Capítulo 17 – Conselhos Inimigos

–Katherine! – exclamei. – Onde é que pensas que vais?

Ela virou-se para mim, impaciente.

–Sair daqui é a minha prioridade número um. Não quero ficar de novo presa há bruxa Bennett.

–Acredito que sim – anuí. – Mas isso não vai acontecer enquanto não falarmos decentemente.

–Não é isso que estamos a fazer? – ela recomeçou a andar, e eu acompanhei-a. – Oh, por favor, não me vais seguir como um golden retriever, pois não?

–Até me prometeres uma coisa, não te vais ver livre de mim.

Ela suspirou alto.

–O que é?

–Elijah.

Ela semicerrou os olhos e parou de andar, cruzando os braços.

–Como?

–Eu quero saber se tu ainda tens na tua posse a tal arma que o mata. Eu quero fazer uma troca.

–Que troca?

Eu sabia que negócios com Katherine podiam ser muito lucrativos.

–Eu posso arranjar maneira de ficar com a Cura. Basta pedir a Bonnie e fica tudo resolvido.

–E quem te garante que ela te vai entregar a Cura, e não à sua preciosa amiga entediante Elena? – ergueu uma sobrancelha.

–Eu posso roubar-lha.

–Oh, querida, tu és tão inocente. Bonnie Bennett é uma bruxa poderosíssima e tu estás sozinha nesta alhada. Para além disso, BonBon fez um acordo comigo muito mais lucrativo do que a Cura.

–Não há nada mais lucrativo do que a Cura – contrapus. – Tu podes dá-la a Klaus e assim conseguirás a tua liberdade.

–Ah, mas eu consegui afastar Klaus do cenário, não consegui?

Abanei a cabeça confusa.

–Então e Elijah?

–O que tem ele?

–Tu ameaçaste-me que ias matá-lo! Tu querias a Cura! Se já não queres a Cura, então o que queres de mim?

Ela ficou a pensar durante alguns segundos. Vários segundos, aliás, o que me deixou irritada e nervosa.

–Não te metas entre mim e a Bonnie – avisou ela. – Podes ficar com a Cura á vontade, a estupidez é tua, não minha. E se queres um conselho, gratuito, em honra a Elijah, eu não me metia entre a Cura e os Salvatore. Eles podem parecer muito amigos, mas no final, o que interessa é a minha versão deselegante, Elena.

Katherine desinteressada na Cura? A dar-me conselhos?

–Não acredito em ti.

–Acredita no que quiseres – encolheu os ombros. – Vemo-nos por aí, Jo Forbes.

©AnaTheresaC