Marcas Do Passado escrita por Isabelle Soares


Capítulo 8
Capítulo 8 –Há muitas coisas que eu não sei...


Notas iniciais do capítulo

Olá Amores! Estou de volta com um capítulo novinho! Quero dizer que o desafio continua. Quem me enviar uma recomendação, postarei um novo capítulo ainda essa semana.

Obrigada a Lia_Cullen, marcia maraia, Breakingdawnlove, Rita Porfirio,
Cris Rodrigues, Annya Ivashkov, Kwany, Hannah Ariel, Be HAPPY,
jjbebe, BrendinhaSantos, super batatinha, Eclipse She, moniquita,
IngridCullen e claragb.

Obrigada, também, aos 91 leitores!

Boa Leitura e espero que gostem!



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POV Edward

Acordei cedo e procurei por Sophie na cama. Onde será que ela estava? Tomei banho e fui até a cozinha. Encontrei- a sentada à mesa saboreando um prato com cereal.

– Bom dia Edward!

– Bom dia Sophie!

– Você gosta de cereal?

– Gosto.

– Então, sente-se e venha comer. Fiz o seu com todo carinho.

Obedeci-a. Engraçado, ela falava comigo como se fosse a minha mãe. Coloquei a primeira colher de cereal na boca e senti um gosto diferente.

– Está gostoso?

– O que você colocou no cereal?

– Adivinhe.

Coloquei outra colher na boca e tentei descobrir o que era. Gosto era doce. Parecia Leite condensado.

– Leite condensado?

– Acertou. É uma delícia no cereal.

– Ficou muito gostoso.

Sorrimos. Sophie é muito inteligente. Nem parecia uma criança.

Tomamos o café e ela foi atrás da bolsa para podermos sair. Ela parecia estar muito contente.

– Está ansiosa para ver a sua mãe?

– Sim. Estou com saudades dela.

– Ela vai ficar muito feliz em tê-la de volta.

– Sabe Edward, gostei de você.

– Eu também gostei muito de você, Sophie.

Ela parou um pouco de conversar e ficou observando o que tinha no carro.

– O que é isso?

– São as minhas composições. Sabe o que isso?

– Eu sei. A minha professora me disse que composições são músicas.

– exatamente.

– Você faz músicas!

– Eu trabalho com isso. Eu faço músicas para outras pessoas.

– Legal! Você me ensina a fazer música?

– Um dia eu te ensino. Não é muito difícil.

Fiquei pensando. Será que nós nos encontraríamos de novo? Eu gostaria que isso acontecesse. Eu havia gostado dela de uma maneira inexplicável.

Olhei para frente e percebi que havíamos chegado a The Wharton Studio. Parei o carro e Sophie correu em direção à porta de entrada. Fui logo atrás dela, querendo dar mais privacidade às duas. Entrei e vi que Sophie estava abraçada a mãe.

– Sophie, esta é a sua mãe?

A mulher levantou e olhou diretamente para mim. Eu a reconheci de imediato. Bella era a mãe de Sophie. Como pode ter acontecido? Bella havia tido um filho e eu nem sabia? Será que ela era casada? Provavelmente sim. De repente senti uma dor de decepção brotar em mim.

– É... Obrigada Edward por manter a minha filha a salvo e trazê-la de volta para mim.

– Por nada.

– Mãe, o Edward é super legal! Posso visita-lo mais vezes?

– Acho que não princesa. Edward é muito ocupado...

– Sinta-se a vontade para me visitar sempre que quiser.

– Oba! Mamãe você vai me deixar ir não é?

Antes que ela respondesse, uma das produtoras do filme surgiu diante de nós e tirou a atenção de Bella.

– Bella! Nossa! Que bom que você encontrou a Sophie.

– Tudo isso graças ao Edward. –ela olhou para mim e u sorri. – Mas... Como você soube?

– Querida, está estampado em todas as revistas!

– Que ótimo!

– Não se preocupe com isso. É... Desculpe por não te liberar hoje, mas você sabe que o tempo é curto.

– Tudo bem.

– Certo. Não se atrase as gravações começaram daqui a pouco.

– Ok.

A produtora saiu e Bella segurou a mão de Sophie, levando-a para longe de mim.

POV Isabella

O dia foi seguido por muitas gravações. Nós tínhamos muita pressa para terminar o filme. Claro, que sempre procurando fazer algo bem feito.

Sophie fez questão de assistir todas as tomadas de cenas que eu fazia. Ela ria toda vez que eu errava, mas eu sabia que ela estava orgulhosa de mim. Isso me deixava muito feliz. O que mais me deixava apreensiva era o fato de que não era só ela que estava me assistindo, Edward também estava. Ele insistia em me acompanhar e estava sempre ao lado de Sophie, como se ele soubesse que entre os dois havia uma ligação. Incomodava-me bastante, mas o que eu podia fazer?

– Corta! – gritou o diretor.

Despedi-me dos meus companheiros de cena e fui em direção a minha pequena. Estava na hora do almoço e eu a levaria para casa.

– Está com fome? – perguntei a Sophie.

– Estou. – ela falou colocando a mão na barriguinha.

– Vamos para casa. Anne está morrendo de saudades de você.

– Um. – Edward limpou a garganta querendo chamar a nossa atenção.

– Eu estava pensando... Por que vocês não almoçam comigo hoje?

– Desculpe Edward, mas não podemos. Sophie está cansada, é melhor eu levá-la para casa.

– Eu não estou cansada, mamãe. – Sophie! – Quero almoçar com o tio Edward hoje.

– Não queremos incomodar, não é Sophie? – fez uma cara feia para ela.

– Você sabe que não é incomodo.

– Vamos mamãe! Por favor!

– Bella eu vou entender que você não quer ficar perto de mim.

Mas é justamente isso! Eu não tenho escolha. Tenho que aceitar. Se não ele vai deduzir que eu estou escondendo mais coisas dele. Que é verdade.

– Tudo bem.

– Oba!

Sophie entrou no carro dando pulinhos. O que eu não faço por essa garota? Edward me enviava olhares a cada minuto. Tentava evita-lo ao máximo.

– Para onde nós vamos, tio Edward?

– Para onde você quiser.

– Para qualquer lugar?

– Qualquer lugar.

– Mcdonalds.

– Não filha Mcdonalds no almoço não.

– Oh mãe!

– Sua mãe tem razão, Sophie, devemos comer algo saudável no almoço. Eu conheço um restaurante muito bom aqui perto.

Ele sorriu para mim e eu desviei o olhar, deixando bem claro que não estava satisfeita com esse almoço. Sophie pela primeira vez não fez birra por eu não deixar ela fazer as suas vontades. Edward realmente tinha um super poder.

O restaurante não ficava mesmo longe. Chegamos rapidinho. Graças a Deus!

Descemos do carro e Sophie correu para frente do restaurante.

– Sophie! Espera! Não corre garota!

– Vem logo mamãe, Edward! Aqui tem um parquinho!

– Eu posso brincar nele?

– Pode. Assim que eu e sua mãe tivermos escolhido a nossa mesa.

– Legal!

Tratei de segurar a mão dela para que ela não saísse mais de perto de mim. Entramos e escolhemos a mesa. Edward chamou a garçonete para anotar o nosso pedido. Ela veio toda exibida para a nossa mesa. Falava de uma forma bem sensual. Que ridícula! Ela saiu toda encantada como se Edward tivesse dado atenção a ela.

– Edward posso ir brincar agora? - espera! Essa pergunta não deveria ter sido feita para mim?

– Pode. Tenha cuidado.

Ela deu um beijo na bochecha dele e saiu correndo para o parquinho. Ai meu Deus ela estava ficando muito apegada a ele!

De repente ouvimos o toque do celular de Edward. Ele olhou quem era e depois desligou. Quem será?

– Então, você tem uma filha.

– É o que parece não é?

– Eu não sabia que tinha uma. Na verdade, há muitas coisas que eu não sei. – estremeci com essa frase.

– A minha vida não interessa a ninguém

Ele olhou para Sophie brincando no parquinho e depois olhou para mim de novo. Eu sabia que ele queria mais respostas.

– Quantos anos ela tem?

Pergunta errada! E agora? O que eu diria a ele? Se eu falasse que ela tinha seis com certeza ele iria desconfiar. Eu teria que mentir.

– cinco.

– Ela é uma menina muito esperta e bonita também. Você e o pai dela devem ter muito orgulho.

– Temos sim. Você disse que ela esteve doente...

– Sim. Ela teve febre à noite toda.

– Coitadinha da minha pequena! O que deu a ela?

Ele sorriu e me respondeu:

– Confesso que eu não sabia o que fazer. Minha mãe me orientou a dá-la um remédio para febre e depois ela fez um chá. E como você vê, ela está muito melhor.

– Sua mãe a conheceu? Quero dizer, Sophie deve ter dado muito trabalho a ela...

Esme não! Esme não! Ela é muito perceptiva.

– Sim. Na verdade, Sophie não estava muito a fim de tomar o chá, mas acabou tomando depois.

– Sua mãe é mesmo uma santa! Sophie nunca tomou chá. Eu sempre quis dá a ela mais ela nunca quis.

Ele já iria me responder quando Sophie o chamou do parque. Ela havia ficado pressa no balanço e pedia a ajuda dele. Ele foi socorrê-la, mas acabou brincando com ela no parquinho.

Edward era muito carinhoso. Com certeza seria um bom pai. Como ele reagiria se eu contasse a verdade a ele? Não isso não pode acontecer. Ele não pode saber. Logo voltaremos para Londres e tudo voltaria ao normal. Sem a interferência de Edward nas nossas vidas.

O nosso pedido veio junto com Edward, que trazia Sophie no braço, ele ajudou ela a se sentar e voltou ao seu lugar.

Almoçamos ao som de Sophie que fez questão de nos contar sobre várias coisas que ela sabia. No fim, Edward pediu a sobremesa favorita dela, sorvete de chocolate com bolinhas coloridas, e que por sinal era a dele também.

Pedimos a conta e saímos do restaurante. Peguei a mão de Sophie para pegarmos um taxi, mas Edward se ofereceu para nos levar e eu fui de mau gosto. Quando chegamos a minha casa, Sophie dormia. Edward a pegou no colo e levou até o seu quarto, me ajudou a colocar o pijama nela e se despediu com um beijo na cabeça dela.

Levei-o até a porta e ele ficou a me observar.

– Obrigada pelo almoço Edward.

– Foi um prazer.

– Espero nos ver mais vezes. – é mesmo? Eu não.

– Nos encontramos por ai.

Ele acenou e entrou no carro. Seria difícil nos manter longe dele agora.

POV Edward

Ver Bella novamente era como se algo que eu tivesse perdido e voltasse de novo. A sensação era muito boa. Ela tinha uma filha e isso significa que ela havia continuado com a vida dela. Talvez tenha conhecido alguém em Londres e se casado. Sophie é o fruto desse relacionamento. A raiva me dominou. Como eu fui estúpido! Eu poderia estar casado com ela agora e Sophie poderia ser a minha filha. Mas como sempre, eu faço as coisas erradas. Talvez ela esteja melhor com o maridinho dela e eu deva me afastar, mas eu não consigo...

Entrei em casa e encontrei as luzes acessas. Só poderia ser Tanya. Maldita hora que eu dei a cópia da chave para ela!

Subi ao meu quarto e a encontrei sentada na minha cama e com uma cara de quem comeu e não gostou. Percebi também que ela segurava uma camisa bem pequena. Droga! Era uma das blusas de Sophie. Tanya deveria estar furiosa.

– Que bom que você chegou. Devemos conversar Edward Cullen!

– Não acha que eu não percebi?

Ela respirou fundo e contou até três.

– Primeiro. De quem é essa blusa?

– Você está vendo que pelo tamanho não pode ser de uma amante, não é?

Ela ficou furiosa. Quase que jogou o travesseiro na minha cara.

– Calma! Essa blusa é de uma garotinha que eu encontrei perdida. Eu a trouxe para cá até encontrarmos a mãe dela.

– Mentiroso! – Ai droga! Dessa vez eu não consegui me livrar do travesseiro.

– É verdade Tanya! Por que eu mentiria para você?

– Essa garota é filha da Isabella Swan e que por acaso foi sua namorada. Quem garante que ela não passou a noite com você aqui?

– É claro que eu não passei a noite com a Bella. Crie juízo Tanya! A filha dela estava mesmo perdida... Espera! Como você sabe que Sophie é filha da Bella?

– Foi notícia em todos os jornais. Com uma linda manchete: “O produtor musical, Edward Cullen, teve um almoço com a sua ex, a atriz Isabella Swan, e a filha dela. Será que isso é um começo de romance?” Que droga Edward!

– Malditos! Filhos da mãe!

– Me explica essa história Edward Cullen!

Eu não estou tendo um caso com a Bella! Nós somos apenas amigos. Ela é casada, pelo amor de Deus! – confesso que essas palavras doeram em mim.

– E por que você não atendeu os meus telefonemas?

– Por que o meu celular está sem bateria.

Não era uma mentira tão grande. O meu celular ficou há poucas horas sem bateria. Mostrei-a e ela pareceu acreditar.

– Acredita em mim agora?

– Desculpe-me, mas se eu souber que você está me traindo...

– Vai embora Tanya!

– O que?

– Se você ficar aqui com esse ciumezinho idiota é melhor você ir para casa. Eu detesto quem duvida de mim.

– É assim que você quer?

– É.

– Tchau Edward.

E ela se foi. Eu sei que isso não é muito educado, mas Tanya já estava dando nos meus nervos. E o que eu menos queria era ouvir gritos de uma mulher enciumada.

Peguei o telefone e liguei para o Nick. Com certeza ele era uma companhia melhor.

POV Isabella

Desliguei a TV. Não aguentava mais ver o que esses mentirosos inventavam sobre a vida aleia. Há muito tempo eu evitei olhar o que esses tabloides diziam, mas eu tenho que está preparada para desmentir o que eles dizem. Isso é um saco! Eu odeio quem falem de mim. A minha vida pessoal só interessa a mim. Será que eles não intendem? Acham que me conhecem realmente? Nem eu me conheço! Como é que sabem que eu não sou diferente com outra pessoa? Eu não estou interessada em ser uma estrela de Hollywood. Quero apenas a minha vida de volta.

Saltei da poltrona ao ouvir o toque do celular. Era Jake. No mínimo ela já deve estar sabendo o que esses mentirosos inventaram.

– Oi Jake.

– Bella, eu não acredito. Você e Edward se reencontraram!

– Você já está sabendo...

– É claro que estou. Bom, desculpe, mas todo mundo estava comentando e então eu vi na TV...

– tudo bem Jake.

– Você contou a ele?

– Não, mas do jeito que as coisas estão... Acho que ele vai acabar descobrindo...

– Conte-me tudo o que aconteceu?

Era um alívio poder conversar com Jake. Ele é a única pessoa que me entende de verdade. E agora estava a par de tudo que havia acontecido.

– Você não devia ter mentido a idade dela. Devia ter contado a verdade. Ele merece saber.

– Eu não posso. Ele não vai acreditar... Eu não admitiria jamais que alguém duvidasse de mim.

– Você é quem sabe.

– Vai dar tudo certo Jake. Logo vamos voltar a Londres e tudo irá voltar a ser como era antes.

– Eu vou estar sempre ao seu lado, embora eu não concorde com algumas de suas atitudes.

– Eu sei Jake. Eu te adoro.

– Eu também.

Desliguei alguns minutos depois. Ele tinha razão, sempre tinha. Mas sou covarde demais para seguir os conselhos dele. Talvez um dia eu consiga.


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Notas finais do capítulo

Até mais!