Missão: Me Confessar escrita por Franxx


Capítulo 5
Resultados da bebedeira


Notas iniciais do capítulo

Voltei do mundo dos mortos com uma ótima notícia: AGORA TENHO INTERNET DECENTE.
É isso mesmo pessoal. Por causa dessa transição de internet não tive condições de postar aqui, mas estou de volta!
Boa leitura a todas!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/360326/chapter/5

O sangue subiu quente para minha cabeça quando abri os olhos. Levei as mãos até a cabeça, antes de mexer o corpo e jogá-lo para o lado. Uma onda de arrepios subiu por minha espinha e senti minha visão se expandir, provavelmente por arregalar os olhos.

Eu estava deitado na cama. Não era minha cama e ... Laxus dormia profundamente ao meu lado.

–x-

Medo. Acho que essa palavra se encaixa com o momento. Eu estava com uma tremenda ressaca. Não sabia quantificar quantas canecas de cerveja havia virado na boca para criar coragem o suficiente para tirar aquela mocréia dos braços de Laxus. Na verdade, não me lembrava de muita coisa da noite anterior depois de beber tanta cerveja e agora estava em um quarto desconhecido, apenas de calças e pelo amor de Deus .... Laxus estava pelado???

Eu não sabia o que fazer. Tinha medo de me mexer e acordá-lo. Tinha medo de me mexer e sentir meu traseiro doer. O que havia feito na noite passada? Por que estava ali com ele, deitado na mesma cama???

Minha cabeça latejava como o inferno, se é que este local chega a latejar. Se não bastasse a ressaca, minha mente travava um infinito questionamento que se misturavam com as ideias ridículas de como sairia dali sem acordar um Dragon Slayer.

Convenhamos, era demais para mim vê-lo acordado naquele momento.

Levei as mãos à cabeça, pensei em até mesmo em me jogar pela janela, mas necessitava de uma explicação para aquela situação inusitada e PELO AMOR DE DEUS, precisava saber se Laxus estava pelado, mas meus olhos tinham medo de adquirir um trauma ou pior. Não consigo precisar quanto tempo fiquei divagando e tentando colocar foco em minha visão, afinal a dor da ressaca chegava a quase me cegar. Respirando fundo, movi o quadril devagar, soltando um suspiro aliviado ao perceber que meu traseiro estava ... er... bem... digamos intacto.

Por mais que uma vozinha beem pervertida gritasse para que eu partisse para cima de quem tanto almejo, preferi manter a decência e utilizar uma arma quase que infalível dos covardes: a fuga.

Mas é QUASE infalível.

Engolindo em seco e ainda me questionando em mente como havia parado naquela situação, movi meu corpo devagar. Sentia que meu coração pudesse me entregar pelas batidas fortes e uma vez ou outra parava para respirar. Laxus se mantinha quieto e para minha infelicidade estava deitado de bruços, com o rosto voltado para minha direção. Na minha mente o plano era perfeito: se mover devagar, ficar de pé fora da cama e sair do quarto. Tudo isso com a mais perfeita e quieta delicadeza.

Porém, eu não contava com o problema lençol.

Faltava muito pouco para sair da cama. Meu rosto já estava suado pelo medo e o coração parecia uma escola de samba no peito. Não tirava os olhos do rosto do ... convenhamos, meu amado .... que dormia profundamente. Coloquei um pé para fora da cama, já quase gritando pela vitória, mas o lençol se enroscou no meu pé que ficara e quando o puxei, acabei por retirar a coberta de Laxus.

Duas sensações. Primeira: pânico pela falha e Segunda: um leve desapontamento por ver que Laxus não estava despido. Que diabos de pervertido estou me transformando???

Os olhos dele travaram meu corpo. Chego a questionar se é humanamente possível o coração parar por dois minutos e depois bater feito um louco em seguida. Ele me olhou como da vez em que o acordei por causa de uma mulher que insistia em vê-lo. Olhos de raiva que faz até o mais santo de todos pedir perdão pelo pecado de acordá-lo.

– Aonde pensa que vai? – ele me questionou com tom irritado.

Perdi totalmente o dom da fala. Não conseguia processar nenhuma ação, apenas conseguia observar extremamente apavorado e por mais que tentasse me focar no problema a visão dele acordando era .... deixa isso para lá.

– Responda!!! – ele gritou e meu corpo automaticamente deu um salto. Se não bastasse o susto por seu grito, tive o desespero ao ver que ele endireitou o corpo, sentando sobre a cama. – Você apronta e depois tenta fugir??

– Aprontar? O-o que eu fiz?? – questionei sem entender, sentindo cada milímetro da minha cabeça latejar com os gritos de Laxus.

Silêncio. Ele me olhou desconfiado, ainda mantendo aquele tom irritado que me deixa louco. Engolia em seco, tentando me focar no rosto dele, afinal, ele estava só de cueca. Sem esperar outro questionamento vi Laxus se levantar, fazendo com meus olhos acompanhasse seus movimentos. Antes que pudesse me dar conta, já tinha os pulsos presos.

– Não se lembra de nada do que houve ontem à noite? – ele me perguntou como se fosse o maior absurdo do mundo. Naquele momento percebi que havia aprontado alguma coisa.

– Nã-não.... aconteceu alguma coisa?

Um riso seco foi a minha resposta. Laxus balançou a cabeça para os lados e seu olhar mudou de incrédulo para furioso. Fui praticamente jogado contra a parede e não me questionem por que, mas o meu rosto começou a esquentar e cenas obscenas se passaram pela minha mente.

– Você destrói um bar inteiro, faz várias pessoas irem para o hospital, chora para dormir no mesmo quarto que eu, coloca barreiras no quarto e DIZ QUE NÃO SE LEMBRA DE NADA?!

O aperto das mãos dele nos meus pulsos fica mais forte e minha cabeça praticamente estala pela altura de sua voz. A dor é muita forte e faz meus olhos lacrimejarem, mas nada me incomoda tanto quanto a informação que me é passada. Eu havia feito todas aquelas coisas? Era inacreditável. Lembrava de tirar a mulher dos braços de Laxus, mas nada mais me ocorria depois disso.

– Laxus eu juro ... não me lembro de nada!!! – disse quando senti um estalo no meu pulso. Se ele apertasse mais um pouco com certeza apareceria de braço quebrado.

– Tem ideia da situação em que me colocou? – ele dizia, ainda furioso.

– Me perdoe ... – eu disse, sentindo lágrimas se formarem em meus olhos.

Ele não me deu resposta. Apenas me puxou pelo braço e me colocou pra fora. Ele estava prestes a bater a porta na minha cara, quando tornou a me puxar pra dentro e fez uma das coisas mais ... eu não consigo dizer as palavras que descrevem o momento .....

– Você me deve uma noite de sexo. – Laxus sussurrou no meu ouvido, com as mãos na minha cintura. Por alguns segundos a dor de cabeça sumiu e senti cada gota de sangue subir quente para o meu rosto. Não tive tempo de olhar para ele, pois fui jogado para fora do quarto em seguida e a porta por pouco não fora quebrada ao ser batida.

As palavras de questionamento entalaram na minha garganta e a única coisa que consegui processar depois que me recompus era que deveria ir para o meu quarto e me vestir, afinal estava apenas de cueca.

Fase 04 da missão: Não faço ideia do que fiz, mas preciso fazer de novo ... de novo e de novo...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Capítulo mais hot para animar a vida.
Como seria o Freed bêbado? Por que ele acordou de cueca?
Usem a imaginação e me digam!! *w*