A Little Help escrita por Kim Jin Hee


Capítulo 6
05


Notas iniciais do capítulo

Bem, eu sei que eu demorei, mas aconteceu que eu tinha escrito um capítulo totalmente legal e grande, no entanto eu o perdi porque a luz acabou ai não salvou. Enfim, o próximo será meio que a segunda parte do capítulo que eu tinha escrito, mas por enquanto espero que gostem desse. Aproveitem a masculinidade do Scorpius, porque não será muito duradoura, hahaha.
Boa leitura.



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05 – Gol de Rose Weasley

 .

Caro leitor, não importa o quão forte o adversário seja, o que importa é o quanto de dedicação que você emprega no jogo. Com amor, Rose Weasley.

.

"Você gosta dele não é Rose?"

A pergunta de Lysander ainda ecoava pela minha mente dois dias depois. A minha resposta também.

"É claro que não! Ta ficando louca Lovegood?"

É mais que óbvio que eu não gosto do Scorpius. Claro que qualquer mulher que goze de uma saúde mental plena sentiria atração pelo Scorpius, mas ele não é o tipo de cara que da pra se apaixonar. Ele não dá as brechas necessárias para isso, porque num momento ele está sendo sexy demais com uma voz rouca deliciosa e no outro ele te faz murchar por dar um ataque extremamente gay falando do seu esmalte, maquiagem e essas coisas. Scorpius Malfoy não é o tipo de cara com o qual você cai de amores. Definitivamente não.

Na sexta de manhã eu passei a maior e melhor vergonha da minha tediosa existência. Todos, todos, os olhares viraram para mim quando entrei de mãos dadas com o Scorp. Eu, é claro, me sentia queimando por dentro, podia sentir até meu dedo do pé corar, no entanto, Scorpius sorriu para mim e então me senti mais confiante.

Mas a melhor reação de todas foi a dos meninos que estavam na minha casa na quinta à tarde.

Chegamos à minha casa as sete, antes que meus pais chegassem e me colocassem de castigo pelo resto da eternidade por encher a casa de homens. Os meninos estavam na sala, e Albus e Scorpius jogavam futebol no videogame. Hugo foi o primeiro a me notar.

— Quem é você e o que fez com a minha irmã? – perguntou boquiaberto. Os olhares se viraram para mim.

— Odeio ser o centro das atenções, podem voltar ao que estavam fazendo antes? Por favor? – pedi tentando sorrir e indo em direção ao meu quarto.

Enquanto colocava as novas roupas no armário, ouvi a porta ser aberta e alguém sentar na cama.

— Gostei. – ele disse com a voz risonha. – Seu cabelo fica mais bonito assim.

— Scorpius, por favor...

Ele riu.

— Não estou brincando. – disse indo até a mim e me abraçando apertado. – Você está linda. – completou com a voz rouca em meu pescoço.

— Obrigada. – sorri. – O que aprendeu hoje? – perguntei após algum tempo hesitante.

Ele caminhou até a cama, me puxando pela mão. Sentei ao seu lado e esperei.

— Nada demais. – respondeu fazendo pouco caso e mexendo no meu cabelo.

Ficamos assim por um tempo. E então quando achei que tudo ia por água a baixo, assim como estava acostumada, Scorpius se aproximou lentamente de mim e me deu um selinho carinhoso.

— Nada demais. – repeti sussurrando e entrelaçando minhas mãos nas suas.

— Obrigado Rose. – ele disse olhando no fundo dos meus olhos.

Eu quase abri minha boca para brincar e dizer "olha, você não fala mais obrigada", mas achei melhor não estragar o clima e fazer apenas uma cara confusa.

— Por não desistir de mim.

O abracei sorrindo e ele colocou sua mão na base da minha coluna e ficou fazendo círculos com o dedo.

— Você é meu melhor amigo e eu nunca desistiria de você.

Desde então, o Scorpius vem tendo aulas com os meninos. A parte I estava quase pronta, e com sucesso. Scorpius realmente estava parecendo um homem. E eu estava me sentindo orgulhosa por isso.

Não pense que não tenho trabalho nisso. Sou a cobaia, ou seja, tudo o que ele aprende, testa comigo. E fazer o Scorpius me ver como uma menina que ele poderia ficar se fosse homem não é fácil quando o lado gay dele praticamente grita. Mas eu consigo.

Bem, hoje era o dia do jogo de futebol de Hogwarts contra Durmstrang. Então, pleno sábado à tarde estou eu na arquibancada de Hogwarts esperando para ver o jogo dos meus primos, do meu irmão e do meu namorado.

Provavelmente me esqueci de comentar que quando joga futebol, o Scorpius não deixa que ninguém sequer cogite a possibilidade de ele ser gay. Até mesmo quem o conhece fica um pouco confuso.

— KRUM! KRUM! KRUM! – a torcida da Durmstrang gritava o nome do melhor jogador deles.

— MALFOY! MALFOY! MALFOY! – gritamos de volta, um pouco mais alto.

Gritos histéricos foram ouvidos, e os jogadores dos dois times entraram, e eu estava entre as pessoas que gritavam. Um pouco à minha direita podia ver o Senhor e a Senhora Malfoy torcendo pelo filho, gritando. Meu pai gritava o nome do Hugo ao meu lado.

Um apito. E o jogo começou.

Com apenas dois minutos de jogo, Krum conseguiu jogar meu irmãozinho no chão e marcar o primeiro gol. Tive que aguentar os xingamentos do meu pai e os gritos da torcida adversária.

Onze minutos e mais um gol da Durmstrang. Ryan Ugh. O sobrenome dele não é ugh, é claro, mas não sei pronunciar e ele é mesmo meio ugh.

Como não é um jogo oficial é apenas metade do tempo, ou seja, com vinte e cinco minutos de jogo – de um vergonhoso jogo, acrescento – os meninos foram para o vestiário. E eu fui atrás. Escondida, é claro.

— O que está havendo? – perguntei assim que entrei, ignorando os protestos dos outros jogadores.

— Eu é que pergunto. – o treinador, Jeremy Buttler, disse atrás de mim. – Para onde foram todos os treinos? E o que está fazendo aqui, Srta. Weasley?

— Eles são bons demais. – Hugo disse massageando a coxa, onde tinha levado um chute.

— Vocês são melhores. – eu disse cortando o treinador, que abrira a boca para falar. – Vocês sempre foram os melhores, e ainda são.

— Eles são brutos demais, fortes demais, Rose. – Scorpius interferiu.

— E vocês não são menininhas. – completei com um mínimo sorriso, fazendo Scorpius revirar os olhos.

Os meninos ficaram em silêncio.

— Vamos ganhar esse jogo. – Albus disse sorrindo pra mim. – E comemorar na minha casa. – completou rindo.

Scorpius veio até a mim e me abraçou.

— Faz um gol pra mim? – perguntei infantilmente.

— Faço até mil gols só pra você Weasley. – respondeu colando nossas testas e fechando os olhos.

Desde que passou um tempo com os meninos, Scorpius tem me dado selinhos como se fôssemos realmente namorados. Isso não era nada certo.

— Depois do jogo, quantos beijos você quiser. – sussurrei me afastando e não o deixando me beijar. – Se quiser. – completei saindo do vestiário.

Dos dez minutos de intervalo, passei cinco no vestiário com o time, então quando cheguei ao meu lugar na arquibancada não demorou muito para os meninos entrarem novamente em campo.

Pareciam estar mais confiantes agora, e o placar que dizia HOGWARTS 0x2 DURMSTRANG não parecia fazer tanto efeito. Claro que eram apenas aparências.

Como se tivesse batido uma síndrome de Krum nele, Scorpius fez um gol com apenas três minutos de jogo. Enquanto o time comemorava, ele parou na minha direção e sorriu piscando o olho, me fazendo corar e gargalhar.

— Ele piscou pra você? – meu pai perguntou.

— Sim. Esse gol e os outros mil que ele vai fazer são para mim. – respondi rindo e meu pai fechou a cara. – Scorpius é meu amigo, o deixe fazer gols para mim.

— Amigo... – resmungou. – Como se o Malfoy me enganasse.

Apenas gargalhei e o abracei, enquanto ouvi a arquibancada gritar mais uma vez e pude ver Albus correndo pelo campo. Mais um gol e eles virariam o placar.

O jogo ficou empatado por um bom tempo e o pessoal da Durmstrang parecia cansado e menos selvagem, até que na metade dele, meu irmão foi jogado no chão por uma bolada na virilha. Muitos gritos foram ouvidos, e meu pai estava quase pulando no campo. Lily, que havia chegado no segundo tempo e estava sentada perto dos Malfoy, xingava o jogador adversário com uma infinidade de palavrões que eu achei que nunca fosse ouvir. A cara de dor do meu irmão era cômica, se não fosse o fato de que ele estava sentindo dor.

Depois de trocarem o goleiro a coisa não mudou muito, apesar do novo goleiro não ser tão bom quanto meu irmão, ele até que dava "pro gasto". O jogo terminaria em menos de quinze minutos e ainda estavam empatados.

— Por favor, Scorpius, só mais um golzinho. – implorei ao vento.

E como se ouvisse meus pedidos, meu namorado avançou até o gol adversário, driblando o goleiro e o deixando no chão, fazendo um lindo gol em seguida. Uma força suprema me fez levantar e começar a pular feito uma doida, gritando até sentir minha garganta rasgar. Meu pai fazia o mesmo a meu lado, tirando a parte de pular, porque ele já está meio velho pra isso.

Assim que o sinal de fim de jogo apitou, saí correndo para o campo, sendo recebida pelos braços fortes de Albus, que me apertaram tão forte que provavelmente me deixaram com umas três costelas quebradas.

— Eu disse que iriam vencer! – exclamei animada.

— Obrigado por nos incentivar. – respondeu me dando um beijo na bochecha e me empurrando para trás dele, onde Scorpius esperava com a bola na mão.

— E todos os gols de Scorpius Malfoy vão para Rose Weasley. – ele disse rindo, como se fosse um narrador de jogo. Peguei a bola de sua mão e ele me abraçou. — Obrigado por nos incentivar. – repetiu as palavras de Albus, enquanto batia na bola para que eu a soltasse.

— Já ouvi isso, mesmo assim: de nada.

— Se eu disser que quero o prêmio... – ele começou ficando vermelho. – O que você diria?

— Que as pessoas normais não ganham prêmios por fazerem suas obrigações.

Ele apenas revirou os olhos e me deu um beijo. Um beijo de verdade.

Tudo bem, Scorpius Malfoy me surpreende a cada dia que passa. As aulas estão indo perfeitamente bem pelo visto.

— Somos apenas amigos pai. – uma voz conhecida soou às nossas costas, dividida entre irritada e divertida.

— Pai? 


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Notas finais do capítulo

Reviews? Espero que sim e perdão pela demora. Beijos.



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