A Little Help escrita por Kim Jin Hee


Capítulo 12
11


Notas iniciais do capítulo

PASSAMOS DOS CEM REVIEWS! *----------* VCS SÃO LINDASSSSSSSSSSSS!
Enfim, esse capítulo é dedicado à Sarah-Malfoy, não dediquei o anterior porque não o achei bom o suficiente, hahaha.
Quanto a minha pergunta, vcs querem muito que o Scorpius se assuma homem, vamos ver o que a Rose tem que aprontar para que isso aconteça né. E só a Clarisse Malfoy que acha que o Scorpius não merece ela, hahaha depois de tudo o que ele está aprontando eu sou obrigada a concordar com vc Clarisse.
Enfim, vcs são lindas demais, e merecem esse capítulo. Espero que gostem *-*



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11 – Lembranças de uma vida não tão distante

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Caro leitor, lembra daquele amanhecer depois da longa noite a qual eu havia falado? Pois é, eu ainda estou esperando por ele, porque aquela pequena luzinha que vi não era o sol e sim uma estrela explodindo e me enfiando no buraco negro que se formou em seu lugar. Com amor, Rose Weasley

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Duas semanas depois. Scorpius havia me evitado depois do beijo. Scorpius havia cancelado sua festa de aniversário. Scorpius estava aproveitando o início antecipado das férias de natal para evitar falar comigo/me ver. Scorpius estava partindo meu coração a cada chamada minha que ele ignorava ou mensagem que ele fingia não ver.

Faltavam duas semanas e meia para o natal. Daniel estava comigo no Beco Diagonal [N/A: se a 25 de Março é trouxa pode ser chamada assim, o Beco Diagonal também pode, haha] comprando os presentes de todos. Todos nós passaríamos o natal n'A Toca, que era a maior casa de todas e também a mais acolhedora.

E além disso, era o primeiro natal sem o vovô Arthur. Seria estranho estar sem ele, e sabíamos que vovó Molly precisava de todos nesse momento. Todos, incluindo Malfoy e Zabine. A grande amizade que tínhamos uns com os outros também era aplicada aos nossos pais. Exceto ao meu pai, que gostava de implicar constantemente com o Sr. Malfoy.

— No que está pensando? - Dan me perguntou enquanto eu escolhia o presente de Lily.

— Vai ser estranho passar o natal sem o vovô. - suspirei. Ele me abraçou de lado.

— Também acho, mas não pense nos natais que passamos sem ele e sim nos natais que ele passou conosco.

Assenti sorrindo.

O primeiro natal que eu lembro foi um que vovô me deu a minha primeira bicicleta. Mamãe surtou. Eu estava pedindo uma bicicleta desde o meu aniversário, mas mamãe havia dito que era perigoso, pois eu não sabia andar. Na época, papai havia dito "como ela vai aprender a andar se ela não tem uma bicicleta Mione?", mas mamãe o calou com um olhar que hoje em dia eu identifico como "vai ficar sem sexo por um mês se disser mais uma palavra". É claro que mamãe não sabe que eu aprendi a identificar esse olhar.

No outro natal eu tinha oito anos. Vovô Arthur disse que queria dar a todos os seus netos uma passagem para a Disney World, mas como ele tinha muitos netos legítimos e adotados (dezessete no total), ele construiu, com objetos esquecidos da garagem, uma gincana enorme no quintal, que realmente parecia um parque de diversões. Nomeamos como Weasley World.

Os próximos sete natais, até meus quinze anos, foram assim, extremamente especiais. Vovô Arthur sempre dava um jeito de deixar todos os netos felizes com seus presentes maravilhosos e únicos.

O natal do ano passado havia sido menos feliz, mas isso não significa que foi menos especial. Vovô estava num estágio avançado de seu câncer terminal no pulmão, descoberto um ano antes.

Ele havia escondido de todos, até mesmo de vovó Molly, quando descobriu estar com câncer no pulmão. Ele passou o natal daquele ano fingindo estar saudável, apenas para que ninguém perdesse a magia daquele dia especial. Ele havia dado, a cada um dos netos, um diário, para que escrevêssemos as coisas que gostaríamos que ele soubesse. Havia sido um presente especial, porque ele teve o cuidado de colar fotos de cada um dos netos com ele, em cada diário. Nas fotos, estávamos todos sorrindo e ele estava saudável.

Eu nunca abri o diário. E no natal do ano passado, enquanto me arrumava, havia pego o caderno tão bem elaborado carinhosamente por vovô e escondido no fundo do meu armário.

— Algum problema Rose? - Dan perguntou me tirando de meus devaneios.

— Se importa se eu for pra casa Dan? Eu realmente preciso fazer uma coisa, me desculpe. - disse e saí correndo esbarrando em uma senhora enquanto ela saía do táxi. - Perdão. - gritei pra ela, que me olhou feio.

Depois de dizer ao taxista o meu endereço e pedi-lo para ir o mais rápido que pudesse, percebi a idiotice que eu havia feito. Por que eu larguei o Daniel para trás mesmo?

Mas não tinha mais volta, então apenas joguei o dinheiro em cima do taxista quando chegamos, e saí andando rápido até a porta.

— Quem é vivo sempre aparece. - mamãe disse quando passei por ela na sala. [N/A: estavam sentindo falta da família? Bem, aqui está]

— Pois é mamãe, você apareceu! - comemorei ironicamente, indo abraçá-la.

— Me desculpe, vou tentar ficar mais em casa.

Apenas assenti e fui para meu quarto.

Mamãe e papai trabalhavam o tempo todo. Era quase impossível vê-los em casa, mas acho que agora, pelo menos no natal, vou conseguir vê-los mais um pouco, o que é bom, porque às vezes eu preciso dos meus pais.

Vasculhei meu armário, bagunçando-o completamente até achar o caderninho verde que continha uma foto minha com seis anos, sentada no colo do vovô vestido de papai noel ruivo. Sua barba estava grande, e sua roupa era verde, porque ele havia dito que se pusesse uma roupa vermelha as pessoas achariam que ele estava pegando fogo.

Abri o diário, deixando a caneta passar lentamente, traçando desenhos, sem realmente tocar a folha. Aquela era uma coisa que eu não estava acostumada a fazer. Sentir o papel, a caneta, sentir as palavras que queriam fluir. Eu nunca fazia isso.

Eu não sabia nem como começar. Querido diário, ou então com a data de hoje... Então um súbito entendimento veio a minha cabeça. Aquele diário era um presente do vovô Arthur para mim, então eu deveria escrever para ele. Deveria usar aquele caderno para me comunicar com ele.

Oi vovô. Sei que me conhece muito bem e que sabe que não sou muito boa com palavras, por mais que eu seja filha de Hermione Granger. Isso não diz muita coisa quanto à minha habilidade com as palavras. E talvez seja por esse motivo que eu apenas guardei esse caderno, sem nunca tê-lo aberto. Eu não queria estragar o presente que foi tão carinhosamente escolhido por você, com minhas palavras idiotas e sem sentido.

Sabe, eu sempre quis que meus pais fossem eternos. Também sempre quis que eles ficassem mais tempo comigo e com o Hugo. Mas meu desejo nunca se aplicou aos avós. Eu apenas me lembrei de desejar que vocês fossem eternos quando descobri sua doença. Eu deveria ter desejado com mais afinco. Me perdoe. Me perdoe por não ter sido fraca o suficiente para te segurar e não te deixar ir.

Aliás, eu tenho essa mania. Sou forte o suficiente para deixar todos que eu amo irem embora, mas sou fraca o suficiente para precisar deles. Assim como eu preciso de você.

Sinto sua falta vovozinho. Com amor, Rosie.


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Notas finais do capítulo

Bem, no próximo vocês terão uma surpresa de natal, hahaha. Espero que gostem, e comentem. Ah, e eu não ligo se quiserem recomendar, não mesmo, hahaha.

PS: caso queiram dar uma passadinha na minha nova história http://fanfiction.com.br/historia/417097/Surrounded_By_Roses/ vou ficar bem feliz, haha é baseada em O Teorema Katherine, só que sem matemática, hahaha. Beeeijos.



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