Final Fantasy VII - Haku Ryuu No Saga escrita por Kira


Capítulo 13
Capítulo 13 - Palpitar Florescente.


Notas iniciais do capítulo

Olaaaaaaa, como vão vocês? ^.^ *desvia das facas* Peço desculpas pela demora gigante, as coisas na escola deram uma apertada e como o bimestre estava curto, deu uma coisa louca para tirarmos nota, como deu tudo certo, os caps voltaaam eeeeeh!

Sem mais enrolação, Boa leitura!



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Passos calmos ecoavam pelos largos e alvos corredores do hospital, o silêncio era a companhia da morena que fazia questão de que seus pés tocassem o centro de cada ladrilho em seu caminhar, de braços cruzados suspirava e varria cada porta amarronzada dos quartos, o nome em cada porta e os prontuários nas paredes.

Estava naquela rotina cansativa há mais ou menos 1 semana, sempre revezava com alguém da equipe para poder descansar em casa, estava aliviada pela melhora do namorado e por este sair do coma em que estava, somente aguardava a alta dele para voltarem juntos para casa. Apressou os passos e parou em frente a porta que continha o nome “Striffe” na porta, bateu e entrou após alguns segundos :

—Bom dia Cloud. - Seus doces olhos pousaram no loiro-

—Bom dia Tifa, como está? - Sua voz saia rouca porém serena-

—Estou bem, acabou de acordar?

—Na verdade, acabei de tomar café, você já comeu? - Observa-a se sentar na poltrona ao lado da cama-

—Acabei de fazer isso, aproveitei para dar uma esticadinha nas pernas-

—Não está dolorida de ficar dormindo nessa poltrona? - Estica a mão e toca o rosto da morena-

—Não, eu me sinto bem querido, não se preocupe.

—Tifa......Me conta uma coisa, como está o pessoal?

—Estão todos muito bem, só a Azera que está fora há alguns dias, mas todos sentem saudade e estão preocupados.

—Também sinto a falta deles.....Me diga mais uma coisa, eu estive observando, essa marca no meu peito foi resultado do golpe certo? Você também lembra daquele dragão?

—Sim e me lembro, graças a ele você está vivo.

—Então não foi um sonho, nem uma ilusão.

—Você achou que era?

—Por um momento eu achei, mas a cicatriz tira minhas dúvidas.

—Não te incomoda a ideia de tê-la para sempre na sua pele?

—......Na verdade não, ela não fica exposta então, creio que não será problema.

Tifa se levanta e senta na beira da cama do rapaz, abre um largo sorriso e deposita em sua testa um beijo carinhoso, o que faz o rapaz sorrir sutilmente. Horas mais tarde, a tão esperada palavra “Alta” chegou aos ouvidos da garota que se empolgou em poder levar Cloud de volta pra casa, ligou para Barret que logo estava na porta do hospital os esperando alegremente; ajudaram o loiro a andar com as muletas e não demoraram de chegar na casa de Tifa, sendo recebidos com mais sorrisos e fortes abraços.

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Enquanto isso, longe de Midgard e de qualquer traço de civilização, potentes asas alvas cortam o ar gélido que bailava na paisagem, carregando os flocos de neve que a tornavam completamente clara, fortes lufadas de ar liberavam uma grande quantidade de fumaça e olhos dourados procuravam por uma caverna no topo das montanhas cobertas de neve.

Sentia uma dor incomoda no peito e para seu alívio, logo encontrou a caverna que acolhia seu corpo, pousou com cuidado sobre as pedras pontiagudas e se instalou no coração da fissura. Após encontrar a câmara apropriada, tostou o chão com lufadas rápidas de gélidas chamas azuladas e aconchegou-se sobre o frio extra recém-adquirido, descansando a cabeça sobre as patas e se cobrindo com as enormes asas.

O enorme dragão albino parou para refletir, acabara de salvar a vida de um humano em troca de parte de seu próprio corpo, por quê? Era uma espécie que facilmente se converte para o lado cruel, mas aquele humano salvara sua vida, estava em dívida com ele de todas as formas; respirou fundo e fechou os olhos, sentindo suas forças serem restauradas pelo frio cortante das montanhas.

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Já em Midgard, Cloud estava alojado confortavelmente em seu sofá, toda a Avalanche o cercava com carinho e muitas perguntas, preocupação era visível nos olhos deles e a saudade era expressada pelas três crianças, que agora, tomavam os braços do loiro em apertos leves:

—Essa foi por pouco em seu aguado? Pronto para outra? - Cid se inclina para Cloud-

—Não obrigada, dispenso outra experiência dessas.

—Hahaha, mas ficar perto daquele largatão foi bem emocionante, se a situação não envolvesse um você quase morto, seria muito mais emocionante.

—Os ferimentos foram fundos, restaram sequelas não é Cloud? - Vincent foca o loiro-

—Sim, ficou isso. - Mostra a cicatriz no peito-

—Isso foi o resultado da mandinga daquele bicho é? - Barret analisa ao lado dele-

—Acho que sim, me lembro de poucas coisas, a última coisa que me lembro foi uma pata se alojar no meu peito, depois eu apaguei.

—Aquele animal fechou sua ferida, eu ainda me pergunto como......

—Era um animal considerado místico, então tem muita coisa louca aí no meio. - Cid apoia a cabeça no queixo-

—E Azera, onde está? - Cloud olha para o teto-

—Ela deu um sumiço cara, estava meio pálida e andava reclamando de fraqueza, disse que ia sair da cidade para resolver alguma coisa e voltava logo......Se passaram seis semanas.

—Tudo isso? Nenhuma notícia a mais?

—Nada, nem um sinalzinho sequer.

—Só espero que ela esteja bem – Marlene suspira-

—Ela vai ficar sim, ela é bem forte. - Hana sorri-

—Assim eu espero. - Tifa suspira-

A conversa continua a tarde toda, a equipe se despede ao entardecer e a casa se silencia, a única agitação pertence aos três pequenos que brincavam no andar de cima, deixando tranquilidade para o casal que observava o entardecer no jardim. Cloud com as costas apoiadas na gigante árvore cheia de botões com Tifa apoiada em seu peito, entre as pernas do loiro que mantinha seus braços em torno da cintura dela:

—O céu está cada vez mais bonito não é? - A voz fina cantarola as últimas palavras-

—Muito, eu senti saudade de ver o céu, fiquei um bom tempo vendo a escuridão e quarto branco.

—Como se sentiu..... No estado de coma?

—Não sei te explicar, ao mesmo tempo em que se está apagado, você está acordado, podendo ouvir a voz das pessoas mas não podendo se mover ou falar.

—O seu estado era muito grave, fiquei com muito medo de perder você.

—Estou aqui agora, já passou tudo isso. - Aperta o abraço na morena-

—Graças aos céus, fico imensamente aliviada pela sua melhora.

—Na hora em que eu estava no chão, eu fiquei com medo por vocês.... Não sei mas...... Eu não conseguia pensar muito em mim.

—O que importa agora é que você voltou para nós, são e salvo. - A morena se vira para ele e abre um largo sorriso-

—Sim....-Ele toca o rosto dela e unem os lábios por alguns minutos-

—Cloud, eu gostaria de voltar la na igreja......

—Na igreja? Agora?

—Sim, quero colher umas flores que brotam nessa época do ano, são flores noturnas muito bonitas e seria bom colher uma muda com a flor aberta, há problemas de irmos lá agora?

—Não, só voltaremos um pouco tarde, mas as crianças sabem se cuidar até voltarmos.

—Obrigada. - Acaricia a fronte do rapaz-

—Então, vamos?

—Claro.

O casal se levanta sem pressa, avisam as crianças e em poucos minutos, ganham a rua na garupa da potente Fenrir, o percurso até a igreja é calmo e veloz, assim que avistam a construção oculta pelas recém-formadas sombras noturnas estacionam a moto em frente a porta de madeira e entram de mãos dadas.

O som dos passos no assoalho trazem à memória dos dois boas e más lembranças do passado mas o local onde estavam as flores, iluminadas pela luz do luar, lhes deu a boa lembrança do dia em que o geostígma em Denzel e do próprio loiro foram extintos, aquilo aumentou a sensação de paz no coração de ambos.

A morena logo se pôs a escolher a muda que desejava enquanto a flor perfumava o ar com sua doce fragrância sutil. Encostado em uma das grossas pilastras, Cloud observava a namorada entre as flores, tocou o braço onde antes o geostígma estava encrustado e por ali deslizou os dedos, nos tempos difíceis em que passou Tifa e a equipe Avalanche foram a ponte que o deu apoio para seguir em frente, talvez sem eles, já estivesse morto ou isolado como um eremita. Logo Tifa termina de colher as mudas e se aproxima do loiro com um largo sorriso, deixando um beijo sutil em sua bochecha:

—Pronto, já peguei as mudas.

—Tifa, podemos ficar um pouco mais?

—Ah, sim podemos, algum motivo especial?

—Quero ficar um pouco mais aqui, me sinto bem ao retornar com você ao meu lado.

—Então, sente-se aqui. - Ela se acomoda em um dos bancos e aponto o lugar ao seu lado-

—Quero agradecer a você Tifa. -Se aloja junto a ela-

—Pelo que?

—Por tudo, por cuidar de mim, por ter ficado ao meu lado quando eu estava...... Doente...... Quando eu estava deixando de ser eu mesmo e havia me afastado de vocês, obrigado por ser a corda que me trouxe de volta. - Se vira para ela e acaricia seu rosto-

—Não precisa me agradecer, quem ama ajuda, briga as vezes mas faz de tudo pelo bem do outro. Não me arrependo de nada e faria tudo outra vez.

—Me perdoe por te fazer sofrer, sei que não forem poucas vezes mas eu quero me desculpar.

—Não precisa, está perdoado... Desculpe-me por minhas criancices também, as vezes eu me comporto de forma imatura.

—Tudo o que você fez Tifa teve um motivo bom, não vejo nada de imaturo em suas decisões – Acaricia o rosto da jovem-

—Cloud eu amo você.

—E eu, amo você imensamente Tifa........Sempre amei.

Cloud fixa seus olhos mako nos belos escuros de Tifa, um suspiro fraco abandona seus lábios enquanto sua mão acaricia a maçã do rosto da jovem, desce pelo pescoço e pousa sobre a nuca, um pequeno inclinar de seu corpo une os lábios de ambos num contato calmo.

Os movimentos dos lábios eram limitados porém delicados, o loiro se aproximou mais e aprofundou o contato com a morena por longos e preciosos minutos até o momento em que um murmúrio de incomodo larga a garganta do rapaz que desfaz o contato com calma:

—O que houve Cloud?

—Meu peito, está ardendo. - Leva a mão ao local da cicatriz-

—Me deixe ver. - Afasta as mãos do rapaz e abre a camisa deste-

—Mas o que é isso? - os olhos azuis se abrem mais-

—Ela está......Azul? Azul e brilhante?

—Está pulsando, no ritmo do meu coração.......-Observa o pulsar da cicatriz, agora num azul luminoso-

—Mas.......

—Tifa, isso foi detectado no hospital?

—Fizeram um exame em você que mostrava um lado do seu coração nessa cor.

—O que?

—Parece que quando aquele dragão curou você, ele restaurou a carne com energia dele mesmo.

—Então, isso aqui é energia de dragão?

—É bem possível, depois que curou você ele caiu no chão e uma pata estava no peito....... Talvez ele....

—Ele?

—Não sei, são muitas teorias, vamos voltar pra casa e ligar pro Vincent, talvez ele saiba nos dizer alguma coisa sobre isso.

O loiro apenas concordou e tomando a mão da namorada, subiu na Fenrir e voltaram para casa mas quando entraram na rua onde moravam, uma onde de dor intensa se abateu sobre o loiro que desequilibrou a moto e quase levou ambos ao chão, Tifa apoiou o tronco dele para ajeitar a moto perto da parede:

—Cloud, você está bem? O que houve agora?

—Dor, dor forte, desculpe Tifa.

—Não se desculpe por isso, vamos levar a Fenrir para a garagem, só faltam quatro casas, vamos.

Com dificuldade, chegaram a casa da morena, estacionaram a moto e subiram as escadas vagarosamente, Cloud deitou-se no sofá enquanto Tifa buscava o celular e informava os pequenos de sua chegada:

Alô.

Olá Vince, sou eu, Tifa.

Olá Tifa, como está?

Eu estou bem e você? A Yuffie?

Estamos bem, aconteceu alguma coisa?

—Sim, o Cloud está reclamando de dor e ardência no peito, agora a pouco a cicatriz estava cintilando.

Cintilando?

Sim, em azul. Isso tem a ver com o dragão não é?

Creio que sim, ele usou um tipo de magia para curar o Cloud, talvez seja apenas um reflexo dessa magia, num corpo humano pode causar alguns sintomas como esses.

Bem provável mesmo.....Mas você pode dar uma pesquisada nisso depois por favor?

—Claro, amanhã eu tratarei de me informar e dou uma passada aí para te dizer algo.

Muito obrigada Vince, desculpe o incomodo.

Não há problema, até amanhã Tifa e deixe o Cloud deitado por enquanto.

Certo, até amanhã Vince.

—Então, o que ele disse?

—Disse para o senhor ficar deitadinho aí e descansar, talvez o que você está sentindo seja o efeito da magia que aquele dragão usou em você mas ele vai pesquisar sobre e nos diz algo mais certo amanhã.

—Está bem, desculpe te preocupar.

—Você está gostando mesmo de se desculpar não é? - ela sorri-

—É justo.

—Huhuhu, venha, vou te levar para o quarto.

Um braço passou pelas costas do loiro e a outra mão pousou na cintura, passo a passo o rapaz logo estava deitado, após um beijo de boa noite, Tifa deixa o cômodo e coloca os três arteiros para dormir.

Depois de alguns minutos, Hana abre os olhos e se dirige devagar para a janela da sacada do quarto, pula a mesma e fica apoiada no parapeito enquanto junta as mãos e as afasta, abrindo uma cortina negra de fumaça, onde no centro, se abre um vazio que refletia a imagem destorcida de uma criatura:

—Senhora Hana, estávamos esperando seu contato.

—Olá Mezuri, eu quero saber uma coisa, posso saber de quem foi a ideia daquela balburdia da semana passada?

—N-Não sei lhe informar minha senhora, apenas seguimos ordens.

—Deixe bem claro para esse bando de panacas que quando eu voltar, haverá punições severas.

—Sim senhora, a senhora já localizou o alvo?

—Ah sim, tudo está saindo como planejado, ela desconfiou mas não há nada que um charme teatral infantil não resolva – Abre um sorriso de lado-

—Como esperado da senhora Hana, sempre eficaz.

—Deixe-os informados que em breve, na hora certa, teremos a chave que precisamos.

—Sim senhora.

—E não façam mais nenhuma besteira, agora vá.

—Como desejar.

As pequenas mãos se unem e a fumaça desaparece, o sorriso lateral permanece no rosto infantil enquanto ela retorna para sua cama e fecha a janela, agindo como se a mesma nunca tivesse sido aberta e como se a pequena loira não tivesse levantado de seu descanso.


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Notas finais do capítulo

Espero que vocês tenham gostado ^..^ como recompensa pela demora eu postarei mais um hoje se der, ta bom? Por favor não esqueçam dos seus comentários, até maaaais!

Kissus!



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