O Jogo Da Morte escrita por Sakakibara Chiaki


Capítulo 1
Jogo


Notas iniciais do capítulo

Bem, esse primeiro capítulo é apenas para explicar melhor a história. Ainda não tem muita batalha, essas coisas...
Só pra avisar, esse diálogo do início não faz parte da história. Apenas coloquei porque eu gosto de inícios assim, que não começam direto com a história.
Enfim... Espero que gostem *-*



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– Já parou para pensar em como seria sua morte?

– A morte? Não me importa como ela vem. Você prefere uma vida vazia ou uma morte significativa?

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O local estava lotado. Todos olhavam uns aos outros, como se estivessem avaliando seus futuros concorrentes. A maioria parecia empolgado, menos Riley.

O garoto de cabelos negros e olhos castanhos olhava para todos com desprezo. Ele pensava: “Essa pessoas... São todas inúteis! Só estão aqui por ganância e cobiça. Eu, pelo menos, tenho motivos para estar aqui!”

Riley Steves tinha 18 anos, e era o tipo de garoto indiferente, mal humorado e revoltado. Ele nunca gostou muito de se socializar com as pessoas, e sempre foi muito reservado. Desde que perdeu toda sua família em uma guerra, ele tem se colocado contra o governo, e consequentemente, contra o mundo.

Ele odiava o governo. Desde que um único rei dominava praticamente o planeta inteiro, ele desejava mudar o mundo.

Aquele desejo, era algo inocente, porém, aos 16 anos, quando as tropas dominaram sua terra e levaram a morte toda sua família, ele teve um objetivo. Além de querer mudar o tipo de governo que o mundo tinha, ele queria vingar a morte de sua família, ou trazê-los de volta de alguma forma.

Foi aí que uma chance surgiu. Foi anunciado que o Rei Hawkney Kendrick III procurava um sucessor para seu trono. Riley não queria poder, nem dinheiro. Ele apenas queria melhorar esse mundo que ele julga podre. Além de que ele sabia, que um Rei era capaz de fazer coisas, que vão além da capacidade humana. Ele tinha esperanças de trazer sua família de volta.

Ele se inscreveu como participante de uma disputa, onde só haveria um vencedor, que se tornaria sucessor do Rei. Ele sabia que não seria uma disputa fácil, mas ele estava disposto a enfrentar de tudo para conseguir seus objetivos.

“Eu já imaginava que os outros participantes estariam aqui apenas por poder, dinheiro, ou outros desejos gananciosos. Mas apesar disso, eles parecem ser oponentes fortes. Darei o melhor de mim” pensou Riley.

O garoto de cabelos negros saiu de seu devaneio quando ouviu o som das cornetas. Todas as pessoas do local, que estavam agitados, se calaram e se curvaram, enquanto o Rei entrava.

“Tsc! Pra que tanta cerimônia para um merdinha daqueles? Além desse cara se achar, ainda faz o mundo ficar mais podre do que já era. E o pior de tudo. Por causa da fome de poder dele, eu perdi minha família inteira!” Riley queria continuar em pé, por orgulho, mas ele queria viver, então também se curvou, com má vontade.

O homem de cabelos compridos loiros e olhos azuis, riu convencidamente. Ele realmente amava ver todos aos seus pés. Ele jogou sua capa branca de pele de animais para trás de um jeito esnobe e se aproximou do microfone.

– Sejam bem vindos, meus súditos! – disse o Rei com sua típica voz afeminada ecoando pelo local – Como vocês já sabem, eu sou Hawkney Kendrick... Terceiro – riu com superioridade.

“Além de ter o nome mais ridículo que eu já ouvi, ainda tem que ser viadão! Arg, esse homem me enoja.” Riley escondeu sua cara de desgosto.

– Levantem-se! – ele disse, fazendo um gesto teatral com as mãos. Assim os participantes fizeram – A partir de agora vocês não poderão mais ficar parados. Um longo desafio os espera. Porém, o prêmio é merecido! O vencedor sucederá o trono, e receberá poderes inimagináveis – dramatizou.

O loiro rondou os olhos pela arena, onde os participantes escutavam atentos. Um sorriso malicioso brotou no canto de seus lábios. Ele inventara aquele jogo, nada mais, nada menos, do que para sua própria diversão. Ele sabia que acabaria com a vida de muita gente, mas ele não se importava. Na visão dele, aquele que tem medo de morrer ou matar, não é qualificado para lhe suceder.

– Vocês entraram em um jogo agora! – ele continuou de uma forma bem dramática – Um jogo de morte! Onde só haverá um vencedor! – riu malignamente.

“Disso todos já sabem! Dá pra explicar logo o que queremos saber, seu viado escroto?” Riley pensou, rangendo os dentes. Ele realmente odiava aquele dramático a sua frente, que continuou falando:

– Neste jogo, vocês terão que lutar, e provar o tamanho de sua força! É matar ou morrer! Vocês terão que escolher!

As pessoas começaram a se empolgar. Pelo visto todos naquele lugar, menos Riley, tinha sede de sangue. Ou talvez, sede de poder.

– Deixem-me explicar agora o que vocês não sabem. Esse não é um jogo qualquer, no qual humanos são capazes de criar. Eu sou o Rei, e escolhi a melhor forma possível de se criar um jogo interessante.

O rei encarou a plateia, acionando um ar de suspense. As pessoas pareciam curiosas, então, ele prosseguiu:

– Entre vocês, há 100 participantes inscritos, porém... No jogo... Apenas 99 estarão vivos.

As pessoas começaram a se entreolhar curiosas, sem entender o que o homem quis dizer com aquilo. Riley também ficou meio confuso, apesar de ser uma pessoa com um QI altíssimo.

– Entre vocês, está uma pessoa... Que aparentemente está viva, mas já morreu.

Aquilo fez a plateia ir à loucura, e começarem a se entreolhar, desconfiados um dos outros. Riley cerrou os punhos: “Maldito! Eu não imaginei que ele fosse mexer com esse tipo de coisa!” pensou.

– Silêncio! – o Rei mandou – Prestem atenção quando o Rei do mundo fala!

Todos se calaram. Depois do silêncio, o homem jogou seus longos cabelos loiros com o nariz empinado, soltando um “Humf” convencido e depois voltou a falar:

– Sim, este morto é perigoso. No momento em que um de vocês estiver diante do morto, ele tentará te matar. Se você morrer, ele, com seus dons especiais, hipnotizará seu corpo, transformando-o em seu aliado, de forma que você faça o que ele quiser, inconscientemente.

As pessoas começaram a se apavorar. Ninguém imaginava que aquele jogo poderia conter algo do tipo.

– As pessoas que vão sendo mortas pelo que já está morto, fingirão continuar no jogo, quando na verdade, estão apenas servindo de isca, para trazer mais pessoas para o morto. Dessa forma, ninguém saberá quantos participantes ainda restam no jogo. – ele riu malignamente – Ai, como isso é divertido!

Algumas pessoas começaram a gritar que aquilo era injusto. Porém, o Rei não ligou. Ele queria diversão.

“Merda, isso vai ser mais difícil do que eu pensava!” Riley rangeu os dentes cerrando o punho, e logo depois olhou para o lado. Havia um homem, de aparentemente uns 20 anos, com cabelos castanhos, totalmente apavorado. Gotas de suor escorriam em seu rosto totalmente apavorado. Infelizmente, Riley pressentia que ele não duraria muito tempo no jogo.

– O único objetivo é sobreviver! – o Rei falava empolgado – Neste jogo, há apenas poucas regras. Número 1: Não é permitido usar armas de fogo. Só é permitido usar espadas, facas, machados, flechas, ou qualquer outra coisa que não seja revólveres ou pistolas. Número 2: Todos os participantes não podem sair da cidade. “Player” é uma cidade abandonada que foi reservada especialmente para esse jogo, e é proibido sair.

Os participantes pareceram felizes com as poucas regras existentes no jogo. Praticamente, valia tudo. Fariam de tudo para vencer.

– Se algum de vocês for pego desrespeitando as regras, será eliminado do jogo imediatamente pelos meus guardas – ele fez um gesto teatral, mostrando os diversos guardas que cercavam o local.

“Filho da puta! Ele vai mesmo fazer isso com as pessoas por pura diversão? Esse cara que devia morrer, não nós! Bem, eu não pretendo morrer! Não serei pego pelo morto! Isso não é apenas um jogo de morte, onde todos irão morrer. É o jogo da morte, onde uma pessoa já sem vida escolhe o destino de todos.”

– E lembrem-se: Não confiem em ninguém. Qualquer um pode ser o morto. – deu uma baixa risada – E a partir do momento em que o jogo for iniciado, não haverá volta. Esta é a chance! Se alguém quiser se retirar do jogo, diga agora ou cale-se para sempre!

O de olhos azuis terminou a frase e entrou em uma crise de risos:

– Cale-se para sempre hahahaha! Ai, essa piada foi ótima!

“NÃO! NÃO FOI, SUA HIENA FODIDA!” Riley pegava cada vez mais ódio dele. O rei, quando terminou de rir, perguntou mais uma vez, desta vez mais sério, se alguém queria se retirar.

Riley viu que o homem ao seu lado, ainda apavorado, estava meio hesitante para levantar a mão. “Ah, sabia que ele ia desistir”.

Quando todos acharam que ninguém ia desistir, o homem ao lado de Riley juntou suas forças e levantou a mão, apertando os olhos, pois não queria ver os olhos debochados dos outros.

O loiro sorriu maliciosamente e disse:

– Tem certeza mesmo que deseja abandonar o jogo? Sabe o que vai perder?

O homem fez que sim com a cabeça, obtendo como resposta um “tudo bem, então” do Rei. O de cabelos dourados foi até um de seus guardas e pegou sua arma. Apontou para o de cabelos castanhos e disse:

– Se é assim que você quer... – apertou o gatilho

Riley pôde ver diante de seus olhos, a bala atingir bem na cabeça do homem, que caiu no chão. Acabou espirrando um pouco de sangue no rosto do garoto de cabelos negros, que estava petrificado.

“Ele... O matou... Do nada???” Riley estava incrédulo. Acabara de ver uma pessoa ser morta na sua frente. Um alvoroço percorreu a todos. Alguns acharam merecido, outros ficaram revoltados, e outros, que desejavam desistir, ficaram apavorados, e resolveram não desistir.

O Rei soltou uma risada histérica e descontrolada, fazendo as pessoas se assustarem. Em seu rosto estava estampado um sorriso que ia de uma orelha a outra e seus olhos azuis estavam arregalados. Sua face estava demoníaca, totalmente insana e tomada pela loucura.

– Como podem ver, meus queridos, – ele ainda mantinha a expressão de maluco – o único jeito de sair desse jogo é morrendo ou vencendo! Deveriam imaginar isso quando se inscreveram! Ahahahaha! – voltou a rir, deixando todos ainda mais apavorados.

“Eu vou vencer esse jogo” Riley fez uma cara decidida “E quando estiver no poder, eliminarei esse maníaco do mundo!”

O rei atirou novamente, mas desta vez para o céu, e disse dramaticamente:

– QUE O JOGO COMECE!!!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado *-*
Só pra avisar, eu tenho uma caralhada de história para escrever, e não estou muito focada nessa. Por isso, talvez demore um pouco para sair os capítulos, mas peço que não parem de acompanhar.
Bjs *-*