A Little Help escrita por Kim Jin Hee


Capítulo 17
16


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Como vocês estão?
Sei que sumi por um bom tempo, e que vocês devem estar morrendo de ódio da minha pessoa, MAS AQUI ESTÁ UM CAPITULO!
Eu tive muitos problemas entre o final de 2013 até aqui, e creio que os problemas ainda estão aqui, mas tudo vai se acertar. E minha criatividade voltou, entaaaaao, o próximo depende de vocês, haha - chantagem básica, pardon. Me perdoem qualquer errinho E ME AVISEM POR FAVOR!! Porque meu computador está na casa da minha irmã e eu não consegui pegar ainda, então estou escrevendo pelo celular, então não sei muito bem como está.
Boa leitura, espero que gostem do capítulo, e que estejam comigo ainda. Beijinhos.



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Capítulo 16 - O melhor presente de Natal

Caro leitor, eu estou confusa demais para dar conselhos, então, como toda pessoa confusa, melhor ficar calada. Com amor, Rose Weasley.

.

Eu estava encrencada. Bastante.

O que deu na minha cabeça, pra sair pouco antes do Natal e voltar só no outro dia mesmo? Ah, Scorpius deu. Era assim que eu agia com ele, por impulso. O que era ridículo, porque se eu tivesse pensado antes de responder sim ao pedido idiota dele 1) eu não estaria de castigo, porque não teria motivo para eu sair de casa do Natal e 2) eu não estaria apaixonada por ele. Andar com o Scorpius não fazia bem. E isso ainda ia me meter em uma enrascada, pode apostar.

O que houve foi que, quando Scorpius me levou em casa após tomarmos café com seus pais, os meus pais não estavam em casa, então eu me troquei e fui para a casa da vovó. Lá, descobri que todos sentiram minha falta ontem, mas que Daniel e Lily - os anjos da minha vida - haviam salvado minha pele, dizendo que eu tinha ido para casa porque não estava me sentindo bem.

Isso teria me deixado ilesa de qualquer castigo pelo resto da eternidade, se meu pai não tivesse dirigido até nossa casa e constatado que eu não estava lá. Ótimo.

Minha mãe havia deixado bem claro, com aquele jeito Hermione de ser: "o castigo não é por ter dormido na casa do seu amigo, Rose, mas sim, por ter mentido e feito seus amigos mentirem por você."

MAS É CLARO! Meus pais não se importavam se eu dormisse na casa de um cara (que todos acreditavam que era gay, mas isso não vem ao caso), mas se importavam que eu mentisse. Vai entender.

E então, eu estava de castigo pela eternidade - ou pelo menos até as duas semanas estipuladas pelo meu pai passarem.

Na verdade, eu realmente não entendia o sentido do castigo. Era tirar coisas que eu gosto, me impedindo de ser feliz. Okay, eu ficaria sem celular e sem internet por duas semanas. Eu sobreviveria, não é? Nunca fiquei tanto tempo no escuro, mas é claro que eu aguentava.

Eu tinha que aguentar.

– Desculpe por te meter em uma fria. - Daniel se sentou ao meu lado enquanto eu brincava com um fio solto na almofada do sofá.

AH MEU DEUS, EU QUERO MEU CELULAR!

– Não foi sua culpa. - respondi sorrindo. - E... Obrigada. Sabe, pelo presente e por tentar me livrar de um castigo.

– Mesmo que não tenha tido sucesso? - ele riu e eu assenti. Daniel ficou me encarando por um tempo sem dizer nada. Sustentei seu olhar e senti meu rosto corar.

– Não te dei um presente ainda. - lembrei sentindo meu rosto esquentar mais ainda.

Ele sorriu e sacudiu a cabeça.

– Sim, você já deu. E como eu sou um masoquista de primeira, foi o melhor presente que recebi.

Dizendo isso, Daniel afagou meus cabelos e saiu, dando espaço para uma Lucy feliz, que vinha saltitando em minha direção.

____________________________

A entrega dos presentes aconteceu após o almoço, quando todos já estavam cheios demais, para conseguir reclamar de qualquer presente que não gostasse. Não que houvesse motivos para reclamar, já que o bom gosto não era uma característica exclusivamente minha.

Nossa família não fazia amigo oculto, como as demais. Era mais uma distribuição geral de presentes, uma coisa meio doida. A confusão era bem grande, enquanto íamos distribuído os presentes, os outros iam abrindo e a coisa ia endoidando. Minha família é um pouquinho espalhafatosa.

No final, acabei com dois livros (um de tia Ginny e o outro de tio Percy), uma bolsa - linda, diga-se de passagem - de tia Luna (tenho a impressão de que Lysander havia escolhido), um jogo de cartas (para fazer mágicas) do tio Jorge, um "suéter Weasley" da vovó, e (droga, porque estou de castigo?) um celular novo dos meus pais, mas que só iria ser usado depois que meu castigo acabasse. Isso rendeu algumas risadas quando meu pai anunciou.

EU QUERO MEU CELULAR. O novo e o antigo.

Tio Charles havia me dado um livro que continha fotos e explicações sobre vários tipos de borboletas. Como não estava para o almoço, deixou com mamãe na noite anterior enquanto eu estava... Bem... Com Scorpius.

Daniel me evitou durante o resto da tarde. Eu fiquei pensando naquilo que ele havia me dito e fiquei confusa. Como assim, ele era masoquista?

Quando estavam quase todos indo embora (quase, porque a pequena Lucy ainda se enroscava em meu pescoço) que consegui uma brecha pra ir até ele.

– Não fuja de mim. - falei quando ele fez menção de se levantar e dizer "o que senhora Potter?" para uma Ginny que nem estava ali. - Por que está fazendo isso? - perguntei enquanto me sentava e ajeitava Lucy, que dormia tranquilamente em meu colo.

– Depende do que você diz ser "isso". Se for respirar, por exemplo, eu responderia que faço isso automaticamente, porque é meu modo de sobrevivência. Se for... - ele começou a falar, se fazendo de desentendido e eu o olhei feio. Ele suspirou, derrotado. - Se for... "fugir de você"... Não estou fugindo. É só que... - ele parecia estar escolhendo as palavras. - Você já fez algo que parecia o certo para todos? Algo que sua mente dizia" faça, e todos vão ficar felizes"?

Mordi os lábios e assenti, demonstrando que sim.

– E então, o que é certo para todos, faz seu coração ficar apertado, e você percebe que não deveria ter feito o certo. Você percebe que deveria ter sido egoísta e pensado em você. - Ele respirou fundo. - Você percebe que não deveria ter levado a garota que você quer para dormir com seu amigo, mas é isso que você fez, porque esse é você. Esse é você que se preocupa tanto com essa garota, que não liga pros seus sentimentos, se ela estiver feliz. Você já se sentiu assim, Rose? - e no fundo dos olhos dele, por mais que ele tentasse esconder, havia tristeza.

Ele saiu e me deixou ali, sentada com uma criança no colo e um coração pra lá de confuso.


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Notas finais do capítulo

E então? Ainda estão comigo? O que acharam do capítulo? O próximo já está em andamento.
Um beijo grande.