-Vamos Harry!Se apresse...Papai esta esperando!-Eu grito para o menino.Meu nome é Christ Benedetti, tenho 10 anos agora, nasci dia 31 de julho de 1980, coincidentemente no mesmo dia que Harry.

Ele é meu único amigo na escola, nos conhecemos quando eu tinha 3 anos, meu pai e eu morávamos longe, mas pedi se não podíamos nos mudar para mais perto de meu amigo, então aos 4 eu morava em Privet Drive.

Os Dursley são o pior tipo de gente que eu já conheci, o primeiro encontro, na nossa festa de boas vindas, eu tive uma péssima primeira impressão.

A mulher era magra, quase anoréxica, cabelos loiros e pescoço comprido, ela parecia decepcionada ao saber que minha mãe havia nos deixado há anos, mas logo se recuperou e tentou me direcionar para seu filho.

Dudley parecia um porco, muito gordo e rosado, e não parecia mais esperto que um também.

O que mais me revoltou foi o homem corpulento de bigode, que parecia terrivelmente arrogante enquanto falava com meu pai sobre sua carreira e família.

Percebi que Harry não viera nos visitar e ao perguntar por ele para meu pai, visivelmente interrompendo Vernon, eu parecia ter me tornado a coisa mais odiada pelos Dursley.

Após isso, ninguém, além de Harry, falava comigo na escola, provavelmente por causa de Dudley e sua gangue, mas eu tinha um amigo que eu sabia, instintivamente, que sempre ficaria comigo não importava o que acontecesse.

-Calma Chris...Já estou quase lá!- Aquele garoto vai ser sempre a coisa mais adorável que eu já vi. O cabelo sempre tão desengonçado estava crescido até um pouco abaixo das omoplatas, sua franja tapava perfeitamente a testa e assim a singular cicatriz que esta continha.Ele era pequeno e magro, mas saudável, uma vez que ele passa a maior parte do tempo na minha casa.

Falta uma semana para nosso aniversário de 11 anos e eu insisti que meu pai nos levasse para uma casa de campo em Whiltshire. A alguns quilometros de uma grande mansão.

Viajar com papai e Harry é sempre divertido, vamos com o radio ligado, cantando com qualquer musica que toque e quando o radio não pega começamos a brincar de adivinhar.

A casa de campo não é muito grande, mas é acolhedora, tinha só dois quartos, um banheiro, uma cozinha mediana, uma sala e um grande terreno ao redor.A sala não era grande coisa, duas poltronas de couro marrom, uma estante cheia de livros, de todos os tipos, e um tapete de lã de ovelha cobrindo o chão entre as poltronas.

Eu dividia o quarto com Harry enquanto papai ocupava o outro.

Quando sozinha com Harry, eu não podia conter minha excitação.

-Sério!Eu consegui fazer uma flor morta voltar a crescer ontem...!- Isso já era comum entre nós, coisas estranhas aconteciam de tempos em tempos com um de nós dois. A ultima vez Harry havia levado tanto eu quanto ele para o telhado do refeitório. Quase fomos pegos, mas eu sabia como descer sem chamar muita atenção. Ele sorriu pra mim.

-Vamos Harry! Você é melhor que eu nisso, chame um dos livros da estante de baixo na sala. - Aprendemos, com o tempo, que se quiséssemos muito poderíamos controlar esses estranhos poderes, e assim fazer coisas acontecerem.

Durante essa semana fomos tentando coisas novas, Harry conseguiu transformar uma borboleta em um anel pra mim, e eu uma rosa em uma orquídea.

Subimos nas arvores mais altas do terreno e eu teria quebrado uma perna se não tivesse começado a flutuar a meio metro do chão.

Descobrimos a tempos que Harry pode falar com cobras e eu posso entende-las se estiver em contato com ele, então ficamos amigos de um ninho que estava escondido no terreno.

O mais divertido eram os mergulhos no riacho que tinha perto da casa, papai ficava com a gente e sorria a cada coisa que mostrávamos a ele, eu consegui fazer um pouco de água flutuar em forma de bolha sobre a cabeça dele antes de perder o controle, encharcando ele. Eu e Harry quase morremos de tanto rir,até que ele tirou uma pistola de água da bolsa que trouxe.