O Preço Da Traição - Dramione escrita por Annie Malfoy, Maria Fe Rodrigues


Capítulo 4
Capítulo II - A proposta


Notas iniciais do capítulo

Oi, perdoem essa criatura (eu) pela demora do cap! Espero que gostem, rs.



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POV Hermione Granger

Já estava na hora de me recuperar, reagir contra essa tristeza que invadia meu corpo. Suspirei diversas vezes, tentando arranjar forças para levantar de minha cama. No momento, o colchão parecia um refugio para minhas lágrimas, que insistiam a escorrer por minha face.

- Hermione, abra já esta porta! – Era Gina, como de costume.

Nos últimos dias, Gina era a única que estava tentando retirar-me de meu quarto. Mesmo com seu gesto nobre, isso me irritava extremamente. Ela realmente não sabe respeitar minha privacidade.

- Não adianta, Gina. Não vou sair daqui tão cedo. – Resmunguei.

- Ah, vai sim! Mione, eu não acredito que você, a garota mais orgulhosa desse mundo, vai se prender em um quarto por causa do meu irmão, do meu irmão! – Exclamou, como se fosse a coisa mais absurda do mundo. – Ok, se fosse por causa do gato do Theodore Nott ou até do Malfoy, seria aceitável uma depressão de uns três dias mais ou menos, mas logo por causa do meu irmão? Sério mesmo?

Essa ruiva descabelada sabia bem como ferir o que sobrou de meu orgulho.

Para que me importar? Para que me sentir um lixo? Eu não preciso de ninguém que não queira estar comigo! Por que chorar por alguém que não me ama?

Esses pensamentos martelavam por minha cabeça, tudo estava confuso, nada mais fazia sentido...

- Se eu aprendi alguma coisa na vida é que, às vezes, coisas entram no seu caminho e você tem uma escolha. Você pode enfrentá-las, ou você pode adaptar-se e fugir, mas tem que fazer um ou outro para seguir adiante. – Ouvi a voz suave de Gina ecoar pelo corredor abafado de minha casa.

Senti-me sufocada, Ginevra estava apenas piorando meu estado no momento. Não que ela estivesse mentindo, estava somente falando à verdade que eu não queria ouvir.

Como dizem, não importa tão cruel seja a verdade, diga-a sempre, pois a mentira sempre piorará as coisas.

- Sabe, Hermione... Podemos ficar aqui a tarde toda, não ligo. –Resmungou do outro lado da porta. – Eu ainda escuto sua respiração.

Levantei-me lentamente de minha cama, arrastei-me sobre o piso de meu quarto, abri a porta, dando passagem para Gina.

- Amiga... – Suspirou olhando-me de cima para baixo. – Você está um trapo. Sério mesmo, trapo é pouco... Isso no seu cabelo é batatinha frita? – Espantou-se ao dizer. – Você está pior do que eu pensava.

- Obrigada por sua compreensão. – Revirei os olhos.

- De nada... Continuando, querida, eu até apoio seu estilo clássico, mas... Essa camisola parece até com as roupas que a tia avó Muriel usa.

- Tem certeza que você está aqui para me ajudar, Ginevra?

- Ai, ai, Mione... Vou ter um grande trabalho pela frente.

- Como assim?

- Vou lhe transformar, ué. Achas mesmo que vou andar com você desse jeito? Você está pior do que Dolores Umbridge no dia das bruxas.

- Também te amo. – Respondi, com ironia.

- Enfim, você está melhor? – Perguntou, acariciando meus cabelos castanhos e embaraçados.

- Não sei, Gi... Estava tudo perfeito, até a vadia da Brown aparecer. Era realmente um conto de fadas.

- Oh, amiga... O problema com contos de fadas é que eles levam uma garota ao desapontamento. Na vida real, o príncipe foge com a princesa errada... Ou o feitiço acaba e os dois amantes se dão conta de que são melhores com o que quer que sejam. Mas vou confessar, de vez em quando uma garota consegue seu final de contos de fadas... E você é uma dessas garotas. – A ruiva sussurrou em meu ouvido, confortando-me.

- Sério mesmo?

- Acha que eu, a fabulosa Gina iria mentir? Eu tive coragem de falar como você está horrível, porque eu mentiria logo nessa altura?

Estava preparada para retrucar, quando por minha janela meio aberta, uma coruja negra adentrou meu quarto, jogando um envelope sobre o chão. Voltou a voar em direção a saída, deixando-nos para trás.

Nós nos entreolhamos. Recolhi o envelope do chão, abri-o e comecei a ler seu conteúdo.

“Querida sangue-ruim,

Querida Hermione,

Granger,

Olá, estou aqui, primeiramente, nesta simples carta, para agradece-lhe por ter-me ajudado no ano novo, quando eu não estava em minhas... Perfeitas condições. Agora que estou sóbrio, gostaria de chama-la para conversar na casa de chá Madame Pudfoot às cinco. Por favor, vá sem a doninha ruiva. Sim, refiro-me à garota Weasley, de preferência, vá só.

P.S.: Não se atrase, é de muita importância sua presença na hora marcada.

Com não tanta alegria,

D.M.”

Ok... Isso foi no mínimo, estranho.

- Mione, a cada dia me impressiono mais por esse “amor” que o Malfoy tem por mim. – Revirou os olhos ao ler a carta. – Mas enfim, o que o Malfoy quer com você?

- Hum... Não faço a mínima ideia.

- Você vai nesse encontro?

- Primeiramente, isso não é um encontro. Segundo, não sei... Será que vou?

- Vai, eu adoraria ver o que a fantástica doninha loira tem a dizer.

- Malfoy pediu para você não ir.

- E desde quando você escuta o Malfoy? – Sorriu marota ao perguntar. – Ainda temos duas horas até esse tal“encontro”.

- Não é um encontro!

- Ok, já entendi... É um encontro. – Sussurrou baixo, porém, audível para mim. Girei os olhos, fuzilei-a com o olhar. – Ok, ok, não é um encontro... É só um... Encontrinho... – Fuzilei-a novamente. – De amigos... – Completou, ao ver meu olhar. Sorri com sua resposta.

- Você não tem jeito.

- Enfim, vamos lhe arrumar! – Exclamou, jogando-se no ar. – Argh, funciona! – Jogou-se no ar novamente, levantando os braços.

- Ruiva... – Olhei confusa para ela. – O que está tentando fazer?

- Igual aqueles filmes trouxas quando alguém fica congelado no ar, sabe? Nossa, é mais difícil do que parece... – Suspirou desistindo.

Desculpe, porém, tive de rir com as tentativas de Gina. Realmente, ela não sabia nada sobre o mundo trouxa.

- Então... Tome um banho, vou organizar tudo aqui para sua tarde de beleza. – Verbalizou, enquanto virava-se em direção aos meus cosméticos.

- Ruiva, por favor, não me deixe parecendo uma dançarina de carnaval.

- Ora, Hermione! Nunca faria isso, por acaso já fiz isso?!

- Já.

- Duvido. Quando fiz tais coisas?

- Bem, teve aquela vez que... – Comecei a explicar, quando fui interrompida pela mesma.

- Ok, já chega... Vamos ao que interessa. Vá tomar seu banho agora, depois volte aqui para eu lhe deixar mais bela do que nunca.

****

Senti a água quente entrar em contato com minha pele gélida, a água dava-me uma sensação de segurança e de paz... Era como se todos os meus pensamentos sumissem, como se todos os problemas evaporassem no ar...

Queria ficar lá para sempre.

Saí do chuveiro com a pele enrugada, coloquei meu roupão e segui para meu quarto.

QUE MERDA É ESSA?!

Espantei-me ao ver o que meu quarto havia se transformado, aquele não era mais meu quarto, era um salão de beleza.

- Não precisa agradecer, eu sei que você amou. – Falou a ruiva, convencida.

- O que você fez com meu quarto, Ginevra Weasley?!

- Nada de tão drástico, só fiz umas mudanças básicas.

- Mudanças básicas? Ah, céus...

Se isso foi uma mudança básica, não quero nem ver uma extrema.

- Então, vamos começar? Ótimo. – Decretou, praticamente jogando-me na cadeira frente à penteadeira.

****

- Pode se virar...

Abri meus olhos, virei para o espelho. Fiquei assustada com o que vi. Sinceramente, eu estava bela.

- É, ruiva, você fez um bom trabalho.

- Obrigada, demorou bastante para dar um jeito nessa juba que você chama de cabelo, amiga.

- Você não pode falar nada, cabo de vassoura.

- Detalhes, detalhes. – Bufou.

****

Estávamos no beco diagonal, arrumadas para ir a madame Pudfoot encontrar Malfoy. O que será que esse garoto queria? Parecia ser algo importante. Andejamos pela rua lotada do local, chegamos frente ao estabelecimento, entramos em seguida, percorrendo o local com o olhar.

Achei-o.

Guiei Gina até a mesa afastada onde a doninha loira se localizava, fiquei frente a ele, esperando para ver o que ele iria dizer.

- Granger, qual foi à parte de “Não traga a doninha ruiva.” Você não entendeu?

Revirei meus olhos.

- Também lhe adoro, ok Malfoy? – Ginevra afirmou irônica.

- Sentem-se logo.

- Então, Malfoy... Por qual motivo chamou-me aqui?

- Foi por um motivo bem simples. Você será minha namorada.

Peguei de suas mãos uma xícara de chá, tentei da um gole, porém, cuspi o liquido para fora.

- O QUE?! – Exclamei assustada. – Sonha, Malfoy.

- Vejamos, Granger... Eu preciso de uma namorada para não ter de me casar com a menina Greengrass, e você, precisa de um namorado para mostrar a Ronald que deu a volta por cima. Ela tem de ser inteligente... Pois senão Lucius nunca a aceitaria. – Virou os olhos para a mesa suja. – Mas que seja um pouco... Educada.

Maldita vida onde Malfoy tem argumentos convincentes.

- Por que eu? Por que sempre sobra para mim? Sabe, existem milhares de garotas em Hogwarts, tinha que escolher logo a mim para tal tortura? Tem a Gina!

- Eu?! Não, obrigada. – Verbalizou a ruiva. – Nada contra você, Malfoy. Mentira, tudo contra você, mas eu não me importaria de sofrer essa tortura... Mas, sabe como é, né? Estou de olho em alguém.

- Com alguém você diz o Santo Potter, não?

Gina nada respondeu. Deu-se de ouvir um risinho saindo da boca de Malfoy.

- Enfim, Granger, aceite.

- Malfoy...

- Entenda, se você não aceitar, vou ter que me casar com a Greengrass!

- Aproveite a vida de casado.

- Não precisamos namorar de verdade, apenas fingir, ok? Tenho que provar para meu pai que estamos realmente namorando...

- Não, Malfoy!

- Posso aceitar isso como um sim? – Revirou os olhos ao dizer.

- Mas é obvio que não.

- Argh, Granger! Por favor. Sei que dentro desse coração de pedra, existe uma garota que até é legal com as pessoas principalmente quando elas precisam de sua ajuda. – Tentou-me convencer com aquele sorriso Colgate, que geralmente dava certo com ele.

- Não vou mais discutir, Malfoy.

- Então... Isso é um sim?

- Não!

- Granger, por favor.

- Tchau, Malfoy.


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Notas finais do capítulo

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