Westover Hall escrita por Fe Valdez
Notas iniciais do capítulo
oi oi galera q ta com raiva de mim kkkkkesse é um capítulo de paz lol
Ok, já fazia quase uns 5 minutos que eu estava tentando abrir aquela maldita janela emperrada só pensando em como Jason ia se fuder tentando entrar por ela, sei lá como, e depois ser pego pelo inspetor.
Estava quase rindo quando de repente surge de baixo da janela um vulto loiro olhando para mim. Dei um grito pulando pra longe da janela e depois tampei minha boca assustada, olhei para Annabeth que só se remexeu e murmurou algo, mas não acordou com meu barulho. CREIOEMDEUSPAI parecia uma criatura de terror aparecendo do nada, mas olhei para janela e era só o Jason pendurado lá, acenando pra mim e falando oi. Xinguei e mostrei o dedo pra ele que riu de mim.
Ele apontou pra janela e eu fiz mímica que não tinha como abrir. Ele olhou para um lado e sorriu, fez um gesto para eu esperar, então abaixou-se e desapareceu mais um vez.
Um minuto depois ouvi duas batidinhas na porta. Como assim, mano? Como?
Abri a porta e ele estava ali de pé. Não o cumprimentei, só coloquei a cabeça pra fora para me certificar que não havia mais ninguém. Voltei, peguei uma blusa fina de frio, meu celular e sai para o corredor, encostando a porta sem fechar.
– Eai. – Jason cumprimentou meio inquieto, balançando para frente e para trás alegre.
– Ave Jason, você que costuma ser sério e calmo, o que aconteceu que ta todo energético e sem sono hoje? – falei baixinho por causa da hora.
– Sei lá, mil tretas mano. Acho que tinha algo naquela flor-de-lótus, acho que comi muito daquilo. – ele disse entusiasmado e eu ri.
– Deve ser por isso que estou com insonia também. – uni as sobrancelhas pensando.
– Notei que você também comeu muito.
– Notou?
– Vagamente. – ele fez aquele gesto de indiferença balançando a mão.
– Deve ter algo de errado com essa flor-de-lótus mesmo, porque você só pode estar drogado para vir aqui, ainda mais sendo proibido.
– Nem da nada, os cara já expulsaram os meninos daqui, devem pensar que não vai acontecer mais nada. Devem estar em uma sala lá embaixo comendo rosquinha.
– Isso é coisa de polícia, Jason.
– Da no mesmo.
– E como você conseguiu chegar aqui? – levantei uma sobrancelha. – Virou o homem-aranha? – perguntei.
Ele riu mais uma vez, está muito risonho esse garoto.
– Tem parapeito nas janelas e também no contorno entre o 1º e 2º andar. Com os bancos no chão é fácil alcançar esses parapeitos e escalar.
– Então quer dizer que Jason Grace manja dos parkour.
– Sabe meu sobrenome?
Dei de ombros em resposta.
– Difícil é saber o meu.
– McLean – ele disse rapidamente, como se a resposta fosse fácil.
– E como conseguiu entrar?
Ele sorriu maléfico.
– Digamos que eu e Leo descobrimos uma passagem secreta para o dormitório das meninas ano passado.
– Seus safados! – eu disse dando um tapa leve em seu braço.
Ele só levantou as mãos para cima como Travis tinha feito e riu. Então de repente as luzes já fracas, se apagaram de vez, nos deixando no escuro.
Sentei ao lado da minha porta, encostando as costas na parede do corredor.
– Maravilha. – sussurrei irônica pegando meu celular e o desbloqueando para ter um pouco de claridade pelo seu brilho.
Jason sentou ao meu lado, muito perto para dizer a verdade. Olhei para ele.
– Já são 3 horas. – sussurrei.
Ele só assentiu, parecia que estava ficando calmo de novo. Seus cabelos loiros brilhavam prateados na luz pálida do meu celular. Ficamos um tempo nos olhando sem ter o que falar.
– Sabe Piper... você não é tão chata assim. – ele concluiu voltando o olhar para frente.
Continuei olhando para seu perfil pensando nas aulas de história.
– Você também não é tão ignorante assim quanto imaginei. – olhei também para à parede a minha frente. – É diferente dos garotos da minha antiga cidade. O julguei errado. – assenti.
Alguns segundos de silencio enquanto ambos digeriam as palavras do outro, até Jason pedir algo:
– Piper, tem alguma bala aí? Acho que meu cérebro está fazendo eu lembrar do gosto da flor-de-lótus.
Eu sorri.
– Sorte a sua, é a última. – tirei uma bala de menta do bolso.
– Não vai querer?
– Pode ficar. – entreguei a ele.
– Valeu.
– E então? Nunca te perguntei por que você não gosta do Will.
– Solace? Você fala com ele?
– É da minha aula de inglês. – dei de ombros.
– Ele tentou te agarrar!
– Ele estava bêbado e não tentou mais, eu acho. Ele pediu desculpas depois e é um cara legal.
– Ele roubou minha namorada, na verdade ex.
– Ahhh não sabia, então ele eeera legal.
– Não importa, era a Drew, ele me fez um favor.
– Então, por que socou ele tão forte naquela festa?
– Porque quando eu tinha 8 anos ele roubou minhas figurinhas do homem de ferro. – Jason fez bico e inchou as bochechas de cara amarrada.
Eu quase morri de rir e quase morri para tentar não rir alto, para não acordar ninguém. Fui parando as poucos e encostei a cabeça na parede, olhei para ele que me encarava sério e ri um pouco mais.
– Acabou? – ele perguntou.
– Sim. – sorri. – Então este é o verdadeiro Jason, até que você é legal.
– Isso é sério! Eram gold cards! Figurinhas especiais. – ele disse emburrado, mas logo mudou a expressão.
– Que foi?
– Não quero mais essa bala. – ele franziu a testa.
– Joga fora.
– Não tem lixo.
– Da ela pra mim então. – falei estendendo minha mão.
– Isso que estava pensando.
– To brincando né, Jason. – recolhi minha mão.
– Sério, te proponho um desafio! Era um jogo que eu costumava fazer.
– Qual?
– Já viu naqueles filmes? Vou te passar a balinha, mas não podemos pegar com a mão.
– Com o que então? – perguntei levantando uma sobrancelha.
– Com o que você acha? – ele me olhou.
Vendo meu olhar de desconfiança no ar, Jason sorriu.
– Não vou fazer nada, eu juro.
– Eu não, esse troço ta babado. – fiz careta.
– Larga de ser nojenta, esse é meu desafio. – ele colocou a bala entre os dentes e falou algo como. – Pega aí, não pode deixar cair.
– Só vou pegar bala hein Jason. – falei me aproximando.
– Ok.
Minha pulsação acelerou um pouco quando eu fui me aproximando pra pegar a balinha entre seus dentes, me incomodava estar tão perto assim dele. Porém, Jason quebrou o juramento e fez algo a mais. Ele esperou eu pegar a bala com meus dentes, mas quando puxei a bala ele avançou, aproveitando minha boca entre-aberta próxima a dele, e me beijou.
Eu me assustei por uns 2 segundos, mas no fundo esperava por isso, nem pensei em parar, foi simplesmente por um instinto que eu correspondi imediatamente. Coloquei a mão em seu rosto me inclinando para cima de seu corpo, mas quando Jason abraçou minha cintura, a razão voltou a mim.
– Jason. – falei entre seus lábios com os olhos fechados.
– Sim? – ele disse me beijando de novo.
– Isso está errado. – continuei o beijando.
– É culpa da flor-de-lótus. – ele sussurrou e senti ele sorrindo.
Ok, eu estava beijando alguém que eu menos esperava beijar, o qual mais me irritava, o Superioridade, mas era tudo culpa da flor-de-lótus, então tudo bem.
– Certo, certo. – o beijei novamente.
No entanto, dez segundos depois ouvimos um barulho vindo da escada.
Meu celular tinha apagado, estava completamente escuro e não dava de ver quem estava ali. Levantamos na mesma hora.
– Você quebrou seu juramento. – o acusei enquanto empurrava devagar a porta.
– Desculpa, não resisti. – ele disse. – Mas já que quebrei mesmo. – ele se inclinou, me deu um selinho e sumiu para o outro lado do corredor escuro.
Entrei no meu quarto e uma rajada de pensamentos me ocorreu enquanto relembrava os últimos segundos. Fechei a porta chocada com o que aconteceu e puxei o cabelo caído na testa para trás, o segurando entre os dedos. Fiquei parada como estátua por um tempo.
– Meu Deus, o que eu fiz? – murmurei para mim mesma.
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Gostaram do primeiro beijo? Reviews com a resposta, pfvr huhu
Vcs devem estar tipo "finalmeeeente", mas acho que devia ter demorado mais hsuahuahuau