O Destino escrita por Benihime


Capítulo 15
A garota grávida




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PDV Hazel

Tentei prestar atenção nas vitrines das lojas, mas minha cabeça estava longe.

—Hazel, preste atenção! Acho que aquele vestido ali combina com você. -Disse minha amiga Piper. Eu olhei o tal vestido e fiz uma careta.

—Nem pense nisso, Pipes. Não é o meu estilo.

Ela revirou os olhos, mas não insistiu.

—Vamos logo almoçar? É meio dia, e eu já estou louca de fome. Além do mais, temos umas boas duas horas de compras pela frente, ainda.

—Quis dizer que você tem mais duas horas de compras pela frente, certo? Porque eu vou pra casa.

Ela agarrou minha mão.

—Ah, não, Hazel, você não vai me deixar fazer compras sozinha! E se eu encontrar ele?

Xinguei a mim mesma em pensamento. O trauma dela. Respirei fundo e, amaldiçoando quem quer que fosse que tivesse traumatizado minha amiga, enganchei o braço no dela.

—Tá, eu passo o resto da tarde com você, mas com uma condição.

—Pode falar.

—Que você venha comigo para o Starbucks agora. Sério, estou precisando de uma boa dose de cafeína.

Ela riu enquanto me acompanhava, sem dizer muita coisa a mais.

PDV Piper

"O desconhecido me segue. Vejo que ele está segurando um ferro cilíndrico, mais ou menos da espessura de um dedo. Ando mais rápido, tentando fingir que não o vi, mas ele agarra meu braço e me puxa para uma viela escura, rapidamente tirando minha roupa e ficando por cima de mim.

—Não, por favor! - Imploro, enquanto ainda posso falar.

—Cala a boca. - Ele fala, enquanto desabotoa a calça."

Medo era o que não me faltava naquele dia. Até agora, só de lembrar, já comecei a tremer de medo. Senti algumas lágrimas escorrendo por meus rosto e limpei-as antes que Hazel visse.

"Eu já não consigo respirar direito de tanto que choro. Ele tira minha calcinha e começa a lamber minha intimidade. Tento empurrá-lo com minhas pernas, mas ele as está segurando com força. Começo a gritar.

—Você vai gritar, é?

De repente, estou com algo na boca, que me impede de gritar. Ele continua me lambendo, me tocando com suas mãos ásperas. Ele se deita em cima de mim e então sinto algo entrando em mim, rasgando-me. Uma dor insuportável."

Balancei levemente a cabeça para livrar-me dos pensamentos ruins. Hazel se virou para mim, os olhos brilhando de empolgação.

—Ei, Pipes, que tal irmos fazer alguma coisa legal nesse final de semana? Seus pais não vão estar em casa, né?

—Ah, claro. Só a minha mãe vai estar em casa e talvez possamos fazer alguma coisa legal, tipo um desfile de moda particular. Mamãe ia amar nos ajudar nisso.

Até para mim, minha voz estava desanimada e sem vida.

—Tudo bem, Piper? Não estava pensando naquela noite de novo, né?

Concordei levemente com a cabeça e Hazel passou um braço por meus ombros.

—Não consigo esquecer aquela noite, Hazel. Tenho certeza de que não vou conseguir esquecer daquilo nunca mais.

Hazel abriu de leve a bolsa, revelando o brilho prateado de uma arma.

—Se eu encontrar o cara que te fez isso, não importa que eu vá para a cadeia, estreio minha arma nova nele.

PDV Annabeth

Reyna e eu caminhávamos lentamente em direção ao Starbucks. De braços dados, em silêncio, cada uma pensando em coisas diferentes. Era assim que normalmente era. Reyna e eu éramos muito diferentes. Loira e morena, baixinha e alta, sem graça e gostosa. E isso só para começar a numerar nossas diferenças. Mas, apesar de tudo, nos dávamos bem.

—E então, Annabeth, já decidiu o que vai fazer para a campanha da Apricott? -Ela perguntou. Esqueci de mencionar que trabalho numa empresa de publicidade.

—Na verdade, ainda não. Estou tentando, mas as ideias não vem. Bloqueio total.

Reyna deu um daqueles seus meio sorrisos.

—Ainda bem que uma de nós está numa fase criativa, senão estaríamos perdidas. -Brincou. Escolhemos uma mesa e fizemos nossos pedidos. Reyna pediu apenas um cappuccino e terminou em tempo recorde.

—Vai acabar doente desse jeito, Re.

—Mais tarde eu como alguma coisa, Annie. Agora, eu preciso ir, que ainda vou ter que passar na casa da minha mãe pra ver se ela tá bem.

Reyna me deu um beijo no rosto e saiu. Dei mais uma mordida no meu sonho de chocolate com morango e, sem querer, acabei sendo desastrada e derrubando minha agenda, que sempre carregava comigo. Um monte de papeizinhos soltos caíram no chão. Abaixei-me para recolhê-los, sentindo uma leve dor nas costas por causa da gravidez. Tudo teria ficado por isso mesmo se uma rajada de vento não tivesse soprado justo naquela hora, espalhando ainda mais os papéis.

PDV Hazel

Vi a garota loira tentar recolher os papéis, mas o vento parecia que não dava trégua. Levantei-me e recolhi alguns, estendendo-os para ela.

—Obrigada. - Disse, enquanto colocava os papéis de volta na agenda.

—Disponha. Sou Hazel Levesque.

A loira levantou-se e aceitou meu aperto de mãos.

— Muito prazer. Sou Annabeth Chase.

Piper nos olhava e fez sinal para mim, pedindo que a convidasse a sentar com a gente.

—Sabe, Annabeth, notei que você estava ali sozinha. Não quer sentar com a gente?

—Pode ser.

Um pouco depois, nós três conversávamos como velhas amigas. Annabeth era o tipo de garota que, uma vez que se conheça, é impossível não acabar simpatizando. A certa altura, ela olhou o relógio e suspirou.

—Bem, meninas, o papo está ótimo, mas eu preciso ir. Tenho que voltar ao trabalho.

Antes de ir, Annabeth passou o número de seu celular e nós passamos os nossos, assim, não perderíamos contato.


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