Full Moon escrita por gabiromboli


Capítulo 16
Capítulo 15 - Certo e Errado




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Jacob me colocou delicadamente em seu colo aninhando meu corpo ao seu, não tinha e nem queria ter forças para resistir ao seu toque era como se aquilo tivesse sido feito somente para mim. Nossos corpos se moldavam tão naturalmente como em nenhum outro havia feito. Seria cômico se não fosse trágico que o único por quem já me apaixonei fosse o único por quem ainda não havia me envolvido.


Meu choro já estava controlado, mas minha necessidade do contato com Jacob apenas aumentava precisava fazer algo antes que perdesse a razão e simplesmente agisse.


Seu cheiro era como uma anestesia para meu corpo e tê-la assim aninhada em meus braços trazia uma sensação de paz que nunca havia sentido. Estava com o rosto na volta de seu pescoço assim como o dela enquanto acariciava delicadamente seu cabelo e suas costas, suas mãos repousavam em meu peito o que fazia meu corpo ter reações perigosas para o momento.


Meu raciocínio cada vez mais entregue aos instintos, gritavam para que não ultrapassasse os limites, mas a urgência por contato com sua pele estava falando mais alto sabia que perderia o controle em questão de minutos.


Sua respiração em meu pescoço estava me levando à loucura, nossos corações gritavam em nossos ouvidos assim como minha respiração descompassava se não largasse seu corpo acabaria fazendo uma merda ali mesmo.


Estava perdendo o controle e acabei fazendo a primeira merda para desencadear as outras; rocei meu nariz em seu pescoço desenhando o caminho desde sua orelha até sua clavícula depositando ali um beijo fazendo seu corpo estremecer.


Pronto estava feito! Jacob começou a beijar minha clavícula fazendo meu corpo ter tremores involuntários, não deu outra respondi com um beijo em seu pescoço subindo até sua orelha fazendo-o soltar um leve gemido. Droga aquilo era bom demais!


Lizzy mordeu levemente meu lóbulo e não consegui segurar o gemido e o leve arrepio por meu corpo, passei minha mão bruscamente por sua cintura apertando-a na esperança de me controlar o que foi realmente em vão, ela entendeu aquilo como um incentivo e voltou ao meu pescoço depositando chupões e beijos mais quentes!


Como alguém pode levar você ao total descontrole tão rápido? Era isso que minha mente gritava enquanto Jacob apertava minha cintura com força fazendo meu corpo pedir por mais! Minhas mãos começaram a explorar seu peitoral escultural e desnudo fazendo seu coração disparar ainda mais. Tinha que criar forças para parar antes que acontecesse o pior ou o melhor, sei lá!


Já não tinha mais forças para resistir a ela enquanto Lizzy brincava explorando com os dedos minha pele deixando um rastro quente por onde passava. Passei uma de minhas mãos por sua nuca e apertei seus cabelos a puxando levemente para me encarar enquanto trazia-a para mim pela cintura com a outra mão.


Estava com os olhos fechados quando senti as mãos dele me ajeitarem em frente ao seu rosto, sua respiração próxima a minha me levava à loucura me fazendo querer terminar com aquela tortura! Minha respiração estava ofegante tanto quanto a dele, em todos os espaços apenas sentia Jacob em mim e mesmo assim não era o suficiente, precisava de mais!


Lizzy abriu um pouco os olhos brilhando cheios de desejo o que para mim foi o estopim para trazê-la mais para mim e fechar o espaço entre nossos corpos com um beijo! Colei nossos lábios com a voracidade e a fome que sentia há muito tempo presas em mim e sendo recebido da mesma força como se ela quisesse isso há muito mais tempo que eu.


Ele invadiu minha boca sem a menor delicadeza buscando saciar as nossas vontades me apertando, se ainda fosse possível, mais para ele sentia a urgência sem saber se era a minha ou a dele em matar o desejo preso há muito tempo em nós. Minhas mãos apertavam seus ombros e nuca sem me preocupar com a força que fazia a única coisa que queria era saciar minha vontade e a dele e por sinal que vontade!


Não sei exatamente que hora isso aconteceu, mas Lizzy praticamente rosnou me jogando de costas na grama fazendo um baque seco ficando por cima de mim como uma verdadeira caçadora que era devorando-me com seus lábios, suas mãos apertavam e me puxavam para mais perto como se quisesse fundir nossos corpos, suas pernas uma de cada lado do meu corpo me prensavam na grama levemente molhada, mas de repente estava sozinho!


Em um momento de lucidez vi o que estava realmente fazendo ali, já tinha jogado Jacob no chão praticamente engolindo-o para acabar com minha necessidade de tê-lo, não que estivesse ruim, mas não podia me entregar a ele assim! Estava apaixonada e para acabar sofrendo por aquele idiota seria como um mais um são dois! Sai rapidamente de cima dele e me sentando na pedra um pouco mais afastada tentando voltar ao normal, buscando raciocinar novamente!


Levantei a cabeça confuso e a vi sentada de costas para mim encolhida na pedra com as mãos na cabeça tentando controlar sua respiração. Fui à sua direção calmamente me recompondo esperando que virasse seu rosto para me olhar, coisa que não aconteceu.


Como podia ser tão burra? Será que em mais de um século de vida não havia aprendido nada? Não podia me deixar envolver assim por ninguém! Homens nunca querem algo mais que sexo e definitivamente não poderia amar um deles.


Estava parado em sua frente esperando que olhasse para mim, porém achei melhor me aproximar Lizzy continuava com a cabeça baixa parecendo travar uma batalha interna.


- Lizzy, está tudo bem? – ele disse levantando a mão em minha direção. Rapidamente me desvencilhei parando a alguns metros de distância dele fitando seu rosto.


Sua reação não foi uma das melhores que poderia esperar, ela simplesmente fugiu parando metros para trás de onde estava apenas me encarando. Por que meu imprinting tinha que ser tão complicado?


Olhei seu rosto buscando algum motivo para ter raiva dele, mas apenas senti de novo a vontade de tê-lo nos braços. Era estranha a familiaridade daquele momento ele me transmitia o mesmo calor que havia sentido na clareira, porém antes que pudesse assimilar a situação Jacob começou a se aproximar novamente o que agora não poderia permitir caso quisesse me manter em sã consciência.


- Fique onde está! – ela me ordenou fazendo meu corpo paralisar imediatamente.


- Lizzy... – ele suplicou com certa dor nos olhos.


- Jake sinto muito... foi um erro. Não posso continuar com isso. – suas palavras foram como uma facada em meu coração, aquilo não podia estar acontecendo!


Ele abriu os lábios como se quisesse reclamar, mas não saiu nenhum som. Precisava ser forte o suficiente para mandá-lo embora da minha vida por mais que isso me matasse por dentro.


- Não sou o que você espera Jacob e o que aconteceu hoje deve ser esquecido! Como disse foi um erro que não será cometido novamente. Sinto muito. Você me perguntou o que realmente queria eu já te disse e vou repetir agora; deixe-me em paz! – disse isso com dor no meu coração, porém não poderia cometer o mesmo erro e fui embora correndo o mais rápido que minhas pernas agüentavam.


Fiquei ali sem reação suas palavras me atingiram com uma força descomunal transformando meu coração em pedaços aquilo não poderia estar acontecendo há instantes estávamos nos beijando cheios de desejo e agora ela me destruía! Como poderia ser possível?


Cai de joelhos na grama molhada pela chuva que começava a engrossar atônico com a cena que acabara de acontecer, podia simplesmente correr atrás dela, mas para que? Levar mais um fora? Será que era meu destino ser desprezado por todas amasse? Merda!


Corri sem enxergar nada sentindo as lágrimas quentes voltarem aos meus olhos e inundarem meu rosto e coração! Sempre tudo errado, droga! Não demorou muito até que chegasse a casa dos Cullens, mas não queria ver ninguém apenas ficar sozinha então decidi pular direto na janela do meu quarto, pelo menos era o que eu queria até encontrar Nahuel parado na entrada como se estivesse me esperando sem se importar com a chuva que caia sob nossas cabeças.


Ele brincava levianamente com sua trança mantendo o mesmo olhar de antes para mim. Queria evitá-lo, mas não seria nada fácil conhecendo bem como conhecia.


- Gostou da corrida? – perguntou largando a trança e vindo em minha direção.


- Não estou querendo conversar agora Nahuel, então vamos parar por aqui ok! – disse ignorando sua pergunta e fazendo a volta.


- Já vai? Pensei que pudéssemos matar as saudades, o que acha? – veio até mim e segurou levemente meu braço impedindo que continuasse o caminho.


- Que saudades? – soltei seca.


- Não está com saudade de mim? Faz meses que não nos falamos. – perguntou sinceramente. Tive que suspirar essa noite não seria fácil.


- Onde estão todos? – perguntei percebendo que estava tudo silencioso demais.


- Edward e Bella foram para a cabana, Nessie saiu com Seth e os outros foram caçar eu acho. – disse encostando-se na porta da entrada.


- E deixaram você aqui sozinho? – perguntei surpresa, isso não era uma atitude normal dos Cullens.


- Não eu que insisti para irem disse que você voltaria mais tarde e ai nós poderíamos colocar a conversa em dia, esse tipo de coisa. – devaneou me olhando dos pés a cabeça. Urgh! Homens!


- Pena perdeu a viagem. – soltei enquanto entrava e ia à direção da cozinha para comer algo.


- Você sabe que não me dou facilmente por vencido. – sussurrou em meu pescoço me abraçando por trás.


- É eu sei que você é bem inconveniente quando quer. – rebati abrindo a geladeira procurando algo para comer.


- Lizzy, inconveniente não apenas persistente. – olhei em sua direção friamente enquanto ele se secava com uma toalha.


Suspirei e voltei para a geladeira pegando alguns ingredientes para preparar um sanduíche para nós afinal já sabia que essa era uma discussão perdida.


- E então o que foi aquilo há pouco tempo hein? – perguntei colocando um lanche para ele e outro para mim na bancada.


- Do que está falando? – perguntou desinteressado, lhe dei uma olhada significativa que ele entendeu muito bem. – Ah está falando da crise de ciúmes do cachorro? Desculpe-me não tenho culpa de você ser extremamente gostosa! Ele achou o que? Só ele iria te secar e eu não? – soltou rindo da situação, politicamente incorreto, bem típico dele.


- Nahuel! – exclamei me fazendo de indignada enquanto tentava secar minhas roupas e cabelo.


- Pare com isso Liz você sabe muito bem que é e nunca se sentiu culpada em demonstrar para os outros, não sou ciumento se ele quiser você pode até ter, mas você será para sempre minha. – falou me olhando com possessividade.


-Nahuel eu não sou sua propriedade e nem de ninguém, sabe muito bem disso. E o que tivemos no Brasil deixei bem claro para você que ficou lá ou se esqueceu? – falei enquanto colocava o suco no copo para nós. Levei um susto quando senti suas mãos na minha cintura me virando para ele.


- Brasil uma ova! Quero você eternamente para mim Lizzy, sabe disso! Posso brincar e até ser um pouco safado, mas por você eu largo tudo e tenho uma vida pacata! – ele soltou me apertando contra ele e se posicionando entre minhas pernas.


- E quem disse a você que quero uma vida pacata? – perguntei olhando em seus olhos, tinha que sair dali rápido antes que ele me beijasse.


- O que quiser eu faço! Vida pacata, agitada o que for eu faço por você! – sussurrou enquanto depositava leves beijos no meu pescoço, mas diferente de Jacob aquilo não me causou tantas reações.


- Nahuel é melhor você parar com isso, antes que eu tenha que parar você. – falei pegando suas mãos e forçando-o me olhar nos olhos.


- Você está envolvida com o cachorro? – soltou enquanto aproximava nossos corpos fazendo os narizes se encostarem.


- Não. – menti descaradamente. Se fossem em outras épocas estaria fazendo tudo com Nahuel menos falando, ele realmente fazia meu tipo; moreno, alto, bom de cama, inteligente, um pouco safado, mas agora Jacob havia preenchido o que faltava em mim e sinceramente ele não teria nenhuma chance se os dois fossem competir.


Ficamos nos olhando por não sei quanto tempo, talvez ele estivesse analisando se o que havia dito era verdade ou não até que sem esperar ele literalmente me atacou, beijando-me do seu jeito já conhecido.


Diferentes de outras vezes, não senti meu corpo corresponder o que tornou a cena ainda mais péssima para mim. Não relutei para me soltar do beijo, poderia dar esse gostinho para ele sem me afetar, mas seria apenas isso e nada mais.


 Ele me prensava contra a bancada apertando minhas coxas e cintura com uma das mãos enquanto a outra se embrenhava em meus cabelos, então apenas repousei minhas mãos em seu peito e deixei que ele aproveitasse um pouco mais.


Acho que percebendo que não estava agindo normalmente Nahuel parou subitamente fitando meu rosto como se tivesse tirado suas conclusões.


- Você pode mentir bem com as palavras, mas não sabe mentir com o corpo. – sussurrou enquanto me soltava e ajeitava minha blusa que tinha levantado um pouco.


- Falei a verdade Nahuel nós não temos nada. – rosnei cada palavra.


- Talvez nada sólido o que para mim é bom. – falou sorrindo e me dando um selinho. – Ainda posso lutar por você. – agora tive que rir.


- Você fala de mim como se fosse um objeto. – disse enquanto pegava a outra metade do lanche para comer.


- Mas você é! – voltei meus olhos para ele surpresa. – Você é o prêmio do vencedor, o mais maravilhoso troféu! – ao dizer isso ele me pegou no colo e rodopiou no ar me fazendo rir.


- Você é incorrigível, sabia? – disse enquanto mordia o lanche ainda em seu colo.


- Eu sei. – confessou levantando os ombros e me levando para fora da cozinha.


- Ei! Não terminei de comer ainda! – falei nervosa, pensava em comer pelo menos mais quatro lanches.


- Eu também ainda não! – Nahuel sussurrou me fitando com uma expressão cheia de malicia. Droga!


- Não estou disponível! – silabei nervosa.


- Não custava nada tentar! – riu enquanto sentava no sofá ainda comigo no colo.


- Safado!


- Eu lhe disse que não desistiria de você. – falou docemente enquanto arrumava meu cabelo atrás da minha orelha. – Eu amo você Lizzy, como nunca amei ninguém e quero você eternamente para mim!


Não estava preparada para declarações de amor tão descaradas quanto essa e senti meu rosto queimar em resposta, maldito lado humano! Nahuel apenas acariciou minhas bochechas fitando carinhosamente meus olhos.


E como esperado nossos lábios se colaram novamente, dessa vez me deixei levar por seu amor e carinho, não era totalmente fria em relação a ele, mas como disse nunca havia amado até encontrar Jacob. Nahuel era diferente gostava dele mais que dos outros, mas só isso nada de paixão ou amor, apenas gostava.


Sentia suas mãos passearem delicadamente por meu corpo fazendo um caminho já conhecido por nós, não sei como, mas quando ele me soltou do beijo já estávamos no meu quarto deitados na minha cama. Sempre rápido no gatilho!


- Se aceitar Lizzy vou te amar para sempre e farei de você a mulher mais feliz que já houve na face da terra. – disse docemente enquanto beijava delicadamente meu rosto e pescoço.


- Nahuel eu... – não sabia o que dizer, mas graças aos céus ele selou minha boca com um beijo cheio de amor.


- Não quero que diga nada agora, só quando tiver certeza. Apenas entenda o quanto eu a amo! – balancei a cabeça já levemente incoerente devido as caricias. – Deixe-me amá-la hoje Lizzy. – ele sussurrou em meu ouvido fazendo meu corpo arrepiar levemente e sem forças para negar me entreguei novamente a Nahuel.


Meu corpo estava ali entregue a um homem conhecido, mas minha mente e meus olhos apenas viam outro em minha frente me fazendo a pior mulher de todas, traindo os dois ao mesmo tempo.


___________


Acordei na manhã seguinte sozinha na cama, me espreguicei vendo a claridade entrar através da cortina fechada da janela lembrava claramente do que havia acontecido o que fez o peso da culpa cair sobre mim.


Fique encarando o teto pensando em como eu era imunda! Descubro que estou apaixonada por Jacob, parto seu coração mandando-o me deixar em paz e no momento seguinte durmo com Nahuel que diz me amar, pessoa por quem não consigo nem ao menos desejar realmente! Inferno! Algo poderia piorar ainda mais a minha situação, ou melhor, a minha burrice?


Levantei nervosa e me enrolei nos lençóis, ainda estava nua, e fui à direção do banheiro, quem sabe um banho frio melhorasse meu raciocínio praticamente inexistente tratando-se do assunto “homens”!


A irritação por ser tão idiota me dominava, fiquei ali debaixo do chuveiro olhando os azulejos até ouvir a porta do quarto se abrir. Agucei meus ouvidos, porém não havia nenhum batimento cardíaco menos mal. Continuei o banho e voltei enrolada na toalha encontrando Alice sentada na minha cama.


- Bom dia. – disse tentando ser simpática.


- Escolhi sua roupa. – soltou enquanto me analisava com os olhos curiosos.


- Obrigada Alice, agora pode soltar. – sorri afinal sabia que ela queria algo.


- Não é nada. – falou abaixando a cabeça.


- Alice. – repreendi rolando os olhos era tão mais fácil ser objetiva.


- Está bem! Por que você não me conta o que há entre vocês? – fiquei sem entender.


- Como assim? – perguntei enquanto me vestia.


- Ora não me venha com essa de desentendida, sabe muito bem de quem estou falando e ontem as coisas ficaram mais em evidência! Vamos Lizzy conte-me! – ferrou agora não sabia qual dos dois ele se referia!


- O que você quer saber? – joguei para tentar descobrir exatamente o que queria.


- A verdade! Ele mal chegou aqui e já causou uma briga com Jacob. – Nahuel! Certo, Alice queria saber sobre ele.


- Alice não há o que contar, somos amigos e mais nada. – soltei a velha história de sempre.


- Não sou idiota Elizabeth! Nenhum amigo olharia como ele te olha! – isso é verdade, mas nunca tive amigos homens mesmo.


- Está bem Alice! Quando estive no Brasil nós tivemos algo, satisfeita? – para que segurar a informação, ela me torturaria se fosse preciso para saber a verdade!


- Só no Brasil? – perguntou um tanto incrédula.


- É, digamos que temos uma história antiga, mas somente isso. – soltei me sentando ao seu lado na cama. – Mais que isso não vou dizer, não quero minha vida amorosa no ouvido de todos!


- Não se preocupe a casa está vazia eles voltarão em vinte minutos eu é que vim antes para saber. – me senti mais relaxada.


- E por falar nisso onde ele está. – perguntei curiosa, não lembrava de ele ter levantado da cama.


- Está lá embaixo preparando o café para você. – disse analisando minha reação. Um sorriso amarelo se formou em meus lábios.


- Ok! Satisfeita com as informações? – perguntei brincando para despistar.


- Na realidade não, mas por enquanto está bom. – disse levantando o dedo indicador para mim.


- Certo, quando quiser estarei aqui! – ri levantando as mãos me rendendo.


Alice levantou-se da cama e foi dançando graciosamente até a porta, mas parou virando-se para mim como se quisesse dizer algo, porém desistiu no final. Suspirei e desci criando coragem de encará-lo, talvez hoje fosse mais fácil se Jacob não viesse, tinha pelo menos essa esperança.


- Bom dia? Como foi a noite senhorita? – Nahuel me perguntou sorrindo com a brincadeira.


- Muito bem e o senhor? – entrei na brincadeira sentando-me na cadeira que ele havia puxado para mim.


- Ótimo sonhei que havia dormido com um anjo de olhos azuis! – riu beijando minha bochecha e colocando suco em nossos copos.


- Que pena ter sido apenas um sonho. – flertei com ele enquanto dava um gole no suco e cortava um pedaço da panqueca que havia no prato.


- Realmente acho uma pena! Gostaria de repetir esse sonho incansavelmente, se fosse possível. – sussurrou com um sorriso estampado no rosto aproximando-se mais do meu.


- Isso é uma coisa que não sei se acontecerá Nahuel! – disse séria, quando ele pensou em revidar Esme entrou na cozinha.


- Bom dia crianças! Já estão tomando café? Querem que faça algo para vocês? – perguntou prestativa como sempre, uma verdadeira mãe.


- Não Esme obrigada eu mesmo fiz o café. – Nahuel disse cheio de si pelo feito.


- É verdade mãe estamos bem. – afirmei para que ela se tranqüilizasse.


Quando ela saiu da cozinha Nahuel veio em minha direção e sussurrou no meu ouvido depois de morder meu lóbulo.


- De verdade, quero você como ontem para todo o sempre. Estarei esperando por você a hora que quiser.


- Nahuel não quero quebrar seu coração, mas isso não vai mais acontecer talvez a palavra amigos seja a melhor opção. – soltei tentando acabar com o assunto.


- O que você fala não condiz com suas ações e sinceramente para mim o que importa são suas atitudes. – sussurrou novamente olhando intensamente em meus olhos.


As investidas de Nahuel não eram a pior coisa e sim me conhecer tão bem! Se soubesse manter uma palavra firme com ele não teríamos dormido juntos ontem. Estava perdida!


- Vamos coma acho que você vai ter muitas coisas para fazer hoje. – ele disse sorrindo sem esperar que respondesse sua afirmação anterior, simplesmente me deu um beijo na testa e saiu da cozinha indo falar com os outros que estavam chegando.


Não consegui sentir fome, estava apenas com nojo de mim por ser tão fraca. Joguei as coisas fora e comecei a arrumar a cozinha para evitar o trabalho de Esme quando senti sua presença. Olhei para trás e vi seus olhos dourados me reprovando provavelmente Edward já havia lido nossos pensamentos e estava a par de tudo.


- Esta correta, posso inclusive afirmar que ele tem memórias muito fortes e vivas! – apenas consegui colocar a mão na testa abaixando a cabeça em vergonha.


- Não contou nada à Carlisle, contou? – perguntei desesperada.


- Não, acho que esse tipo de coisa nosso pai não precisa saber. – fiquei mais aliviada, pelo menos conseguiria encará-lo.


- Eu só faço as coisas erradas Edward. – suspirei apoiando as duas mãos na pia e olhando pela janela, poderia ficar pior?


- Lizzy só vai piorar se você continuar a se enganar. – afirmou ficando ao meu lado e secando os pratos lavados. – Até você escolher o que quer vai continuar a se ferir e fazer o mesmo com todos os interessados no assunto.


- O que faço então? – perguntei mesmo sabendo a resposta.


- Ouça seu coração. – bufei em resposta.


- Edward o coração é burro, não é uma coisa confiável! – falei alterada.


- Enquanto estiver com medo de experimentar o que o coração pode fazer continuará da mesma maneira; fazendo tudo errado. – suspirei enquanto ele ia embora.


Durante todos os meus 164 anos de existência passei por vários obstáculos e encruzilhadas, mas nenhuma se comparava ao que estava vivendo hoje. Estava parecendo como aquela menina de doze anos indefesa e completamente inexperiente tentando escolher entre o certo e o errado. Agora ficava a pergunta na minha mente qual deles era o certo e qual o errado?


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Notas finais do capítulo

Gente não me matem!!
Vem surpresas por ai!
Bjo Bjo^^



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