POV de Bella

"E é tudo verdade, então?" Angie me perguntou enquanto nos falávamos pelo celular.

- Sim, é tudo verdade. - Respondi. - No fim das contas estou morando com minhas irmãs e... eu não sou órfã.

"Isso é ótimo." Ela falou. "Desculpe tocar no assunto...mas aquela pessoa perguntou de você."

- Imagina, já me esqueci dele totalmente. Angie... tenho que desligar, já vamos para a faculdade.

"Ok, beijo Bella. Até mais. - Desliguei o telefone.

Nós saímos do apartamento mais cedo e andamos as duas quadras e meia até a Julliard. Alice praticamente correu todo o trajeto, devido a sua animação. Ela até chegou a falar que vai começar a ensaiar uma nova música.

Rosalie caminhava ao meu lado. Ela fazia comentários do tipo "não acredito que isso seja verdade" e coisas do genero. Nós chegamos á faculdade depois de uns dez minutos. Haviam poucas pessoas, poucos carros.

- Ei, tampinha! - Alguém disse a Alice.

- Olha como fala com ela, Tanya. - Rose respondeu.

- Não percam tempo com ela, vamos Alice. Rose, nos vemos no intervalo. - Eu falei me despedindo de Rose, puxando Alice e dando um pequeno empurrão sutil em Tanya.

A aula começou e se seguiu tranquila. O professor falava um pouco sobre história musical, como Mozart, Beethoven, Bach, entre outros. Discutíamos os fatores que levaram esse compositores a se tornarem musicos tão famosos e, começamos também a organizar o festival de verão.

- Você tem algum relógio na sua casa, Sr Cullen? - O professor perguntou quando Edward e seus dois irmãos entraram na sala. - Sentem-se e acompanhem.

- Me desculpe. - Edward passou me encarando, como todas a vezes e depois sentando-se em seu lugar.

[...]

A professora andava de um lado para o outro no auditório, escrevia inumeras linhas de partituras e explicava continuamente notas e compassos.  Por mais chato que fosse parecer, eu gostava daquilo. De todas aquela saulas e teorias sobre a músique eu nunca aprendi.

- A música é um dos mistérios mais antigos que a natureza possui. - A professora falou. - Ninguém nunca desvendou completamente como ela chega a nós, ondas sonoras, fisíca... sim, isso explica a música, mas não o seu verdadeiro sentido.

Eu olhei ao meu redor e em seguida meus olhos encontraram os de Edward. Será que ele estava me olhando - de novo? Ele deu um sorriso torto e voltou a escrever em seu caderno.

- Vamos falar dos trabalhos. - A professora voltou a falar. - Vocês já tem seus grupos definidos. As apresentações irão se basear em: uma música clássica e uma composição, que será por aluno ou dupla. E, uma composição em conjunto, que será por grupos. Reúnam-se agora e começem a pensar. Dois meses para as apresentações, que serão no festival de verão.

- òtimo, agora teremos que encarar os chatos dos Cullens. - Murmurei.

- Menos, Bella. - Alice murmurou. - Eles são gente boa. - Me virei para olhá-los. Emmett acenava para nós duas, fazenod sinal para que fôssemos lá.

- O que iremos fazer? - Jasper perguntou.

- Eu já estou trabalhando na minha composição, então irei fazer sozinha. - Alice falou.

- Eu e Emmett vamos trabalhar em algo. - jasper falou rapidamente. - Então se vocês dois não estiverem ocupados, podem fazer juntos a composição clássica...

- Tudo bem para você? - Edward perguntou-me.

- Não, sem problemas. - Respondi. - Vamos ver o que vamos fazer na composição em conjunto?

- Vamos ficar aqui depois da aula, usamos o auditório menor e decidimos. - Alice disse toda empolgada.

- Você quer tocar o que de musica clássica? - Perguntei a ele.

- No primeiro dia de aula... - Edward murmurou. - você tocou Claire de Lune. Podíamos tocá-la.

- Pode ser... - respondi.

- Porque gosta daquela música?

- Eu não sei, apenas acordei com ela na cabeça um dia e decidi procurar saber que musica era, então a partir daí parecia que... - Interrompi. - Ah, esquece.

- O que? - Ele disse.

- Não, deixa quieto. vai parecer loucura.

- Vai parecer loucura se eu falar que eu realmente não sei porque estou aqui? - Era incrível como os olhos dele tinham um verde tão profundo... - Acho que... tem algo faltando, sabe...

- Eu sinto o mesmo. É como se eu estivesse, inconscientemente, procurando alguma coisa... - concordei.

POV de Edward

O mesmo sentimento, a mesma sensação de faltar algo. Eu já não sei em que mais acreditar, eu simplesmente não sei. E ela tinha razão, eu procurava inconscientemente por algo, que eu nem sequer fazia idéia do que fosse, eu apenas sei - ou sabia - que aquilo me faria bem.

Bella me encarava com os olhos castanho-chocolates profundos. Eu tinah de me concentrar em prestar atenção a cada palavra do que ela dizia, porque se eu me delsigasse um minuto, me perdia em pensamentos a seu respeito.

- Temos algo em comum. - falei.

- Sim.

- Bellinha, irmã! - Alice interrompeu-nos. - Que tal irmos almoçar agora?

- Claro... claro. - Bella respondeu.

Eu e meus irmãos levantamos e acompanhamos elas também. Jasper parecia tranquilo e Emmett estava totalmente indiferente em relação a isso, então, eu só podia conversar com quem realmente levaria a sério minha situação: Jasper.

- O que foi? - Ele perguntou.

- Não sei. - Respondi. - Só sei que nós gostamos das mesmas músicas e sentimos a mesma coisa em relação á... o que fazer da vida. - Passei a mão entre meus cabelos.

- Acho que você ainda não sabe que gosta dela. - Meu irmão falou.

- O que isso tem a ver? Eu só acho que falta algo em mim... e ela disse que sente o mesmo.

- Edward... só tem duas pessoas capazes de você conversar que possam tentar entender sua situação... - Jasper sibilou. - Você sabe que isso é bom...

- Esme e Carlisle? - Falei. - Pode até ser, acho que vou conversar com eles.

- Eddie! - Emmett passou o braço por cima do meu ombro. - Mano, as vezes as coisas não são tão óbvias, você tem que olhar mais a fundo para descobrir.

- Quando foi que voc~e virou conselheiro amoroso? - jasper riu. Emmett nunca foi um cara que demonstrasse inteligencia, apesar de ás vezes mostrar que possui alguma. Entre eu e Jazz, Em é o menos preocupado com a vida, quanod eu digo menos, é BEM menos.

- Eu simplesmente sei. - Ele respondeu.

- Emmett...

- Ok, ok. Eu vi na Ophra.

- Você anda vendo Ophra? - Jasper perguntou. - Para quê?

- As garotas gostam de caras que possam entender seus sentimentos... - Alguém em socorre, Emmett virou conselheiro amoroso.

Continuamos andando pelo campus, até que chegamos em um pequeno bistrô que fica na esquina da Julliard. Nós sentamos todos juntos e esoclhemos o que iríamos comer. Bella ás vezes me encarava e quando eu a pegava me olhando, ela corava. Era divertido de ver.

[...]

- Então fica decidido! -Alice deu um gritinho. - na apresentação em conjunto, iremos mesclar essa musica que vocês escreveram, com o som do violoncelo da bella.

- Certo. E na composição clássica, cada um de vocês sabe o que faz. - Rosalie murmurou. - Podemos ir? Meus pés estão me matando e ficar ouvindo vocês conversarem sobre o que eu não entendo é muito, mas muito chato.

- Certo. Hã... Até mais, até amanhã. - Falei.

- Até. - As três saíram andando, Alice carregava sua maleta com o violino e Bella seu violoncelo. Rosalie desfilava constantemente.

- Vou para casa de esme e Carlisle, eu quero conversar com eles a respeito de um assunto. - Falei. - Encontro com vocês mais tarde.

Meu volvo era rápido, compacto por fora, enorme por dentro, confortável e rápido. Pena que não posso ficar ultrapassando os limites dentro da cidade... Esme e Carlisle são meus pais, eu já disse isso antes. Eles moram em uma casa grande, num bairro bem arrumado e conceituado de Londres.

Carlisle é um cirurgião e Esme uma excelente decoradora e restauradora de ambientes. Eu naõ moro com eles, simplesmente porque não quero, mas quando me da vontade, passo uns dias em casa. Quando cheguei hoje, somente Esme estava em casa, carlisle estava em uma cirurgia de transplante do miocárdio.

- Edward, querido. Que bom te ver! - Minha mãe me cumprimentou. - Acabei de preparar o chá das cinco, aceita?

- Não, mãe. Obrigada. - Agradeci. - Quero conversar com você...

- Então sente-se. - Ela falou. - Me diga, do que se trata?

- Eu ando me sentindo... eu ando sentindo que falta algo em mim. - Recomecei a pensar em tudo o que sentia, se tinha alguém que realmente entendia de assuntos do coração, essa era Esme, minha mãe. - Hoje eu passei a tarde com umas meninas, nós estávamos fazendo alguns trabalhos da faculdade. Uma delas me falou, enquanto conversávamos sobre outros assuntos, que sente o mesmo que eu. Nós gostamos da mesma música, sentimos a mesma coisa, estamos sempre nos encarando.

- Isso é... oh querido...

- Espere, eu sinto como se a conhecesse, de algum lugar. Mas não sei de onde. - Tentei explicar. - jasper acha que eu gosto dela, que estou apaixonado. mas não em sinto assim. è... diferente.

- Sabe, existem algumas coisas, que nem todos os seres humanos conseguem explicar. - Minha mãe falou. - Você sabe no que eu acredito, eu não acho que nada neste mundo seja ou aconteça por acaso.

- Você acha que... quer dizer, o que isso significa então?

- Ora, que existam vidas anteriores...

- Mãe, você está me dizendo que acha que...

- Que você ou ela ou os dois, tenham algo de comum que tinham em alguma outra vida.

- Reencarnação? - Perguntei. - Ma-mas co-como isso é... possível?

- Muitas coisas não são possíveis e acontecem Edward e essa é uma delas. - Ela sentou-se ao meu lado. - Tenho certeza que você vai descobrir sozinho o que é. Sabe meu filho, muitos não acreditam nisso porque simplesmente não veem a sua volta, mas quando esse tipo de coisa acontece, é impossível impedir que isso não se realize.

- Não sei se...

- Edward, na vida... tudo está ligado de alguma forma. Eu estou ligada a você porque sou sua mãe. Esse menina pode estar ligada a você porque representa algo para você ou porque vocês simplesmente tem algo em comum.

Seria possível realmente existir laços tão fortes neste mundo que manteriam duas almas ligadas por muitas vidas? O que ela representa para mim? O que realmente está acontcendo comigo? Tem tanta coisa que eu gostaria de poder responder, mas não consigo. Minha cabeça chega a latejar.

Eu voltei para casa e fiquei pensando no que minha mãe me disse hojemais cedo. Se essa coisa de almas, vidas anteriores e laços fortes realmente existe, então Bella é alguém importante para mim. Fato um. Temos o gosto pela música em comum. Fato dois. Gostamos da MESMA musica. Fato três.

Depois de muito pensar, deitar, rolar, andar, levantar e caminhar continuamente durante o resto da tarde e um pouco da noite pelo apartamento, cheguei a únics conclusão que me parecia razoável. Se eu ficasse pensando a respeito desse assunto em tempo integral, não chegaria a lugar nenhum, a não ser num poço de dúvidas mais fundo do que o meu atual. E, se eu simplesmente deixasse que a coisa rolasse, eu poderia - de algum jeito - tirar minhas próprias concluões. A segunda opção me parecia razoavel.