A Bitch With Secrets About Everybody escrita por ChloeGM


Capítulo 4
Traição


Notas iniciais do capítulo

Esse é o maior capítulo da fic até agora.
Eu não resisti e tive que colocar Clato!
Espero que gostem e COMENTEM!!!



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 – Como foi lá com a Everdeen? – pergunto.

  – Eu ajudei ela com a matéria, e depois nós ficamos conversando sobre coisas aleatórias – ele diz dando de ombros.

  – O que, por exemplo? – pergunto ainda mais curiosa desta vez.

  – Hã... – ele pensa um pouco. – Ela gosta de pitbulls.

  – Nossa! – Digo surpresa – Não é muito a cara dela.

  – Foi o que eu disse – diz o loiro risonho.

  – Então... Vocês são amigos? – pergunto me fazendo de desentendida.

  – Sim, nós somos – ele suspira, sorrindo – Ela é incrível, Clove!

  – Sério?

  – Sério! Ela não é só um rostinho bonito, a Katniss tem conteúdo, ela é bonita, engraçada, inteligente, esperta, o pacote completo, tudo o que um homem quer – ele diz com um ar apaixonado.

  – Correção – digo – Tudo o que um garoto como VOCÊ – dou ênfase no você – Quer, 99,9% da população masculina está evitando garotas “perfeitinhas” como a Katniss.

  Peeta dá de ombros e volta a sorrir com seu ar sonhador.

[...]

  Eu odeio, veja bem, ODEIO ter que acordar cedo, e odeio despertadores.

  Me levanto e vou me arrastando até o banheiro, onde faço minha higiene e tomo um banho.

  Quando acabo o banho, me enrolo na toalha e saio do Box, parando em frente ao espelho embaçado, passo a mão limpando-o e vejo meu reflexo, meus cabelos negros molhados, a pele branca, as sardas que salpicam meu rosto, os pequenos lábios, os olhos esverdeados, iguaizinhos os da minha mãe, ela era tão bonita, eu sinto tanto falta dela, não me lembro de muitos momentos com ela, já que ela morreu quando eu tinha 2 anos. Sinto algumas lágrimas querendo sair e me recomponho.

  Saio do banheiro e ponho uma roupa, uma lingerie roxa, uma blusa branca de babado com alguns botões, uma saia preta um pouco acima da coxa, justinha e um salto preto. Depois me maqueio, delineador preto, lápis de olho azul escuro, blush, rímel transparente, sombra prata com rosa e um batom vermelho, não muito forte. Por último, mas não menos importante, o cabelo, o desembaraço e faço um trança embutida, passo um perfume e desço.

  Não tomo café da manhã, vou direto para meu carro e sigo caminho para escola.

  Quando chego, avisto Peeta conversando com o  pessoal popular, deixo para falar com ele depois, até porquê, não seria bom para imagem dele ficar de papinho com “O Problema” da escola, a vadia, a ordinária, a quenga, a periguete, a piranha, a vagabunda, a prostituta, a puta, a desgraça, e milhares de outros adjetivos, uns piores que os outros. Enfim, entro na escola e vou direto para meu armário, onde pego meu material e sigo para a aula de física.

  Depois de um monte de blá, blá, blá finalmente chega a hora intervalo, nada de interessante acontece, o diretor avisa que todos, sem exceção, devem estar no auditório após o término das aulas.

[...]

  Aqui estou eu, entediada, esperando o que o diretor tem de tão importante para falar conosco, quando uma coisa, realmente, inusitada acontece, um dos alunos, para perturbar, resolve abrir as cortinas, e quando as cortinas se abrem, revela uma Madge e um Gale em um beijo, digamos, que um tanto “caliente”. Silêncio geral, olhos para os lados, mas ninguém move um dedo, todos tem a mesma expressão de surpresa. De repente, vejo uma Katniss sair correndo para fora do auditório, uma Glimmer correndo atrás da amiga, um Peeta confuso, sem reação, e um Cato, a princípio chocado, mas agora, a cara de choque é substituída por uma de fúria, ele se levanta e sobe ao palco, depois disso, tudo passa como um borrão, só consigo ver um monte de gente amontoada, enquanto Cato e Gale rolam no chão. Corro até lá.

  – Alguém separa esses dois! – grito nervosa.

  Vejo Peeta e Finnick correndo até lá e segurando Cato e Gale, respectivamente.

  – Você é um galinha! – grita Cato.

  – E você é um corno, otário que não viu o que estava debaixo do seu próprio nariz – Gale provoca, deixando o loiro vermelho de raiva querendo partir para cima novamente, enquanto Peeta o segura com toda sua força.

  – Já chega! – grito entrando no meio e dando um basta em toda aquela situação.

  Os dois se acalmam um pouco.

  – Eu te amava! – ele fala olhando para Madge – Era louco por você, fazia tudo para te ver feliz, te tratava bem, te dava amor, carinho, e é assim que você me retribui. Eu nunca tinha me decepcionado tanto com alguém – ele diz com lágrimas nos olhos – Nunca mais fale comigo, olhe para mim, respire o mesmo ar que eu. Eu quero mais que você se exploda! Você é só mais uma vadia. O pior é que eu estava tão cego de paixão que não consegui enxergar o que estava na minha cara – Cato se vira e sai do auditório a passos firmes.

  Enquanto ele sai, Madge balbucia um “Me desculpe” enquanto chora, mas eu não dou atenção e vou atrás de Cato.

  Encontro-o sentado debaixo de uma árvore, chorando. Sento-me ao seu lado sem dizer uma palavra sequer, apenas apreciando a paisagem.

  – O que eu fiz de errado? – ele pergunta choroso.

  M – Nada – me viro para ele – Cato, você não fez nada de errado – seguro sua cabeça em minhas pequenas mãos, forçando-o a olhar para mim – Às vezes, coisas ruins acontecem com pessoas boas. São coisas da vida – sorrio tentando reconforta-lo.

  Algo inesperado acontece, Cato me abraça e apoia sua cabeça em meu colo, chorando ainda, enquanto eu passo as mãos pelos fios de seu cabelo sedoso e macio.

  – Vai ficar tudo bem. Tudo isso vai passar – sussurro em seu lóbulo.

  – Hey! – digo e ele olha para mim – Vamos tomar um sorvete. Eu pago – sorrio.

[...]

  – Nunca pensei que um dia fosse dizer isso pra você, mas... Obrigado Clove – ele diz me fitando.

  – Não se acostuma não – digo rindo, fazendo-o sorrir também, e que sorriso! Vou te contar hein! Sorriso lindo, maravilhoso, um contraste perfeito com aqueles olhos azuis tão claros e vivos, acabo me perdendo com tamanha perfei... Mais que merda eu estou pensando?!

  – Você deveria mostrar esse seu lado mais vezes – diz o loiro olhando no fundo dos meus olhos, como se ele pudesse enxergar no fundo da minha alma.

  – O que você lembra daquela noite? – pergunto olhando para o chão.

  – Que noite? – ele me olha confuso.

  – Aquela noite – dou ênfase no “aquela”.

  – Ah! Aquela noite – ele diz no mesmo tom que eu – Pensei que nós tínhamos prometido que iríamos esquecer.

  – E prometemos – confirmo – Desculpa, eu não devia ter tocado nesse assunto, ainda mais agora – digo constrangida e sinto minhas bochechas queimarem.

  – Tudo bem – ele dá de ombros – E você fica bonitinha quando está corada – ele comenta com uma risada maliciosa, que só me faz corar ainda mais.

   Droga! Mil vezes droga! Eu NUNCA coro! Ainda mais por causa de garotos!

  – Será que dá para você parar?! – pergunto irritada.

  – Tudo bem – ele diz parando de rir – Desculpa.

  – Tá tudo bem, foi bom por um lado – ele me olha incrédulo – Te ver sorrindo tão natural e abertamente foi bom – digo com um sorriso simpático.

  – Por incrível que pareça – ele faz uma pausa – Você tem esse efeito em mim.

  Não sei direito o que foi, mas aquele comentário fez eu me sentir tão feliz, como eu não me sentia há tempos.

  – Eu tenho esse efeito em todos, meu bem – digo irônica, me viro e saio andando, percebo que ele continua parado e me viro novamente em sua direção abrindo os braços, indicando para que ele me seguisse, ele sorri e corre em minha direção.

  O resto dia passa assim, a gente conversando coisas aleatórias, rindo, brincando, se divertindo de verdade, como eu não fazia há muito tempo, o mais estranho é que eu me diverti mais do que quando eu estou fazendo sexo.

   Nós parecíamos duas crianças, como se o tempo não tivesse passado; nós simplesmente voltamos ao tempo naquela tarde.

  Cato me leva em casa, já que pedi para Peeta ficar com o meu hoje e me devolver amanhã.

  – Quer entrar? – pergunto e ele me olha desconfiado – Calma, eu não vou te assediar nem nada, a não ser que você queira, é claro – brinco e ele sorri.

  – Seu pai não vai se incomodar? – ele pergunta meio inseguro.

  – Meu pai está viajando – digo um pouco nervosa.

  – Bem, acho que não custa nada – ele diz dando uma olhada rápida para a casa.

  Saímos do carro e entramos na casa, Cato parece estar nervoso com algo.

  – Tudo bem? – pergunto.

  – Tá tudo sim – ele força um sorriso, continuo achando estranho, mas resolvo deixar pra lá.

  – Eu vou tomar um banho, se quiser tomar um também, pode ir no de hóspedes, subindo a escada, a terceira porta à direita – aviso.

  – Obrigado – ouço ele dizer, antes de ir para o banheiro.

  Chegando lá, tiro minha roupa e entro debaixo do chuveiro, deixando que aquela água morna escorresse por toda extensão do meu corpo, aliviando a tensão. Por que eu estava nervosa, afinal?! Céus, é apenas um garoto, que está se sentindo frágil por ter descoberto que a namorada o traia, nada demais!

  Saio do chuveiro e me enrolo na toalha, vou para meu quarto à procura de uma roupa qualquer, mas sou pega de surpresa por um loiro dentro do meu quarto.

  – Cato?! – pergunto assustada e ele se vira para mim, até então, ele estava distraído com uma foto minha com a minha mãe.

  – A... ah de-de-desculpa – ele diz vermelho.

  – Tudo bem – digo – Era minha mãe – involuntariamente, um sorriso se abre em meu rosto.

  – Ela era muito bonita – diz Cato, voltando sua atenção para a foto.

  – É, ela era – meus olhos se enchem d’água.

  – Tá tudo bem? – ele se aproxima.

  – Está sim – uma lágrima escorre por meu rosto e sinto Cato passar o dedo, delicadamente, para retirá-la.

  Ele levanta meu rosto, forçando-me a encará-lo. Ele olha em meus olhos, e eu não faço questão de desviar o olhar penetrante, vejo seu rosto começar a se aproximar do meu, e eu faço o mesmo, nossos narizes se tocam levemente e eu fecho meus olhos, deixando minhas emoções me dominarem, finalmente nossos lábios se tocam e eu sinto o loiro passar sua língua por entre meus lábios, pedindo passagem, essa que foi concedida, quase que instantaneamente, suas mãos vão até minha cintura e minhas mãos vão até seus cabelos, dividindo-se entre puxa-los e arranhar de leve sua nuca. Sinto ele me suspender no ar, rapidamente, enrolo minhas pernas ao redor de sua cintura, Cato me prensa na parede. Sua língua passeia na minha boca, sem empecilhos.

  Quanto mais Cato e eu nos apertamos, sinto sua ereção em minha entrada, acabo dando um gemido baixo, Cato dá um sorriso sacana, e me aperta mais ainda fazendo-me dar um gemido um pouco mais alto que o outro.

  Sei que ele só está fazendo isso, pois está carente, mas eu realmente não ligo, até porque, eu também tiro vantagem disso tudo.

  O loiro me leva para a cama agora, ele me deita delicadamente na cama e fica por cima, ele desce seus beijos para o meu pescoço, onde ele o chupa e deixa leves mordidas, arranho sua nuca, estou louca de prazer e excitação e sei que ele também está.

  Por mais que Cato esteja apenas me usando, para esquecer Madge, de alguma forma, ele faz eu me sentir especial, e ele é tão carinhoso.

  Ele, agora, tira minha toalha e faz uma trilha de beijos por minha barriga, enquanto segura meus seios, firmemente, com a palma das mãos, e massageia-os, brincando, vez ou outra, com os meus mamilos. De repente, ele para de massageá-los e eu sinto algo tocando meu clitóris, um dos dedos de Cato fazem movimentos circulares me proporcionando prazer e êxtase puro.

  Não me lembrava do quão ele era bom, não, bom não, ele era ótimo, perfeito, sabia exatamente onde me tocar.

  Então, finalmente eu sinto seu membro dentro de mim, ele saia e entrava tão facilmente, de tão molhada que eu estava, Cato agarra minha cintura e aumenta a velocidade, me fazendo agarra-lo com força e pedir por mais, Cato atende ao meu pedido pressionando seu quadril no meu, e enfiando cada vez mais forte e rápido, vejo um sorriso safado tomar conta de seu rosto e eu o retribuo.

  Logo chegamos ao orgasmo e Cato cai, exausto do meu lado.

  – Queria poder me lembrar da outra vez, principalmente, se tiver sido tão boa quanto dessa vez – ele comenta com um enorme sorriso.

  – É, sem dúvidas, você foi o melhor de todos – digo me aconchegando em seus braços.

  Agora que eu parei para perceber uma coisa! Isso foi tão clichê!


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Notas finais do capítulo

Desculpe qualquer erro.
Beijinhos do Cato :*