Bilhete Trocado? Pretérito Imperfeito escrita por seethehalo


Capítulo 33
Segunda briga


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!!
Fiquei mega feliz com um review que recebi esses dias...
Bom, quem quiser saber, fuçaaí que eu tô com muita pressa pra ficar procurando.
Mais um capitulinho legal pra vocês.



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     Mas e agora? Contar? Não contar? Looh ficou um tempão matutando e decidiu como iria agir, mas deixou para o dia seguinte. 

 

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     - Giovanna... o que você vai fazer? – Feer perguntou.

     - Veja só.

     “Ilustríssimo Senhor Qualquer Coisa,

     Sinto informar-lhe que a sua diversão acaba aqui. Adorei brincar com você, mas já descobri a sua farsa, seja lá quem você for, não é o Bill coisa nenhuma. Parabéns, conseguiu me enganar direitinho. E eu acreditei.

     Espero sinceramente que você tenha o mínimo de bom senso para parar de canalhice, porque se faz isso comigo nada te impede de fazer com outras dez. E também pra esquecer da minha existência, e de tudo o que te disse; pois apesar de tudo o que você me disse ser mentira, tudo o que eu lhe escrevi é verdade.

     E te cuida, porque pretendo ir à justiça pra descobrir quem você é. Só não fui ainda porque uma pessoa me pediu. E não se preocupe, não farei questão de olhar na sua cara, nem mesmo se te fizesse uma visitinha no xadrez.

     Passar bem.”

     - Nossa, que discurso!

     - Adivinha com quem eu aprendi.

     - Nhaa, imagino.

     - E o Bill, hein, Feer? Não dá notícia...

     - Eita, calma! Só faz algumas horas que ele ligou...

     - É, mas...

     - Mas?

     - Deixa pra lá. Tô me preocupando à toa.

     - Também acho. Relaxa, Gih. Amanhã ele liga.

 

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     Dia seguinte.

     Eloisa armou-se com a cara, a coragem e algumas fotos dela com Giovanna e foi confiante tocar a campainha da casa da rua de baixo.

     Din-don...

     Bill atendeu a porta.

     - Er... oi. – Looh começou – Desculpa o incômodo, eu moro na casa de trás, na rua de cima... Não pude deixar de ouvir a discussão. Eu vim aqui porque eu sou prima da Giovanna, tenho provas – estendeu-lhe as fotos -, e eu queria... sei lá, eu si que não devia mas quero falar com vocês sobre isso. Meu nome é Eloisa.

     Ele deu uma olhada nas fotos e gritou pra dentro da casa:

     - Hey, Tom, visita pra você!! – e virando pra ela – Entra aí.

     - Quem é? – Tom perguntou quando chegou na sala.

     - Eloisa. Prima da Giovanna.

     - Prima?

     - É, prima. Bom, Eloisa, como você ouviu tudo, deve ter mais assunto com ele do que comigo. – Bill disse jogando-se no sofá. – Você não tava lá a loja de Hamburgo também?

     - Tava. Pode me chamar de Looh.

     - Tá bem. A Alemanha anda menor do que habitualmente... Mas fala aí.

     - É que... bom, eu também só fiquei sabendo dessa história toda da Gih na segunda, lá em Hamburgo, quando vocês saíram pulando pela loja. Depois ela me explicou tudo direito no ônibus quando voltamos, a história em si e os motivos pelos quais não contou isso pra ninguém. E sabendo disso, agora... A briga de ontem não foi explícita, se me permitem fazer uma pergunta, foi Tom ou Bill que falava com ela por e-mail?

     - Foi Tom. – o próprio respondeu. – Bom, como você deve saber, durante muitos anos a gente “estudou” junto com a Gih. E, bom, eu gostava dela, né. E o Bill começou a se aproximar dela. E eu, idiota, desconfiei do meu irmão; porque na verdade ele queria era pagar de cupido.

     - Besta! – Bill interrompeu.

     - Continuando, a Gih e o Bill viraram BFFs...

     - E o Tom ficou com ciuminho...

     - Cala a boca, seu idiota! Apesar de ser meio verdade, porque eu...

     - Eu não disse? Tá, parei.

     - PORQUE EU comecei a achar que a Gih gostava dele e não de mim. O Bill falava pra mim sempre; “não consigo te entender, você fica com mais de dez na mesma noite mas não consegue chegar na Giovanna, que é de quem você realmente gosta”; ou então “vai falar com ela, Tom, se conversar matasse eu seria um zumbi elevado à centésima potência”; ou alguma bobagem do gênero.

     - É, bobagem, mas eu não falaria se você não ficasse enchendo o saco.

     Tom deu a língua e continuou narrando:

     - Mas como eu realmente achava que ela gostava do Bill, acabei broxando e nunca disse nada a ela. Até que a banda começou a fazer sucesso, a gente se mudou pra Magdeburgo, a vida continuava, panz; e então o Bill me pediu pra excluir aquela conta. Daí, eu sei que foi sacanagem, mas eu cancelei o envio da mensagem em que o Bill passava o e-mail novo, e...

     - Então você deletou a mensagem?! – Bill estava ficando vermelho.

     - Bom, eu... er... é... É.

     - Estúpido! Por sua causa eu perdi o contato com ela! Você me paga, não perde por esperar!

     Era notável o esforço que Bill fazia pra não levantar do sofá e estrangular Tom. Este tratou de se explicar e continuar contando:

     - Desculpa, Bill, eu sei que foi sacanagem, mas era o único jeito de eu falar com ela.

     - Era só você ter passado o e-mail dela pra sua lista de contatos, seu burro!

     - Eu ia falar que era eu, você não entende...

     - Mas que coisa, passaram dois anos e você não falou.

     - Para, Bill; eu já sei que eu sou um idiota, retardado, disturbiado; o que você quiser chamar; sem precisar que jogue isso na minha cara!

     - Ainda bem que você sabe. Mas depois eu me acerto com você.

     - Eu me passei pelo Bill porque eu queria saber dela se a minha teoria era verdade ou só paranoia, eu queria saber se ela gostava mesmo dele.

     - Pena que não deu muito certo, né, porque ela não disse nada, apesar de você ficar instigando. E antes que você pergunte, É CLARO que eu li. Tudo. E-mail por e-mail, todos que você andou trocando com ela. Eu não esperava isso de você, Tom, que horror. Isso porque é meu próprio irmão, imagina se não fosse!

     - Foi impensado!

     - Mas não parece! Você se contradiz, Tom, presta atenção no que tu fala! Quer mesmo que eu acredite nisso, quando agora você diz que é A e daqui a pouco que é B...

     - Me desculpa... por favor.

     Tom estava arrasado, realmente arrependido da besteira que fizera.

     - Suponho – Bill disse, se acalmando – que você, Eloisa, tenha vindo aqui pra... pedir que a gente vá falar a verdade pra Giovanna.

     - É, isso mesmo. – Looh respondeu. – Acho melhor que ela fique sabendo por vocês do que por outra pessoa.

     - Também acho. E olha, por mim eu ia lá agora mesmo, mas acho que mais o meu ilustre irmão tem a dizer do que eu. A minha parte eu esclareci, sinceramente, ontem lá com ela; agora o responsável á o Tom. Tom?

     - Eu não posso... 


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Notas finais do capítulo

Que coisa feia discutindo na frente da visita...
Até mais, folks!!