Capítulo 67 – Em Família

POV de Bella

- Ah, você acha que a Alice não ia fazer questão de sair para comemorar? – Rose riu. – Ela é a única fadinha do mal que eu conheço...
- Pois é. Ah, eu preciso urgentemente de um cabeleireiro!! – Surtei me olhando no espelho do quarto, enquanto arrumava minhas coisas para finalmente ir para minha casa.
- Hum, é, mas seu cabelo fica legal assim, bem comprido...
- Eu sei, mãe. – Sorri. – Eu gostei dele assim... Mas olha essas pontas!!!
- Como não percebi que ela era minha irmã antes? – Alice entrou no quarto com Angie no colo.
- Bom dia, fadinha. – Eu lhe dei um beijo no rosto. – Bom dia, Angie. – Dei um beijo em minha sobrinha.

A Thousand Miles – Vanessa Carton

Elas pegaram minha bolsa e Jasper, Emmett e Edward forma encarregados de carregar aquela pilha de retratos fotográficos que estavam numa caixa. Peguei minha filha e segui em direção ao carro. Edward dirigia sorrindo para nosso apartamento. Victoria ficaria no quarto de hóspedes, Helen ficaria em seu quartinho – super equipado com babás eletrônicas – e eu, finalmente, saberia o que era dormir em MINHA cama. Se bem que... pensar em dormir, não em agradava muito. Eu dormi muito ultimamente.
Liguei o rádio enquanto uma música qualquer tocava, de repente, Helen – que estava em meu colo – começou a rir. Eu adorava aquela música.

- O que foi? – Edward perguntou.
- Eu A-D-O-R-O essa música!! – Exclamei

“No meu caminho para o centro da cidade,
Andando rápido,
Os rostos passam
E eu, a caminho de casa,
Apenas olhando distraídamente, seguindo meu caminho.

Então, Victoria e eu começamos a cantar juntas no carro. Helen ria, Edward sorria largo.

“If I could fall – Se eu caísse
Into the sky – No céu
Do you think time – Você acha que
Would pass me by – Nos perderíamos no tempo?
Cause you know I´d walk – Porque eu andaria
A thousand miles – Um milhão de milhas
If I could – Se eu apenas
Just see you... – Pudesse te ver
Tonight – Esta noite”

Assim que Edward parou o carro na garagem, nós entramos no elevador e subimos. Qual era o meu andar mesmo? Ok, não importa. Ele me entregou a chave da porta, eu a coloquei na fechadura e girei, destrancando-a. Então, entrei em NOSSO apartamento. É claro que eu devia imaginar que estaria tudo limpo, Alice, minha mãe e, com certeza, Esme, passaram por aqui.

Logo em seguida, Emmett entrou carregando algumas caixas e todos vieram atrás dele, com exceção de Carlisle, que sairia somente daqui a algumas horas, dando tempo apenas de nos acompanhar onde quer que a fadinha-do-mal estivesse planejando.

- Ae!! – Emmett gritou. – Olha ursinha, agora você vai poder vir brincar com a priminha aqui!
- Ah, desculpem o contratempo. – Angie-Angela, chegou correndo, com Ben ao seu encalço.
- Ang, amiga, você vai poder tirar muitas fotos. Não precisa afobar. – Eu ri. – Vamos meu amor, hora de vermos o seu quartinho.

Edward, Vic e minha mãe nos seguiram. Abri a primeira porta que vi, no início do corredor, era um banheiro, todo decorado em branco e detalhes azuis. Simplesmente lindo. Abri a segunda porta. Ali estava um quarto inteiramente cor de rosa, com pequenos arabescos brancos nos cantos da parede e teto. O lustre era modesto, mas o berço era algo que eu jamais tinha imaginado. Deveria caber um adulto, ao invés de uma criança ali.
Depois, segui para o outro quarto. Era o quarto de hóspedes.

- Vic, receio que este seja o seu quarto. – Sorri.
- Tem certeza que me querem por aqui? – Ela perguntou meio receosa. – Não que eu tenha algo em mente, mas, bom, vocês querem suas vidas de casados... então...
- Vic, você é uma pessoa importante para mim. Você cuidou da minha filha quando eu não pude. – Acariciei as bochechas rosadas de Helen. – Enquanto você resolver ficar aqui em Londres, ficará conosco.
- Não é problema nenhum em recebê-la, além do mais, você não é somente a baba da nossa filha...
- É nossa amiga, também. – Minha mãe sorriu. – Eu tenho uma boa impressão sobre você. Acredite. Estará muito bem aqui.
- Então, muito obrigada. – Ela sorriu, então entrou no quarto.
- Porque não vão ver o quarto de vocês? Venha com a vovó, minha anjinha. – Minha mãe sorriu.

Ela pegou Helen no colo e foi para a sala, onde todos estavam. Edward abriu a porta de nosso quarto. As paredes era de um tom amarelado – cor marfim, talvez – com pequenos detalhes em ocre, contrastando. Havia uma porta maior, que pensei em ser um closet, não queria imaginar o que Alice teria feito ali.E, havia outra porta, um banheiro. A cama era linda, daquelas tipo king size, com uma colcha num tom quase alaranjado.

- Adorei... – Murmurei.
- Alice, minha mãe e minha sogrinha fizeram. – Edward sussurrou em meu ouvido, acariciando meu cabelo. – Senti falta disso.
- Vai ficar chateado se eu disser que não tenho noção? É como se eu dormisse hoje e acordasse amanhã... – Coloquei minhas mãos em seu pescoço.
- Eu sei, não fico com raiva. Fico muito feliz, você está aqui, afinal. – Ele sorriu e me beijou levemente.

Nossa tarde passou muito tranqüila. Hoje, nós todos almoçamos aqui em casa, minha mãe cozinhou. Havia um clima de tranqüilidade no ar, embora, para mim, a ficha ainda não tivesse caído. Eu não podia dizer exatamente como foi, se eu senti falta deles... Era tudo muito estranho. Era realmente como se eu tivesse dormido por algumas horas, mas, durante essas horas, eu ouvia várias vozes conversando comigo. Era como se eu tivesse tido um sonho muito longo.

- Você está linda. – Edward disse quando eu saí do quarto, encontrando-o na sala com Helen.
- Obrigada. – Eu sorri.

Eu estava vestindo um calça jeans, um sapato chanell não muito alto com uma blusinha. Não pretendia extravasar, bem, agora eu fazia o papel de mãe, certo? Esperamos Victoria na sala, ela soltou seus cabelos, que era cor de fogo e tinham cachos perfeitos. Colocou apenas uma blusinha branca, com uma calça e uma sandália alta. Ela sorriu, me elogiando.

Chegamos ao nosso restaurante preferido em Londres, Rivendel. Na entrada, haviam alguns fotógrafos e dois guarda-roupas. Arriscaria dizer que eles deviam ser maiores que Emmett e, sim, colocavam mais medo do que quando meu cunhado ficava bravo. Quando saímos do carro, os dois seguranças meio que tomaram posição, não sei para quê, mas... Edward saiu e abriu a porta para mim, meus pais e o resto de minha família estavam logo atrás de nós.

- Senhorita, Hale! – Um dos fotógrafos exclamou. – Então foi mesmo verdade...

Eu não o ouvi terminar. O pequeno grande guarda-roupa que estava barrando a entrada do restaurante nos deu passagem e espantou o fotógrafo. Cara, eu só saí do hospital. A coisa não podia ser tão séria assim...

- Omg, para que tanto alarde? O_O’ – Perguntei arregalando os olhos.
- Foi inevitável, filha. – Meu pai falou. – As pessoas, os paparazzi na verdade, junto com os jornais, notaram o sumisso das ‘irmãs Hale’, então, o alarde começou.
- Eu mesma vi o jornal. – Vic riu. – Desculpem, mas é que sempre leio a coluna de fofocas. Mas esse não é o caso; eu li que tinha até tentativa de seqüestro...
- É, um absurdo. – Murmurei.
Quando todos chegaram no hall de entrada, o maitre nos levou a mesa que havíamos reservado. Era dezessete pessoas no total, eu só queria imaginar se nosos amigos estivessem aqui também. Não, não ia dar certo... Alguns minutos depois, eu ouvi alguns murmúrios vindos em nossa direção. Então, acompanhada de três garçons, estava Nina.

- “Bon soir, mês’ami.” (Boa noite, meus amigos)
- Boa noite, Nina. – Minha mãe cumprimentou-a.
- Bem, no momento não posso parar para te dar boas vindas, Bella... a cozinha me espera... – Ela riu. – Mas eles vão atendê-los, qualquer problema, podem chamar algum deles ou a mim mesma. – Ela falou.
- Obrigada. – Eu sorri.
- Família reunida. Cara, família grande essa. – Emmett gargalhou. – Então... o trio Hale volta a ativa?
- Há, vai sonhando, ursinho... – Rose riu.
- Só se for em outra perspectiva. – Alice riu alto.
- É, concordo. Por acaso já tem alguma manchete sobre nossas filhas?
- Isso... nossa informante de primeira mão pode nos dizer, certo, amor? – Ben perguntou á Ang.
- Ah, minha área no jornal é outra, vocês sabem... – Ela ficou vermelha. – Mas receio que amanhã vá sair algo...
- Certo. – Carlisle murmurou. – Não quero paparazzi’s em cima das minhas netas.
- E muito menos em cima das mães delas. – Meu pai completou.
- Hey, é a fama!
- Em, menos. – Edward resmungou.
- Ah, qual é, brother! Você já saiu no jornal quando ficou bêbado num boate... os Cullen sempre saem. – Ele comentou.
- Então foi você!!! – Allie falou alto. –Eu sabia!!! Foi você que saiu carregado por um dos MEUS seguranças. Ora, ora, o mundo dá voltas, hein?!
- Hum, felizmente minha passagem pela mídia não é tão... chamativa. – Eu ri. – Quero só ver quando ficarem na nossa cola. Não me preocupo comigo...
- Ah, minha filha, -Minha mãe falou. – eles vão apenas tirar fotos... e, nossas anjinhas aqui ainda não sabem sobre essas coisas.
- Falando em fofoca... – Rose comentou. – Vocês viram que vazou na internet fotos da Madonna?
- Sempre vazam fotos dela... – Vic comentou.
- È, mas não sem o photoshop. – Allie falou.
- OMG. Como é que aquele ‘Luz não sei o que’ está com ela então? – Vic riu. – Ela deve ser um monstro...

O resto da noite foi exepcionalmente bem. Emmett e Alice insistiram que queriam comer strogonoff, ninguém ousou recusar, já que quando se tratavam de Emmett e Alice fazendo chantagens, ninguém conseguia resistir. Nós éramos praticamente obrigados a fazer o que eles quisessem. Em meio á sucos, vinhos, coca-colas e conversas, fomos embora quando já se passavam da meia noite. Minha filha e minhas duas sobrinhas já dormiam em nossos colos quando saímos. Só não pudemos evitar que batessem uma foto em quanto entrávamos no carro. Eu não queria nem imaginar o que aconteceu com esses paparazzi’s enquanto eu estava em off, como dizia o Emmett.