carregando um olhar maligno e incrivelmente sádico. Dragak e Alvidna se aproximavam cada vez mais, empunhando adagas e ela sabia o que viria a seguir, o inferno não demoraria de começar.

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–Não sabemos por onde começar a busca, e agora?-Cait não parava de repetir-

–Não temos tempo, Cloud não vai aguentar!- Red refletiu silencioso-

–Por favor, precisamos de foco, FOCO!

–Silêncio! - Pela primeira vez, Vincent elevou a voz a ponto de gritar- Não vamos chegar a lugar algum se não mantermos a calma.

–Vincent tem razão, precisamos...Tentar manter a calma -Yuffie passa os braços pelo tronco do parceiro, acalmando o mesmo-

–Nossa....Que confusão hein! Quem sabe eu posso ajudar.- A voz de um rapaz encheu a sala-

–Quem está ai?

O corpo jovem entrou pela janela e segurou-se no teto, usando potentes garras. Soltou-as da parede e pousou suave no chão e ergueu-se, exibindo um show de olhos alaranjados:

–Bom, sou alguém que pode dar uma ajudinha, soube que estavam a procura de um dragão. - colocou as mãos nos bolsos da jaqueta de couro-

–Sim, estamos procurando por um, e você sabe algo sobre isso meu jovem?- Rufus virou-se para ele-

–O dragão que vocês procuram, Azera.......Conheço há muitos anos.

–Espere um minuto, conhece? Então você seria um....

–Oh sim! - O rapaz exibe asas cinzentas, rajadas de preto- Sou um elemental e quero ajudar a encontrar minha líder.

–Será bem-vindo! Desde quando conhece Azera?

–Cresci com ela nas montanhas, não a vejo desde o incidente com a senhora Zeras.

–Que descanse em paz. Bem, sabe para qual propósito específico ela foi raptada? Será que é o mesmo que estamos pensando?

–Pelo que eu me inteirei, a intenção é trazer Uriel do selamento. - A voz dele se torna séria-

–Sabe onde ela está?

–Devem tê-la levado para a montanha onde ele foi selado, tem uma sequência de cavernas que levam para a pedra matriz onde está o selo. Sim, sei chegar lá e sei entrar sem sermos vistos. - Sorri de lado-

–Ótimo, toda a ajuda será necessária.....Ainda mais porque.....bom...nosso companheiro de equipe....

–Tem um elo e está no período de ressonância mas tem um Uinculo certo?

–Como sabe de tudo isso? - Tifa encara o rapaz-

–Digamos que......Eu me inteirei bem da situação com boas testemunhas, senhorita.

–Se vai se unir a nós e nos ajudar, pelo menos diga seu nome rapaz! Como se chama?- Cid cruza os braços-

–Nossa que falta de educação a minha, desculpe. - Ri suavemente e joga o cabelo negro para o lado, exibindo mais claramente seus olhos alaranjados intensos- Meu nome é Konma.


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Notas finais do capítulo

Acho que ficou meio curtinho mas o próximos erá maior >



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