Intuição escrita por Daijo


Capítulo 1
Único


Notas iniciais do capítulo

Fêeee... Desculpe a história curta e simples. Desde o começo eu já tinha escolhido o casal, madurei o enrendo, mas o tempo e a inspiração não me ajudaram.

Espero que goste, pelo menos pela intenção auhsuahsuh



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A jovem depositou o lírio branco sobre a lápide, fechando os olhos para orar em pensamento. Depois de terminar com o rito, Inoue permaneceu ajoelhada diante de seu irmão, abrindo os olhos para poder encará-lo. O sorriso, ainda que sem vida na foto, lhe era reconfortante.

Uma brisa fria, própria do entardecer, bagunçou os cabelos da ruiva. Orihime apertou mais seu cachecol contra o pescoço, se sentido tremer levemente. A jovem olhou seu relógio de pulso, sorrindo ao escutar os passos de alguém se aproximando.

Ergueu-se, enquanto o recém-chegado parava diante da lápide ao lado da qual ela estava. Inoue virou o rosto para observar o homem pálido, de cabelos escuros. Sentiu vontade de aproximar-se, mas respeitou-o como sempre fazia.

Ele olhava para frente, sem expressão alguma. Inoue se perguntara tantas vezes quem era a pessoa que ele vinha visitar. Até mesmo espiara a lápide quando ele saia, como se a foto pudesse lhe responder suas dúvidas.

Mesmo com aquilo queimando por dentro, ela nunca se atrevera a perguntar. No fundo, sempre fora insegura...



“Você... Por que você vem todos os dias?”



A ruiva prendeu a respiração, surpresa com a pergunta inesperada. Era a primeira vez que ele falava com ela.



“Eu estou esperando por alguém...”



Então ele virou o rosto para encará-la e Orihime pensou ter visto um traço de curiosidade naquela expressão apática dele. Ele era exatamente como fora, quando deixado em Las Noches... Antes de seus resquícios desaparecerem como cinzas tocadas pelo vento.



“E você já o encontrou?”



Ele recebera uma segunda chance, tinha certeza. E agarrada nessa expectativa, Orihime pensara no que diria e o que faria com ele em seu mundo. Havia tantas coisas que ela queria dizer, tantas coisas para lhe mostrar... Havia tanto o que sentir.



“Ainda não”.



Ela tinha esperanças de reencontrá-lo. De que ele lembrasse dos momentos que haviam compartilhado. Inoue acreditava que tudo seria diferente... Porque ele já não tinha mais um lugar vazio em seu peito.



“Por que você não desiste, mulher?”



Orihime sorriu com o apelido pelo qual fora chamada. Sentiu vontade de dizer-lhe que estava próximo de encontrá-lo. Mas aquilo o confundiria e então achou melhor esperar um pouco mais... Ele se lembraria de tudo, naturalmente.



“Porque eu preciso vê-lo... Eu quero lhe dizer que sinto sua falta, desde que nos separamos”.



Ele não disse mais nada. Inoue observou-o virar as costas e caminhar para a saída, sem se despedir. Ela tampouco se importou. As coisas estavam mudando desde o dia em que se surpreendera com aparição dele.

Pouco a pouco seus gestos... E agora suas palavras começavam a aproximar aquele homem de seu Ulquiorra.

Orihime sorriu e ajoelhou-se novamente para orar. Amanhã poderia perguntar ao estranho qual era seu nome. Ou então lembrá-lo de como ela o costumava chamar.



O moreno parou em frente ao portão do cemitério. Aquela sensação em seu peito voltara a incomodá-lo. Sentindo o vento frio roçar seu rosto e brincar com seus cabelos, o homem olhou para trás.

Não saberia dizer porquê se incomodara com as palavras que aquela mulher lhe dissera. A ruiva esperava por alguém, que aparentemente nunca viria... O que havia de errado com ela?

Talvez ela fosse como ele. Ausente de suas memórias, esperando que as lembranças lhe voltassem como um passe de mágica. Ele não poderia dizer... Era melhor lhe perguntar quando voltasse no próximo entardecer.

Ele retomou seu caminho, enquanto um pensamento não saia de sua mente. Talvez a jovem não desistira de esperar pelo mesmo motivo que o trouxera até ali, quando ele saíra do hospital. A estranha intuição que o movera até aquele local e que fizera os dois se encontrarem...


Aquele sentimento que o fazia voltar todos os dias, apenas para vê-la.


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