Vivo Por Ela escrita por MayLiam


Capítulo 12
Não!


Notas iniciais do capítulo

Estou devendo muitos capítulos a todos os meus leitores. Comecemos com os de Vivo Por Ela, então...
Desfrutem, e desculpem minha demora e total sumiço.



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Algumas semanas depois...

O duque e eu ainda vinhamos tentando descobrir o enigma de nossas cartas, mas depois de um tempo, outra coisa capturou totalmente minha atenção e eu fiquei desnorteada demais pra voltar a pensar sobre isto. Desde que voltei da corte, o duque não andava muito bem de saúde. E a cada dia isto piorava mais; eu estava ficando com medo. O médico já o havia recomendado uma mudança de ares, sair um pouco da região montanhosa onde ficava a mansão, mas Damon era irredutível no que tangia este assunto. Sua teimosia só me fazia ficar cada dia mais inquieta, e ele, cada dia mais debilitado.

Stefan veio nos visitar uma vez, em meio a estas últimas semanas; meu noivo não trouxera boas notícias da corte, havia uma pequena inquietação entre os nobres e uma possível ameaça ao reino, imediatamente Damon e eu nos inquietamos por sua segurança, mas quando se trata dos assuntos da coroa, Stefan se torna tão intratável quanto o irmão, e mesmo Damon ficando de meu lado nesta batalha de persuasão, não conseguimos convencer o conselheiro do rei a declinar de suas tarefas e deveres.

A doença de Damon e o cenário ameaçador da corte estavam enfeiando meus dias; e como brinde havia a terceira, mas não menos significativa, parte ruim de meus dias atuais: Andie Star. Este nome me perseguia desde a corte, com toda certeza, mas o pior eram os rumores de seu casamento com o primo do rei. Lorde Aaron não era conhecido por sua inteligência, aliás, essa era uma dádiva que certamente ele nunca possuíra, além de ser muito jovem, mais do que eu. O que só tornava tudo ainda mais odioso. Mesmo que Damon não quisesse admitir, a notícia do noivado o havia abalado. Ele quase não conversava comigo, nem encontrava disposição para as nossas conversas na biblioteca, ou mesmo as aulas de piano. Isso tudo só deixava os nossos dias ainda mais longos e amargos.

–Bom dia senhorita. - diz Sage ao entrar em meu quarto, segurando a bandeja com meu café.

–Bom dia! -ela sorri, meiga e maternal como sempre e me serve alegremente.

–Hoje o dia amanheceu ensolarado. Perfeito para uma caminhada nos jardins. - ela fala chamando minha atenção, enquanto deixa a bandeja do meu lado na cama e caminha até uma das janelas de meu quarto; para comprovar o que diz, abre as cortinas e deixa os raios de sol inundarem o cômodo.

–O duque já acordou? - pergunto enquanto me acomodo nas almofadas e observo o que ela me trouxe pro café.

–Sim, mas não saiu do quarto. - ela responde enquanto continua com sua tarefa de "deixar a luz entrar". - Talvez a senhorita possa convidá-lo. - diz toda animada e esperançosa; eu sorrio com a possibilidade. De fato o dia está esplêndido e um passeio nos jardins faria muito bem ao duque, certamente.

–É uma ideia maravilhosa. - falo sorrindo e ela retribui.

–Então termine seu café, vou lhe preparar um banho e separar um vestido lindo. - sorrimos uma para outra enquanto começo a provar um delicioso omelete.

Quando estou pronta e bem mais disposta, eu me olho uma última vez no espelho, borrifo meu perfume mais suave e respiro fundo, ciente de minha batalha eminente, mas estou determinada a tirara aquele homem da cama esta manhã. Me ergo e caminho até a porta de seu quarto, bato algumas vezes meu punho contra a madeira e ouço sua voz rouca e fragilizada me pedir que entre. Percebo que Sage fez no quarto do duque o mesmo que fez no meu, ou terá sido a Rebekah. O fato é que o quarto está todo iluminado, muito embora o duque tenha encontrado o único canto escuro em todo o lugar para sentar-se. Reviro os olhos ao observar sentado um sua poltrona, enquanto lê algo.

–Bom dia! - falo enquanto caminho em sua direção.

–Bom dia! - ele responde sem me olhar.

–Estava pensando, que, como faz dias que não víamos uma manhã tão cálida, poderíamos... - eu hesito, isso chama sua atenção e ele me encara e espera que eu continue; como eu demoro demais, ele gesticula para que eu o faça, então eu continuo. - Gostaria que me acompanhasse até os jardins, para tomarmos um pouco de sol juntos. Aquecer os ossos, sabe? - ele franze a testa e acrescenta um sorriso engraçado.

–Aquecer os ossos? - ele repete erguendo as sobrancelhas e eu reviro os olhos.

–Você entendeu. - ele sorri e assente.

–Claro, mas não posso deixar de reparar na comicidade desta expressão, senhorita Gilbert. Não é algo corriqueiro. Onde aprendeu? - ele ainda está divertindo-se às minhas custas.

–Acredite-me ou não, caro duque; foi na corte. - falo sorrindo e ele sorri ainda mais, quase uma gargalhada.

–Suspeitei. - ele fica me encarando e eu a ele, como o silêncio começa a ficar inquietante demais eu resolvo reencontrar minha voz.

–Vamos? - Damon olha para uma das janelas e depois para mim, sua expressão está num misto de dúvida e receio. - Por favor... - acrescento antes que ele possa me responder. O duque me olha meio incerto e depois para a janela novamente, então suspira e fecha seu livro.

–Desconfio que não irá parar até que eu diga sim, e como eu quero muito terminar esta leitura, quanto mais rápido eu ceder a sua vontade, mais depressa posso voltar aqui e continuar com a minha. - assinto sorrindo. Céus! Não foi tão difícil.

Ele se ergue e some das minhas vistas, aproveito para dar uma olhada no que ele está lendo, Jane Austin; nunca ouvi falar, Persuasão é o nome; ele volta devidamente vestido depois e me flagra olhando pro seu livro.

–Curiosa sempre, senhorita Gilbert. - sorrio para ele e me inclino num gesto de cumprimento e ele revira os olhos pra mim.

–Vamos logo - fala oferecendo o braço - , quero voltar a minha leitura.

Aceito seu convite e caminhamos de braços entrelaçados até os jardins; encontrando Sage no meio do caminho que me sorri satisfeita com o que vê. Quando chegamos nos jardins, o duque me guia até bem próximo ao lago. Uma lembrança é inevitável quando eu encaro aquelas águas e eu suspiro.

–Algum problema? - ele pergunta atento.

–Estou pensando que está doente desde o dia que me tirou deste lago. - ele revira os olhos

–Não comece com isso outra vez. - bufa.

–Não consigo parar de culpar-me. Fui muito tola e... E... Você poderia ter morrido.

–Ambos. - ele corrige me olhando severo. - Acredite, a probabilidade de você morrer seria maior, e meu irmão iria me culpar eternamente. Lembre-se de que você também ficou muito doente, e, na verdade, ainda está sob cuidados. Então eu concluo que seja lá o que aconteceu comigo, não é nada em comparação ao que houve com você. Quase morreu embaixo de minhas vistas. - quando ele termina me sinto ainda mais idiota; ele faz tudo soar tão... Ele é tão severo comigo quando quer, eu me sinto uma criança.

– Você está doente. - sussurro e ele segura meus braços e me faz o encarar, eu me sobressalto com meu toque.

–Pare! Odeio isso que está fazendo. - fico confusa.

–O que estou fazendo?

–Está aí, com pena de mim. - minha boca se abre.

–Eu não...

–Pare! - ele fala firme e me solta.

–Eu não estou com pena de você. Estou preocupada o que é uma coisa muito distinta. - falo com mais irritação do que devia.

–Preocupada? - assinto. - Com o quê? - reviro os olhos.

–Não faça-se de obtuso comigo. - ele franze o cenho e ergue a sobrancelha na sua típica expressão de confusão. - Argh! Damon, obviamente me preocupo com você. Você é meu amigo, irmão de meu noivo e eu... Eu não quero que nada de ruim lhe aconteça e...

–Ora, tenha dó! - ele fala toscamente e me dá as costas. Arquejo indignada.

–Tenha dó? - falo o perseguindo pela beira do lago.

–Tenha dó. - ele repete virando-se de frente para mim, visivelmente irritado.

–Tenha dó coisa nenhuma, você... Damon!

–Elena! - ele debocha.

–Você é tão irritante. - reclamo passando por ele, fazendo questão de esbarrar em seu ombro e tomando a frente do nosso "passeio".

–Eu sou irritante? - ouço sua voz me perseguir. - Acaso fui eu que estraguei um propenso passeio de manhã ensolarada revivendo fatos desagradáveis?

–Eu não estraguei nada. - continuo sem me voltar.

–Não? - ele ironiza.

–Não! - grito me virando para ele e o que consigo foi chocar nossos corpos um contra o outro. Um choque que quase me leva ao chão, não fosse a mão dele em minha cintura. A posição nos assusta, visivelmente. Estamos paralisados, nos encarando e eu juro por Deus que a visão do rosto corado pelo sol dele, com o reflexo azul divino de seus olhos e a sombra negra de seus cabelos faz minha boca cair e o queixo quase chega ao chão. Ele é tão... Bonito.

–Não foi sua culpa. - ele diz me tirando do transe, enquanto me solta devagar. - Foi um acidente, e você quase morreu. Não se sinta mal por isso. Agradeço a Deus diariamente por ter me dado tempo de salvá-la e porque você está aqui agora. - ele diz me encarando, sua voz está baixa e doce.

–Mas se não fosse por...

–Elena! - é uma advertência. - Não pense nisso. Não pense assim. Eu sou um homem doente, desde o meu acidente, os últimos meses foram os melhores em saúde de anos, e se eu for culpar você por algo será por isso. Você e sua teimosia e insistência me tiraram do quarto, me fizeram desfrutar de muitas coisas que eu já não dava a mínima importância. Não quero ter que ouvir você dizer que sente-se mal porque eu estou doente.

–Mas você teve uma piora quando eu fui embora; eu... Você ficou chateado e se trancou outra vez, isso te fez mal. Tudo isso por um capricho de minha parte, e em troca de umas odiosas noites na corte. - suspiro e sinto sua mão erguer meu queixo.

–Você voltou. E eu sei que era mais que natural você querer passar um tempo com meu irmão. Afinal... - ele hesita e me olha incerto, vejo uma luta interna em seu olhar, mas eu não sei bem fundamentá-la. - Você o ama. - ele termina num tom tão baixo, me solta e seguida e arruma sua postura. - Vamos continuar, enquanto o sol ainda está frio. - oferece o braço e eu aceito.

Não falamos muito depois. A verdade é que muito do que ouvi de Damon na beira daquele lago me deixou com a cabeça virada o resto do dia. Cada palavra. E por mais que eu tentasse, não conseguia esquecer aqueles olhos, o quanto estávamos perto e, eu me peguei imaginando como seria se... Eu mal podia acreditar em mim. Mas eu me peguei imaginando como seria ser o objeto do desejo, amor e respeito daquele homem. E eu me vi invejando e mal dizendo ela, Andie. Por ter esnobado um sentimento que agora, eu daria quase uma vida para descobrir como é.

Numa outra manhã, não muito distante daquela, eu acordei com a notícia de que ele estava pior. Uma febre havia chegado e não o abandonava por nada, seus gemidos entravam em meus ouvidos e dilaceravam meu peito. Eu nunca senti tanta dor. Quando o doutor Elijah nos falou que ele estava debilitando-se cada vez mais, meu peito apertou-se de uma maneira insuportável. Eu faria qualquer coisa pra evitar que ele piorasse.

–O que podemos fazer? - Sage perguntou.

–Eu conheço o Damon a nos para me desanimar com a expectativa. Mas dados os últimos tempos eu diria que há uma possibilidade. - ele diz.

–Qual? - quero saber, obviamente.

–Uma temporada fora desta região fria. O mesmo que recomendei a você, senhorita. O duque necessita deixar as montanhas.

–Você está se referindo a levar ele à corte? - ele assenti.

–Ele jamais sairá daqui.

–Ele precisa.

–Mas porque agora? - Sage insiste. - Ele viveu anos aqui, nunca tivemos que recorrer a isto, e ele certamente se recusará.

–Damon nunca esteve tão doente Sage, nunca o vi assim. Na verdade é quase uma medida de desespero, não sei mais o que tentar. Uma mudança de ambiente é minha última aposta. - meu coração dispara.

–Última aposta? - ofego, e ele concorda devagar. - Deus! - sento com a mão no peito enquanto olho para Damon, deitado em sua cama, num sono débil e angustiante.

Contando com todas as negativas que Damon possa dar a esta recomendação ainda há o agravante maior. Ele jurou nunca mais por os pés naquela corte, e não bastasse isso, ela está lá. Eu sei que ele deixaria a vida findar antes de se colocar numa situação parecida. Mas ele deve ir, e eu devo insistir. Eu vou fazer. Não importa quantas negativas eu receba na tentativa, quantos insultos ou quantas mágoas me restem de sua duras palavras. Eu vou fazer isso.

.............................

–Não, Elena! - mesmo doente, sua voz ainda soa firme e irredutível.

–Você precisa.

–Elijah está errado.

–Não, ele não está.

–Não está em discussão.

–Estamos discutindo.

–Damon você precisa se distanciar

–Da cidade. - reviro os olhos.

–Por favor...

–Não!

–Damon, é sua saúde. Você precisa.

–Quando você estava doente não podia deixar a mansão. Não parou de choramingar e me fazer sentir mal até que conseguisse do médico uma permissão para ir até a corte. Eu posso ser muito mais convincente em ficar exatamente onde estou.

–Não duvido.

–Que bom.

–Mas eu preciso que reconsidere.

–Não precisa de nada, Elena. Não fale asneiras.

–Você mal consegue andar pela casa. Mal consegue me fazer companhia, ou até mesmo se fazer companhia. Eu estou me sentindo mal culpada e eu estou com medo porque não quero que você morra e eu não sei o que faria se isso acontecesse unicamente pelo fato de eu não ter podido te convencer a ir até a corte, por um tempo.

–Exagero!

–É por causa dela?

–O quê?

–É por causa da condessa?

– Não seja ridícula.

–Não vale a pena correr o risco de morrer por covardia.

–Senhorita Gilbert, meça suas palavras.

–Ela não vale nada disso.

–Senhorita...

–Você é um homem bom, admirado por todos na corte, valoroso, inteligente, cavalheiresco e... Ela não faz ideia do que...

–Pare, Elena! - ele grita e me freia de todas as formas possíveis. - Cala a sua boca. - é uma reprimenda séria e dura demais. - Não fale do que não sabe. Não fale assim dela.

–Você... - ele acabou de defendê-la? Sinto uma dor aguda no peito. - Você não tem o direito de falar assim comigo. - minha voz sai mais baixa e chorosa do que eu pretendia. - Não tem, duque. Eu não mereço isso. - e antes que eu perceba estou fora do quarto. Mas eu não deveria, eu... Era pra eu voltar e... Tinha que convencer, mas está doendo tanto.

–Elena, espera! - eu ouço sua voz e começo a correr pela mansão. - Elena! - as lágrimas embaçam minha visão.

–Menina?! - passo por Sage e o choro aumenta. Eu corro até os estábulos no fundo da mansão, avisto Kol ao longe, acabando de desmontar do cavalo de Stefan.

–Senhorita, Gilbert. - ele fala, mas eu não dou ouvidos. Monto no cavalo antes que ele possa esboçar qualquer reação e começo a cavalgar contra o gélido vento do final da tarde.

–Elena! - ouço ele outra vez, mas não me volto, apenas seguro firme nas rédias e ponho o cavalo pra correr.

A propriedade é muito grande, não sei quantos minutos levo pra voltar a ouvir aquela voz, mas ela está mais próxima agora.

–Elena, para! - meu coração dá um pulo e eu forço a corrida. - Oh meu Deus do céu, me desculpa! Espera!- as lágrimas estão queimando meu rosto, estou com espasmos. Ele não devia, não devia... - Oh meu Deus do céu. Elena, por favor. Me desculpe. - meu corpo está perdendo as forças, é como se eu visse tudo em tempo reduzido, e como se eu só sentisse e ouvisse as batidas do meu coração. Tão forte e tão frágil. Tão ferido e tão determinado... - Elena!

Sinto as mãos, elas estão nas minhas, puxando as rédeas do meu cavalo, o parando. Como ele...?

–Te peguei! Para! - sua voz é firme e grave. - Me desculpa!- ele pede, e eu estou encarando os olhos azuis - Sei que está preocupada, mas não fique. - eu não sei bem o que estou vendo, ele desce de seu cavalo e me puxa do meu, e quando percebo, estou com os pés no chão diante dele.

Damon segura com ternura minha cabeça, mas eu não o ouço, só sinto seu toque o seu sopro quente em minha face, seu polegar limpando o caminho de minhas lágrimas.

–Me perdoe, eu... Elena! - não quero que nada lhe aconteça. Eu não suportaria. Eu o protegeria dela, de qualquer um. Não deixaria ninguém te machucar, te ferir, te deixar triste. - Me perdoe. Não chore.

–Não posso perder você. - o som da minha voz me trás de volta e meus olhos se abrem de fato, e eu estou encarando seu olhar perdido, confuso...

–Não vai. Não vou a lugar algum. - ele afirma veemente.

–Por favor, vamos para a corte. - ele tenta relutar - Damon, por favor...

–Elena, eu não preciso, eu ficarei bem.

–Não! - grito - Damon. - ele bufa. - Duque! - tento ser firme.

–Não!

–Então você prefere piorar? Morrer? Ela vale a a pena? Seu medo de revê-la e estar perto dela vale a pena? - eu estou numa mistura de choro e gritos agora. Suas mãos apertam meu ombro e ele começa a me sacudir.

–Não! Você não entende. Não é ela, é você. - eu paro. Eu? - É você, Elena. A anos eu prometi a mim mesmo mesmo que jamais voltaria aquele lugar. Por não me sentir bem lá, por não me ver como parte daquele meio. Mas mesmo assim... - ele hesita - Mesmo assim quando você estava tão determinada a ir para lá, ouve um momento que eu considerei a ideia de ir junto, tudo pra não ter que ficar tanto tempo longe de você. Eu considerei a ideia de suportar aqueles víboras, de encarar todos, só pra não ter que me ver longe de você. Eu realmente pensei sobre isso, mas eu recuei. - ele me solta e eu estou perdida.

–Porque? - é tudo o que consigo dizer, após segundos de puro silêncio e confusão.

–Porque pior do que rever aquelas pessoas, ou correr o risco de vê-la é ver você, sendo a mulher mais bela e certamente a mais admirada de toda a corte, ao lado do meu irmão.

–Onde mais eu deveria estar? - nada faz sentido.

–Em nenhum lugar. E é exatamente este o problema.

–Damon, eu não estou entendendo, eu estou confusa demais.

–Desisti de ir até a corte com você na temporada de bailes pelo simples fato de que você não seria a minha companhia e sim a de meu irmão e não suporto a ideia de ir a corte com você e ver você com ele. Aqui você é... - ele para, olhar aflito. - Aqui você só tem a mim. - ele fala em tom baixo.

–Damon eu não entendo, o que você... Porque está dizendo isso? Porque está falando assim? - ele me olha e engole, o rosto pálido e aflito, o olhar agoniado e exposto.

Sua respiração se iguala a minha no momento, escassa e desigual, sem um ritmo regular; os outros segundos ficarão guardados para sempre em mim; tudo o que eu posso sentir é ele: suas mãos em minha nuca e seus lábios nos meus.


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Notas finais do capítulo

Beijos!