Heart Attack escrita por AnaTheresaC


Capítulo 10
Capítulo 10 - Katherine


Notas iniciais do capítulo

Oi Darlings!
Desculpem o meu desaparecimento, mas eu precisava de um descanso da escrita. Desculpem não vos ter dito nada.
E, novidades fresquinhas, eu entrei para a Faculdade de Letras de Lisboa! YAY!!!! As aulas começam amanhã, então hoje tenho que deitar cedo. Own :(
Em relação ás fanfics, eu vou começar a postá-las só de 15 em 15 dias e aos sábados, OK? Porque domingo preciso de me deitar beeeem cedo (demoro 1h 30 min a chegar à Faculdade)
Espero que gostem do capítulo!



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Capítulo 10 – Katherine

A minha vida estava miserável. Primeiro de tudo: não tinha Elijah ao meu lado. Já faziam duas semanas que ele tinha ido embora encontrar-se com Katherine e nunca mais ouvi notícias dele. Em segundo lugar: tinha que mentir. Sou muito boa a mentir, mas até para a minha prima tive que mentir. Dizia sempre que Elijah tinha ido viajar, algo a ver com um antigo amigo dele que estava em problemas. O que mais suspeitava era Klaus, mas raramente me encontrava com ele, e quando isso acontecia estava com Rebekah, por isso ele não podia fazer muitas perguntas. Em último lugar: Elena. Ela tinha desligado a sua humanidade e estava a dar connosco todos em doidos! Ela até tentou matar a minha prima, o que valeu foi que Damon, Stefan e eu aparecemos e afastámo-la de Caroline. Damon levou-a para Nova Iorque para ela apanhar algum ar fresco. Mas não era só isso; Damon também tinha ido em busca de uma pista para encontrar Katherine. É óbvio que mandei logo SMS a Elijah a avisá-lo, mas ele nem me respondeu.

Já era madrugada. Ashley estava a dormir no colchão insuflável no chão enquanto que eu estava na cama mas, como todas as noites desde que Elijah tinha ido embora, não conseguia dormir. Estava a olhar para a janela, à espera que a claridade do novo dia se anunciasse e eu começasse a mexer-me, mas estava a parecer que hoje estava a durar mais tempo.

O meu telemóvel vibrou debaixo da almofada e eu peguei logo nele, clicando na tecla verde.

-Sim? – falei em tom baixo para não acordar Ashley. Saí da cama tentando fazer o mínimo de barulho e saí do quarto, fechando a porta atrás de mim.

-Desculpa se te acordei, mas eu queria ter a certeza que nenhum vampiro conseguiria ouvir o que eu estou prestes a dizer-te.

Sorri ao ouvir a sua voz.

-Elijah.

-Sim, sou eu. Ouve-me com atenção – pediu ele, mas eu continuei com o sorriso no rosto. – Preciso que venhas ter comigo. Ela tem a Cura com ela e concordou em dar-me, desde que eu fizesse um pacto com Klaus.

-Então Klaus também sabe?

-Não – afirmou e suspirou alto. – Vou tratar dele mais tarde. Preciso que venhas tomar a Cura.

-Está bem. Amanhã de manhã…

-Não, Jo. Agora – pediu, com urgência. – Se alguém souber que tu vens ter comigo, vão tentar impedir-te. Não confio neles. Pega nas chaves do carro e vem ter comigo agora mesmo. Não há tempo a perder, quanto mais depressa isto se resolver, melhor.

Alguns momentos de silêncio prolongaram-se entre nós. Estava a tentar pensar no que fazer, na melhor maneira de ir ter com ele. Não podia sair de casa a meio da noite! A minha tia era a Xerife da cidade, se ela não soubesse para onde iria, de certeza que lançaria um alerta na cidade e quando voltasse a casa, estaria em apuros.

-Está bem. Onde queres que eu vá?

-Vou mandar-te as coordenadas do primeiro lugar onde tens que parar.

-Primeiro lugar? Elijah, não confias em mim?

-É claro que confio em ti. Só não confio neles – corrigiu ele. – Despacha-te. Estou desejoso de te ver.

-Nem me fales – comentei. – Amo-te.

-Amo-te – respondeu ele e desligou. Um SMS apareceu logo no meu telemóvel, com o pedido para eu apagar a mensagem assim que ela se tornasse desnecessária.

Entrei no quarto e tentando fazer o mínimo barulho, peguei nalgumas roupas, colocando-as no meu saco de cheerleader. Escrevi uma breve carta num dos meus cadernos da escola, deixando-o aberto para Ashley ver assim que acordasse.

Fechei a porta do quarto e peguei nas chaves do carro e de casa que estavam na mesa de apoio, logo à entrada. Consegui sair de casa e assim que entrei no carro que Elijah me tinha deixado, coloquei as coordenadas que ele me tinha enviado no GPS e apaguei a mensagem, tal como ele pediu.

A viagem durou várias horas e quando cheguei ao destino, que era uma estação de serviço no meio do nada, liguei para ele.

-Já cheguei – disse.

-Ótimo. Dentro do porta-luvas, está uma carteira que tem 1000 dólares americanos. Quero que uses para comprar um telemóvel e um cartão para ele novo.

-Mas porquê…?

-Para não te detetarem. E desliga o teu telemóvel. Assim que tiveres o novo número, manda-me uma mensagem.

-Está bem – fiquei amuada e desliguei. Não estava a perceber porquê o cuidado exagerado, mas fiz o que ele pediu e voltei a ligar-lhe.

-Agora vou mandar-te de novo as coordenadas e não haverá mais nenhuma paragem.

-Finalmente! – exclamei, talvez um pouco mais alterada do que o normal. – Desculpa. Mas é que isto está a dar comigo em doida! Hoje era dia de aulas e estou há dias sem dormir!

-Ah, também não consegues dormir – quase podia ver o seu sorriso que se estava a formar nos seus lábios. – Eu também não.

-Bem, assim que estiver contigo e com a Cura tomada, vamos dormir uma bela soneca num hotel de cinco estrelas que tu irás pagar.

Ele riu e eu acompanhei a sua risada.

-Vejo-te em breve. Se estiveres muito cansada, para nalgum hotel e paga com o cartão de crédito que está dentro da carteira.

-Estás a falar daquele lindo cartão de crédito dourado? Oh, vou transformar-me na Mrs. Mikaelson, a usar o cartão do marido!

-Já somos quase casados – olhei automaticamente para o anel que ele me tinha dado, que também me protegia do sol. Em breve, não iria necessitar mais dele, mas o valor simbólico que tinha era demasiado alto para o tirar do dedo. – Podes usar o cartão de crédito do Mr. Mikaelson as vezes que quiseres.

-Isso agrada-me.

***

A viagem demorou dois dias. Tive que descansar algumas vezes nalgumas pensões, mas era durante muito pouco tempo, já que não conseguia ter um sono profundo. Havia sempre alguma coisa que me acordava.

Quando cheguei à cidade, parei numa cafetaria para tomar um café bem forte. As pessoas eram simpáticas e apesar de não fazerem perguntas, sabia que queriam saber de onde tinha vindo.

-Ora, ora, se não é a futura Mrs. Mikaelson – disse Elena, só que quando vi o cabelo aos caracóis, percebi que não era Elena, mas sim Katherine.

-Katherine.

-O que é que te denunciou? O eyeliner, o cabelo ou as roupas de estilistas famosos?

-Não me tentes fazer rir – afirmei enquanto ela se sentava de frente para mim e uma caneca de café a fumegar aparecia à sua frente. – Onde está Elijah?

-Shhhh! – exclamou ela e olhou em redor. – Vamos tratá-lo por “M”. Nunca sabemos quem é que pode estar à escuta.

-Até parece – disse, mas resolvi deixar para trás das costas aquela mania de estar a ser perseguida. Afinal, Katherine estava a fugir de Klaus há muito tempo. – Então? Onde está M?

-Ele não se pôde encontrar contigo, então mandou-me a mim.

-Não acredito.

-Acredita no que quiseres, mas acredita nisto também: eu não queria nada encontrar-me contigo também.

-Porquê? Porque sou a noiva dele?

Ela revirou os olhos, mas percebi que era por isso mesmo.

-Porque tu és a priminha querida da Caroline Forbes, que é a melhor amiguinha da minha doppelganger na versão mais feia de mim.

-E?

-E tenho a certeza que ela sabe desta viagem.

-Estás errada. Vim sozinha e ninguém sabe onde estou. Deixei um bilhete a dizer que tinha ido à procura de Elijah, já que ele não dava notícias. Todos devem de acreditar na história da romântica apaixonada em busca do seu amado perdido – fiz beicinho na última parte propositadamente, para lhe mostrar que se ela era sarcástica, eu conseguia ser mais.

-Hum, temos uma pequena mentirosa em Mystic Falls.

-Não sou a única. E não sou de Mystic Falls; sou de Los Angeles – corrigi-a e recostei-me no banco ao mesmo que ela.

-Então? Quando é que vão começar as ameaças? – indagou ela.

-Não sou como os outros vampiros, Katherine. Não ameaço para ter o que quero. Tu vais dar-me a Cura e ponto final.

-Queridinha, podes ser noiva de um Original, mas isso não faz de ti uma – ela inclinou a cabeça para o lado e franziu o queixo, provocando um pequeno beicinho.

-Oh, queridinha – usei a mesma palavra que ela me tinha atribuído de propósito e imitei o seu tom de voz. – Para fazer parte dos Originais, temos que ter estaleca.

Peguei no garfo que estava pousado ao meu lado e atirei-o contra ela, mas Katherine pegou nele a reivindicou o golpe, que eu apanhei com um pouco de dificuldade.

-Muito bem, bitch, hora das histórias acabou – afirmei, levantando-me e ela fez o mesmo.

-Calma, ladies – Elijah apareceu e colocou uma mão no ombro de cada uma. – Não queremos atrair a atenção para nós.

Semicerrei os olhos para ele e voltei a sentar-me, dando-lhe espaço para se sentar ao meu lado. Ele assim o fez, assim que viu Katherine sentada no seu lugar, com os braços cruzados como uma menina mimada. Até beicinho de mimada ela fez! Elijah colocou uma mão no meu joelho por baixo da mesa, procurando acalmar-me.

-Katerina, tens a Cura?

-Está num lugar seguro. Vou precisar de algumas horas para a ir buscar – afirmou ela, abrindo (finalmente) o jogo.

-A que horas nos podemos encontrar?

Ela olhou para o seu relógio de pulso e disse:

-Duas da tarde.

-Ótimo. Podemos encontrar-nos mesmo no centro da cidade, debaixo daquele pórtico, onde nos encontrámos da primeira vez.

-Parece uma excelente ideia. Lá estarei.

Levantou e saiu da cafetaria, sem nem sequer pagar o seu café.

-Ela é odiosa – murmurei, de dentes cerrados.

-Olá, querida – disse ele, olhando para mim com felicidade no olhar e um sorriso de divertimento nos lábios. Afinal, ele tinha apreciado a nossa quase cat-fight.

-Olá, querido – respondi de volta, beijando-o e esquecendo-me dos problemas em relação à Cura e a Katherine.

©AnaTheresaC


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Notas finais do capítulo

O que acharam da Katherine? The bitch is back! hahaha
XOXO,até daqui a 15 dias!