Saias, riso cristalino, cabelos longos e perfume doce. Tudo isso era um rebuliço só em seu pequeno coração, instigando todos os sentidos de uma vez só. Boa coisa não devia ser. Mas a menina tinha aqueles enormes olhos castanhos cheios de mel, não pode evitar trocar um beijo. Tenro, suave, primeiro. Quase morreu de vergonha e culpa depois. Tão errada. Se fosse normal deveria ter asco disso. Só que a segunda era uma pessoa tão maravilhosa... E errou, três, quatro, cinco vezes, a adolescência inteira, um erro mais doce e belo que o outro! Falar que era só fase seria criminoso. Seria infeliz para sempre se esquecesse disso e, sei lá, casasse com um senhor certinho. Ela era assim, certa sendo toda errada. Não, não, errados estavam eles falando coisas como essa. Certo estava ela em tomar a mão de sua donzela e, toda feliz, caminhar altaneira pelas vias do amor.