Merlin - 6ª Temporada escrita por Lamia Riley


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Nessa parte da história temos Merlin sendo convidado a voltar para Camelot e um pequeno problema com os seus poderes.



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Com a companhia de Sefa, Merlin parecia ter melhorado um pouco. Ele passava o dia ajudando a jovem com as crianças e com o cultivo das flores.

Hunith – Merlin você acordou cedo hoje. O que houve?

Merlin – Nada... eu só queria fazer uma surpresa para Sefa.

Hunith – hum ... surpresa para jovem e bela Sefa.

Merlin – Mãe não olhe assim, Sefa é uma jovem bonita sim, mas é apenas uma amiga que passou por muitas coisas ruins. Fico muito feliz que a senhora tenha a ajudado.

Hunith – Ela apareceu aqui totalmente perdida e maltrapilha. Parecia que não comia há vários dias. Eu não podia deixa - lá sozinha daquele jeito. Então a trouxe para casa.

Merlin – E a protegeu mesmo sabendo o que ela fez.

Hunith – Ela estava fazendo o que o pai dela mandava. Ela acreditava nele. Além do mais, o tempo que ela ficou sozinha nessas florestas por ai e pelo que ela deve ter passado esse tempo todo acho que já foi um castigo o suficiente.

Merlin – Alguém mais sabe quem ela é?

Hunith – Claro que não. O que todos sabem é que é um jovem que teve sua vila destruída e que precisava de cuidados.

Merlin – Mãe você tem um coração maior do que tudo.

Merlin abraçou a mãe muito forte e sorriu para ela. Logo depois saiu de casa em direção ao jardim que Sefa vinha cuidando desde o dia que chegou, mas que as flores teimavam em não aparecer.

Huntih juntou as mãos em forma de agradecimento pelo fato do filho ter voltado a sorri. Ela sabe que Merlin não deixou de sofrer pela a morte do amigo e rei Arthur, mas sabia que o filho tinha, mesmo ainda não sabendo, encontrado um motivo para continuar.

Merlin correu para o final da vila e lá se se aproximou do jardim de Sefa. A sua intenção era usar a magia para fazer florescer as flores que foram plantadas ali.

Merlin abaixou-se próxima da terra e disse algumas palavras, mas para a surpresa de Merlin sua magia não funcionou. Ele tentou outra vez e outra vez e nada aconteceu. Isso começou a deixa-lo assustado e confuso.

Merlin levantou e começou a andar de um lado para o outro passando as mãos na cabeça e novamente tentou outra magia. E foi tentando em tudo, mas nada funcionada. Nem mesmo o brilho amarelo em seus olhos aparecia.

Merlin estava preste a ter um ataque quando Sefa apareceu sorrindo.

Sefa – Merlin o que faz aqui tão cedo?

Merlin ainda confuso tenta não demonstrar a ela o seu desespero e com isso ele se volta para Sefa e sorri para ela.

Merlin – Eu vim aqui molhar suas flores. Quem sabe assim elas florescem mais rápido.

Sefa – Obrigada Merlin, você tem um coração enorme tão grande e bondoso quanto o da sua mãe.

Merlin sorriu para Sefa e agora não era um sorriso falso, mas um sorriso sincero. Ele sentia simpatia por ela há muito tempo. Ele até pensou em corteja-la, mas os dois acabaram se afastando durante bom tempo.

Merlin – Eu preciso ir. Minha mãe me espera para ajuda-la.

Sefa – Tudo bem... depois se você puder e quiser pode se juntar a mim e as crianças para procurar borboletas.

Merlin sorriu e acenou com a cabeça positivamente e saiu correndo em direção a casa da mãe. O rapaz entra na casa gritando.

Merlin – Mãe ...

Hunith – Merlin o que foi?

Merlin – Meus poderes... eles sumiram...

Hunith – Como assim? Eles fazem parte de você não podem sumir assim. Isso já aconteceu antes?

Merlin – Sim aconteceu, mas foi por causa de um feitiço de Morgana muito poderoso e que eu só consegui quebrar na caverna de cristal e com o apoio de meu pai.

Hunith – Seu pai? Mas ele está morto.

Merlin – Sim, mãe.. eu não sei ao certo o que aconteceu. Eu não sei se ele estava lá comigo ou era apenas o meu desespero me fazendo imaginar coisas.

Huntih – Eu tenho certeza que era seu pai. Ele era um homem muito bom para deixar o próprio filho sofrer e não fazer nada.

Hunith senta ao lado do filho e pega em suas mãos.

Hunith – Meu amor. O que poderia ter acontecido agora com os seus poderes?

Merlin – Eu não sei. Acho que usei tudo que eu tinha lutando na batalha... Talvez eu só precise de um pouco de descanso. Certo?

Hunith – Sim querido... talvez seja isso.

Huntih abraçou o filho, apesar de assustada com o fato de Merlin não ter os seus poderes e não saber por que. Ela estava feliz em ver que Merlin parecia um pouco mais calmo.

Merlin saiu da casa da mãe e foi para a floresta e lá sentado na grama em meio a árvores, pedras, flores, pássaros ele sentou fechou os olhos e começou a respirar de vaga. Apesar de não saber ao certo o que tinha acontecido com seus poderes ele estava calmo e tranqüilo.

Em sua mente ele acreditava que tudo não passava de um período e que talvez sua mente estivesse cansada demais para funcionar.

Naquele momento Merlin resolveu não se preocupar com nada. Ele não tinha mais por que se preocupar com Arthur, ele não precisava lutar por Albion. Ele precisava apenas se concentrar em ser um rapaz como qualquer outro.

Após essa avaliação Merlin se levantou olhou para o céu que começava a ficar escuro com o anoitecer e sorriu. No fundo, ele não estava muito preocupado com o sumiço de seus poderes. No fundo Merlin acreditava que aquela poderia ser sua chance de ter uma vida comum, uma vida comum como ele nunca teve.

E assim como um rapaz comum ele passou o resto da semana. Ajudando a arrumar a cerca de algumas casas, ajudando com o gado, e no final da tarde acompanhava Sefa e as crianças da vila em um passeio pela floresta em busca de borboleta ou vagalumes. Aos poucos Merlin começou a se sentir vivo novamente. Até que um bela manhã os cavaleiros da Távora redonda chegaram em Eldor.

Merlin e sua mãe dormiam quando alguém bateu em sua porta ainda bem cedo.

Hunith acordou com o baralho e viu quando Merlin seguia para a porta.

Hunith – Quem será?

Merlin – Fique ai mãe eu vejo o que está acontecendo.

Ao abrir a porta Merlin encontra um rosto cansado mais muito familiar, Sir Leon estava em pé em sua porta.

Merlin – Leon...

Leon – Graças.. nós estávamos procurando você.

Merlin saiu e abraçou Leon e depois Percival e os outros cavaleiros que estavam a sua procura. Depois dos cumprimentos todos se sentaram em volta a mesa e puderam saborear café de Dona Hunith.

Leon – Estamos procurando por você durante muito tempo Merlin. Por que você não voltou para Camelot?

Merlin – Eu não estava em mim. Eu simplesmente andei durante muito tempo e cheguei aqui em casa.

Percival – Todos sabem da morte do rei.

Merlin abaixou a cabeça, a culpa parecia querer voltar para seu corpo.

Leon – Eu sei que você deve ter feito de tudo para ajudar Arthur. Nós sabemos que você tentou leva-lo até Avalon.

Merlin – Sim eu fiz o que pude, mas não foi o suficiente.

Leon – Eu sei que você deve estar sofrendo muito com a morte de Arthur. Você e ele tinha uma relação que deixava muita gente com inveja, inclusive a mim.

Merlin sorriu para o velho amigo.

Leon – é verdade. Eu sempre estive do lado do Arthur desde quando éramos crianças, mas nunca tive com ele essa relação de cumplicidade que vocês dois tiveram.

Merlin – Arthur era meu amigo, quase um irmão para mim.

Leon – Eu sei, e eu sei que existe outra pessoa que sofre tanto quando você nesse momento.

Merlin – Gwen?!

Leon – Sim. Ela tem sido uma rainha incrível nesses dias. Ela esteve presente ao nosso lado todo tempo que lutamos contra os saxões que tentaram invadir Camelot. Ela esteve ao lado do povo todo o tempo. Mas quando ninguém está por perto ela chora muito por causa do Arthur. Sei através dos soldados que ela quase não dorme ou come. Antes de sairmos de Camelot, por exemplo, ela desmaiou na sala do trono.

Merlin – Tenho certeza que Gwen deve estar sofrendo muito. Ela amava o Arthur mais do que tudo, como ele também a amava.

Leon – Acreditamos que se você voltasse para Camelot e conversasse com ela talvez ela se sentisse melhor.

Merlin – Eu não sei se poderia voltar a Camelot.

Leon – Merlin, nós sabemos que você era servo do rei, com ele morto você não teria mais obrigação nenhuma com Camelot, mas como amigo. Como amigo de todos nós e da rainha, peço que considere o retorno para Camelot.

Merlin – Eu não me sinto bem voltando para lá. Eu amo Gwen como uma irmã, mas não sei se posso encara-la depois de ter deixado Arthur morre.

Leon – Não sabemos ao certo o que aconteceu, mas tenho total certeza que você fez o possível para salvar-lo. Eu vi você se sacrificar varias vezes para salvar Arthur, agora eu peço que você pense um pouco na Gwen. Eu sinto que sozinho não poderei trazer o sorriso para o rosto dela novamente.

Merlin – Bem pessoal eu preciso pensar. Fiquem aqui e descansem, vou por água para os cavalos.

Percival - Obrigado Merlin.

Merlin saiu da casa da mãe e foi caminhando até os cavalos. Enquanto colocava água para os animais a mãe dele apareceu.

Hunith – Então o que vai fazer?

Merlin – Eu não quero voltar para Camelot. Não tem nada para mim lá.

Hunith – Você ouviu o que Sir Leon disse? A rainha está sofrendo, provavelmente ela só precisa ser confortada para poder lidar melhor com dor.

Merlin – Mãe eu estou feliz aqui. Além do mais, sem meus poderes eu só apenas um rapaz. Não posso ajudar Camelot.

Hunith – você não é apenas um rapaz. Você é um rapaz inteligente, que conhece os medicamentos de cura e que acima de tudo, sempre foi um grande amigo da rainha que no momento só precisa disso, de um ombro amigo.

Após dizer isso Hunith saiu deixando Merlin sozinho com os cavalos. Em quando escova os animais ele se lembrou de todo os bons momentos que passou ao lado de Gwen. Mesmo antes de se tornar rainha, ele e Gwen sempre foram grandes amigos. E se Arthur tivesse tido tempo com certeza teria pedido para ele cuidar dela.

Merlin estava tão envolvido com seus próprios pensamentos que não percebeu a aproximação da Sefa.

Sefa – O que os cavaleiros de Camelot fazem aqui?

Merlin – Eles vieram me convencer a voltar para Camelot?

Sefa – e você vai voltar?

Merlin – Eu acho que preciso voltar. A rainha precisa de ajuda agora que está sozinha para governar Camelot.

Sefa – Eu também adoraria voltar.

Merlin – Você gostaria de voltar comigo?

Sefa – Adoraria, mas acredito que eu não seja bem vinda a Camelot.

Merlin – Eu acho que posso resolver isso se você estiver disposta a se desculpar com a rainha.

Sefa – O que eu mais quero é o perdão dela.

Então durante a conversa Merlin toma uma decisão. Ele voltaria para Camelot, não como um mago, mas como um amigo da rainha.

Merlin – Leon eu vou voltar com vocês.

Leon – Fico muito feliz com isso Merlin. A rainha ficará radiante ao te ver, eu sinto isso.

Merlin – Mas eu vou precisar de sua ajuda.

Leon – O que for. Pode dizer.

Merlin – Sefa está aqui e ela quer voltar para Camelot.

Leon – Sefa? A jovem que traiu o rei? Achava que Eldor fosse amiga de Camelot. Como podem proteger uma traidora?

Merlin – Ela apenas fez o que o pai dela mandou. Ele era um traidor do rei não Sefa. Ela está aqui e eu só voltarei se for com ela.

Leon e Percival olharam um para o outro e resolveram acatar o pedido de Merlin. Eles não prometeram nada a jovem, apenas que tentariam conseguir um encontro entre Sefa e a rainha e assim tentar resolver se a perdoaria ou não.

E assim Merlin e Sefa, juntamente com os cavaleiros seguiram viajem para Camelot.

--

EPÍLOGO

Enquanto Merlin voltava para Camelot para tentar ajudar a rainha a se recuperar de sua perda. Em Avalon outro personagem tinha seu corpo confortável em uma caverna.

Alguns seguidores da antiga religião estavam alguns meses mantendo o corpo, ainda com vida, da jovem sacerdotisa Morgana aquecida.

Eles tinham encontrado Morgana ferida próximo ao lago de Avalon e levaram a jovem bruxa para uma caverna no qual algumas semanas vinham tentando de tudo para acorda - lá, mas nada ainda tinha funcionado. 


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