Math For Love escrita por Valentine


Capítulo 46
Clarkson Avenue


Notas iniciais do capítulo

eêê, finalmente!
Minha semana de provas foi... razoável. Espero ter um bom desempenho nos resultados, torçam por mim. Aqui está o capítulo novinho, espero que gostem. Ah, e já já vou responder todos os comentários! Quero agradecer a todas vocês que comentaram, no último capítulo tive mais de doze comentários! Obrigadaaa!
Agradecer também às leitoras fantasmas que estão se manifestando, vamos lá, me motivem mais! Além disso, agradecer à Lice Loxar que leu a história em um único dia, e à LillianBarreto que até bronca levou por estar lendo! Obrigada à todas vocês que estão acompanhando, de verdade! Leiam as notas finais!



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Cinco anos. Cinco anos haviam se passado, e nas únicas vezes em que realmente pensou nas palavras de seu pai, as ignorou completamente. Sempre se perguntei se seria o correto guardar aquela carta e as informações sobre o paradeiro de sua suposta irmã. Como imaginar que ela estava ali, tão perto?

O pequeno pedaço de papel com o endereço na letra de Adam Monroe tremia ao contato com suas mãos, e ela podia sentir seu coração palpitar de longe. Só podia ser uma brincadeira.

Como poderia, Jhennifer Willis, ser sua irmã? O pouco que sabia da tão admirável garota eram informações provenientes de seu contato com Katie e Daniel Harris no último ano do colegial. Sabia de sua popularidade, de seu carinho, até mesmo, de seu alto padrão de vida, o que, cá entre nós, muitas vezes a fez pensar se afetava em sua personalidade. Não tinham nada em comum, nem na personalidade, ou fisicamente.

- Mary, você está nos escutando? - A voz de Katie a assustou, chamando-a de volta à realidade assustadora.

Respirando fundo, espremeu os olhos e fixou as garotas à sua frente.

- É uma longa história... - Sua voz saiu num rápido sussurro, seguido de uma respiração pesada.

Seus olhos percorreram as paredes do quarto beige, em busca de palavras que explicassem o turbilhão de pensamentos que percorriam sua mente naquele momento, até encontrar o relógio antigo sobre a porta. Ao ver os ponteiros se moverem rapidamente, arregalou os olhos, segurando a bolsa contra seu ombro.

- Eu estou atrasada. - Comentou enquanto passava pelas duas rumo à saída do apartamento.

- Mary, espera! - Katie gritou, seguindo-a. - Não vai nos contar a história do bilhete?

Mary parou por um instante, calçando os sapatos sociais desconfortáveis que se ajustavam em seus pés.

- Quando eu chegar nós conversamos melhor. Eu prometo.

Os ponteiros apressados do relógio que apertava fortemente seu pulso corriam de encontro às suas expectativas. Toda aquela situação de descoberta familiar a atrasou completamente para o almoço com seu cliente, o que poderia resultar não só num grande problema no andamento de seu trabalho, mas numa grande bronca de seu chefe. Para variar, um congestionamento na Clarkson Avenue a impedia de pegar um táxi rumo ao seu destino.

Correndo entre os carros, Mary segurava a bolsa firmemente sob o braço direito, visivelmente apressada. Ao atravessar a rua para finalmente sair do Brooklyn, o som estridente da buzina de um carro chamou sua atenção, fazendo-a saltar para trás e evitar um possível atropelamento.

Tentando equilibrar-se nas próprias pernas após o susto, conteve o nervosismo quando o motorista parou o carro e desceu, correndo em sua direção.

- Você está bem? - A voz vagamente familiar lhe chamou a atenção, fazendo-a olhar e reconhecer os lindos olhos azuis do rapaz à sua frente. - Mary? É você?

Um sorriso assustado tomou conta de seus lábios.

- Nicholas?

Nicholas Harris, o irmão mais novo de Daniel Harris e antigo aluno particular de Mary Monroe ainda mantinha a mesma aparência doce de quando mais novo. Encontrá-lo tão crescido após cinco anos desde a formatura a fez admitir o quanto ele estava bonito, cada vez mais, adquirindo a aparência do irmão.

- Nossa, há quanto tempo! - Exclamou Nicholas, franzindo o cenho. - Como você está? E o curso em Yale, como foi?

Mary sorriu, abaixando o rosto.

- O curso foi ótimo! Nick, eu adoraria conversar, mas estou realmente atrasada.

O rapaz virou o rosto para o trânsito à sua frente, ignorando as milhares de buzinas simultâneas que apitavam em seu ouvido.

- Você quer uma carona? - Perguntou, apontando para o carro ainda parado.

Mary franziu os lábios, fitando a enorme fila de carros que começava a se mover.

- Nesse congestionamento, acho melhor eu ir andando.

Nicholas andou até a porta do carona, abrindo-a e apontando para dentro.

- Vem logo, os carros estão começando a andar.

Mary revirou os olhos, entrando no carro. Dando a volta na frente do veículo, Nicholas se posicionou em seu posto, girando a chave na ignição e tirando o carro do lugar.

- Desculpa não ter te visto na rua. Está trabalhando em New York?

Mary balançou a cabeça afirmativamente.

- Faz pouco tempo que concluí o curso. E você? Como foi o seu Ensino Médio?

- Complicado. - Nicholas riu. - Confesso que depois que você se mudou tive de correr atrás das matérias sozinho. Não foi muito difícil, mas estava acostumado a tirar dúvidas nas nossas aulas. Além disso, acabei gostando da área de exatas.

- Fico feliz, Nick, - Sorriu Mary. - Está cursando universidade?

Nicholas assentiu.

- Faço economia em New Jersey.

Mary encarou-o.

- Economia? Então você é o novo projeto de Ernest Harris para suceder a empresa?

Nicholas revirou os olhos, balançando a cabeça negativamente.

- Claro que ele me apoiou muito quando decidi esse curso, mas o escolhi por vontade própria. Não pretendo ganhar uma empresa nas mãos, quero conseguir isso por mérito próprio. É por isso que estou em New York hoje.

- Em New York? Não veio visitar seu irmão?

- Na verdade, não. - Respondeu, rindo. - Recebi uma proposta de estágio na bolsa de valores.

Mary arregalou os olhos, sorrindo.

- Estágio? Na bolsa? Parabéns, isso é incrível!

Ele sorriu.

- Mas, já que você me lembrou, vou dar uma passada no escritório do Dan.

Mary entrelaçou os próprios dedos, fitando as mãos.

- E como ele está? O Daniel...

- Vocês não têm contato? - Perguntou Nicholas, encarando-a e sendo respondido pelo seu aceno negativo de cabeça. - Ele está como sempre, nada demais. Só vive demais para o trabalho.

- E com que ele está trabalhando? Não iria cursar Economia e Basquete também?

Nicholas gargalhou.

- Que nada. É uma longa história, agora ele trabalha com publicidade.

O som de seu familiar toque de telefone ecoou pelo carro, a despertando completamente.

- Alô? - Atendeu, estranhando o número desconhecido que era exibido na tela.

- Dra. Monroe? É o Alex. Alex Schuester.

Mary levou as mãos aos olhos, nervosa.

- Sr. Schuester, mil perdões! Acabei tendo um imprevisto, só preciso de cinco minutos e já chego!

- Não posso, tenho um treino em meia hora. Podemos nos encontrar depois, pode ser?

Mary suspirou aliviada.

- Claro, como achar melhor.

- Hoje a noite? Podemos jantar?

Mary congelou.

- Jantar?

- Exatamente. - Alex respondeu, aparentemente calmo pelo seu tom de voz. - Podemos conversar sobre a causa.

Mary respirou fundo.

- Claro, podemos sim.

- Então pronto, às oito, no A.O.C. Bistro. Quer uma carona?

Mary fechou os olhos, ignorando a sensação de inconveniência que Alex Schuester lhe causava.

- Não precisa, Sr. Schuester. - Respondeu, tentando manter a firmeza em sua voz. - Eu moro no Brooklyn, fica bem perto.

- Então, onde eu te deixo? - Perguntou Nicholas assim que Mary encerrou a chamada.

Mary sorriu.

- Em qualquer lugar. Meu compromisso acaba de ser adiado.

...

- Eu não sei porque, mas essa historia do bilhete me deixou curiosa. - Katie comentou.

Jhennifer revirou os olhos, encostando-se no espelho perfeitamente limpo do elevador.

- Deve ser alguma besteira.

O som de chegada ao térreo soou, despertando-as e as encaminhando até a recepção do prédio.

- Tem certeza que o Dylan não se importa em comer comida chinesa?

- Ah, não se preocupe. - Jhennifer sorriu. - Não nos vemos desde o dia do desembarque, ele esteve muito atarefado com os problemas da empresa.

Caminharam até a saída, parando sobre a calçada. Alguns poucos minutos se passaram, sucedidos da chegada de um luxuoso carro sedan preto na porta do apartamento.

Do banco do carona, Dylan Patterson saltou, cumprimentando Katie Monroe e abraçando fortemente sua noiva. Alguns segundos depois, a porta do motorista foi aberta, e, de lá, Daniel Harris sustentava uma expressão alegre na face.

- Jhenni, quanto tempo! - Exclamou, abraçando a antiga colega de escola. - Katie, como você está? - Perguntou, cumprimentando-a e depositando rápidos beijos em seu rosto.

- Nossa, não acredito que estamos todos aqui. - Katie sussurrou, sorrindo. - Daniel vai almoçar conosco?

- Na verdade, não. - Respondeu. - Tenho uma reunião na empresa, vou comer qualquer coisa no caminho.

- Ah, gente, qual é. - Katie comentou. - Não nos encontramos há cinco anos, vamos sair à noite para colocar as coisas em dia! Porque não jantamos os quatro aqui no meu apartamento hoje?

Daniel arqueou as sobrancelhas.

- É você quem vai cozinhar? - Debochou, despertando risos de Jhennifer e Dylan.

Katie revirou os olhos.

- Muito engraçado você. E, não, podemos pedir uma pizza.

Daniel riu.

- Estou brincando. Por mim, tudo bem.

Dylan sorriu, abraçando Jhennifer ao lado de seu corpo.

- Boa ideia, Katie. Vai ser uma ocasião ótima para um anúncio que pretendemos fazer.

...

A área de entrada para a sala presidencial de Daniel Harris estava vazia. Nicholas caminhou até o tradicional posto de seu irmão, perguntando-se se a secretária poderia estar em um horário de almoço, ou algo do tipo.

Girou a maçaneta e abriu a porta, encontrando a grande cadeira de couro virada em direção à janela.

- Dan, sou eu. - Anunciou, entrando no recinto. - Acabei de encontrar a Mary Monroe em New York, você não vai acreditar.

A cadeira atrás da mesa se virou, revelando uma cena completamente constrangedora para todos ali. Levantando-se rapidamente do braço da cadeira de seu chefe, a já conhecida secretária de seu irmão ajeitava-se apressadamente, numa falha tentativa de esconder o momento de intimidade que ali acontecia.

- Desculpe, não sabia que estava ocupado.- Esclareceu Nicholas, revirando os olhos e saindo da sala.

Daniel tentava conter sua pulsação, ao passo que repetia a si mesmo as palavras que acabara de ouvir.

"Mary Monroe? Em New York?"


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Esse encontro da Mary e do Dan tem que acontecer logo ou ser adiado mais um pouquinho? E a Jhenni deve ficar sabendo logo de seu parentesco com Mary ou não? Comentem, por favor! Deixem sua opinião, estou, desesperadamente, precisando de comentários motivadores e de novas ideias. Beijão, até o próximo!



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