Math For Love escrita por Valentine
Notas iniciais do capítulo
eêê, finalmente!
Minha semana de provas foi... razoável. Espero ter um bom desempenho nos resultados, torçam por mim. Aqui está o capítulo novinho, espero que gostem. Ah, e já já vou responder todos os comentários! Quero agradecer a todas vocês que comentaram, no último capítulo tive mais de doze comentários! Obrigadaaa!
Agradecer também às leitoras fantasmas que estão se manifestando, vamos lá, me motivem mais! Além disso, agradecer à Lice Loxar que leu a história em um único dia, e à LillianBarreto que até bronca levou por estar lendo! Obrigada à todas vocês que estão acompanhando, de verdade! Leiam as notas finais!
Cinco anos. Cinco anos haviam se passado, e nas únicas vezes em que realmente pensou nas palavras de seu pai, as ignorou completamente. Sempre se perguntei se seria o correto guardar aquela carta e as informações sobre o paradeiro de sua suposta irmã. Como imaginar que ela estava ali, tão perto?
O pequeno pedaço de papel com o endereço na letra de Adam Monroe tremia ao contato com suas mãos, e ela podia sentir seu coração palpitar de longe. Só podia ser uma brincadeira.
Como poderia, Jhennifer Willis, ser sua irmã? O pouco que sabia da tão admirável garota eram informações provenientes de seu contato com Katie e Daniel Harris no último ano do colegial. Sabia de sua popularidade, de seu carinho, até mesmo, de seu alto padrão de vida, o que, cá entre nós, muitas vezes a fez pensar se afetava em sua personalidade. Não tinham nada em comum, nem na personalidade, ou fisicamente.
- Mary, você está nos escutando? - A voz de Katie a assustou, chamando-a de volta à realidade assustadora.
Respirando fundo, espremeu os olhos e fixou as garotas à sua frente.
- É uma longa história... - Sua voz saiu num rápido sussurro, seguido de uma respiração pesada.
Seus olhos percorreram as paredes do quarto beige, em busca de palavras que explicassem o turbilhão de pensamentos que percorriam sua mente naquele momento, até encontrar o relógio antigo sobre a porta. Ao ver os ponteiros se moverem rapidamente, arregalou os olhos, segurando a bolsa contra seu ombro.
- Eu estou atrasada. - Comentou enquanto passava pelas duas rumo à saída do apartamento.
- Mary, espera! - Katie gritou, seguindo-a. - Não vai nos contar a história do bilhete?
Mary parou por um instante, calçando os sapatos sociais desconfortáveis que se ajustavam em seus pés.
- Quando eu chegar nós conversamos melhor. Eu prometo.
Os ponteiros apressados do relógio que apertava fortemente seu pulso corriam de encontro às suas expectativas. Toda aquela situação de descoberta familiar a atrasou completamente para o almoço com seu cliente, o que poderia resultar não só num grande problema no andamento de seu trabalho, mas numa grande bronca de seu chefe. Para variar, um congestionamento na Clarkson Avenue a impedia de pegar um táxi rumo ao seu destino.
Correndo entre os carros, Mary segurava a bolsa firmemente sob o braço direito, visivelmente apressada. Ao atravessar a rua para finalmente sair do Brooklyn, o som estridente da buzina de um carro chamou sua atenção, fazendo-a saltar para trás e evitar um possível atropelamento.
Tentando equilibrar-se nas próprias pernas após o susto, conteve o nervosismo quando o motorista parou o carro e desceu, correndo em sua direção.
- Você está bem? - A voz vagamente familiar lhe chamou a atenção, fazendo-a olhar e reconhecer os lindos olhos azuis do rapaz à sua frente. - Mary? É você?
Um sorriso assustado tomou conta de seus lábios.
- Nicholas?
Nicholas Harris, o irmão mais novo de Daniel Harris e antigo aluno particular de Mary Monroe ainda mantinha a mesma aparência doce de quando mais novo. Encontrá-lo tão crescido após cinco anos desde a formatura a fez admitir o quanto ele estava bonito, cada vez mais, adquirindo a aparência do irmão.
- Nossa, há quanto tempo! - Exclamou Nicholas, franzindo o cenho. - Como você está? E o curso em Yale, como foi?
Mary sorriu, abaixando o rosto.
- O curso foi ótimo! Nick, eu adoraria conversar, mas estou realmente atrasada.
O rapaz virou o rosto para o trânsito à sua frente, ignorando as milhares de buzinas simultâneas que apitavam em seu ouvido.
- Você quer uma carona? - Perguntou, apontando para o carro ainda parado.
Mary franziu os lábios, fitando a enorme fila de carros que começava a se mover.
- Nesse congestionamento, acho melhor eu ir andando.
Nicholas andou até a porta do carona, abrindo-a e apontando para dentro.
- Vem logo, os carros estão começando a andar.
Mary revirou os olhos, entrando no carro. Dando a volta na frente do veículo, Nicholas se posicionou em seu posto, girando a chave na ignição e tirando o carro do lugar.
- Desculpa não ter te visto na rua. Está trabalhando em New York?
Mary balançou a cabeça afirmativamente.
- Faz pouco tempo que concluí o curso. E você? Como foi o seu Ensino Médio?
- Complicado. - Nicholas riu. - Confesso que depois que você se mudou tive de correr atrás das matérias sozinho. Não foi muito difícil, mas estava acostumado a tirar dúvidas nas nossas aulas. Além disso, acabei gostando da área de exatas.
- Fico feliz, Nick, - Sorriu Mary. - Está cursando universidade?
Nicholas assentiu.
- Faço economia em New Jersey.
Mary encarou-o.
- Economia? Então você é o novo projeto de Ernest Harris para suceder a empresa?
Nicholas revirou os olhos, balançando a cabeça negativamente.
- Claro que ele me apoiou muito quando decidi esse curso, mas o escolhi por vontade própria. Não pretendo ganhar uma empresa nas mãos, quero conseguir isso por mérito próprio. É por isso que estou em New York hoje.
- Em New York? Não veio visitar seu irmão?
- Na verdade, não. - Respondeu, rindo. - Recebi uma proposta de estágio na bolsa de valores.
Mary arregalou os olhos, sorrindo.
- Estágio? Na bolsa? Parabéns, isso é incrível!
Ele sorriu.
- Mas, já que você me lembrou, vou dar uma passada no escritório do Dan.
Mary entrelaçou os próprios dedos, fitando as mãos.
- E como ele está? O Daniel...
- Vocês não têm contato? - Perguntou Nicholas, encarando-a e sendo respondido pelo seu aceno negativo de cabeça. - Ele está como sempre, nada demais. Só vive demais para o trabalho.
- E com que ele está trabalhando? Não iria cursar Economia e Basquete também?
Nicholas gargalhou.
- Que nada. É uma longa história, agora ele trabalha com publicidade.
O som de seu familiar toque de telefone ecoou pelo carro, a despertando completamente.
- Alô? - Atendeu, estranhando o número desconhecido que era exibido na tela.
- Dra. Monroe? É o Alex. Alex Schuester.
Mary levou as mãos aos olhos, nervosa.
- Sr. Schuester, mil perdões! Acabei tendo um imprevisto, só preciso de cinco minutos e já chego!
- Não posso, tenho um treino em meia hora. Podemos nos encontrar depois, pode ser?
Mary suspirou aliviada.
- Claro, como achar melhor.
- Hoje a noite? Podemos jantar?
Mary congelou.
- Jantar?
- Exatamente. - Alex respondeu, aparentemente calmo pelo seu tom de voz. - Podemos conversar sobre a causa.
Mary respirou fundo.
- Claro, podemos sim.
- Então pronto, às oito, no A.O.C. Bistro. Quer uma carona?
Mary fechou os olhos, ignorando a sensação de inconveniência que Alex Schuester lhe causava.
- Não precisa, Sr. Schuester. - Respondeu, tentando manter a firmeza em sua voz. - Eu moro no Brooklyn, fica bem perto.
- Então, onde eu te deixo? - Perguntou Nicholas assim que Mary encerrou a chamada.
Mary sorriu.
- Em qualquer lugar. Meu compromisso acaba de ser adiado.
...
- Eu não sei porque, mas essa historia do bilhete me deixou curiosa. - Katie comentou.
Jhennifer revirou os olhos, encostando-se no espelho perfeitamente limpo do elevador.
- Deve ser alguma besteira.
O som de chegada ao térreo soou, despertando-as e as encaminhando até a recepção do prédio.
- Tem certeza que o Dylan não se importa em comer comida chinesa?
- Ah, não se preocupe. - Jhennifer sorriu. - Não nos vemos desde o dia do desembarque, ele esteve muito atarefado com os problemas da empresa.
Caminharam até a saída, parando sobre a calçada. Alguns poucos minutos se passaram, sucedidos da chegada de um luxuoso carro sedan preto na porta do apartamento.
Do banco do carona, Dylan Patterson saltou, cumprimentando Katie Monroe e abraçando fortemente sua noiva. Alguns segundos depois, a porta do motorista foi aberta, e, de lá, Daniel Harris sustentava uma expressão alegre na face.
- Jhenni, quanto tempo! - Exclamou, abraçando a antiga colega de escola. - Katie, como você está? - Perguntou, cumprimentando-a e depositando rápidos beijos em seu rosto.
- Nossa, não acredito que estamos todos aqui. - Katie sussurrou, sorrindo. - Daniel vai almoçar conosco?
- Na verdade, não. - Respondeu. - Tenho uma reunião na empresa, vou comer qualquer coisa no caminho.
- Ah, gente, qual é. - Katie comentou. - Não nos encontramos há cinco anos, vamos sair à noite para colocar as coisas em dia! Porque não jantamos os quatro aqui no meu apartamento hoje?
Daniel arqueou as sobrancelhas.
- É você quem vai cozinhar? - Debochou, despertando risos de Jhennifer e Dylan.
Katie revirou os olhos.
- Muito engraçado você. E, não, podemos pedir uma pizza.
Daniel riu.
- Estou brincando. Por mim, tudo bem.
Dylan sorriu, abraçando Jhennifer ao lado de seu corpo.
- Boa ideia, Katie. Vai ser uma ocasião ótima para um anúncio que pretendemos fazer.
...
A área de entrada para a sala presidencial de Daniel Harris estava vazia. Nicholas caminhou até o tradicional posto de seu irmão, perguntando-se se a secretária poderia estar em um horário de almoço, ou algo do tipo.
Girou a maçaneta e abriu a porta, encontrando a grande cadeira de couro virada em direção à janela.
- Dan, sou eu. - Anunciou, entrando no recinto. - Acabei de encontrar a Mary Monroe em New York, você não vai acreditar.
A cadeira atrás da mesa se virou, revelando uma cena completamente constrangedora para todos ali. Levantando-se rapidamente do braço da cadeira de seu chefe, a já conhecida secretária de seu irmão ajeitava-se apressadamente, numa falha tentativa de esconder o momento de intimidade que ali acontecia.
- Desculpe, não sabia que estava ocupado.- Esclareceu Nicholas, revirando os olhos e saindo da sala.
Daniel tentava conter sua pulsação, ao passo que repetia a si mesmo as palavras que acabara de ouvir.
"Mary Monroe? Em New York?"
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Então, o que acharam? Esse encontro da Mary e do Dan tem que acontecer logo ou ser adiado mais um pouquinho? E a Jhenni deve ficar sabendo logo de seu parentesco com Mary ou não? Comentem, por favor! Deixem sua opinião, estou, desesperadamente, precisando de comentários motivadores e de novas ideias. Beijão, até o próximo!