A Guardiã Das Florestas escrita por Luna Malvina Potter


Capítulo 8
Os antigos reis juntos à uma antiga inimiga


Notas iniciais do capítulo

DESCULPEM A DEMORA

sério além de estar com o famoso bloqueio criativo estive viajando por isso não pude postar mais
espero que gostem e BOA LEITURA



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Mustafá se despediu de Tash com uma enorme reverencia e se dirigiu para um alçapão escondido de baixo de um tapete amarotado. Abriu a pequena tampa de madeira que imitava o piso revelando uma passagem fria, úmida e escura que continha uma escada de madeira podre e rangedora. 

Pegando emprestado uma pequena vela de cera acesa do altar do Deus da Guerra, o Imperador desceu as escadas tremulo. E conforme descia, atrás dele archotes se incendiavam sozinhos. A passagem revelou um amplo espaço cheio de teias de aranha, mal ventilado e acima de tudo desagradável, mas que continha uma enorme riqueza escondida.

Objetos de ouro, roupas e tecidos de seda, peles de animais narnianos, pedras preciosas forravam o chão de terra batida. E entre todas essas valiosas relíquias as que mais se destacavam era um espelho moldurado com pedras preciosas de simetria do tamanho de uma porta e um lindo e lustroso caldeirão tão grande que se enchido de água uma pessoa poderia tomar banho dentro dele.

O homem carregou com cuidado o espelho para fora daquele lugar e estremeceu ao sentir seu peso sobre sua frágil coluna, fechou a passagem secreta, que apenas ele sabia da existência, e ordenou que dois servos seu carregassem o espelho para a carruagem.

Os empregados ficaram espantados com tamanha beleza, um espelho tão bonito e magnifico capaz de refletir ate a alma de quem o admira, onde ate mesmo o mais horrendo sapo se sentiria digno de se casar com uma princesa.

O espelho foi encostado em uma parede no castelo de Mustafá que enquanto isso acontecia ordenou a seu mensageiro desajeitado que buscasse Baldor. O comandante chegou o mais rápido possível, ofegante, mas sem um fio de cabelo fora do lugar, elegante como sempre.

Com uma reverência ele saudou seu Imperador:

-Como vai Mustafá? E que o senhor viva para sempre, mandou me chamar?

-É claro que mandei, que pergunta mais idiota para se fazer comandante francamente...

-Desculpe meu senhor, você tem toda a razão como sempre.

-Eu te chamei aqui pois quero que faça um serviço para mim. O imperador fez uma pausa pigarreou e prosseguiu. -Quero que mande seus melhores homens através desse espelho, encontre os Quatro antigos reis e rainhas de Narnia e os capture preciso deles vivos.

-Mas senhor não se tem noticias dos reis e rainhas do passado há muito tempo já devem ter morrido.

-Não me interessa ressuscite-os se for preciso, mas quero eles aqui o mais rápido possível, ou mandarei cortarem sua cabeça. Ordenou severamente.

-Tudo bem senhor, terei a hora de providenciar isso para você pessoalmente. Disse Baldor cabisbaixo.

-Assim espero.

Na casa dos Pevensie

Susana e Pedro haviam voltado para casa e encontrado uma Lúcia e um Edmundo no quarto ainda mais radiante e cheio de novidades para contar sobre sua última visita a Narnia. 

A empolgação logo terminou quando se depararam com a reação arrogante de Susana, que a cada dia se distanciava mais de seus irmãos se importando apenas com roupas caras, joias e coisas de gente grande.

-Já disse para vocês dois esquecerem essa história de mundo magico, Terra magica seja lá o que for, tudo não passa de um SONHO, já esta na hora de vocês crescerem. Advertiu ela.

-E correr o risco de ser chata como você. Disse Edmundo sarcástico, mostrando a língua para ela, fato que Susana ignorou revirando os olhos.

-Mas Susana você esteve lá duas vezes, viu que era real não se lembra de Caspian?. Argumentou Lúcia.

Imediatamente os olhos de Susana ficaram marejados de lágrimas e Lúcia percebeu um pouco tarde de mais que Susana queria desesperadamente acreditar que tudo em Narnia era mentira e poder superar seu amor pelo Rei Caspian X.

-Me desculpe. Disse Lúcia sem jeito.

-Está tudo bem Lú, mas vê se esquece essa história de Narnia de uma vez por todas, nós não vamos mais voltar para lá e ficar lembrando isso só nos vai trazer sofrimento.

Lúcia suspirou o que Susana havia acabado de dizer era doloroso, mas não deixava de ser verdade.

Pedro como irmão mais velho ao ver suas duas preciosas irmãzinhas sofrendo daquele jeito se sentiu obrigado a conforta-las e logo as encaixou uma em cada lado de seu peito e as apertou fortemente em um abraço de urso. Vendo a expressão de nojo patética de Edmundo ele disse.

-Ah Ed está com ciumes, vem aqui tem abraço para todo mundo.

Susana e Lúcia caíram na gargalhada e Edmundo imediatamente fechou sua cara numa expressão carrancuda e disse:

-Ate parece que vou perder meu tempo abraçando homem, já está tarde vou para cama.

-Sem um beijinho de boa noite. Brincou Pedro que adorava provocar seu irmão.

Ed lhe lançou um olhar mortífero e se jogou em sua cama se cobrindo por inteiro.

-Vamos lá Ed você sabe que eu te amo.

-Amar é para idiotas e vê se para com isso você já esta parecendo um Gay.

-Ele têm razão está tarde é melhor irmos dormir também. Com a barriga dolorida de tanto rir finalmente Susana respirou fundo e disse indo em direção ao abajur para apaga-lo.

Mas antes que pudesse faze-lo ela sentiu uma forte pancada na cabeça, se sentiu tonta e antes que desmaiasse ouviu os gritinhos histéricos de Edmundo que ele imitia sempre quando estava tomado pela raiva.

No castelo do Imperador

Os quatro irmãos se encontravam desmaiados, amarrados e sendo carregados por cinco homens através da passagem do espelho para o aposento de Mustafá.

Os cinco homens corpulentos que incluía Baldor, tinham várias hematomas por todas as partes do corpo, o que indica que apesar de desarmados e afastados das Terras agrestes do grande Leão, sangue real ainda corria na veia dos dois filhos de Adão e nas duas filhas de Eva, bom pelo menos em uma delas pois Susana apagara sem ao menos notar o que a acertara.

Mustafá ordenara que os quatro jovens fossem levados para o templo bem vestidos e limpos. E assim a vontade dele foi realizada, tudo é claro sem desperta-los.

Pedro, Susana, Edmundo e Lúcia acordaram sonolentos, assustados e com dores no corpo inteiro principalmente na cabeça em um calabouço cheio de joias e ouro por toda parte, pelo menos era o que parecia eles.

-Já era hora, meus convidados finalmente acordaram. Pronunciou-se Mustafá sarcástico.

-Quem é você? Perguntou Edmundo irritado como sempre.

-Quem sou eu?! Eu sou o Imperador que governara essas terras para sempre. O melhor que já existiu todos veneram e invejam minhas qualidades sou o homem mais poderoso do mundo.

-E mais modesto também. Sussurrou Lúcia baixinho.

-O que você disse mocinha? Perguntou em um tom ameaçador.

-Ah nada não.

-Onde nós estamos? e o que você quer com a gente?

No fundo eles já tinham ideia de onde estavam e desejavam com todas as forças para seus palpites estarem certos e quanto a outra pergunta sabiam que coisa boa não era, mas precisavam da confirmação.

-Ora calem a boca preciso me concentrar e a partir de agora saiba que eu é que faço as perguntas entenderam? Perguntou o Imperador concentrado mexendo uma mistura gosmenta e fedida em um caldeirão de ouro maciço.

Os irmão assentiram e enquanto observavam o homem tentavam pensar em um plano para sair dali.

-Está quase na hora, já estou sentindo o cheirinho de inverno. Ao dizer isso lançou um olhar sapeca para Edmundo que estremeceu da cabeça aos pés.

"Não pode ser a feiticeira está morta não está" Dizia ele para si mesmo, mas sabia que estava errado, pois se lembrara de sua segunda vez em Narnia quando a Feiticeira Branca quase voltara a vida novamente.

-Carne do servo dada de bom grado. Disse mustafá cortando um de seus dedos e jogando no caldeirão que borbulhava.

Lúcia tapou os ouvidos com os joelhos, pois suas mãos estavam fortemente amaradas ao ouvir o grito estridente de agonia do homem e observou como ele era idiota por fazer aquilo.

Com a mão ensanguentada e uma expressão sombria o Imperador caminhou em direção a eles com apenas seu sorriso amostra  naquele lugar mal iluminado, o que lhe proporcionava um ar ainda mais macabro, e carregou Lúcia a força ate o caldeirão.

Amenina chorava, se debatia e esperneava gritando, Há suas costas seus irmãos se debatiam furiosos principalmente Edmundo, que apesar de não admitir se afeiçoara a irmã.

O homem se curvou com um frasquinho na mão, recolheu as lagrimas da garota e as despejou no caldeirão.

-Sim, as lagrimas da mais pura filha de Eva.

Devolvendo Lúcia, Mustafá arrastou Susana que ainda um pouco tonta tentou morder a mão do homem, mas acabou desistindo ao se lembrar que homens coçam as partes intimas, as suas costas seus irmãos continuavam a se debater inútil e incansavelmente.

Ele retirou um tucho de cabelo dela ignorando os xingamentos que Susana lhe dirigia.

jogando o tufo de cabelo no caldeirão ele disse:

-Isso mesmo está quase pronta, o cabelo da mais bela filha de Eva já foi adicionado.

E novamente carregando Susana de volta pegando desta vez Pedro, o que não foi nada fácil, pois ele era grande e muito forte, mas Mustafá parecia determinado a cumprir sua tarefa.

Depois de tanto esforço se debatendo, Pedro acabou suando muito para a satisfação do homem que demonstrava isso claramente em seu sorriso.

com uma colher recolheu algumas gotinhas de suor da testa do mais velho e despejou o conteúdo no caldeirão.

-Suor do mais forte dos Irmãos.

E por ultimo voltou para buscar Edmundo. O homem estendeu o pulso do garoto em cima do caldeirão e com uma adaga o cortou e deixou que o sangue escorresse.

Edmundo se contorceu de dor e abafou um grito em suas entranhas para poder escutar o que Mustafá iria dizer.

-E o mais importante de todos o sangue do traidor.

Edmundo estremeceu novamente, ao som daquela frase suas suspeitas se confirmaram a Feiticeira branca estava retornado.

O ultimo ingrediente fez a poção borbulhar ainda mais e começar a ganhar consistência ate se congelar inteiramente.

Uns minutos se passaram sem que nada acontecesse deixando que uma pequena quantidade de esperança crescesse no coração de Edmundo. Ele torcia com todas as forças para aquilo não dar certo.

Ate que seu pesadelo começou a se tornar realidade, o gelo no caldeirão começou a rachar libertando uma bela mulher, muito mais alta que uma humana comum de lábios vermelhos como sangue e pele branca como a neve.



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Notas finais do capítulo

comentários?
obrigado por lerem a história
bjus