Surpresas da Grécia escrita por Bonequinha Diva


Capítulo 5
Capítulo 5 - Problemas de família:


Notas iniciais do capítulo

Eu to decepcionada pra caramba com algumas de vcs, existem fantasminhas entre nós...
Gente me explica se eu tenho 9 leitores pq eu só recebo quase 3 reviews em cada capítulo?
Mas, ok. Eu vou ficar bem. Deixem lindos reviews...
Esperam que gostem:



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Capítulo 5 – Problemas de família:

_Bom, você está entregue Annabeth. Eu vou procurar o Percy – Nico olhou para Calipso como se quisesse fugir dela. Coitado, não tinha culpa nenhuma. – A propósito, foi um prazer te conhecer.

_O prazer foi meu, Nico. – Disse Annabeth sorrindo.

_Tchau Calipso.

_Tchau Nico. – A menina sorriu docemente. Esperou o rapaz se afastar o suficiente e disse para Annabeth – Se eu fosse você, tomava cuidado, ele é um tarado.

Annabeth apenas olhou pra ela e entrou no restaurante.

_Obrigada por avisar, mas sei me cuidar sozinha. – Falou a loira já adentrando no recinto. O lugar era aconchegante e ao mesmo tempo incrível. No fundo do restaurante, havia uma abertura em que se conseguia ver o mar, as mesas eram simples e as paredes eram brancas com detalhes em azul. Calipso vinha atrás mas não falara nada a Annabeth após a estúpida frase. Annabeth conhecia o tipo de Calipso. Ela era como Kate, que se fingira de amiga dela quando na verdade a traíra. Nico não precisou nem completar a descrição, mas a jovem sabia que o menino queria alertá-la.

Ao ver o sorriso carinhoso de Helena, Annabeth esqueceu de tudo. O brilho no olhar dela era encorajador e afetuoso. Parecia que a tia sabia de tudo o que a menina estava sentindo.

_Oi Atena, vejo que você já conheceu minha sobrinha, Calipso.

_Já sim, tia Helena. Ela é um amor – Disse Annabeth sorrindo para Calipso. A morena devolveu o falso sorriso. – Tem alguma coisa que eu possa fazer para ajudar aqui no restaurante? – Agora, Annabeth voltara o olhar para tia.

_Hoje não meu amor, o movimento vai ser fraco e também você acabou de chegar de viagem. Logo Percy vem e você pode sair com ele pra conhecer melhor Corinto.

A frase da tia atingira Annabeth como um soco no estômago. Além de ter de enfrentar a ira de Calipso,(sim, ela percebera que a morena era louca por Percy) ela teria que olhar pra aquela profundidade verde dos olhos dele e disfarçar seus sentimentos. Sua vida já estava começando infinitamente melhor. Annabeth estava descobrindo o quanto sua vida se tornara irônica.

Aquele cheiro de mar indescritível adentrou no restaurante. Quando Annabeth se virou para a porta para ver da onde era sua origem seu coração acelerou e suas pernas formigaram. Percy havia chegado mais radiante e lindo do que nunca.

Ele estava vestindo uma camiseta de manga curta branca e uma bermuda verde-escuro. Seu cabelo preto contrastava com seus lindos olhos e sua pele bronzeada fazia a espinha de Annabeth arrepiar.

Claro, que a jovem estava ciente que tinha uma acompanhante na admiração: Calipso.

Percy abraçou Calipso como se fosse um ursinho de pelúcia, o que só fez aumentar a raiva da morena em relação ao modo como era tratada por ele. Annabeth sentiu que ele não quis ofendê-la ao abraçar Calipso, mas que o modo como ele via a menina e o jeito com que Calipso o via eram totalmente diferentes. Depois de abraçá-la, o moreno caminhou até Annabeth e sorriu de modo simples, mas galanteador o suficiente. A encarou nos olhos, pegou sua mão e a beijou delicadamente. O toque quente de seus lábios em sua pele teve o efeito de uma droga. Ela teve vontade de colar sua boca na dele instantaneamente, mas se controlou. A respiração era outro fator alterado por Percy. Nem em seu primeiro beijo Annabeth havia sentido isso, com Luke que era seu namorado desde os 16 anos ela não havia sentido nem uma parte dessa sensação. Annabeth sorriu assim que Percy soltou sua mão e olhou em seus olhos.

_Desculpe por....mais cedo. Não era minha intenção te machucar. – Disse ele numa voz audível apenas para ela, o que mais uma vez comprovava seu cavalheirismo.

_Não foi culpa sua, é que... – Antes que conseguisse terminar de falar, Annabeth e Percy foram interrompidos por Helena.

_Percy, leve Atena para conhecer a cidade.

Percy sorriu e disse: _Com o maior prazer, mãe.

Calipso não deixaria Percy ir tão fácil assim.

_Tia, eu posso ir junto? Sei de muitos lugares onde Annabeth pode fazer com...

_Não Calipso, você tem que me ajudar aqui no restaurante.

_Mas você disse...

_Eu sei o que eu disse. Vamos para a cozinha. – E com um ódio impregnante no olhar, Calipso observou Percy abrir a porta do restaurante para Annabeth sair.

...

O barulho da movimentação nas ruas, os gritos dos comerciantes, a ardência na pele que irradiava do Sol, nada atrapalhava o passeio e o clima de descontração entre os dois.

Annabeth ficava admirada com as pontes, os prédios, e todas as estruturas magníficas da Grécia. Ela e Percy estavam caminhando quando de repente passa uma moto vermelha com toda a velocidade e faz Annabeth, que estava caminhando do lado de onde era a rua, desequilibrar e forçar um de seus calcanhares num paralelepípedo solto pela calçada de pedras. Percy ficou muito furioso com a covardia do motoqueiro de nem chegar a parar pra ver se machucou alguém. O rapaz foi dar uma olhada no machucado de Annabeth e a raiva deu lugar a compreensão, e a dor.

_Que droga de motoqueiro estúpido!!! Você, ai....vem, eu te levo. – Disse Percy tentando pegar Annabeth.

_Não. Tá tudo bem. Eu consigo ir andando devagarzinho até sua casa, não está muito longe daqui, não é? – Perguntou a menina olhando para o céu que outrora estivera iluminado pelo Sol e agora se tornara um véu negro.

_Está. E estamos também bem longe de hospital. Mas, estamos perto da casa da minha amiga que é enfermeira, ela pode te ajudar, que tal? – Finalizou Percy como se a única e melhor opção de Annabeth fosse ir com ele até a casa de Thalia.

_Tá. Pode ser. – A menina aceitou relutante.

_Coloca o braço aqui. – Falou Percy segurando um dos braços de Annabeth em torno de seu pescoço.

_Prontinho! Agora está melhor, você me leva como uma muleta até a casa da sua...ai – O falatório de Annabeth foi interrompido por Percy a pegar no colo. Ela o encarou brava. – Não era desse jeito que eu estava imaginando.

_Até chegar na casa da minha amiga, ia demorar muito você me usando como muleta, além do mais você só me ajudaria com um dos pés no chão o que forçaria mais seu peso e você se cansaria muito. Viu? Eu sou mais prático. – O moreno piscou e deu sorriso pra ela.

_Ahá! Muito engraçado. Só vou deixar porque meu pé está latejando e tá sangrando muito e eu to com medo de pegar uma infecção. Só hoje, ouviu bem?

_Sim senhora. – Disse Percy num tom de brincadeira.

_Não vai demorar muito, né? – Perguntou Annabeth depois de 5 passos.

_Não. – Mentiu Percy.

Mais 20 minutos depois:

_Percy, estou cansada! Você disse que não ia demorar... – Falou Annabeth meio sonolenta.

_Ah, é que quando estamos com dor, o tempo parece demorar mais pra passar. – O moreno deu a desculpa sorrindo um pouco.

_Hm...- Resmungou Annabeth.

_Pode encostar a cabeça.

_O que? – Perguntou Annabeth despertando um pouco.

_No meu ombro, se você quiser claro, mas ter que ficar forçando a cabeça deve estar doendo.

Annabeth olhou para ele tentando decifrar alguma coisa a mais, algum olhar, alguma mão-boba em seu corpo. Mas, não. Percy apenas a segurava gentilmente. Mas, um calor irradiava de suas mãos para o corpo de Annabeth. Não era possível que ele não estivesse sentindo nenhuma sensação, e se estava sentindo algo sabia disfarçar muito bem. Mas, seu cansaço estava sobressaindo qualquer desconfiança e insegurança.

_Eu....bem, se não se incomoda...

_Imagina loira. – Falou o moreno sorrindo abertamente para Annabeth.

Assim que Annabeth recostou sua cabeça no ombro de Percy, um tremor lhe percorreu o corpo, o cheiro de maresia e uma sensação confortável de aquecimento lhe colocaram num sono profundo.

Percy a admirou o caminho inteiro para casa de Thalia. A verdade era que Thalia não era enfermeira, Percy nunca tinha sido tão cara-de-pau para conquistar uma garota. Ele nunca fora um pegador, já havia namorado algumas garotas, mas nunca gostara tanto de alguém quanto estava gostando de Annabeth. Suas mãos estavam suando quando teve coragem para pegá-la, só esperava que ela não tivesse percebido isso.

O hospital ficava perto de onde ocorrera o acidente. Era só entrar numa viela e pronto. O que deu nele para mentir? Thalia era boa em fazer curativos, ele iria resolver tudo. A cabeça de Annabeth encostada em seu ombro o fazia sentir cheiro de morangos. Parecia que o corpo dela se encaixava exatamente no dele.

‘’Nossa! Eu realmente devo ter problemas.’’ – Pensou Percy.

O porteiro do prédio conhecia Percy há muito tempo, por isso só olhou preocupado para a garota que Percy carregava no colo. Ele chegou mais perto para vê-la.

_Bebedeira?

_Não, Darius. Infelizmente não. Ela machucou o pé – Falou Percy apontando com a cabeça para o corte de Annabeth – E como Thalia é boa em fazer curativos e o acidente foi próximo daqui... – Mentiu Percy.

_Você não me engana, garoto. O corte da moça foi feito há pelo menos uma hora. – Falou o porteiro examinando o pé de Annabeth. A espinha de Percy congelou.

_C-como você...

_Como eu sei? Bem, quando era jovem quando tinha sua idade comecei a fazer a faculdade para medicina. Era o mais esforçado estudante da universidade, mas uma doença do coração me fez desistir de tudo. E pelo que vejo há indícios de que você também tenha essa doença.

_Oh. E v-você não conseguiu a cura?

_Creio que você nunca queira a cura para um verdadeiro amor. Está apaixonado por ela, não é?

Percy ficou mudo. Olhou para Annabeth e pensou desde o dia em que ela chegara na casa dele, mesmo longe ele pensava nela e quando a tocava parecia estar no paraíso. Mas, podia ser uma simples atração física, ou uma paixão por ela ser algo diferente. Deus! Com toda certeza não era isso. Percy sempre fora amigo de Darius, mas agora o olhava com um olhar diferente. Um olhar de um estudante que admirava um professor. Conseguindo finalmente desgrudar o olhar de Annabeth e encarar o sábio velho, perguntou em um meio sorriso:

_É um segredo nosso, ok? – Em seguida, Percy olhou novamente para Annabeth.

_Tudo bem. Olha, chegou a carona. – Disse Darius apontando para o elevador aberto. Percy entrou com cuidado e como sabia que o elevador era antigo, pediu a Darius que apertasse o botão. Darius era porteiro do prédio há muito tempo então, apertou o número 16 (pois sabia onde Thalia morava) e saiu do elevador.

_Cuide dela, rapaz. – Disse o velho sorrindo.

_Pode deixar. – Respondeu Percy admirando Annabeth.

A porta do elevador se fechou e para Percy foi a subida mais demorada e incrível que ele teve na vida. Nunca ficou tão feliz por um elevador demorar tanto.

Já que Annabeth estava dormindo, Percy inclinou sua cabeça e beijou sua testa.

_Espero que você melhore logo amor.

Percy saiu com Annabeth em seu colo com muito cuidado, pois não queria que ela se machucasse ou acordasse.

Ele tocou a porta de Thalia com sua própria cabeça, já que nas mãos carregava a menina.

De dentro do apartamento ouviu um estrondo e uns resmungos de Thalia, para logo depois vê-la de moletom e com o cabelo bagunçado.

_Percy, o que? Que raios você...

_Shh! Ela está dormindo... – Sussurrou Percy.

_Entra logo! – Sussurrou brava, Thalia.

Percy colocou Annabeth deitada na cama de Thalia e foi conversar com a amiga na sala do apartamento.

_Mas o que deu em você?! Trazer uma menina desmaiada e com um machucado no pé pro meu apartamento? Vai me dizer que ela é uma turista que não tava achando um barco de passeio? – Ironizou em tom baixo, Thalia.

_Não, Thalia. Ela não é uma turista! É a Annabeth! É a Annabeth! – Disse Percy num tom baixo mas esclarecedor. Os olhos de Thalia se arregalaram, e o sorriso de Percy o fez parecer voltar aos 4 anos de idade.

_Não. É impossível Percy, ela não pode ser a geninha*. Não pode! Meu Deus!

Exclamou Thalia segurando sua cabeça com as duas mãos e apoiando seus cotovelos nos joelhos.

*Geninha= apelido que Thalia chamava Annabeth quando criança por ser muito inteligente. Mas como crianças não tem nenhum senso de gramática, Thalia não conseguia chamar a amiga de ‘’geniazinha’’.

_É! Ela é a princesa dos olhos cinza! – Falou Percy com convicção relembrando o apelido que dera a garota e sorrindo ao se sentar com Thalia no sofá.

_Do mesmo jeito que você é o Cabeça-de-Alga e eu sou a...

_Cara-de-Pinheiro. É, ela sempre foi criativa para apelidos. – Disse Percy sorrindo.

_Mas, será que ela se lembra da gente?! – Um tremor percorreu-lhe o corpo.

_Não sei. Mas, eu meio que inventei uma história e você vai ter que ser cúmplice.

_Hãn? Como assim? – Perguntou Thalia brava.

_Bom, eu não tinha certeza sobre tudo isso, mas quando ela se machucou eu evitei que fosse no hospital, e como você é boa em fazer curativos, eu falei pra ela que o hospital era muito longe e que eu tinha uma amiga enfermeira e que a casa dela era perto. Ela relutou em ir para o meu colo, mas eu a peguei do mesmo jeito, e a trouxe para cá. – Percy soltou tudo num fôlego só.

_Hm...e como ela não desconfiou da demora?!

_Ela desconfiou, mas eu falei que quando a gente sente dor o tempo parece demorar mais para passar. – O moreno piscou e sorriu.

_Garoto, sua convivência comigo está deixando você esperto.

_Vá ajudá-la logo! – Disse Percy irritado.

_Tá bom – Thalia se encaminhou para a porta do próprio quarto, mas parou na porta – Percy, me ocorreu outra lembrança de infância subitamente, você era apaixonado por ela, né? – Percy olhou bem para Thalia, e apesar de suas bochechas corarem, falou:

_Disse bem, Thalia. Era apaixonado por ela. Não sou mais. – Mentiu Percy.

Thalia o encarou, riu baixo e disse antes de entrar no quarto:

_Era tudo o que eu precisava saber.




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Notas finais do capítulo

Reviews? Eu mereço mts pq eu fiz um capítulo gigante, né?
Bjinhos trabalhados na purpurina pra vcs, DLC



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